sábado, 28 de abril de 2018

TRIONADAMOS

Êta que a situação do prefeito Marcelo Brandão não ta nada boa. Olha que notícia: a desistência do prefeito de Salvador, ACM Neto de concorrer ao governo do Estado da Bahia em 2018 significou uma marretada do 25 no cangote do gestor MB de Ipirá.
Dificilmente o governador Rui Costa será derrotado nessas eleições e o gestor municipal terminará seu mandato caminhando na contramão do governador. Dá para imaginar o sufoco?
Atualmente o prefeito Marcelo Brandão está num atoleiro e com o futuro comprometido. Não será nada fácil para o prefeito tocar esse barco. Longe do governo federal e distante do governador da Bahia, o prefeito encontra-se numa rodilha de cascavel, se escapar tem pela frente a boca do crocodilo. Como é que esse ‘filho de Deus’ vai governar essa terra só e somente só com recursos próprios? Oh, coitado!
O gestor tem que tocar o barco com o que conseguir arrancar da população de Ipirá. Aí, o bicho vai pegar! No balanço da roseira a espinheira verga no lombo do povo.
O aniversário da cidade foi neste 20 de abril. Foi comemorado no osso, ou melhor, no nó da cana, sem bolo, sem vela e sem balões. Como dizia Neco Atrapalhado: ‘foi e não foi’.
O aniversário foi pífio; uma alvorada meia-boca no marco zero da cidade, a Praça da Bandeira, e mais nada. Não somou e não contribuiu. Por volta das 5 h da matina, acenderam o rojão, não sei prá que, muito menos porquê. Aconteceu em direção e na celebração ao nada. Mas, nada disso é surpreendente.
O que surpreendeu mesmo, de verdade, foi a programação do nada. Lazer, esporte, cultura com caráter educativo e trazendo informação. Nada, nada mesmo. Prevaleceu a falta de criatividade, a ausência de imaginação e o excesso de amnésia.
A administração só tem uma cabeça e a amnésia é de calibre dobrado. É um governo de um homem só contorcendo-se de amnésia múltipla qualificada como estimulante e calmante. Aqui começa a gemedeira do prefeito MB. Foi e não foi,
Nada vezes nada. Nem uma palestra para clarear a memória e justificar o aniversário histórico; nem mesmo um bate-papo, que nada custa ou custa muito pouco para o nada e nada mesmo foi feito. E pelo nada aconteceu a glorificação da amnésia histórica.
Nada custava simbolizar e laurear o município. Afinal, era um feriado de aniversário. Nada custava amarrar o município a um simples hasteamento da bandeira, com o ‘poema’ hino à capela, sonorizada pela filarmônica da localidade. Gastaria menos do que um estouro barulhento e fumacento do pipocar de fogos numa alvorada para atingir o nada.
Cadê o trio? Numa cidade que falta infraestrutura, coisas elementares e básicas. Numa cidade ilhada, por todos os lados, por um cinturão de esgoto à céu aberto. Eu quero ver essa obra de esgotamento sanitário do governador Rui Costa ficar pronta antes dessas eleições de outubro de 1918. Eu quero ver!
Cadê o trio? Nada. O prefeito saltou uma fogueira ao não realizar a festa carnavalesca. Pensou bem, porque pensou na fogueira junina pujante e robusta. 

E foi adiante: prá que se dobrar diante de uma história mal compreendida? Só para se debruçar perante um presente amarrado, precário, sem descortinar o alento de um futuro promissor. Trionadamos ipiraenses. 

domingo, 15 de abril de 2018

O PREFEITO E A CASA DO ESTUDANTE


Reunião, terça-feira 10/04, com a participação do prefeito Marcelo Brandão, dos vereadores do município de Ipirá, dos representantes da Comissão Pró-Casa do Estudante e de representante da AEIPI ficou determinada a seguinte plataforma:
  *      O prefeito Marcelo Brandão mostrou-se receptivo e propenso ao diálogo.
                        Prontificou-se de imediato a manter o aluguel da casa provisória até que a residência própria esteja em condições de moradia.
  *       Está determinado a resolver pequenas pendências imediatas, desde que se resolva a  necessidade das certidões junto à Receita Federal, uma exigência da Lei para ter caráter de legalidade.
   *       Será viabilizado com urgência um projeto de arquitetura e de engenharia civil para se estabelecer o custo e a planta da obra.
Em uma segunda parte, o gestor Marcelo Brandão estabeleceu um cronograma de ação que começará com a Ordem de Serviço para a praça e o Mercado de Artes, quando será requalificada a Praça José Leão dos Santos,
Não definiu uma data para o início da obra da Casa do Estudante, mas insistiu que, assim que estiver concluído o Mercado de Artes a prioridade passará a ser a reconstrução da Casa dos Estudantes de Ipirá em Salvador.
Essa é uma síntese do que foi abordado e apresentado pelo gestor público. Evidente que o diálogo está aberto para todas as sugestões, dúvidas e questionamentos.
É importante salientarmos que o prefeito Marcelo Brandão tem consciência da importância da residência para a juventude ipiraense e que o prefeito tem o propósito de atender à reivindicação  dos estudantes.
O prefeito Marcelo Brandão foi enfático nas suas colocações, não deixando nenhuma dúvida. Vou tentar retratá-las pela memória e espero ser o mais próximo possível. Disse que não vai prejudicar a Casa do Estudante, muito pelo contrário, que já está fazendo pela casa ao manter o aluguel provisório e que quer ser lembrado e reconhecido como o gestor que contribuiu e realizou pela Casa dos Estudantes Ipiraenses e não como alguém que nada fez, enquadrando-se na mesma condição daqueles que foram omissos e nada fizeram pela casa. Foi mais ou menos isso.
Foi uma conversa proveitosa e positiva, porque os propósitos somaram-se com o intuito de buscar-se uma solução para o problema. Existe uma união estabelecida para o esforço da reconstrução, que sintoniza gestor, vereadores, ex-residentes, famílias de residentes e os estudantes num único objetivo.
Com a junção e cooperação dessas forças estaremos buscando viabilizar uma formatação decente para o maior patrimônio que a juventude ipiraense conquistou há quase meio século atrás e que resiste e persiste por ser um porto-seguro, uma garantia concreta de braços abertos aos filhos de Ipirá que pleiteiam um curso superior.
Não podemos deixar de salientar o apoio indispensável, imprescindível e importante da Câmara de Vereadores de Ipirá. Os vereadores tiveram a grandeza de apararem arestas em nome de uma causa relevante para a juventude ipiraense.
A força da representação dos vereadores da situação e da oposição nessa mediação e no fortalecimento do compromisso com a reconstrução da casa torna-se importante e fortalece a luta dos estudantes para a possibilidade do atendimento de uma demanda social que manterá largos e duradouros benefícios à juventude ipiraense.

terça-feira, 10 de abril de 2018

LULA NO XILINDRÓ

Quarta-feira (04/04), dia de jogo, um clássico imperdível nesta pátria de chuteiras: Habeas Corpus X Anti-Lula. Pisando no tapete verde do campo STF um time de onze craques de alto rendimento e de alta performance, podemos até dizer: “Ministros de Excelência.”
Lá, pelas 20 h, o placar era um esmagador 5 x 1 contra Lula, bastando 1 voto para sacramentar uma derrota acachapante, com goleada. Nesta altura, a torcida contra o Lula estava ensandecida chupando e atirando cana-dura para o ex-presidente e tendo, desde já, detonado um canavial com alegria e com uma abundancia de coisas nocivas, desagradáveis e ultrajantes para injuriar.
A cada pronunciamento, Suas Excelências espezinhavam a arbitragem: “casos que levam anos para serem julgados”; inacreditável, chegaram a esculhambar: “um país da impunidade em que apenas os que não têm recursos ficam presos, enquanto corruptos, estupradores e homicidas ficam soltos por conta de recursos judiciais”. Mais podridão do que isto, só num esgoto.
O placar foi mudando, depois da meia-noite, estava estabelecido em 5 x 5. Aqui o jogo ficou embaçado no meio de campo, difícil, ambíguo, instável, com bola dividida e muitas bicudas nas canelas.  Passível das mais diferentes interpretações, por sinal, todas técnicas, bem elaboradas, bem estruturadas e convincentes.
Qual era a verdadeira? Qual era a justa? Se os craques da legalidade se embaraçam, quem tem razão? Podia ser uma banda ou a outra. A arbitragem poderia jogar a moeda para tirar a cara ou coroa e começar o jogo.
Entramos no crivo da monocracia. O juiz da partida é o dono da decisão, embora legal e legítima, poderá tomar uma decisão equivocada. Por que não? Vai valer, vai! Mas que poderá ser proponente de seu trocadilho, lá isso não é novidade!

Dois lances chamaram à atenção, justamente por falta do árbitro de vídeo, no caso o povo da geral do velho Maraca, que adentrava pelo xaréu da velha Fonte Nova.
Primeiro, o impedimento da ex-presidente Dilma, uma deliberação monocrática, pessoal e íntima do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Legal e legítima, sem dúvida, mas de uma imoralidade que não tem tamanho, partindo de quem partiu. Se a ex-presidenta tivesse sujeira até o pescoço e fosse amiga do Eduardo ele botava o pedido na gaveta e lacrava.
A culpa no cartório da ex-presidenta foi a famosa e comum pedalada fiscal que todo governador e prefeito usa e abusa, mas a Dilma não era da corriola do Eduardo e a madeirada cantou.
O pedido foi colocado em pauta, para a maioria faminta de poder tivesse condições de dá o golpe e deu. Eduardo Cunha um notório larápio e pombo-sujo da República encontra-se no xadrez depois do seu último ato escabroso.
O segundo fica por conta da semi-deusa Cármen Lúcia na sua legítima e legal arbitragem, quando foi dito: “Mesmo sendo réu confesso não é preso neste país”. Isso aqui é um pandemônio.
Lula não é réu confesso. Ele jura de pés juntos que é inocente, que não tem sítio nem apartamento em seu nome. Isso aqui é um pandemônio. A segunda instância afirma que Lula é devedor e o “Triplex caiu”, tese bem arquitetada afirmando que Lula é o dono do Apto.
A observância ao princípio da presunção de inocência bateu canela com a insinuação da culpabilidade. Para efeito de prisão teria que haver o esgotamento de todos os recursos, diziam uns. Enquanto isso, outros afirmavam a possibilidade da execução da pena sem prejuízo da presunção da inocência. Uns afirmam que não há petrificação da jurisprudência e tem que abrir o embrulho. Um panavueiro.
O voto de minerva foi decisivo e, praticamente, colocou no xadrez um grande líder popular da geral e xaréu deste país. Tiraram-lhe a liberdade que é o direito mais importante previsto na Constituição Federal.
Assistindo o jogo de camarote estava Paulo Maluf, um gatuno contumaz e reconhecido pela Justiça, que só veio sofrer uma leve reclusão quando já coloca ‘um pé na cova’. Ficou poucos dias e já está sendo transferido para uma mansão-penitenciária no Morumbi. Faz parte do embrulho.
A fieira de caranguejo não tem fim. Tem capivara recheada na gordura e no tamanho, tipo Temer e Aécio, resta ver se os justiceiros brasileiros tem independência e credibilidade para abrir o embrulho.
Aos componentes da geral e do xaréu resta seguir o caminho apontado pelo dedo de Lula, porque o voto será uma das formas de se fazer justiça dentro da embrulhada em que nos encontramos.


domingo, 1 de abril de 2018

É DE ROSCA (40)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 40 (mês de setembro 2017)(atraso de 7 meses) (um por mês)

Tinha um bocado de gente amontoando-se naquele recinto educacional, o prefeito Marcelão ficou nas pontas dos pés e esticou o pescoço procurando visualizar o governador Ruy Correria, que não é, nem nunca foi, sua obsessão, que é o prefeito Neto Malvadeza, mas naquele momento, sua única inclinação era encostar no governador e o primeiro aperto de mão foi grudento.

O prefeito Marcelão tinha passado visgo de jaca na mão e segurou com firmeza na mão do governador. Apertou e grudou. Os seguranças nada puderam fazer, eram duas autoridades. O governador tentava soltar-se e nada. Juntou uma dúzia de macacos; metade de um lado puxando o governador e meia dúzia do outro puxando o prefeito:

- Passa querosene que solta – gritou alguém, assim foi feito e soltaram-se.

Restava ao prefeito Marcelão “aquele abraço afetuoso” no governador, era uma questão de oportunidade. O prefeito Marcelão sentiu um puxão no seu braço, virou o rosto e deu de cara com o Matadouro de Ipirá, para seu desgosto, contrariedade e aborrecimento:

- O que é que você está fazendo aqui? Chega prá lá trem ruim! Tu és uma sarna, que não mim dá sossego nem em solenidade. Você não foi convidado, não vês que aqui não é lugar para uma figura da tua estirpe!

- Sem sermão, prefeito Marcelão! Meu lugar é aqui em Ipirá, no meio do povo, não me venha com psicologia barata, se não valho nada, se eu não trabalho, não é por falta de interesse de minha parte, mas porque as administrações de jacu e macaco não tiveram peito prá botar um bezerro para ser abatido aqui.

O prefeito Marcelão segurou-se para agüentar aquele desaforo, saiu rápido em busca do governador, até encontrá-lo a certa distancia, aproximou-se lentamente, foi encostando e quando as lentes das filmagens e fotografias se preparavam, o governador deu mole, o prefeito Marcelão não perdeu tempo, deu o bote, colocando o braço no pescoço do governador e aplicando-lhe um tranco. Segurou firme, com força, apertando o pescoço do governador, que tentava se desvencilhar.

- Me sorta, prefeito Marcelão! Tu ta doido, homem de Deus? Eu vou atender tuas reivindicações para Ipirá, prefeito!

O prefeito Marcelão afrouxou o tranco, mas isso serviu para o povo de Ipirá perceber que quem mais pede coisa lá embaixo para o bem de Ipirá é o prefeito. Salvador nasceu com sorte, tem governador Ruy Correria e tem o prefeito Neto Malvadeza fazendo pela cidade. Ipirá convive com o azar, não tem governador e prefeito trabalhando pelo que Ipirá precisa, não tem nem matadouro, mas o Matadouro de Ipirá estava lá, junto ao governador e prefeito.

- Olha aqui, prefeito Marcelão! Eu sou é menino da Liberdade, eu ensinei os meninos de rua da Liberdade a ler e escrever, eu não sou menininho de playground de edifício de luxo da Graça, que botava terror ‘nus di menor’ do prédio e afugentava ‘us minino de rua’ que passava pela rua por ser um bad boy que chefiava um grupo de segurança do seu avô. Prefeito Marcelão! Minha mãe me dizia: “Rui, cuidado com essa gente que quer ti pegá pelo pescoço, tu sarta fora dessa gente, meu fio!”

O prefeito Marcelão observava como uma raposa no golpe. O governador Ruy Correria continuava: “Meu amigo, Val! Você está onde? Cadê aquele pernil de carneiro de cortesia?” O prefeito Marcelão deu um pinote e foi dizendo:

- Governador, eu vou lhe dá uma banda de boi.

- Abatido onde?

- No nosso Matadouro de Ipirá – disse o prefeito.

O Matadouro de Ipirá ficou todo eufórico, alegre e entusiasmado: “lembraram de mim!”

- Onde fica esse Matadouro de Ipirá? Eu conheço é o Abatedouro de Pintadas – disse o governador.

- Não diga uma blasfêmia dessa governador! O nosso belo, grandioso e majestoso matadouro, o maior do Brasil, está aqui em nossa presença, na presença da nossa gente, servindo à nossa população – disse o prefeito Marcelão.

- Esse Matadouro de Ipirá funciona, prefeito? – indagou o governador.

O prefeito engasgou, a garganta coçou e o gestor pigarreou:
- Bem, V, Exa., sabe, não é bem assim, mas, V. Exa., não quer esse Matadouro de Ipirá para o Estado? V. Exa., leve esse intrujão para si.

A vaia comeu no centro. O governador apontou para o prefeito e disse: “É prá tu”. O prefeito deu um salto e apontou para o matadouro: “Prá mim não, é prá tu”. O Matadouro de Ipirá deu uma rabichola e disse: “Por que prá mim? E eu aponto prá quem?” Só restou o povo de Ipirá!
         
Suspense: Veja que situação: A novelinha tá de correria, quer chegar à janeiro 19 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa?  O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro? A novelinha chegou a setembro de 2017 agora e o prefeito Marcelão já está no aniversário da cidade 2018, e até agora nada.

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente! Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles