sexta-feira, 26 de julho de 2013

AQUELE ABRAÇO!

 
“Atendendo a um pedido do padre Marcos Ferrari e de pessoas da comunidade, o prefeito Ademildo Almeida decidiu solicitar à Secretaria de Administração do Estado da Bahia a realização de nova visita técnica para definir a localização do Ponto Cidadão de Ipirá. Na próxima semana uma equipe do SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão) estará na cidade para vistoriar dois imóveis indicados pela Prefeitura.” Texto extraído da nota oficial da prefeitura.

O prefeito agiu com “bom senso” ao atender à solicitação de um conjunto de pessoas da comunidade. Ipirá não é uma exclusividade de poucos, por isso tem sofrido e estagnado com esse controle e administração das oligarquias locais. Impera a vontade e o capricho pessoal. O prefeito mostrou-se flexível, não seria aquela postura marrenta que traduziria a melhor solução.

É preciso que se perceba que o centro de Ipirá está caminhando para ficar obstruído por um trânsito desordenado e atrapalhado. Urge uma solução imediata. E aquele Mercado de Arte? Como cairia como uma luva um Ponto Cidadão naquele recinto superado quanto à finalidade proposta. E a feira do dia de quarta-feira no Centro de Abastecimento que está em crise, depois de uma hora da tarde não tem mais feira. Aquele setor precisa urgentemente de algo que reative aquela área da cidade que está praticamente sem movimento durante a semana. Dentro dos critérios para a instalação do Ponto Cidadão, um que deve ser levado em conta é a necessidade de fomentar em áreas periféricas meios de sobrevivência e desenvolvimento.

É necessário que os administradores ouçam os reclames das ruas. Coisa que a administração do prefeito Diomário deu pouca atenção, principalmente, devido a sua principal marca: a concentração de poder. Só dava ouvidos para dois ou três gatos pingados. Era um puxa das oligarquias. Por isso fez muita lambança.

Uma de suas monumentais lambanças foi quando mudou o nome da Praça da Bandeira. Naquele tempo, ele era puxa da família Martins e bajulava o chefe Delorme Martins, assim sendo, era uma babação que não tinha tamanho, e como serviçal baboso trocou o nome da Praça da Bandeira para agradar ao chefe maior. Por ironia da vida, brigou com o chefe e caiu no colo da outra oligarquia.

Diomário virou prefeito e durante seu mandato, o antigo chefe, cantado e decantado, faleceu, e o antigo apaniguado, que era prefeito, não fez uma única homenagem ao antigo chefe, que ele tanto idolatrava como a maior liderança desta terra. Não colocou o nome nem em uma viela. Mudou o nome da praça quando não deveria fazê-lo. Mostrou um caráter bajulatório. Quando devia ter feito uma homenagem ao antigo chefe não o fez. Não tinha mais porque bajular. O prefeito Ademildo acertou em não ferir a Praça da Bandeira.

terça-feira, 16 de julho de 2013

NA PRAÇA, NÃO!


Está escrito no FAX: “Atende aos pré-requisitos para a instalação do Ponto Cidadão é o imóvel onde funciona a brinquedoteca” assinado: Renata Miranda Savoy – Diretora de Gestão e Qualidade / SAC.

O prefeito Ademildo quer porque quer, na praça, bem antes mesmo da definição do SAC. Por que digo isso? Simples, o próprio FAX, em outro enunciado, expõe isso nas entrelinhas: “para a vista técnica realizada pelos arquitetos do SAC foram apresentados a Brinquedoteca e o Sinebahia.” Isso diz tudo, não apresentaram as outras opções, assim sendo, só poderia ser Chico ou Francisco, ou melhor esclarecendo, na Praça da Bandeira. Observe que esperteza. Nada mais óbvio. Na própria escolha do SAC prevaleceu a vontade e o desejo de quem assim queria e desejava que assim fosse, na Praça.

O governo municipal fez uma Audiência Pública, pois precisava e necessitava dar uma feição popular à escolha do local. Jogo de cena. A Audiência foi montada com a participação de funcionários e comissionados da Prefeitura Municipal de Ipirá. A Audiência Pública foi realizada após a vistoria técnica nos dois pontos apresentados, assim sendo, não definiu a escolha do local coisa nenhuma, este já estava decidido e sacramentado à priori pela vontade de quem queria na Praça e pelos arquitetos que aprovaram a brinquedoteca.

A Audiência Pública não tinha NADA a decidir, o local para a instalação já estava previamente definido pelo poder municipal e pelo SAC, queriam simplesmente homologá-lo e passar a imagem de que a escolha do Ponto Cidadão na Praça da Bandeira tinha sido democrática e popular. A coisa virou farsa. Pura farsa.

Questionado, o governo municipal lançou um ABAIXO-ASSINADO oficial na tentativa de legitimar e dar significado a uma Audiência Pública viciada, manipulada e montada para dar como resultado uma definição pré-estabelecida por uma vontade imperativa. Os participantes da Audiência Pública não estavam escolhendo uma opção, mas referendando uma escolha prévia e para tal estava montado o circo e o poder de decisão dos participantes era inócuo e fantasioso.  O ABAIXO-ASSINADO oficial tornou-se a negação e a descaracterização da Audiência Pública que teve uma decisão tão encomendada, usando e utilizando funcionários como massa de manobra que envergonhou o gestor público. Daí deve teve nascido a idéia do ABAIXO-ASSINADO do prefeito.

Sem correspondência popular o apelo feito para que as pessoas assinem o ABAIXO-ASSINADO do prefeito é o mais vergonhoso possível: “se não for na Praça o SAC não vem.” Paciência, prefeito Ademildo! O governo do Estado é petista. Se isso acontecer V.Exa. está demonstrando que o prestígio do prefeito junto ao governo Wagner é questionável; mais ainda, que o alinhamento prefeito, governador e presidente é uma falácia que não corresponde ao que é propagado. Se isso acontecer, significa que temos um gestor que carece de determinação e de firmeza na defesa dos interesses do povo ipiraense.

A Praça tem que receber um olhar humano que identifique no espaço a racionalidade  que favoreça bem mais a contornos da inteligência humana que ao utilitarismo. O prefeito tem lá seus interesses que o leva a tesar contra setores populares que, também, querem ver o bem de Ipirá. Talvez eu não tenha mais nada a dizer, mas gostaria de apropriar-me de um comentário e plagiar um amigo que disse: “o prefeito Ademildo tem que dá muitas voltas para encontrar a si próprio, ou para encontrar o que quer encontrar.”


quinta-feira, 11 de julho de 2013

O MAIOR MICO ...


Eu estava em casa, quando chegou um amigo, ligado à jacuzada, estando ele muito esbaforido, foi gritando: “Oh, Agildo!” Ele entrou avexado e falando rápido, foi dizendo: “Escreva aí, no dia 10 vai acontecer uma bomba em Ipirá que a cidade vai tremer. Do dia dez não passa. A pessoa que me falou, garantiu e mandou eu apostar o que eu tiver, porque o Fórum vai decidir os processos contra a prefeita.”

Eu fiquei com aquilo martelando na minha cabeça: “Dia 10 de julho é o Dia D”. Até que chegou o dia 10, o dia esperado, e logo pela manhã tudo dentro da normalidade, nada fora dos conformes.  Seria mais um dia de leseira e paradeiro na cidade, se não fosse longínquo pipocar de foguetes; um distante pipocar de foguetes que vai aumentando o barulho à medida que se aproxima do local em que eu estava. Corri para a Avenida: “que diabo é aquilo que vem lá?”

O barulho de foguetes estrondava e balançava a Avenida. Vinha um congregado subindo a César Cabral. Um carro de som à frente, a música de Roberto Carlos sobressaia-se “Só pode ser Jesus”, logo atrás, muitas motos e bandeiras brancas, conseguí visualizar os nomes garrafais escritos nas bandeiras: “CHAPADA” , automaticamente, fiz uma analogia, raciocinando rápido: “Chapada, só pode ser CONEXÃO CHAPADA” e falei alto: “CONEXÃO CHAPADA! só pode ser Marcelo Brandão”. As pessoas ao lado pararam espantadas e eu ciente da certeza transmitida pelo que eu via, ainda disse: “Foi Marcelo Brandão que tomou a prefeitura.”

Tome-lhe pipocar de foguetes: “Pô! Pô! Pôpopo!”, a música de Roberto Carlos vinha estridente: “essa luz, só pode ser você”. Passava carro, passava moto; passava carro, passava moto; mais bandeira; coloquei os óculos, enxerguei o nome com letras menores: “da Sorte”. Parei na real, o nome Chapada não tinha conexão, conectava com “da Sorte”, era “Chapada da Sorte”.

Procurei as pessoas ao meu lado, tinham descido pela avenida e eu fiquei pensando: “Que mico! Desse jeito, as pessoas vão pensar que o Dia D foi o dia que Marcelo Brandão virou prefeito tirando um macaco do poder na tora”, continuei pensando: “Que mico! Que fora da desgraça foi esse que eu dei!” e continuei pensando: “Imagine que Marcelo Brandão foi derrubar um macaco na prefeitura, chegando lá encontrou um mico, ficou com pena e deixou o bichinho lá!”. Isso não virou um mico porque eu não falei com ninguém, agora o que eu quero ver é meu amigo para ele destrinchar a sua conversa, porque sobre a bomba do dia 10 de Julho, eu não entendi nada.

O dia 10 de Julho ainda não estava perdido. Lá vem outro desfile, dessa vez, da prefeitura de Ipirá. Mico é um troço desse! Colocar duas máquinas para desfilar pela cidade com uma faixa de promoção da grande, exclusiva e inusitada conquista. Parece que estava escrito mais ou menos assim, é que passou tão rápido que não deu tempo de copiar: “Máquinas conseguidas devido ao prestígio do prefeito Ademildo, à parceria e ao alinhamento político com o governador Jaques Wagner e com a presidenta Dilma”.

Vários municípios da Bahia receberam essas máquinas, alguns mais de duas. Até adversários políticos fizeram jus ao pleito ou ao presente. O exemplo dá para tirarmos algumas conclusões, uma delas, deixa claro, que o município de Ipirá está bem distante da agenda de obras dos governos estadual e federal no quesito obras relevantes e importantes, estamos situados na esfera de programas assistencialistas, de pequeno vulto, mas com forte apelo eleitoral. Até então, nada que signifique impulso para o desenvolvimento vigoroso e determinante do município, mas, simplesmente, manutenção em um patamar de nível de subsistência sem sair do reino da necessidade.
Que transformem a promessa em obra: saneamento básico; UTI; SAMU; Fábrica de carro; asfalto; SAC; faculdade; Escola Técnica Federal; matadouro; parque de vendas de animais.

O Ipirá da nova gestão é um verdadeiro mico. Vive entre a verdade e o que causa indiscrição irrefletida ou a indignação consentida. Soube, não sei se é verdade ou indiscrição, que a prefeitura comprou terreno a 20 mil reais a tarefa; da mesma forma, soube que a prefeitura perdeu 200 km de asfalto por não ter quem soubesse fazer um projeto. Como é que se vai acreditar numa zorra dessa?

Não soube, eu vi um abaixo assinado da prefeitura para o PONTO CIDADÃO ser na Praça da Bandeira, e anexo, consta um fax de uma “gerente de assunto não sei de que”, “nem pra que”, toda-poderosa, que determina que tem que ser na praça. Uma pessoa que não mora em Ipirá, não conhece os problemas desta cidade, não vivencia dessa realidade, no entanto, vem impor o que ela acha, sem levar em conta aspectos sociais, culturais, econômicos, históricos, tradicionais, estruturais de nossa cidade. E o pior, parece que o prefeito se curva e acata de forma submissa os desígnios dessa gerente.
 
Essa imposição poderá ser o grande mico do gestor atual. Um conhecido perguntando a um vereador como ia o prefeito da cidade, ouviu um solene argumento de que: “o gestor estava aprendendo a administrar; no início, ele mostrava-se marrudo e marrento, mas agora ele estava mais manso e cordato”. Não é fácil modelar um macaco; tarefa boa para uma gerente e vereadores. Esse será o maior mico de Ipirá.

sábado, 6 de julho de 2013

COBRA ENGOLINDO O PRÓPRIO RABO.


A administração do município de Ipirá está no terceiro mandado contínuo nas mãos da macacada. Continuidade e condenação da gestão antecessora do ex-prefeito Diomário. O primeiro fato foi a condenação sem pena nem piedade do grande e belo palco da Praça do Mercado que era o orgulho do ex-prefeito Diomário. O novo administrador passou o xis naquela porcaria e mostrou que aquilo foi dinheiro do povo jogado fora.

Eu tenho a impressão que na “ordem do dia” da nova gestão deve constar a necessidade de eliminar tudo “mal feito” nesta terra, pelo ex-prefeito Diomário. Não sei até onde isso tem fundamento. Mas a brinquedoteca da Praça da Bandeira e á segunda da lista para cair no pau. O gestor Ademildo invocou que aquilo ali tem que acabar para ele colocar um Ponto para tirar documentação. No lugar de criança brincando na praça teremos a fila para documento começando às cinco da manhã e rodeada de subempregados tocando barraquinhas para defender um trocado. Essa pode ser uma visão do futuro. Do futurismo de Ipirá.

Na mesma Praça da Bandeira, quando da reforma de 1 milhão de reais, o ex-prefeito Diomário colocou poucos bancos de madeira de péssima qualidade e inferiores aos que existiam e eram de cimento. Não deu outra, o vandalismo arrancou alguns bancos e a nova administração nem tchum. A praça está ficando sem bancos.

Coisa para dar fim na praça é o que não falta: passeio Copacabana; tanque infestado de mosquito da dengue; o Maconhodromo, um coreto atrás de outro coreto; o Mijador mal localizado, de péssimo gosto, um obtuso escolho em plena praça; postes esquisitos com luminárias ridículas; meio-fio de cimento; falta de acessibilidade; canteiro de terra batida; garagem de caminhões. Tem muito para o novo gestor desmanchar, inclusive se aquela idéia brilhante de que a Praça da Bandeira é perigosa para crianças pela possibilidade de assalto à bancos, só resta dá adeus à creche. Esse é o Ipirá deixado de herança, uma herança perversa e maldita, pelo ex-prefeito Diomário.

Muito diferente do Ipirá do prefeito atual, onde o cidadão sai cedo de “SUA CASA MINHA VIDA” entregue só Deus sabe porque e quando, enfrenta a fila para tirar documentos no PONTO CIDADÃO no fundo da igreja, depois pega o TRANSPORTE COLETIVO PÚBLICO licenciado e  bem licenciado na prefeitura, deslizando nas ruas da cidade  com o ASFALTAMENTO novinho em folha, cheirando a leite, mas sem sentir mal cheiro de esgoto devido ao SANEAMENTO URBANO de 32 milhões de reais que foi feito na cidade, passando pela Praça São José e enxergado uma espetacular e moderna BRINQUEDOTECA no meio daquela praça para o deleite e a algazarra infernal da meninada para encher a paciência das parturientes da Clínica Santa Helena e tudo isso para ir trabalhar na FÁBRICA DE CARRO ELÉTRICO.

Alegre e satisfeito por ter uma quentinha recheada de carne de boi abatido no MATADOURO DE IPIRÁ, se tiver alguma congestão será imediatamente levado, sem demora, pela SAMU para o Hospital de Ipirá e se o caso tiver gravidade para a UTI desse mesmo hospital (que Deus o livre e guarde), onde uma equipe de médicos e enfermeiras do CETEP estará a sua disposição (que Deus o tenha com saúde plena) e estará salvo de qualquer ineficiência desse sistema de saúde pública nacional (não é o caso daqui de Ipirá) e, depois, ainda ter condições de escolher a universidade que porventura queira freqüentar: a ABERTA DO RECÔNCAVO, a da CHAPADA, ou a da UNEB e depois disso ainda ter a CASA DOS ESTUDANTES em Salvador sofredora da maior reforma já vista e imaginada. Isso é a Ipirá Virtual do novo gestor que não cansa de inaugurar obras. Tudo muito bonito e bem falado, alias, pensando bem “ tudo de boca”, porque a nova gestão ainda está num beco sem saída, no beco da Palhocinha.