sábado, 30 de abril de 2022

CARTA AO PREFEITO DUDY

Pego minha caneta para escrever essas maus traçadas linhas computadorizadas para noticiar coisas boas e ruins para V. Exa.


Para o bem da verdade, Exmo. prefeito! Para que não pareça um ofício protocolar deixarei de lado todas as formalidades e para tal, desde já, solicito a sua compreensão e benevolência nesse e em outros sentidos.


Agora, pelo amor que o senhor tem por Nosso Senhor Jesus Cristo não deixe essa carta vazar de jeito nenhum, porque todo mundo tem que pensar que V. Exa, o prefeito, está na boca do Céu.


Puxando pela memória relembro os festejos de sua vitória de meia dúzia (vezes mil) com aquela musiquinha chata e provocante: “entrega a chave, entrega a chave...!”


Alguém falou: “só se for a chave do inferno!” Uma resposta à altura saiu de outra boca: “oh, izageraldo! (do casal Iza e Geraldo) Já se ouviu dizer que o inferno tem doze milhões de reais todo mês, mordomia de dá de pau e um rebanho de puxa-saco?” E agora?


Para solucionar o que foi posto acima, vamos começar pelas coisas ruins, aquelas que parecem um recado do capeta, com olho de cururu, focinho de cachorro doente e quatro patas de jumento, numa secação do cão, que azucrina e bota abaixo qualquer administração.


O prefeito vai receber no peitoral uma greve dos trabalhadores da Educação. Mesmo sendo verba carimbada, a prefeitura diz que não pode pagar o piso salarial. Aí vai ter greve!


Observe bem, prefeito Dudy! O seu grande desafeto, o locutor Marcelo Brandão sabe que a única força em Ipirá, que é capaz de fazer movimento de massa e vigoroso, com capacidade de desgastar a sua gestão é a APLB-Sindicato. Nisso ele tem razão, por isso, ele clamou esse estado de greve continuadamente e o senhor, prefeito, parece que não observa nada disso.


Nem mesmo, o grande grupo “jacu” tem ímpeto e força para fazer movimento de rua contra a gestão do atual prefeito. Não tem e não interessa! ‘O pau que dá no lombo de Chico poderá doer em Francisco!’ É tudo matéria-prima para ser utilizada em cima do palanque no tempo da campanha.


Nem os vereadores da jacuzada obedecem mais, cegamente, as suas lideranças para detonar o prefeito atual. As coisas estão tomando uma nova configuração.


Hoje, se as lideranças da jacuzada, para ficarem bem na fita, quiserem pousar no outdoor ao lado do deputado federal vão ter que solicitar ao vereador que trouxe e apresenta o candidato à comunidade; assim, aproveitando a oportunidade, a liderança vai na garupa.


A greve prevista acontecerá e será uma grande dor de cabeça para o prefeito atual, não pela vontade do locutor Marcelo Brandão, mas por causas e condições objetivas.


A APLB-SINDICATO tem uma trajetória de luta e conquistas para a categoria, com um enfrentamento consciente à administração do prefeito de plantão, seja ele jacu ou macaco. A luta pelos direitos tem que ser travada com unidade e dentro do interesse dos trabalhadores da educação para que se alcance as conquistas desejadas.


E aí, prefeito Dudy! Numa prefeitura que recebe mais de doze milhões de reais mensais e que as finanças estão sanadas, como foi verbalizado na FM do deputado, pelo financeiro municipal, não tem como o senhor negar-se a cumprir a LEI. Faça o acordo, homem!


Prefeito Dudy, pare e pense! Não tome como uma barreira inconveniente o Plano de Cargos e Salários dos professores do município de Ipirá. Não vá por essa via de contramão no combate aos direitos conquistados pelos trabalhadores. A Justiça vai te ferrar.


Que situação embaraçosa, em prefeito Dudy! O senhor está sendo obrigado pela Justiça a demitir funcionários que terminaram o contrato e a fazer o concurso público. Não quer assumir e não quer fazer nem uma coisa, nem outra, só porque significa o fim do apadrinhamento.


O senhor quer extinguir alguns cargos da prefeitura. Engraçado é que estes cargos não fazem parte da mordomia municipal, que abriga os apadrinhados do prefeito de plantão. Prefeito, o apadrinhamento está na berlinda, esqueça essa ultrapassagem!


Imagino que o senhor, prefeito Dudy, quer salvar o Hospital de Ipirá terceirizando-o. Entregando o controle do hospital daqui à administração da Santa Casa para melhorar a saúde de Ipirá, igualando-a a de Rui Barbosa.


Fico imaginando o paciente ipiraense chegando à mesa de operação e recebendo uma facãozada na barriga, de baixo para cima, chegando até o gogó; revirado tudo lá dentro pelo avesso; depois passando a agulha costurando e alinhavando o corte de um metro na barriga. Depois de tudo pronto, o paciente dá um pinote e corre para o abraço. Isso é só imaginação!


Tudo bem! Essa Santa Casa vem de graça? Virá a troco de quê? Prefeito Dudy, o senhor está disposto a fazer as mudanças que Ipirá precisa? O senhor vai mudar a cooperativa de médicos da gestão passada? O senhor vai mudar a empresa de lixo da gestão passada? Aqui está o ‘calcanhar de Aquiles’ da sua gestão, prefeito Dudy: a corrida ao ouro pelo ‘novo empresariado macaco’, que adora uma mamada.


Essa sua gestão baseada na montagem de uma correia de transmissão dos recursos públicos para o setor privado, através da terceirização é um cobertor curto: quando os recursos públicos são pagos fidedignamente às empresas significa que os salários dos funcionários municipais poderão sofrer atrasos. Esse é o risco que corre a sua gestão, que precisa de trinta milhões para fechar essa conta e só recebe doze.


Para fugir da Lei de Responsabilidade Fiscal, que determina o pagamento da folha em 54%, apela-se para a terceirização e o custo da obra ou serviço dobra de preço, sendo necessário arrecadar mais, como os tempos são de vacas magras, vai faltar dinheiro para cumprir os compromissos, aí...


Explicando melhor: no mês passado, cinco empreiteiras receberam quase UM MILHÃO E CEM MIL REAIS dos cofres públicos. A sua gestão não tem uma nova obra. Simplesmente, dá continuidade as reformas do Centro de Abastecimento e recupera o telhado do Mercado de Arte.


Prefeito, abra seus olhos! Um empresário-laranja disse, claramente, em público, que está sendo bem pago pela prefeitura. Não consta seu nome, nem da sua empresa na folha de pagamento. O que está acontecendo? Esta empresa está sendo colocada à disposição de uma influente pessoa para prestar serviços à prefeitura.


Como não sou obrigado a dá o nome de minhas fontes, eu dou uma sugestão ao seu governo: para acomodar essas empreiteiras-laranjas ou não, dentro da sua gestão, planeje uma grande obra: faça o METRÔ de Ipirá, ligando o Ipirazinho à 20 de Abril. Comece cavando um buraco.


Uma obra progressista, futurológica e caríssima, que vai levar um milênio para ser concluída e vai deixar a conta bancária de alguns poucos e privilegiados empresários-macacos recheada de bambá. O eleitorado que se lasque!


Faça tudo o que é permitido, só não atrase o salário dos funcionários da prefeitura, aí o bicho vai pegar. Assino essa missiva e até a próxima. Aquele abraço!
 

domingo, 24 de abril de 2022

SENHOR, Ó SENHOR, ROGAI POR NÓS!

Na Ucrânia são sessenta dias de bombardeio e destruição de um dos maiores celeiros de alimento do mundo. Isso vai virar uma calamidade planetária.

 

Os poderosos governantes do mundo não conseguem encontrar o caminho da PAZ. Os interesses do capitalismo bélico imperialista são infinitamente maiores do que a tão desejada PAZ mundial pretendida pela humanidade.

 

O comediante Zelensky, que governa a Ucrânia, continua insuflando o heroísmo da resistência de seu povo e solicitando oito bilhões de dólares mensais de ajuda externa.

 

Anote aí: no momento propício será um dos sobreviventes do ataque russo e pedirá exílio na Europa como uma figura  bilionária, basta escamotear um bilhão de dólares dessa ajuda para a manutenção da guerra.

 

No Brasil a briga é institucional, entre dois poderes da República, enquanto a população observa muito espantada e sem entender direito essa barricada.

 

Eu apostava que a última instância do Poder Judiciário no Brasil era o STF (Supremo Tribunal Federal), mas, não é que o presidente Bolsonaro foi buscar nos porões da Carta Constitucional um indulto de graça! Que você não paga nada e livra o meliante condenado até das profundas do inferno, basta ser amigo do rei.

 

Que meninos de sorte, são os filhos do rei! Podem tocar fogo no mundo, usando um jipe e dois meganhas, que não dá em nada, pois o indulto da graça, dado pelo pai, vai na algibeira, com bolso que fica na extrema direita da casaca de plumagem camuflada. O povo brasileiro quer é respeito à democracia.

 

Até mesmo, porque, essa semana será julgado pelo TSE o recurso dos vereadores da jacuzada contra a suspensão de seus mandatos, implementado por ação da macacada.

 

Sem nenhum apoio dos líderes da jacuzada (sumiram na hora do aperto), os vereadores da jacuzada conseguiram um bom advogado, se viraram para pagar 60 mil reais pelo trabalho advocatício, custas do processo, viagens de avião e hospedagem de hotel em Brasília.

 

Os vereadores da jacuzada saltaram uma esparrela e nenhum líder da jacuzada esboçou o menor esforço para auxiliá-los na resolução do problema.

 

Numa audiência à distância, pegaram a candidata Xandinha (da jacuzada) e colocaram-na numa sala, o advogado percebeu e solicitou a suspensão da audiência. A partir desse momento, a candidata Xandinha passou a ser monitorada e rastreada, no bom sentido, pelos vereadores da jacuzada.

 

Houve uma audiência presencial, que foi favorável aos vereadores e o caso desceu para Brasília.  O advogado já comunicou que espera que o processo seja deferido pela manutenção dos mandatos dos vereadores eleitos da jacuzada.

 

Também está no Supremo aquela ação contra o laranjal de dona Nina, que solicita a cassação do mandato dos vereadores Ernesto e Rafael. O placar está de 1 x 1, os vereadores perderam aqui, ganharam em Salvador e o tira-teima será em Brasília. Aguardamos o último capítulo da novela, porque o novelo do prefeito Dudi tá mais enrolado do que a novela sobre o prefeito Odorico Paraguaçu de Sucupira, obra de Dias Gomes.

 

Numa sessão solene, o vereador Miranda desabafou solenemente sobre o abandono em que se encontra o nosso município na gestão Dudi. Os macacos caíram de pau dizendo que o vereador não podia ter dito isso num momento solene.

 

A vice-prefeita Nina afirmou que não ia obedecer ao tempo regimental de dois minutos para falar e levou 25 minutos falando de sua ação beneficente, sem lembrar em nenhum momento que o faz, também, por interesse político, não apenas como uma abnegada missão humanista e de solidariedade como foi Irmã Dulce dos pobres, sem buscar nenhuma comparação, só para exemplificar.

 

Ninguém da macacada falou do tempo do discurso da vice-prefeita. Quem desobedeceu as normas da solenidade, o vereador ou a vice-prefeita?

 

O prefeito Dudy deve ter ficado com a pulga atrás da orelha, porque a vice-prefeita deverá apoiar a candidatura do senador Leão, que é da chapa de ACM Neto, que “se for eleito”, colocará a administração Dudi na geladeira. Isso é política no Brasil.

 

O prefeito sem o governo do Estado. A vice com um senador eleito e próximo ao governador eleito (suposição) a vice vai viajar na maionese: “se o prefeito ficar sem o governador do Estado e a vice estiver próxima, naturalmente, a vice ficará numa posição melhor do que o prefeito para governar o município!” Uma espécie de encorajamento do prefeito à renúncia.

 

Outubro 22 será o mês decisivo para a gestão do prefeito Dudi, que terá que entrar prá valer na campanha de Gerônimo “O Herói do Sertão”.

 

Uma derrota do candidato Gerônimo, o prefeito Dudi receberá pelo menos um pedido de impeachment pela caixa do peito, fruto do interesse político e dos caminhos de sua administração. Aí, o prefeito dependerá diretamente do presidente da Câmara Jaildo do Bonfim para manter a solicitação na gaveta.

 

2022 não tem quem una a macacada. A divisão está clara: o prefeito apóia o deputado estadual Adolfo Menezes e a vice apóia o filho do deputado estadual Jurandy Oliveira.

 

2024 a vice não apoiará a reeleição do prefeito, que não apoiará a candidatura da vice nem a vice. Vivemos hoje o amanhã.

 

Se o prefeito Dudi quiser sair bem nesta fita, bastará apoiar uma candidatura de um vereador para prefeito na sua sucessão, fugindo completamente das hostes da família da jacuzada ou do grupinho da macacada. Se não apresentar um vereador passará vergonha.

 

Prefeito Dudi, V Exa., tem coragem de romper com o novelo que te enrola? Se não tiver, que o SENHOR, tenha piedade de ti!

 

quarta-feira, 20 de abril de 2022

UM MEIA SETE

O município de Ipirá é gato na idade. Ipirá tem mais de duzentos anos, muito mais.


Ipirá já foi de tudo um pouco: foi terra do Criador, com natureza viva, solta e leve. Com cheiro de alecrim e canto sinfônico do canário da terra, do bem-te-vi e do colorido sofrê, com a marcação de cuíca da rola fogo-pagou.


A caatinga extensa e um santuário de mata. Com DNA protocolado: caatinga dos pés à cabeça e coração de mata.


Veredas, caminhos e estradas abriram a passagem e rasgaram a vegetação entrelaçada em ramagens, espinhos, galhos e troncos distorcidos formando uma rede de veias capilares compridas e estendidas por todo território. Caminhos de formigamento humano em busca de uma toca.


Virou terra de índio. Terra do encantamento, da alegria e da felicidade. Uma vivência coletiva, que se esvaiu de forma rigorosa na sua essência, pela intolerância, soberba e violência das armas e da ideologia que vinha nas costas, em capangas e alforjes. Uma homenagem aos paiaiás.


Os rastros do gado bovino foram deixando suas marcas no chão, fosse lama ou terra dura. Estrumes foram fertilizando o solo; o berro era a marca sonora de um 'buzinaço' e o boiado marcava a impregnação de um traço cultural duradouro, que desembocaria no samba boiadeiro em suas múltiplas nuanças.


A poeira levantada cobria o ambiente com uma fuligem minúscula e grudenta de barro, impregnando folhas e ramas. À toque de cavalo formavam-se os currais de gado. Currais e ferrão; chicote e brida; amarras e troncos. Tudo é válido para se domesticar a natureza rebelde, que pinota, berra e geme.


Os negros fugiam do cativeiro mantido com açoite e tronco, que os atormentavam no litoral. Procuravam, nessas entradas pelo interior à dentro, uma liberdade perdida. Aqui o quilombo ganhava raízes. Uma lição que não pode ser esquecida. Um salve ao povo banto, iorubas e gegês.


O bode foi a figura altiva que aportou nessas paragens. Com simpatia cativante, era inquieto, irreverente e buliçoso, assim sendo, podemos dizer que foi o rei da caatinga.


Numa lição de sobrevivência sem comparação, postou-se com uma nobreza exemplar e digna de reverência do catingueiro na sua imensa gratidão, que determinou a questão social de maior relevância de nosso município: a Questão do Pé-alto. Viva o bode da caatinga! Viva o catingueiro!


Foi curral e virou fazenda; aldeia, povoado e freguesia. De vila para cidade, uma questão de décadas. Da intendência à prefeitura, uma viagem.


O tecido social foi vasto, com complexa engrenagem formatada por contradições. Aqui, tivemos de tudo: sesmeiro e meeiro; fazendeiro e rendeiro. No trabalho do dia-a-dia: sapateiro, alfaiate, marceneiro, padeiro, carpinteiro, barbeiro e o que a necessidade induzisse. Na lida da vida cotidiana com professor, burocrata e profissional liberal. A classe operária se apresentou com a fábrica calçadista aqui e a burguesia, dona da fábrica, na casa do chapéu.


A classe dominante boçal na sua soberba temporal: fazendeiros, coronéis, caciques (profissionais liberais que comandam o poder político no município). Trabalhadores braçais na sua simplicidade vagam como massa de manobra pelo andar de cima do sobrado.


A história de nossa gente é muito mais do que pensam algumas cabeças do poder municipal. Onde fica o Marco Zero da nossa cidade?


Aquela casa de adobe, com o fifó de Itú, colocada na Praça da Bandeira não tem nada a ver com nada. O povoamento não começou nesta localidade. Uma alegoria dos festejos juninos, que insiste em ser uma matéria-prima arqueológica, com o caráter de testemunho material da história. Não o é! Nem como genérico de péssima qualidade essa coisa horrenda funciona. Beleza de semana de São João, nada mais.


A formação da Praça da Bandeira foi fruto da comercialização com participação de vaqueiros, tropeiros e roceiros. A fazenda do Pé da Serra não ficava nesta localidade. As diversas fazendas estavam pontilhadas em várias localidades. Por incrível que pareça, aquela casa de adobe nunca foi ali, naquele local, naquela praça.


O Marco Zero da cidade é resultado da atividade comercial e da concentração das principais instalações religiosas, sede da igreja e casa paroquial. Com o tempo, da segurança, quartel e cadeia pública; o prédio da intendência, que abrangia Câmara de Vereadores, Intendência, juizado, cartórios e salão para solenidades, tribunal do júri e festejos.


Os setores dominantes na política de Ipirá tentam impor até seus equívocos históricos como se verdade fosse, de forma a garantir e reproduzir seus interesses oligárquicos de classe dominante diante de uma classe trabalhadora oprimida. Na receita consta a amnésia histórica.


Ipirá perdeu o seu Registro de Nascimento. Faz 167 anos que o município de Ipirá tirou sua Carteira de Identidade, com a sua emancipação política. Às vezes, o nosso silêncio é um protesto contra o descaso e a indiferença diante da nossa história.


É uma história que está em construção e será construída, elaborada e reelaborada por muitas cabeças. Muitos relataram os fatos históricos. Dilemar Costa Santos não pode ser esquecido.


Eu dei minha contribuição, com o livro A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS, que você pode adquiri-lo no Amazon. com. no formato virtual, com uma galeria de fotografias. Eu agradeço o seu interesse e apreço.


Aguardem o trabalho analítico, que será lançado em breve, feito por um ipiraense da região de Coração de Maria, chamado Alberto Souza, que foi vereador na cidade de São Bernardo do Campo em São Paulo.


É necessário que a população de Ipirá procure saber da bonita, importante e instigante história da nossa gente neste pedaço do semi-árido baiano.
 

sábado, 16 de abril de 2022

O BABA “TEM PATO NA ÁREA”

O que o prefeito Dudy foi fazer no Centro de Abastecimento na entrega dos veículos? Talvez, nem ele tenha tanta convicção. O prefeito Dudy está encantado com os cinco vereadores de jacuzada, que ajudam a formar maioria na Câmara de Vereadores. Se ele for convidado para um forró, ele vai cair na valsa.

 

O que um prefeito ligado ao senador Otto e ao governador Rui Costa foi fazer numa manifestação ‘carta marcada’ da jacuzada, que defende e depende da vitória do carlismo na Bahia como nunca, para retomar o poder local?

 

Tinha um baba na praia da Pituba, que era chamado: “tem pato na área”. Qualquer pessoa estranha (que não era da área) era convidada para ocupar uma vaga em um dos dois times e recebia (sempre) a bola dividida e os próprios colegas de time apareciam para tirar uma lasca na sua canela. Imagine os adversários! O baba era montado prá isso.

 

O prefeito Dudy, na sua limitação política, costuma dizer que: “a política já passou, agora é todos por Ipirá”. Baseado nessa argumentação, não é que o prefeito Dudy compareceu ao baba “tem pato na área” que só tinha defensores da candidatura de ACM Neto!

 

Ipirá não recebe nada de encher os olhos, aí quando recebe um trator é uma festa do outro mundo. Não é que não tenha importância os automotores; tem sim! Mas, Ipirá merece muito mais, merece Universidade pública, Policlínica, Escola de tempo integral, Casa do Estudante em Salvador e mais fábricas, etc e tal. Como o sinal está fechado para essas reivindicações, temos que nos contentar com migalhas jogadas ao vento.

 

O prefeito Dudy falou e tirou o time de campo. O ex-prefeito Marcelo Brandão encerrou o evento dando bicuda na bola e na canela da situação municipal e estadual.

 

O prefeito Dudy não cansa de vacilar. Rachou o grupo no apoio ao deputado Jurandy Oliveira e vai levar muito coice na canela depois de outubro, O caldeirão vai ferver.

 

O prefeito Dudy praticamente desconsiderou quatro vereadores do seu grupo. Se esses vereadores conseguirem formatar um bloco unido e coeso de seis vereadores, para votar (sempre) favorável quando for para o bem de Ipirá e declinarem negativamente quando for interesse exclusivo do Executivo, isso será muito bom e positivo para o bem do nosso município, que está levando torpedos nas canelas.

 

A atuação em bloco desses cinco vereadores somados a uma vereadora é de uma importância imensurável e imprescindível para o município de Ipirá, na questão da implementação das políticas públicas com transparência e na fiscalização rigorosa das finanças públicas, para não se transformarem numa larga correia de transmissão do erário público para o setor privado.

 

Em março 22, uma empresa local recebeu R$9.233,34 para pagar à imprensa local, que presta serviços à prefeitura. Não existem informações de como ocorre esse pagamento. Mas, dá para sentir, que a imprensa local foi participar desse baba e está recebendo sarrafo por baixo e por cima, A arbitragem não marca nada e não existe VAR.

 

A conversa é direta: a gestão do prefeito Dudy depende diretamente da vitória de Jerônimo e uma possível expectativa do ex-prefeito Marcelo Brandão depende diretamente da vitória de ACM Neto.

 

O prefeito Dudy tem uma tarefa política nas suas costas, ele vai ter que incorporar e conduzir a luta em favor da candidatura de Jerônimo em nosso município. Não o faz e fica preocupado em se juntar aos cinco vereadores da jacuzada, que irão defender ACM Neto. Será que essa alma (o prefeito) está querendo dá um pinote?

quarta-feira, 13 de abril de 2022

PRÁ QUE TE QUERO, IPIRÁ!

Pensando, bem pensado: “poderíamos (?) ter carne de macaco assada e torrada em fogo alto na fogueira de São João!” Isso, dois meses antes dos festejos juninos.

 

Sim, sim! Se os cinco vereadores da jacuzada tivessem mudado de rota na votação para a presidência da Câmara seria o maior ‘zignaite’ tomado pela macacada em Ipirá. Bastava dois vereadores. O comando do vereador Jaildo do Bonfim foi suficiente.

 

Suficiente para evitar que o governo do prefeito Dudy mergulhasse numa crise profunda antes do tempo e acelerasse o fracasso prematuro. Essa gestão atual será cozinhada à fogo baixo, porque os cinco vereadores da jacuzadas farão de tudo para minar, aos poucos e vagarosamente, esse governo, nestes dois anos e meio.

 

A mordida começa com a correria destes cinco vereadores macacos na campanha de ACM Neto, numa eleição fatal para o governo municipal. Se o prefeito Dudy não compreender esse momento político ficará chupando dedo.

 

Enquanto isso, a prefeitura local continua pagando suas contas. Quem mais recebeu dinheiro público em março 22 foram cinco ditas construtoras: R$ 1.099.166,74

 

A primeira, R$472.836,66 a segunda R$421.989,66 a terceira R$120.737,41. Não temos informação do porte e quais obras são. A quarta R$66.163,01 e a quinta R$17.440,00.

 

O INSS papou R$929.651,75, esse alto volume é fruto de gestões passadas que atrasaram o pagamento. Foram gastos: R$163.694,30 de gasolina; água da Embasa R$56.141,08; energia da Coelba: R$273.468,05.

 

Cinco Empresas de Consultoria pegaram R$38.490,00 e não melhora a gestão. Os advogados de fora continuam levando dinheiro público e não sabemos o porquê, se existe advogado local recebendo salário de sete mil reais para fazer o trabalho jurídico! O prefeito tem que dizer à população o que está acontecendo.

 

Mesmo com chuvas, a empresa de transporte de água recebeu R$122.818,49 em março 22. Enquanto isso, as chuvas de São José falharam, aí (imaginem!) querem mudar o nome da Praça São José para Praça Delorme Martins.

 

Não demora, eles pretenderem mudar o nome da avenida principal (rua de Cima) para Avenida Marcelo Brandão, que foi o prefeito que asfaltou aquele logradouro e o governador Rui pagou a conta, numa das maiores lambanças acontecidas nesta terra.

 

O quê? Não pode ter nome de rua para pessoa viva. Obrigado pela informação! Que Marcelo Brandão tenha vida longa.

 

Pensando, bem pensado! Talvez, mal pensado. Por que não mudamos o nome de Ipirá? Já foi Camisão. Vai fazer um centenário com o nome de Ipirá e não tem dado muita sorte com esse nome. Não avança com o apoio público e está perdendo terreno.

 

Pegando carona com Luva de Pedreiro: ‘RECEBA’. Observe como soa mal (para quem está à distância): “você é o que sujeito?” - Sou ipiraense. “O quê? O que é isso? Onde fica isso?...” Muito diferentemente, observe a sonoridade: “você é o quê sujeito? – Sou delormiano martiniano. Esse é o sonho secreto da macacada, buscar e ter esse pertencimento à sagrada e aristocrática família da jacuzada.

 

Estamos à véspera do aniversário da cidade de Ipirá. As duas rádios FM locais estão em busca de pessoas para falarem deste aspecto histórico e não estão encontrando, doravante, torna-se necessário que o Poder Público Municipal se preocupe, também, com isso, não só com aquilo. Para que te querem, Ipirá?

 

sábado, 9 de abril de 2022

VEREADOR DETEVAL BRANDÃO DEFENDE NOVA OPÇÃO PARA IPIRÁ

9 a 6 foi o resultado da votação para a presidência da Câmara de Vereadores de Ipirá, mesmo com chapa única.

 

9 a 6 seria o resultado da votação para a presidência da Câmara de Vereadores de Ipirá, mesmo se houvesse o embate democrático entre duas chapas.

 

Ficou parecendo que não houve o bate-chapa, mas o resultado confirma que aconteceu, pois a vitória da chapa do presidente Jaildo Santos conseguiu 9 votos contra o voto branco, que conseguiu 6 votos (40%),

 

O resultado confirmou que a desistência de uma chapa não representou a renúncia de uma intenção, que foi mantida e confirmada com os 6 votos brancos. A intencionalidade não precisou de uma chapa concreta e definida, para mostrar uma posição consistente, firme e determinada, que poderá virar uma oposição de destaque em algumas situações circunstanciais.

 

Naturalmente, o presidente Jaildo Santos vai tocar o bom trabalho que vinha realizando, como foi citado, mas terá que aparar algumas arestas.

 

Para o prefeito Dudy é que a situação fica mais delicada. Com muita dificuldade em fazer as articulações necessárias dentro do seu grupo macaco, perdeu a devida simpatia de dois vereadores (Ernesto e Rafael) na primeira eleição da Câmara e agora, na segunda, aparece uma certa discordância com mais dois vereadores (Miranda e Deteval). Nesta situação, formou-se um grupo de quatro dentro da macacada.

 

Para o prefeito Dudy é que a situação fica mais complicada, porque ele deixou que se antecipasse um problema de 01 de janeiro de 23 para 8 de abril de 22. A indiferença e a falta de atitude do prefeito é que vem gerando uma insatisfação e uma rebeldia latente em seu próprio grupo.

 

Olhe a encrenca em que o prefeito Dudy está enfiando o pescoço: agora são quatro vereadores da macacada que demonstram a sua insatisfação com o que vem acontecendo dentro do grupo e na falta de gestão da macacada, até mesmo por omissão, indiferença e descaso do prefeito.

 

Faltando dois anos e meio de mandato para finalizar a sua gestão, tudo tem significado e consequência. Amanhã, de manhã, será outro dia, o prefeito Dudy irá precisar da Câmara de Vereadores, E aí? Vai apelar para os quatro vereadores da macacada ou vai confiar de peito aberto nos cinco vereadores da jacuzada que elegeram o presidente da Câmara de Vereadores?

 

O prefeito Dudy vai ter que nadar na tempestade. As eleições para o governo do Estado será o tiro de misericórdia para sua gestão. Se o Jerônimo ‘O Herói do Sertão’ levar uma bordoada em outubro, até essa escola grande que o prefeito conseguiu para Ipirá vai para o beleléu.

 

Quem vai lutar pelo candidato Jerônimo em Ipirá, são os quatro vereadores da macacada ou os cinco da jacuzada? São questionamentos políticos, prefeito Dudy e não uma brincadeirinha! Quem vai comandar essa campanha pró-Jerônimo em Ipirá? O prefeito Dudy vai se esconder? Essas lideranças macacas (Antonio Colonnezi e Diomário) vão arregaçar a manga da camisa na campanha? O deputado Jurandy Oliveira vai ficar com Jerônimo, já está certo. O prefeito vai deixar o deputado tomar a frente do processo eleitoral? Se oriente prefeito! Tome juízo, homem!

 

A vice-prefeita Nina ficou no PP, naturalmente acompanhando o Leão, se ACM Neto vencer as eleições essa será ponte do deputado junto ao governo do Estado, que poderá ser a redenção da jacuzada em Ipirá. Aí, prefeito Dudy! V. Exa. saberá com quantos paus se faz uma cangalha.

 

O prefeito Dudy tem que ser muito ingênuo e de uma fraqueza política extrema para não perceber que perdeu espaço político e caiu num esparro gigantesco ao deixar acontecer e apoiar uma arrumação política tão contraditória e vexatória à véspera de uma campanha política para o governo estadual, que será decisiva para sua gestão.

 

Os cinco vereadores da jacuzada, que formaram e são a maioria na chapa vencedora de nove votos, estarão em campo na defesa da candidatura de ACM Neto que, caso vença, será uma carreta passando por cima e amassando a gestão de Dudy. Na política é assim.

 

O prefeito não foi capaz de fazer uma análise de conjuntura para perceber a importância e a ligação das eleições de outubro com a continuidade de sua governabilidade no município. Sem governo do Estado será uma nova situação.

 

Por pensar que seu universo é o município e que não depende do mundo exterior, embarcou numa arrumação política tão contraditória, que se fosse em janeiro 23, depois da campanha eleitoral, com os resultados sobre a mesa, talvez não fosse tão danosa e vacilante. Mas, nesse momento, errou e vacilou feio, prefeito Dudy! Essa briga interna não era para ter acontecido.

 

O vereador Deteval foi firme na sua declaração: “estou  disposto a discutir uma nova opção para o município de Ipirá para dar um basta em jacu e macaco, que representam o atraso de nosso município”

 

Por que qualquer um dos quinze vereadores não pode pleitear uma candidatura a prefeito de Ipirá? Será que isso é uma propriedade carimbada, registrada e passada o recibo em cartório para uma família oligárquica ou um grupinho da outra oligarquia? Isso o prefeito Dudy não compreende, mas a rebeldia do ex-vereador Aníbal Ramos deixou esse questionamento.

terça-feira, 5 de abril de 2022

BALAIO DE GATO DE RAÇA

O balaio de gato está praticamente fechado. O Leão debandou, foi para o outro lado; o deputado Jurandy Oliveira ficou com o governador atual, apostou um olho.

 

O prefeito Dudy vai ter que apostar todas as fichas de sua atual gestão nesta disputa eleitoral para o governo do Estado. ‘É calça de veludo ou bunda de fora’ como diz o ditado popular.

 

Ipirá parece um município sem sorte nesse balaio, estando entregue à própria sorte. Do governo do Estado não chupa um tutano saboroso, fica mastigando carne de pescoço no aguardo de ‘uma obra’ por mandato de quatro anos.

 

A sorte está lançada para os grupos da politicagem local, o jacu e o macaco. A população de Ipirá não ganha nada com essa paixão local, muito pelo contrário, come um ferro que não é brincadeira.

 

Observe bem, povo de Ipirá! Que não é por falta de dinheiro público. Qualquer prefeito do jacu ou macaco, com dois mandatos (oito anos) recebe 1 BILHÃO DE REAIS.

 

Faça as contas: o mandato de quatro anos do ex-prefeito Marcelo Brandão recebeu mais de 480 milhões de reais e o mandato de quatro anos do mandato Dudy, até o término, receberá mais de 520 milhões de reais. Fechando a conta: somando os dois mandatos dá mais de 1 BILHÃO DE REAIS.

 

É muito dinheiro público! O povo de Ipirá, simplesmente, dá um consentimento, uma chance ou um presente para uma família de jacu ou um grupinho de macaco fazer o que bem entender, do jeito que quiser, da maneira mais conveniente para movimentar 1 BILHÃO DE REAIS  do dinheiro público, conforme ficar bem na fita para o seu grupo, sem prestar contas ou dar a menor satisfação à população de Ipirá.

 

Enquanto isso, para citar um exemplo, o asfalto da avenida RGS está cheia de buracos, numa buraqueira desgramada, olhe que é uma obra de dois anos e meio e estão tapando alguns buracos com terra e borra de asfalto solta.

 

Tem mais! Observe que, na gestão do prefeito Ademildo Almeida foi anunciada a compra de uma Usina Asfáltica, não era daquela usina existente em Candeias, eram ‘duas máquinas’ para tapar buracos no asfalto.

 

Agora, pasmem! Essas ‘duas máquinas’ nunca foram usadas! Mesmo sem uso, essas ‘duas máquinas’ foram depenadas e viraram sucatas.

 

Agora, sem uso e sucateadas, estão no pátio da prefeitura para irem para o leilão de sucatas e a prefeitura vai ter que adquirir máquinas novas para tapar os buracos nas ruas asfaltadas, caso contrário, vão continuar usando cascalho, terra ou areia.

 

É desse jeito que jacu e macaco tratam a coisa pública em Ipirá. Qual é o trato que eles deram ou dão a mais de 1 BILHÃO DE REAIS do dinheiro público?

 

Este mês de março/22 a prefeitura de Ipirá pagou as empreiteiras R$ 499.998,45 (três empresas).

 

Até o momento o prefeito Dudy não cumpriu sua promessa de campanha: a prestação de contas de três em três meses em Praça Pública, aí sim, estaria fazendo diferente do ex-prefeito Marcelo Brandão, que não colocou o valor das obras em muitas placas. De que tem receio V. Exas., prefeitos do município de Ipirá?