quarta-feira, 28 de junho de 2023

IPIRÁ FOI FALADA NA CPI MISTA DO 8 DE JANEIRO

O rio corre para o mar. No período junino, o mar da capital avança para os rios do interior. Na quinta-feira 22, pela manhã, a viagem de Salvador à Feira durou sete horas; pela tarde, dez horas. Um engarrafamento cavalar, com dosagem para seduzir a impaciência, arrependimento e arrastão.

 

 

A rodoviária de Salvador estava apinhada de gente. Prestei bem atenção, não teve um viajante que dissesse que seu destino era Ipirá. Aliás, a televisão globalizada da capital não tocou no nosso nome. Agradecemos! Pois o festejo em Ipirá estava abarrotado de gente, não cabia nem mais um chapéu de palha.

 

 

A nossa praça festiva tem meia-dúzia de entrada. Mesmo assim, virou uma lata de sardinha com meia-dúzia de saída. Acalmados pela paz, saltamos mais uma fogueira, sem maiores danos. Nas adjacências, rios de mijo, com uma fedentina miserável, que ficou impregnada nas calçadas das lojas, com uma inhaca intragável.

 

 

Não se exaspere! Esse azedume tem o frescor de uma festa; passará. A lição que fica tem letreiro garrafal. Uma festa desse tamanho e nessas proporções não cabe numa caixa de fósforo. O pensamento voa em direção ao estádio de futebol ou parque de exposição.

 

 

E o pensamento que voa precisa do amparo de uma estratégia, de um planejamento e de uma organização, caso contrário, Ipirá ficará enchendo e apertando o velho recipiente para ver no que vai dar. Como uma bexiga quando recebe ar em demasia; não suportará e explodirá.

 

 

A compreensão deixada pela lição é muito simples: uma prefeitura que gasta mais de cinco milhões de reais para realizar uma festa deste porte, grandiosa, monumental e organizada; pode muito bem gastar menos de um milhão de reais para fazer uma ponte de cimento decente para atender as necessidades humanas de sua comunidade.

 

A administração pública que atende de bom grado aos anseios festivos do povo, deveria de bom grado atender as necessidades básicas da comunidade. O que falta ao poder público municipal? Falta sensibilidade, vontade política e bom-senso para atender as causas populares essenciais, em todas as suas necessidades, de forma equânime e completa. Fazer as pontes e realizar as festas.

 

 

O que realmente preocupa é que Ipirá está falada lá fora. Na reunião da CPI MISTA do dia 8 de Janeiro, precisamente no dia 20 de junho, Ipirá foi citada naquela egrégia comissão parlamentar. Em dado momento, o senador Espiridião Amin fez uma alusão de um projeto político ao senador Otto Alencar e ao passar a palavra ao senador baiano, o presidente da CPI MISTA, o deputado Arthur Maia fez o seguinte comentário:

 

“... quem sabe se o senador Otto não fala daquele projeto político para a nossa Ipirá na Bahia!...”

 

 

O senador Otto Alencar não tocou no assunto. Ficou no ar esse projeto político para Ipirá. Que projeto político é esse? Consta para nós uma análise superficial para o fato.

 

 

Aqui em Ipirá, a pessoa ligada ao senador é o prefeito Dudy. Naturalmente, sendo um projeto político deve ter um trato especial com a permanência do prefeito no poder municipal; dele e do seu agrupamento neste poder.

 

 

Analisando o grupo da macacada. O ex-deputado Jurandy Oliveira está ligado ao vice-governador Geraldinho, naturalmente no plano político, ficará sendo figura secundária. O líder Antônio Colonnezi não tem ligação direta, forte e concisa com as forças políticas que comandam o Estado da Bahia, nesse caso, se tornará uma laranja que brotou num pé de jaca. O ex-prefeito Diomário navega de acordo com o rumo das coisas.

 

 

Não há precisão matemática do que ocorrerá politicamente com o grupo da macacada para as próximas eleições municipais. Quando o freio de arrumação é para ajustar quem vai liderar o grupo, a coisa vira briga de cachorro grande. A consolidação da liderança do prefeito Dudy dentro do grupo da macacada significará um canto de carroceria na liderança de Antônio Colonnezi, que ficará sendo uma figura do andar de baixo no grupo da macacada. Tudo pode acontecer.


sábado, 17 de junho de 2023

DE QUE FORMA A GESTÃO DO PREFEITO DUDY COZINHA A SAÚDE PÚBLICA EM IPIRÁ?

Somos náufragos, velejamos incertezas. O corredor é longo e comprimido, contorna a morte.

 

 

O que está acontecendo com a saúde no município de Ipirá? A UPA está fechada para reforma e seu atendimento está funcionando no Hospital Municipal. Uma reforma predial pode ser considerada normal, desde quando, célere, absolutamente adequada, eficiente e eficaz. Nada mais do que isso.

 

 

O que absolutamente causa espanto nesse acontecimento é justamente quando um vereador levanta a hipótese do não funcionamento da UPA, naquele local reformado e pleiteia a sua continuidade no hospital. Para aí! Tem algo errado nessa parada.

 

 

Observe que o município de Ipirá recebeu esta Unidade de Pronto Atendimento – UPA faz uma década. Uma obra federal, com recursos federais, que se estabeleceu em nosso município, dentro de um arcabouço planejado a contemplar uma assistência de urgência à comunidade. Uma construção pensada e elaborada para essa finalidade. A chegada de um equipamento de saúde com estas características foi saudada com entusiasmo pela população ipiraense.

 

 

O que a população espera? Que seja oferecido um serviço humanizado, decente e de qualidade. Nada mais do que isso.

 

 

O que a população espera do poder municipal? Que mantenha um olhar atento, permanente, apropriado e acomodado sobre esse equipamento e seu funcionamento, de maneira que, haja uma exata correspondência ou conformidade com a sua funcionalidade para o atendimento desejado. É essa representação que a população deseja.

 

 

Suprimir a UPA, fisicamente ou na sua funcionalidade, do seu devido local é um ato imprudente. Aliás, essa maneira simplória da gestão Dudy encarar os atos de responsabilidades municipais municiados com esse desprezo e demérito, amparados por essa forma desinteressada e irresponsável, sem compromisso popular fechado e envolvente para solucionar os problemas dentro de um rigor necessário, faz com que, apareça um estado de coisas deprimente, duvidoso e de descaso com a coisa pública. O fechamento de uma UPA no seu local original é um sacrilégio administrativo.

 

 

Entra em cena um mamógrafo encaixotado. Serve para quê? Jaz num caixote de madeira; imóvel, improdutivo e inútil. Que luxo extravagante! Um mamógrafo sem uso. Usurpado de outras localidades, nas quais teria uma utilidade exponencial. Quantas mulheres ipiraenses sem um exame básico? Indiferença de uma administração municipal mambembe.

 

 

Quanto custa para botar esse mamógrafo para funcionar? 60 mil dólares. Para que você entenda melhor: um contrato de duas horas com um cantor de qualidade duvidosa, que se mantém nas paradas, por ser viúvo de uma cantora famosa, que fazia sucesso pela mídia nacional. Um mamógrafo beneficiaria quantas mulheres?

 

 

Duas ambulâncias do SAMU, enferrujando e pagando aluguel em um pátio qualquer da cidade. São vintes anos sem uso. Uma inauguração estonteante. Sirenes em alto volume, pessoas em filas querendo servir de cobaias para o teste inaugural. Adeus, cocó! Quem te viu e quem te vê! É uma festa quando Ipirá recebe ou compra uma ambulância simplificada. A administração Dudy encontrou o problema e vai repassá-lo para que adiante vá.

 

 

Rápido como um redemoinho em dia ensolarado, a gestão Dudy privatizou a saúde local por mais de quatorze milhões de reais/ano. Falou em privatização, o governo municipal vira uma vaca leiteira para amamentar o empresariado amigo. Se essa cooperativa não colocar na saúde local o pessoal contratado (doze médicos, quinze dentistas, setenta enfermeiros, etc) significa que esse angu-de-caroço tem mais caroço do que angu.

 

 

No início da gestão Dudy, o nome indicado para assumir a Secretaria de Saúde desistiu antes da posse. Quem assumiu não aceitou trocar três por seis e deixou o cargo. Nada se sabe daquilo que deveríamos saber. E vamos nós.

 

 

Dentro dessa saúde meia-boca aparece de forma inusitada, o médico Antônio Colonnezi e pede desculpas à população de Ipirá pela saúde que nos é oferecida. Esse é o retrato fiel do balanço de uma saúde que não agüenta o repuxo, mas a administração do prefeito Dudy faz questão de cozinhá-la em banho-maria.

 

 

Somos náufragos, velejamos incertezas. O corredor é longo e comprimido, contorna a morte. Sintetizando, andamos a passos curtos pelo corredor da morte.

 

sábado, 3 de junho de 2023

O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A MACACADA?

Neste artigo, como estratégia de oposição e com muito interesse particular, naturalmente, com segundas e espertas intenções, eu vou me aproveitar da situação da macacada, vou distorcer os fatos e vou fazer fake news ou seja, comentários falsos.

 

 

Como minha conversa foge da realidade e ganha dimensões distantes dos fatos reais e, na medida em que, você está interessado em saber o que realmente acontece, neste exato momento, com a macacada, vou colocar você como participante de uma grande reunião dos quatro líderes. Vou repetir quatro líderes. Essa conversa de seis líderes só serve para encher lingüiça e não resolve o problema.

 

 

Uma mesa redonda. Quatro cadeiras acolchoadas. Um tema: lançamento de pré-candidatura para as eleições municipais de 2024. Quatro líderes: ex-prefeito Antônio Colonnezi, ex-deputado Jurandy Oliveira, ex-prefeito Diomário Sá, prefeito Dudy.

 

 

Uma frase para cada líder: frase no.1 “uma verdadeira loucura falar-se em pré-candidatura um ano e meio antes das eleições!” frase no.2 “está muito cedo para pensarmos em pré-candidatos, vamos governar o município, estamos na metade do mandato!” frase no. 3 “lançar pré-candidatos agora, dá a entender que estamos apressados em livramos logo do atual gestor!” frase no. 4 “como é que se lança um pré-candidato um ano e meio antes da eleição?”

 

 

Coloque uma frase na boca de cada líder e você vai observar que todos falam a mesma língua falada: é um grande equívoco, um grupo de situação, falar e até mesmo lançar nomes para uma eleição que acontecerá em 2024. No mínimo, não é razoável.

 

 

Você, agora, vai sair desta reunião, mas uma coisa vai ficar martelando a sua cabeça: por que está acontecendo isso (lançamento de pré-candidatos) na macacada? Na primeira esquina, você encontra o pré-candidato Thiago do Vale que vai te dizer: “eu nunca disse que era pré-candidato, uns amigos meus saíram com essa conversa e,,,”

 

 

Nesse momento a coisa fica séria e merece uma análise. Esse ‘grupo de amigos’ parece que tem uma força maior do que o ‘grupo de quatro líderes’ da macacada. Caso não tenha, pelo menos é muito mais inconseqüente e voluntarioso. Assim sendo, dá para imaginar o outro lado da moeda: será que tudo isso não é uma coisa orquestrada, pensada, planejada, elaborada, por algum grande pensador dentro do seleto ‘grupo dos quatro líderes’?

 

 

Pois bem, para dirimir as dúvidas vamos procurar saber de quem esse ‘grupo de amigos’ é amigo. O ‘grupo de amigos’ disse que o deputado Jurandy Oliveira “é a do.... da política de Ipirá”; disse que Antônio Colonnezi ‘não é mais líder e que está superado”; de Diomário Sá não disse nada; e de Dudy são mais amigos do que amigos do pré-candidato, que nem prefeito é.

 

 

Na sequência dos fatos, o grupo de amigos do deputado Adolfo Menezes, deu um chega-prá-lá na candidatura do filho do deputado Jurandy Oliveira. O líder Antônio Colonnezi ficou com Jurandy. O ex-prefeito Diomário ficou com os dois, sem ao menos anunciar o voto pessoal. O deputado Jurandy comeu calado, era bem mais receptivo com votos, dentro da jacuzada do que no grupo dos amigos.

 

 

Sem segundas intenções, lançaram um nome (Thiago do Vale) como pré-candidato, É para o enfrentamento com a jacuzada? Não, não, não, a eleição está longe, será no próximo ano! É para o confronto interno. É para medir força e impor posição dentro da própria macacada. É a briga pelo controle do grupo dos macacos. Quem tiver a unha maior que suba na parede. Por isso essa pré-candidatura teve que ser lançada agora, bem longe do pleito. O que menos importa nisso tudo é a ‘briga de araque’ com o grupo da jacuzada.

 

 

Observe o adesivo: “estou com o novo macaco”. Por que novo macaco? Porque querem pisar no pescoço; botar debaixo das botas o velho macaco. Seria mais ou menos o seguinte: vamos empurrar goela abaixo do velho macaco a vontade e os interesses do novo macaco. É assim que a música toca.

 

 

E a dança acontece de acordo com a música. SE (olhe o se) estiverem pagando para os eleitores macacos colocarem o adesivo do novo, significa uma facada no coração de quem? Do velho macaco ou não é? Só não enxerga quem não quer ver.

 

 

Evidente, que para toda ação existe uma reação. Qual foi a reação do deputado Jurandy Oliveira? Ficar ao lado da vice-prefeita Nina Gomes que lançou a pré-candidatura à prefeita numa live. O que fez o líder Antônio Colonnezi? Apoiou a pré-candidatura de Nina Gomes. O que fez Diomário Sá? Nada. Talvez pense em precipitação e unidade do grupo. O que fez Dudy? Está vendo a toca dos macacos pegar fogo e não tá nem aí, porque aprendeu com o ex-prefeito petista: “quem disse que é assim? Você se lança prefeito e ainda coloca o vice. Não é assim não, quem manda é o prefeito.”

 

 

E quem é ‘o traíra’ do grupo de líderes da macacada? Sou eu lá que vou saber, minha mãe é que não é! ‘O traíra’ será aquele que vier com uma conversa mole, pastosa, toda ensaboada ou até mesmo, fazendo uma nota jogando água na fervura, na base do: você sabe, nossa idade está chegando e nós precisamos de descanso, de não se preocupar mais com esse inferno que é prefeitura, está chegando o momento da gente viajar mais, aproveitar mais o resto de vida que nos resta, então vamos renovar o grupo, vamos passar para os mais jovens, vamos marchar unidos, a unidade do grupo é a questão fundamental, até mesmo, mais do que o nome NOVO apresentado. É assim que o Judas apresentar-se-á, em pele de carneiro.

 

 

E a confusão é tão aguda dentro da macacada, que eles terminaram por lançar duas pré-candidaturas um ano e meio antes das eleições. Pretensão que eles não queriam que acontecesse, mas tá na mesa, devido à fome de poder.

 

 

Dentro do esquema exposto, quem domina o poder local está com a faca e o queijo na mão. Se a vice-prefeita Nina Gomes foi escanteada no primeiro mandato que foi vice, no segundo, será esmagada. Isso é óbvio. Se o líder Antônio Colonnezi foi pouco lembrado nesse mandato macaco, no seguinte, será esquecimento total. Se o deputado Jurandy Oliveira tomou um canto de carroceria nesse mandato, no próximo será atropelado. Não paguem prá ver, pois quem viver verá.

 

 

Este artigo não busca explicar, esclarecer a verdadeira situação hora encontrada entre os líderes do grupo macaco. Por isso eu digo que, a contradição aflora na medida em que a pré-candidatura de Thiago do Vale serve para impor o predomínio do ‘poder de família’ dentro grupo macaco, ‘uma agremiação claramente mais abrangente e aberta do que o grupo da jacuzada’, como dizem em nota. Seria transplantar para dentro da macacada, a característica que os macacos mais criticam da jacuzada, ‘grupo dominado por família’.

 

 

Não será uma nota simplória que vai arrefecer os ânimos dentro da macacada. Se alguém diz para Antônio Colonnezi: “se você tem o direito de escolher Nina, eu tenho o direito de escolher Thiago” está botando lenha na fogueira.

 

 

Se alguém escreve que o prefeito Dudy indica e apóia o nome do seu atual Secretário de Finanças do município, Thiago do Vale, para disputar a vaga, está jogando uma caçamba de lenha na fogueira, desde quando, quem o fez foi o PSD e não o prefeito.

 

 

Se alguém coloca as duas pré-candidaturas com o status de liderança estará criando uma dificuldade maior para o grupo, desde quando, alguém terá ou vai se achar com um calibre maior do que o outro. Vai empacar o jogo.

 

 

Diante de toda análise mentirosa que fiz e reconheço, vou pegar um parágrafo verdadeiro na nota: “Uma característica forte de Antônio Colonnezi, como líder político, foi abrir o grupo, saber agregar lideranças dentro do grupo “macaco”, tornando o grupo forte, com um histórico de diversas vitórias no campo político.”

 

 

Eu concordo com essa idéia. Creio que o líder Antônio Colonnezi diante da sinuca de bico em que foi colocado, vai se sair com muito gabarito dessa situação. Com o jogo emperrado por duas pré-candidaturas, o grande líder vai descartar as duas e como solução apresentará a chapa de dois vereadores: Jaildo na cabeça e Divanilson na vice e desta forma, derrotará de uma só tacada, os amigos de Dudy e a jacuzada. Só poderemos dizer que isso é verdadeiro no ano que vem.

 

Dizendo isso, eu sou mais sincero do que a nota publicada.