sábado, 16 de janeiro de 2016

‘RENOVA IPIRÁ’ na CABEÇA.

O Movimento Renova Ipirá tem como objetivo contribuir para que o cidadão consciente jamais se omita nas lutas pela democracia e justiça social. Pleiteamos para o nosso município uma disputa política saudável e que seja feita de forma respeitosa e não carregada de ódio, intolerância e fúria. É preciso respeitar as divergências de opinião.


O Renova aproveita a oportunidade para fazer uma apresentação dos seus pré-candidatos para o pleito municipal 2016, deixando claro que o nosso candidato será definido em junho/julho 2016 nos períodos das Convenções.

Agildo Barreto – professor de História. Tem uma compreensão clara da incompatibilidade existente entre a política do grupismo (jacu/macaco) e o desenvolvimento e progresso de Ipirá. O município de Ipirá tem que dá um salto adiante e não pode e não deve ser atrofiado por uma politicagem atrasada e mesquinha. O município de Ipirá virou um município complexo e complicado; ninguém governará esse município sozinho; é necessário a confluência de pessoas de boa índole, de caráter ilibado e com muita boa vontade para consolidar um projeto para o município e de uma gestão com participação popular para alavancar o município em direção ao desenvolvimento.

Eraldo da Constrolux – é empresário do ramo de materiais de construção. É a liderança mais representativa do movimento Renova Ipirá. Eraldo tem compromisso com a condução da coisa pública de forma transparente e voltada para o crescimento sustentável do município de Ipirá. Eraldo é um ipiraense que quer ver o desenvolvimento de sua terra de forma que atenda a todas as demandas humanas da sua gente.

 Paulinho Dantas – formado em administração curso superior – é o pré-candidato mais jovem a ser apresentado em Ipirá para a participação do pleito em 2016. É um jovem competente e de grande capacidade, representa a força, o brio e a inquietação de uma juventude que quer algo novo no nosso município, que exprima a coragem de um grande contingente social que quer ter voz e vez para fazer a diferença. Paulinho é assim e tem os pés no chão para conduzir esse município em sintonia com o desejo de uma juventude que quer encontrar em sua terra uma perspectiva de vida.

Genesito Santiago – é o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Ipirá - SPRI. Tem uma participação ativa nos movimentos que envolvem a sociedade ipiraense na busca de políticas públicas afirmativas para o nosso município. É um abnegado combatente das boas causas, imprescindíveis para o engrandecimento humano em Ipirá. Defende um modelo de cidade inteligente que elabore sua sustentação com base nas suas potencialidades concretas.
 Jolival Soares – ipiraense, formado em bioquímica, empresário bem sucedido em Feira de Santana e com bons investimentos em Ipirá. Defensor ardoroso da causa da Caboronga. Tem uma capacidade impressionante na articulação com forças progressistas e científicas internas e até do exterior, o que abre espaço para fazer uma administração eficiente, criativa, brilhante e cria possibilidade de colocar um município do semi-árido em uma rede de proteção e amparo de instituições beneméritas, contribuindo para que Ipirá seja digna para sua gente e desabroche para povos distantes como algo de muita atenção e consideração. 

José Augusto do Posto – um empresário do ramo de combustíveis. Tem experiência na administração pública, foi vice-prefeito e secretário em nosso município. Está mais maduro e mais experiente para conduzir os destinos do município de Ipirá, principalmente, com a compreensão e a visão da participação imprescindível do povo na gestão da coisa pública, através da democracia plena, com abertura para as opiniões diretas e da participação dos Conselhos Municipais na gestão.

Dentro do espírito democrático, o Renova tem em seus quadros outros prefeituráveis e ainda incorpora os partidos PROS e Solidariedade que, também, poderão pleitear uma pré-candidatura à prefeito e um de seus componentes poderá ser contemplado com a cabeça na nossa chapa. Vamos Renova, com firmeza e determinação. 

domingo, 10 de janeiro de 2016

BANCO DO BRASIL - AGÊNCIA IPIRÁ -930 X.


Terça-feira, dia 5 de janeiro de 2016, século 21.
Sou cliente desta agência e fui atendido em menos de um minuto.

Atendente: O que o senhor deseja? (ouviu a resposta) Sua identidade e o seu cartão, por favor, (teclou) (continuou teclando) coloque sua senha numérica aí, (voltou a teclar) sua senha já está desbloqueada. Tenha um bom dia e passe bem!

Atendimento: não sei se chegou a 50 segundos.
Nota para o atendimento: zero (uma verdadeira desgraça).
- Como? – indaga você que não está entendendo nada.
Então vou começar pelo começo.

O problema: Depois dos festejos do Ano Novo, precisamente no dia 4 de janeiro, entrei na referida agência para retirar dinheiro (o meu dinheiro, é o que me consta) na minha conta. Enfiei o cartão no cash, digitei minha senha alfabética *** (- Senha incorreta – respondeu o cash), pensei: “Que vacilo!” e tornei teclar a senha *** ( - Senha incorreta – afirmou o cash), indaguei a mim mesmo: “Oxente! O que está acontecendo se nunca aconteceu isso?” resolvi ter uma concentração maior, embora já estivesse contaminado pela dúvida e tornei a colocar a senha *** ( - Senha bloqueada – informou o cash). “Agora foi que deu! E o que eu devo fazer?” (- Você deve ir enfrentar a fila do inferno lá dentro para resolver o seu problema – respondeu o cash), pensei: “que cash mais brincalhão!”. Como eu tinha algumas coisas para resolver, esse problema ficou para o dia seguinte.

O dia seguinte: dia 5 de janeiro de 2016. O dia mostrava-se promissor, com uma temperatura amena e com aparência de chuva, o que deixa o sertanejo mais alegre e de bem com a vida. Agência do Banco do Brasil de Ipirá é meu destino. Vamos que vamos.

Entrei na agência e a parte dos caixas eletrônicos estava com uma movimentação normal, ou melhor, normalíssima. Coloquei meu cartão Ouro Card no monitor de senha e retirei uma senha preferencial I902, precisamente às 9:51 h. Você que está lendo fique de olho nesta senha I902 e no horário.

Passei pela porta-giratória e adentrei na parte dos caixas, que estava com atendimento normal e cheguei ao meu destino, que eu esperava fosse promissor, dentro da normalidade e da razoabilidade. Era o que eu esperava. Puro engano, estava eu na fila do inferno.

No local tem doze cadeiras para o pessoal aguardar a chamada pela senha no monitor. São seis mesas, com três funcionários atendendo. Procurei uma cadeira para sentar, pois estava com as articulações dos pés e mãos inchadas e doloridas pelo ataque da chikungunya. Encontrei uma cadeira nas mesas que estavam sem atendimento.

Fiquei de olho no monitor. Além das pessoas sentadas, havia mais de trinta pessoas em pé na parte anterior das cadeiras, naturalmente para serem atendidas, pois estavam de olho no monitor, a não ser que estivessem ali para ver o sofrimento de quem estava padecendo no local e isso tivesse se tornado uma atração naquela agência, mas eu acho que não, quem estava ali, estava por necessidade e, infelizmente, tinha que provar o sabor amargo da incompetência de alguém. Olhando bem, tinha muitas pessoas velhas, idosas, muitas senhoras, inclusive mães com menores no colo.

O tempo passando, o atendimento estava demorado, vamos ser correto, tem caso que é demorado mesmo. Eu de olho no monitor naquela expectativa e ansiedade para ser chamado e nada. Comecei a observar que só aparecia chamada para as letras D, J e K. Nada da letra I e minha senha era I902.

O tempo passa torcida brasileira. Já estava ficando contrariado. Fiquei com a impressão de que aquele monitor desgraçado que chamava senhas era um analfabeto funcional que estava manipulado e só sabia chamar D, J ou K. Pensei: “vou lá fora tirar outra senha!” Saí, coloquei meu cartão no monitor de senha. Saiu a senha I903 – 10:56 h. Tentei, sem cartão, saiu a senha I904 – 10:57 h. Novamete, I905 – 11:42 h. Percebi que aquele cabrunco de monitor estava contra minha pessoa, pois não queria mim dá uma senha D, J ou K. Entrei novamente para a recepção da fila do inferno.

O tempo não para. As pessoas já estavam impacientes. Reclamei e indaguei se não chamavam a letra I, como resposta, ouvi que, o sistema tinha sido abalroado com um número excessivo de senhas preferenciais e que estava tentando solucionar o problema, que eu aguardasse que seria chamado. Um senhor que puxava de uma perna também esboçou um pequeno protesto: “Boa tarde, meu jovem funcionário! eu sou ardente defensor e gosto muito do Banco do Brasil e estou aqui já faz 3h para ser atendido e isso não é correto.” A resposta: “é que nós fomos surpreendidos com um excesso muito grande de pessoas para serem atendidas, mas eu peço desculpas e peço para o senhor ter um pouquinho mais de paciência que daqui a pouco o senhor será chamado. Muito obrigado e vá desculpando”.

Vamos encurtar a conversa. Três funcionários no atendimento é uma senha da letra D, desrespeito e descaso para com as pessoas. Tem casos que o atendimento leva um minuto como: desbloquear senha; entrega de cartão; devolução de um cheque e outros, que muito bem, poderia ser intercalada entre atendimentos mais demorados. Como saber? Sem a desgraça do monitor, sem o controle absoluto do sistema, chamando de boca “quem veio receber cheque devolvido?” O serviço do Banco do Brasil, em Ipirá, nesta parte de atendimentos gerais está merecendo uma senha da letra I, ineficaz, ineficiente, incompetente, imoral.

Uma conclusão simples: fui atendido às 14:28:50 h, levar 4:23 h na espera de um atendimento de 50 segundos é uma vergonha e um absurdo. Por enquanto, esta é a forma de manifestar o meu repúdio, se isso ocorrer com qualquer pessoa, a minha sugestão é para que as pessoas recorram à justiça, onde o banco poderá pagar uma indenização equivalente ao salário de um funcionário que a instituição não quer dispor para o bom atendimento ao público. Se ocorrer comigo novamente, assim agirei, porque é melhor enfrentar a fila do inferno do que esta fila do Banco do Brasil, agência 930-x, pelo menos, lá a fila anda ligeiro porque o diabo tem pressa.

sábado, 2 de janeiro de 2016

DESPEDIDA, EM BOM ESTILO!

Excelente a entrevista do político Antônio Diomário Gomes de Sá ao Site Ipirá Negócios. Foi claro, sincero, não jogou o laço, nem armou a arapuca. Foi uma despedida inteligente, generosa e provida de argúcia, porque abdicou de qualquer candidatura num momento em que carrega a Tríplice Coroa (duas vezes prefeito e a garantia de um sucessor) e afirma-se como o político de Ipirá com maior representatividade, respaldo e prestígio junto à cúpula petista que governa o Estado.

Diomário chegou à Ipirá na década de 1960, com uma calça Lee desbotada, duas mudas de camisa, uma carteirinha de militância no Partidão; trouxe régua, compasso e a sabedoria que conseguiu extrair dos bancos escolares. Tornou-se uma referência na advocacia. A ditadura militar de 1964 tinha a sua ferocidade, Diomário tinha a sua sagacidade camaleônica. Lacrou a boca e fechou os ouvidos. Omitiu-se, quieto ficou o tempo todo.

Imiscuiu-se na politicagem local pelas entranhas do grupo de Delorme, uma oligarquia que, hoje, até que enfim, ele considera, corretamente, aristocrática, conservadora, fechada, propriedade de um senhor, uma coisa que tem dono. Aí conviveu docemente por longas décadas como bom e fiel serviçal, sempre agradando ao cacique oligárquico da família Martins: fazia o papel de guardião dos interesses dos Martins no Cenecista; foi o preposto da oligarquia Martins na tomada do PMDB local, pois a ditadura começava a dar sinais de exaustão devido a luta e a resistência popular, Diomário foi o pau-mandado nesta empreitada para servir aos interesses escusos dos Martins; num ato de extrema bajulação à oligarquia Martins, Diomário encabeçou a mudança do nome da Praça da Bandeira. São alguns de seus feitos.

Ciente dos bons e largos serviços prestados, metodicamente e diuturnamente, Diomário achou que era merecedor do bom reconhecimento e que merecia uma oportunidade por parte dos Martins, lançou-se candidato a deputado estadual. Foi rejeitado pelo grupo e desistiu da candidatura. Recebia a boa-paga da oligarquia Martins, que não dá prego sem estopa.

Diomário nunca foi burro, aprendeu a lição. Sem pestanejar, soube aglutinar as insatisfações dentro do grupo Martins e arribou com a mala, cuia e os votos de uma parcela significativa de eleitores para a outra oligarquia, chefiada por Antônio Colonnezi. Virou prefeito.

Um administrador ardiloso. Combateu a prática da agiotagem que dominava a prefeitura e implementou o sistema de terceirização que canaliza o dinheiro público para empresários genéricos do grupo, num patamar que não resiste a uma investigação mais apurada. Fez fama como gestor que pagou ao funcionalismo em dias, principalmente, devido ao calote passado no funcionalismo pelos prefeitos anteriores: Antônio e Luiz Carlos.

Um administrador matreiro. Ganhou a reeleição com o campo de futebol e cercando duas praças de um milhão de reais cada. Conseguiu vários convênios com a União, principalmente na área de habitação popular, quadras esportivas, UPAS. Administrou Ipirá na abestunta, no ‘vamo que vamo’, pois ao lado da fábrica Paquetá instalou um conjunto residencial, numa área nobre e favorável à concentração de fábricas. Não teve a perspectiva do progresso de Ipirá, sua bitola era a do favorecimento ao grupo.

Diomário foi um vencedor. O seu governo não representou nenhum momento de libertação e participação da população ipiraense. Pontuou e pautou sua gestão pela concentração do poder e pelo atendimento ao grupismo. Não se desligou do sistema. Não virou cacique ou chefe único do grupo, mas transformou-se num dos líderes. Não sei se ele acredita na luta e emancipação popular, não acreditando, sua vida politica foi vitoriosa.

Diomário quer continuar contribuindo de forma humilde, modesta e simples. Com esse gesto, isenta-se de qualquer responsabilidade de uma derrota em 2016 e demarca o seu interregno vencedor diante dos Martins por 12 anos consecutivos. Diomário continua sendo o articulador-chave, imprescindível ao grupo por ter conhecimento de causa. Tem mérito o suficiente. Com a entrevista indica a essência e pontua o imprescindível, mas não concentra sob seu tacão todo o rigor de uma próxima disputa política, seja pela vitoria ou, muito menos, pela derrota. Tem a noção de que chegou o momento exato de passar o bastão para outro.

A Era Diomário consta da marca que registra 12 anos dos Martins fora do poder municipal. Com essa entrevista Diomário redime-se de qualquer culpa por qualquer resultado em 2016.

Diomário agradeceu. Disse ser portador de um débito de gratidão impagável e que não tinha espaço no seu coração para qualquer mágoa ou ódio. Que Diomário tenha a paz merecida até para escrever sua biografia ou suas memórias, que será densa pelo protagonismo, porque foi um coadjuvante que trilhou com eficiência nos seus propósitos pessoais.

Tem muita gente utilizando-se da estratégia de Diomário, querendo comer o grupo oligárquico como se come mingau quente, pelas beiradas. Diomário teve habilidade, competência e a paciência necessária para que isso ocorresse corretamente e nos conformes do seu projeto político pessoal. Hoje, pode tranquilamente despedir-se, agradecer de forma generosa ao povo de Ipirá e descansar em paz nas delícias de Praia do Forte como um ato merecedor ao maior articulador político que já apareceu nestas terras ipiraenses. O resto é conversa.