sábado, 29 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
TUDO INDICA UM TRISTE FINALE.
Sexta-feira, véspera das eleições, uma rodada decisiva de
200 mil reais para a macacada: o prefeito berrou que não tinha dinheiro. Com várias
lideranças sem cadastro atualizado e disponível no banco não havia meios de
tomar empréstimo. Recorreram a quatro amigos do grupo e solucionaram o
problema: cem de um e cinqüenta de outros dois. O prefeito sabe que grana é
fator de triunfo nas eleições mercantilistas de Ipirá. Sabe, mas negou ao apelo
do macaco. O prefeito viu a banda passar e não acompanhou. Os macacos cismaram.
O prefeito não gastou e ficou mal com a macacada.
Não foi só isso. Diomário era tido como um grande
estrategista e pensador político. Neste último pleito eleitoral, ele conseguiu
a façanha de ser o maior transformista que já houve em Ipirá; deixou de ser
estrategista e passou a ser o maior atrapalhado que já houve em uma eleição em
Ipirá. Manteve uma candidatura improvável, impossibilitada, em completo
impedimento ou melhor, na banheira, utilizo termo de futebol e ele argumentou
com um provável parecer de um Ministro do Supremo. Uma lambança de primeira
ordem imprimida por um fantástico fanfarrão.
Faltando poucos dias para as eleições, a macacada foi
obrigada a trocar de candidatura e foi uma correria desembestada para trocar o
11 pelo 22. Tudo isso por culpa de quem? Do prefeito Diomário que queria ser o
centro de referência e das decisões. Foi um embananador de mão-cheia. Um
vendedor de ilusões para o eleitor; um iludido para o grupo da macacada.
Candidato de oligarquia é fruto da árvore genealógica: não sendo o marido é a
esposa, não sendo esta, é o sobrinho. O prefeito acha que foi ele quem lançou a
candidata. Gosta de se enganar. A candidata eleita que não se deixa enganar,
sabe que ele não tem cacife para tal. A resposta já está deixando de ficar
entalada na garganta.
O resultado das eleições (49 de frente) deixou o prefeito
Diomário mal na fita da macacada. Na campanha, esteve mais para quinta-coluna
do que para protagonista ou condutor da campanha. Sua atuação como padrinho da
candidata foi um verdadeiro fiasco e ele está pagando pelo que plantou. A sua
gratidão mostrou-se tão precária e fraca que foi de uma pobreza singular, ou
bem melhor, um sussurro da boca prá fora. Não perdeu uma eleição ganha por um
triz.
O prefeito Diomário não indicou uma secretaria para a nova
administração de Ipirá. Está chateado e achando-se injustiçado. Tadinho dele, dá
uma peninha! Tomando dois wisky não esconde o que acha que deve ser: “ em time
que está ganhando não se mexe; não era para a prefeita trazer esse pessoal de
fora!” Não passa de um palpite surdo. As duas cartas que ele faz questão de
defender e amparar não gozam da simpatia da macacada. São cartas fora do
baralho da macacada. A caneta do prefeito Diomário já secou. Além do mais, o
prefeito Diomário é um bocudo de primeira grandeza, não via a quem, nem com
quem para deixar de comentar: “essa macacada é incompetente.” Seguindo o seu
conselho neste palavreado a prefeita trouxe pessoas de fora.
Diomário não vai dar mais as cartas. Seu tempo findou.
Perdeu a Assistência Social para o deputado Jurandy, que vai voltar a ser
deputado de fato e poderá voltar a ser candidato a deputado (Diomário impediu a
de prefeito). Entre Diomário e Jurandy, a macacada fica com o segundo. Adios
Diomário. Fez mil e uma ingrisia, alinhavou até pelo avesso e não deu em muita
substância; fora da macacada não é lá essa coisa toda; é um belo representante
do nada; uma liderança concebível de coisa alguma; não era o cacique que muitas
vezes sonhou que era. Prefeita, não esqueça Diomário! Mantenha o pagamento dos
funcionários em dias e não pinte o meio-fio da cidade porque o administrador
Diomário gastou milhões de reais nesta irrelevante obra; faça justamente o que
ele deixou de fazer, pague o transporte escolar para os alunos da rede
estadual, é só o mês de janeiro e fevereiro, dessa forma a Digníssima prefeita
ficará bem na foto. Quanto a Diomário! Eu só queria saber uma coisa: quanto o
prefeito Diomário gastou na campanha da prefeita? Tai uma coisa que eu gostaria
de saber.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
CREPÚSCULO.
Excelentíssima Prefeita de Ipirá, Ana Verena! Tenho lá
minhas dúvidas quanto à sua futuríssima administração nesta terra, até mesmo,
porque a digníssima prefeita não tem o cheiro desta terra e, muito menos,
degustou do sal deste chão, por isso, eu faço uma perguntinha simples, só responda
com ação: o que a prefeita vai fazer pela economia rural do nosso município?
Pense, enquanto eu continuo pensando por meu lado.
Está findando a administração do prefeito Diomário. A
administração e a força da caneta. A força da caneta e a carreira. A carreira
porque a macacada está eufórica e não perde o tempero, ou melhor, o destempero:
“é a vez do nosso grupo comer”. Essa gente pensa que o dinheiro público é para
ser fatiado entre os coligados. Essa gente é aquela sombra ou assombração que joga
no lamaçal o nome, a honra, a dignidade de qualquer gestor. O grande inimigo da
prefeita está em casa, no próprio grupo da macacada.
Voltando ao prefeito Diomário, é o fim da carreira. Os
macacos ganharam por 49 votos de diferença, quase nada, e isso provoca uma grande
diferença, porque os macacos não perdoam o prefeito Diomário quando afirmam
que: “a frente foi pequena porque o prefeito Diomário não gastou com a
campanha”, alguns dizem mais: “ ele não gastou e ainda pagou coisas da
prefeitura com o dinheiro que era da campanha”. Os macacos assim enxergam e,
assim enxergando, fazem com que a cabeça siga pensando desse jeito, assim
sendo, analiso eu: “ Diomário é uma espinha atravessada e encravada na garganta
da macacada, que não consegue engoli-lo e parece que o dito-cujo não terá muita
vez. Vai ser fritado.”
Já está sendo fritado. O grupo de Diomário não indicou um
secretário. Os dois nomes que ele tenta proteger e amparar sofrem uma rejeição
homérica dos macacos. Sem poder de mando perdeu o poder de decisão, virou uma
jangada sem rumo em mar aberto e não tem como influenciar com peso nas futuras
candidaturas do grupo e macaco não aceita novamente uma candidatura sua e,
talvez, quiçá, nem mesmo a sua interferência. Está mais ou menos clara a extensão
do papel político de Diomário na política de Ipirá, mas esse papel não pôde e não
pode ser desempenhado senão a serviço da oligarquia que domina o grupo da
macacada. Aliás, sejamos bem realistas, o grupo de Diomário só tem o advogado
G.M. com possibilidade de ser prefeiturável, principalmente pela honradez, mas
totalmente escanteado levando-se em conta o principal fator para ser um
candidato em Ipirá, o cifrão (infelizmente chegamos a esse ponto e essa gente
que domina Ipirá não quer entender isso, estão todos a caminho do inferno na
própria terra).
O acesso ao governo estadual será da prefeita. O ex-prefeito Diomário
não terá nenhuma serventia nesta confabulação. O crepúsculo é o fechamento das
cortinas. Esse acesso seria a fenda que daria um suspiro ao ex-gestor,
subtraindo-a em sua integridade, resta o espaço vazio, mais precisamente a
lacuna da falta de possibilidade e o consolo do tempo livre, do momento de
lazer e da folga em Praia do Forte. Não conseguiu se estabelecer como liderança
nem como força política em Ipirá. Constituiu-se uma força minoritária dentro da
macacada. Deixado o poder o rei desnuda-se.
Mas, nem tudo significa água jogada fora da bacia. O
ex-prefeito pode muito bem refazer o seu caminho e pavimentar de forma mais
consistente a sua trilha política, bastando simplesmente se filiar ao PT, onde
será bem recebido pelo governador petista e dará mais força e robustez ao
partido local e se consolidará como um representante petista à altura e de
respaldo para fazer a ponte entre uma prefeita do PP ou de qualquer partideco e
o governador do Estado. Dentro do diagrama e do corporativismo dos macacos,
Diomário não tem espaço, coisa que ele só poderá estabelecer com força
tornando-se um líder do PT local.
Mas, tudo isso interessa muito pouco. O fundamental é a
pergunta: Prefeita, o que a sua administração pretende fazer pela economia
rural de Ipirá, que se encontra em estado de depressão, beirando a falência?
Prefeita, esse é o grande problema de Ipirá. É um fator estrutural e essencial
para o nosso município; nada sendo feito, depois, nas campanhas políticas, que não
seja motivo de orgulho e de grande vantagem a badalação de que sua
administração conseguiu aumentar substancialmente o número de bolsa família no
município de Ipirá. É sua vez de agir, prefeita Ana Verena. O projeto de
desenvolvimento é seu.
domingo, 9 de dezembro de 2012
É DE ROSCA.
Estilo:
ficção
Natureza:
novelinha
Capítulo:
50 (mês de novembro 2011) – Apesar de cansado cheguei ao capítulo 50. Essa
novelinha só tem previsão de término quando o Matadouro Municipal de Ipirá
abater o primeiro carneiro. É pura correria: de um lado, o prefeito
apressando-se para deixar o Matadouro de Ipirá em pé; do outro, o blogueiro
tentando fazer capítulo em cima de capítulo para a novela terminar primeiro do
que o matadouro. Faltam 22 dias para o atual gestor deixar o poder municipal e
a novelinha está no capítulo 50 (novembro de 2011), com simplesmente 13 meses
de atraso. Está feito o grande desafio para o blogueiro, escrever em 22 dias,
nada mais, nada menos do que 13 capítulos, porque acredito que o prefeito não
vá fazer e botar esse matadouro para funcionar em 22 dias.
Em
Praia do Forte, o prefeito Dió acordou alegre e satisfeito, cantarolava e
pensava “hoje é um dia feliz para minha grande gestão, vou terminar o
matadouro”. Chamou o motorista e ordenou-lhe que preparasse o carro:
-
Programe o computador do carro para uma parada no matadouro e coloque no GPS um
roteiro de viagem para Ipirá.
Dito
e feito. No pedágio o motorista chamou à atenção do prefeito Dió:
-
Prefeito Dió, veja o que está escrito nessa carreta “BANCO DO NORDESTE -
Agência de Ipirá- BA”.
-
Onde? – Indagou o prefeito surpreso e assustado – Sim, sim! Foi minha
administração que conseguiu. Eu tinha acertado de encontrar com eles aqui no
pedágio, vamos atrás deles.
-
Não é melhor passar por eles e a gente ir na frente para dar a notícia ao povo
de Ipirá não? – indagou o motorista.
-
Não, vamos atrás deles senão a gente se perde deles.
Enquanto
isso, o Sujeito do Blog estava imaginando como ia fazer mais um capítulo para a
novelinha, já que o assunto estava escasso, parou para pensar e veio aquela
luz: “já sei, vou para Praia do Forte”. Em Feira de Santana, passou pela
carreta de 200 pneus com a lateral em letras garrafais: “BANCO DO NORDESTE -
Agência de Ipirá”. Atrás minúsculo e apagado seguia o carro do prefeito Dió.
Ipirá é assim: enquanto a novelinha vai, o matadouro vem. Nem bem vai, nem bem
vem.
Quando
a carreta passou no primeiro quebra-mola da entrada do Centro de Abastecimento,
as letras grandes permaneceram “BANCO DO NORDESTE”, mas as pequenas começaram a
cair. Caiu o I ficou pirá. No segundo quebra-mola caiu o rá, ficou Pi. Na
entrada de Ipirá a carreta passou direto. “Vai entrar pela rua de Itaberaba”
pensou o prefeito Dió. Passou direto. O carro do prefeito passou direto, estava
programado para o matadouro, estava atrás da carreta. Na estrada de Pintadas, a
carreta entrou. O Prefeito Dió assustado gritou para o motorista:
-
Segue atrás da carreta que o motorista errou a entrada e eu tenho que dizer
para ele onde fica Ipirá.
-
Não dá prefeito Dió. Esse carro só vai parar no matadouro – falou o motorista.
O
prefeito Dió ainda conseguiu ler o fundo da carreta: “BANCO DO NORDESTE –
Agência de PINTADAS”. O carro do prefeito parou de forma brusca no matadouro. O
prefeito já desceu do carro dando esporro:
-
Como é! Isso aqui termina ou não termina?
-
Só tem condições de terminar no ano que vem, seu prefeito Dió – arrematou o
mestre de obra.
-
Eu vou terminar essa geringoça é agora. Vou dá esse troço a um amigo meu por 21
anos para ele mandar e desmandar.
-
Mas prefeito Dió! Eu posso fazer uma pergunta? ... Aí o senhor não acabou o
matadouro, aí o senhor deu – concluiu o motorista.
-
E daí? Não importa, eu terminei, eu terminei de dar a um amigo meu; o
matadouro, é bom que fique bem claro e acabou.
Enquanto
isso, o Sujeito do Blog, perdido em Praia do Forte, ficava sem saber o que aconteceu
com a carreta, mas imaginava: “ o prefeito Dió não gosta de dá nada da
prefeitura, é bem capaz ele não dá um local para esse Banco; mas não é possível
que este banco não fique em Ipirá por falta de local, (a Galeria Piaiá, coloca
à disposição do banco o primeiro andar da galeria com 400m2, sem pagar nada por
dois anos) neste momento, o prefeito Dió está no matadouro, eu aqui em
Salvador, como é que eu vou colocar ovelha neste capítulo? Não tem jeito vou
ter que apelar para a polícia.” O prefeito Dió recebeu um telefonema:
-
Prefeito Dió! Aqui é a polícia, roubaram um bangalô aqui na Praia do Forte, mas
já prendemos o ladrão, é um sujeito de alta periculosidade chamado Burrego... O
quê?... O nome da mãe dele?... Só pode ser ovelha.
No
matadouro, o prefeito Dió falou em voz alta:
-
Tem que matar tudo quanto for ovelha e burrego para não ficar nem a semente.
-
Eu não entendo mais nada. O prefeito Dió dizia que aqui no matadouro não ia
matar uma ovelha e agora já quer que mate todas! – argumentou o motorista.
-
Não é aqui não, é em Salvador. Lá tem que ter pena de morte para burrego, é lá.
Lá em Salvador, ovelha tem que ir para a cadeira elétrica. Oh my god! por que
ninguém me compreende?
Suspense:
e agora ? o que será que vai acontecer ? A correria é grande. De um lado o
prefeito Dió está faltando 22 dias para deixar o mandato. O sujeito do blog
está com a novelinha atrasada 13 meses. Mandato vai terminar daqui a 22 dias. A
novelinha para empatar tem que correr, ou seja 13 capítulos em 22 dias. Quem
vai terminar primeiro? Quem vai levar a melhor: o prefeito Dió ou sujeito do
blog? Agora é o de rosca contra a
certeza absoluta é que a novelinha não acaba nunca e Ipirá vai se lascar. Duas
coisas de rosca, essa novelinha e o Matadouro de Ipirá.
Leia
o capitulo 49 (outubro 2011) bem abaixo.
Observação:
essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador
e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
É DE ROSCA.
Estilo:
ficção
Natureza:
novelinhaCapítulo: 49 (mês de outubro 2011) – Essa novelinha só tem previsão de término quando o Matadouro Municipal de Ipirá abater o primeiro carneiro. Estamos em fase de correria: de um lado, o prefeito apressando-se para deixar o Matadouro de Ipirá em pé; do outro, o blogueiro tentando fazer capítulo em cima de capítulo para a novela terminar primeiro do que o matadouro. Faltam 28 dias para o atual gestor deixar o poder municipal e a novelinha está no capítulo 49 do mês de outubro de 2011, com simplesmente 14 meses de atraso. Está feito o grande desafio para o blogueiro, escrever em 28 dias, nada mais, nada menos do que 14 capítulos, porque acredito que o prefeito não vá fazer e botar esse matadouro para funcionar em 28 dias.
O
prefeito Dió vinha andando tranquilamente, quando menos esperava tropeçou num
carneiro e caiu. Ficou azucrinado e gritou:
-
QUEM BOTOU ESSA DESGRAÇA NA MINHA FRENTE.
-
Êpa, para aí Sujeito do Blog! Que onda é essa? Quem foi que disse que vale uma
novelinha com três linhas? Você quer mim arrombar com três linhas? Se você não
tem condições de fazer novelinha saia de baixo, acabe logo com isso e desista
dessa bobagem que não tem nem mais tamanho – disse o prefeito Dió.
O
Sujeito do Blog não perdeu a oportunidade e falou cobrando:
-
Cadê o matadouro que sua administração não terminou?
- Alto
lá! Não terminou, não! Já estou na pintura, tenho 28 dias para deixar o
matadouro todo pintado de branco. Pintura é acabamento, todo mundo sabe disso –
considerou o prefeito Dió.
-
Acabou, mas não acabou! Só acaba quando matar o primeiro carneiro – argumentou
o Sujeito do Blog.
-
Quando matar o primeiro bicho não é acabar, é começar. Quem tem que começar é a
nova prefeita, meu trabalho é terminar e eu já estou no acabamento e vou acabar
essa pintura até o dia 31 e no último dia, no último minuto o povo vai receber
esse matadouro, não foi assim que meu Bahêa ficou na série A – disse o prefeito
Dió.
-
Pintura não significa obra acabada é por isso que a novelinha também não
acabou, porque só vai acabar quando começar a matar o primeiro bicho – disse o
Sujeito do Blog.
-
Eu já disse que você não sabe fazer novelinha, você só sabe baixar a madeira na
minha administração, nessa tal novelinha eu só entro pelo cano, não levo uma
vantagem em nada. Quem já viu o artista principal só levar fumo? Isso é porque
você, seu Sujeito do Blog, não sabe fazer novelinha – falou o prefeito Dió.
-
É mesmo, prefeito Dió! Ta certo, então vou fazer como V.Exa. quer. Vou começar
o capítulo agora: O prefeito Dió estava na maior tranqüilidade deste mundo, na
beira da praia, respirando a brisa do mar, beliscando lagosta de tira-gosto e
saboreando uma cervejinha bem gelada, tudo isso em frente ao seu majestoso bangalô,
comprado recentemente na Praia do Forte. Era só tranqüilidade. Ipirá? Problema
nem pensar, era o esquecimento merecido, enterrado, soterrado e apilado, para
não vir à tona e estragar la doce vita. Chuva, nem pensar.
-
Aí, sim! É assim que se escreve, eu não sei porque a Globo não descobriu o
Sujeito do Blog ainda. Esse Sujeito do Blog ta se perdendo nessa terra. Se você
continuar com essa escrita correta e brilhante como deve ser, eu lhe digo que
vou entrar em contato com Roberto Marinho e vou ajeitar uma boquinha lá pra
você – garantiu o prefeito Dió.
-
Lá onde, prefeito Dió? Lá ele é que quer uma boquinha nesse lugar. Não me
atrapalhe, permita que eu continue: no requintado bangalô do prefeito Dio vivendo
só na maresia e com muito bom gosto, ele colocou uma TV plasma de 100 polegadas
importada dos EUA, só para assistir aos jogos do Bahia, nessa imagem cada
jogador fica com 2 m
de altura, e foi essa televisão que deu sorte ao Tricolor de Aço para não cair,
e pensando nisso o elevador do bangalô do prefeito Dió só faz subir – era a
continuação do capítulo da novela feito pelo Sujeito do Blog.
-
Que espetáculo! Isso sim que é novelinha! O artista ou seja, o galã da
novelinha, não por acaso eu, distribuindo simpatia, popularidade e
hospitalidade. Vê se dá para colocar o homem do gol do Bahêa nesse capítulo? –
indagou o prefeito Dió.
-
Boa idéia, prefeito Dió. Vai acontecer isso. Preste atenção, deixe eu fazer o
capítulo e não atrapalhe: Rafael, o Gladiador, foi convidado pelo prefeito Dió
para um almoço série A em seu bangalô para festejar e comemorar a permanência
do Bahia na série A. O jogador aceitou e chegou para o banquete no bangalô do
maior torcedor do tricolor baiano no Estado – assim ia discorrendo o capítulo
da novelinha.
-
Eu tenho outra boa idéia! Hoje eu estou inspirado, foi essa vitória espetacular
do Bahêa. Bota eu conversando ai com o goleador Rafael – orientou o prefeito
Dió.
-
Então lá vai. O prefeito Dió mostrava a televisão plasma de 100 polegadas ao
Gladiador e argumentava: “Foi o primeiro jogo que essa televisão transmitiu,
quando você entrou no jogo essa minha televisão falou “esse Rafael vai fazer o
gol” e não é que você fez o gol. Êta televisãozinha virada do cão, não erra
nunca. Ô Rafael! Me diga com toda tranqüilidade o que foi que lhe deu sorte
para você fazer aquele gol?” o prefeito Dió fez a pergunta e esperava que o
artilheiro não esquecesse de dizer que seu verdadeiro talismã era sua televisão
– narrava o Sujeito do Blog, que passou a palavra ao artilheiro.
-
Observe bem, prefeito Dió! Todo mundo sabe que eu não tenho um pique acelerado
no meu estado normal, mas lá em Goiânia, no restaurante, serviram um tutano e
uma carne de costela de carneiro e eu, que não ia jogar de titular, cair prá
cima de comi quatro pratos de carneiro e seu delicioso tutano, não deu outra,
ganhei sustança, vigor e força pra partir no pique, tirar do goleiro e mandar
para as redes – narrou o artilheiro.
O
prefeito Dió perdeu a cabeça, deu um murro na mesa e soltou a língua:
-
Ta nulo o gol. Jogador dopado não pode fazer gol. O jogo foi zero a zero. Eu já
disse e continuo a dizer: nesse matadouro de Ipirá não vai ter matança de
carneiro, e você, seu Sujeito do Blog, vá fazer novelinha na casa da desgraça e
não no meu bangalô.
Suspense:
e agora ? o que será que vai acontecer ? A correria é grande. De um lado o
prefeito Dió está faltando 28 dias para deixar o mandato. O sujeito do blog
está com a novelinha atrasada 14 meses. Mandato vai terminar daqui a 28 dias. A
novelinha para empatar tem que correr, ou seja 14 capítulos em 28 dias. Quem
vai terminar primeiro? Quem vai levar a melhor: o prefeito Dió ou sujeito do
blog? Agora é o de rosca contra a certeza
absoluta é que a novelinha não acaba nunca e Ipirá vai se lascar. Duas coisas
de rosca, essa novelinha e o Matadouro de Ipirá.
Leia
o capitulo 48 (setembro 2011) bem abaixo.
Observação:
essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador
e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.
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