Entre o
facão e a navalha, aparece o podão. Foi assim que a macacada cortou o pescoço
de alguns de seus coligados da última Eleição Municipal em 2016. As
conseqüências são drásticas; sem pescoço ninguém poderá participar do processo
eleitoral deste ano.
A
burocracia eleitoral é intolerante. O prazo dado é um compromisso rigoroso e
irrevogável com a legalidade. O não cumprimento representa uma violação à legalidade.
Acontecendo, a madeira canta.
Após
qualquer pleito eleitoral, existe um prazo para a prestação de contas de todas
as candidaturas, vitoriosas ou não; queimar o prazo significa que o candidato
vai se deparar com o lado amargo da Lei.
A
macacada chamou para si a responsabilidade das prestações de contas dos
candidatos ao pleito proporcional das Eleições de 2016. Não ficou a cargo de
cada candidato individualmente. Quem não sabia se ferrou.
A
macacada não deixou uma conta de vereador eleito sem prestação. Neste caso, a
macacada foi eficiente e eficaz e cumpriu ao pé da letra com as informações aos
candidatos e as exigências de prazo porque e por quem tinha interesse. Essa foi
a sua lógica.
Os
outros candidatos, alguns foram avisados e os demais nem um reles comunicado.
Foram deixados na rua da amargura, sem nenhum reconhecimento, nenhuma
consideração e nenhum respeito. A escolha da macacada foi seletiva: quem é do
interesse da oligarquia macaca tem todo reconhecimento, quem não é que se
arrombe. É mais ou menos assim.
A
macacada passou o podão no pescoço de vários candidatos à vereança de seu
próprio grupo, comendo seus próprios filhotes, que pensavam que eram bem
quistos (querido) no grupo; eram, simplesmente, quistos (cisto), sujeitos ao
desprezo pelo o grupo dos macacos.
Alguns
coligados, entre os quais salientamos: dois candidatos à vereadores do PT, um
do PCdo B e um do PDT foram entregues à própria sorte. Todos eles estão
impedidos por Lei de participarem do pleito eleitoral de 2020 por não prestarem
contas das Eleições de 2016. Estes sobraram. Outros, a macacada encaminhou suas
prestações de contas, salvando-os da degola.
A
macacada faltou ao dever moral e faltou por má fé, foi omissa e escrota. Não
pense que com a jacuzada isso não acontece; é cometido na mesma dosagem e gosto
amargo. Eleições passadas: um candidato à vereador (naturalmente derrotado) do
grupo jacu pintou um muro com sua propaganda.
O grupo
jacu mandou apagar as propagandas eleitorais do candidato a prefeito; a do
vereador continuou. A Justiça eleitoral intimou o vereador. Um advogado e líder
da jacazuda prometeu que iria comparecer. Você foi lá? O líder também não e
correu à revelia.
A Justiça
Eleitoral determinou uma multa de doze mil reais e suspensão temporária dos
direitos políticos do candidato a vereador. Um acordo na Justiça dividiu a
multa em várias parcelas. A suspensão continuou. Com a Justiça Eleitoral não
tem perdão.
Jacu e
macaco rezam na mesma cartilha. É um sistema controlado de cabo a rabo por
oligarquias. Uma oligarquia é familiar, com a família acima de tudo e de todos;
a outra oligarquia tem um seleto grupinho no comando para atender aos
interesses particulares e escusos de alguns poucos.
O povão
é massa de manobra, sua validade só vale o período eleitoral. Ipirá está no reino da necessidade e é carente de muita
coisa; coisas que em outros municípios não são novidades há muito tempo.