Quem assistiu ao Globo
Rural (5/5/19) viu a reportagem sobre o município de Luís Eduardo, no Oeste
baiano, e observou o grande desenvolvimento daquela região. Os dados são
impressionantes: um PIB de 4 bilhões de reais enquanto o de Ipirá é de 693 milhões;
uma arrecadação municipal de 370 milhões de reais/ano, enquanto Ipirá fica em
torno de 150 milhões/ano. A edição 2018 da Bahia Farm Show atingiu R$ 1,891
bilhão em volume de negócio. A feira de agronegócios foi realizada na cidade de
Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia.
O
município de Ipirá vive numa redoma e atrofiado por um sistema de politicagem
(jacu e macaco) que impede que o município prospere. Também pudera, num
município sem maiores perspectivas, não resta outra alternativa, senão a vã
politicagem do jacu e macaco. Estão começando a campanha um ano e meio antes.
Uma loucura!
O
jacu está na situação e terá mais um ano e meio para findar o seu controle do
município. A administração do prefeito Marcelo Brandão apresenta-se como um
grande blefe do jacu, mostrou uma praça virtual no painel eletrônico e vai
entregar algo diferente. Está sendo uma farsa. Sem projeto para o município, o
gestor empurra com a barriga para ver o que acontecerá. Um grande descalabro e
um desgaste sem tamanho.
Pelo
estrago provocado no município, o prefeito Marcelo Brandão será o eventual
candidato do grupo para as próximas eleições municipais (2019), pois não tem
quem se habilite a pegar esse caixão sem alça. Em 2016, o prefeito MB era a
esperança, tinha perdido a eleição anterior por 49 votos e foi eleito. Agora,
Ipirá tem certeza, tem convicção e conhece o gestor Marcelo Brandão e
dificilmente se arriscará em outra dose de quatro anos.
Uma
nova campanha para o prefeito Marcelo Brandão custará uma fortuna de dinheiro.
Não terá financiadores de campanha com facilidade e de mão aberta. Terá que
dinamitar o cofre público para poder encarar uma campanha onde terá que gastar
dez vezes mais para recuperar o terreno perdido e o estrago feito dentro do
próprio grupo, porque não é como ele está pensando, que basta jogar dois
punhados de milho e a ninhada de jacus vem de cabeça baixa, balançando as asas,
abanando o rabo e piando. Não será uma tarefa fácil.
Aí
a macacada toca foguete e se lambuza no puro mel, achando que é tudo doce e
maravilhoso, quando o grande problema está dentro da toca dos macacos. São três
pretendentes à cabeça de chapa. Dudy está adotando uma estratégia aguerrida, de
partir pra cima, para o abafa, passando o trator. Estabeleceu sua pré-candidatura
naquela ida à Salvador para o encontro com o senador.
Com
aquela divulgação daquele encontro, que foi publicada na mídia, Dudy selou sua
pré-candidatura, sem nenhuma possibilidade de não ser outra coisa, senão cabeça
da chapa. Pela desenvoltura política que Dudy vem tendo, não tem como ele
recuar, esmorecer e virar um balão de ensaio pela terceira vez. Ele é um
pretenso candidato do grupo e não abre pra ninguém. Dentro da sua convicção ele
não está errado.
Aí
aparece na fita o pretendente Aníbal. Foi o candidato a prefeito do grupo
macaco, numa eleição difícil e perdida para o grupo de forma antecipada (como
realmente foi). Foi firme, na sustentação do seu nome num barco furado, quando
todos os demais se esconderam. Mas na política não existe gratidão. Agora que a
sopa está no mel (assim, eles acham) a candidatura de Aníbal poderá ser
descartada com um canto de carroceria.
Outro
pretendente à cabeça da chapa é o Jurandy Oliveira, deputado com dez mandatos e
nenhum serviço relevante prestado ao município de Ipirá, é bom frisar, ao
município, nesses anos todos. No assistencialismo o deputado tem esmero e isso
tem influência e resposta eleitoral. O deputado busca a cabeça de chapa para
sua esposa Nina, mas só terá êxito se mostrar serviço para município de Ipirá.
Se não trouxer o asfalto para o centro da cidade antes das eleições 2019 será
carta fora do baralho. Lutará pela vice.
Mas,
não pense que um macaco comendo um quilo de açúcar fica com o rabo doce, que
você estará muito enganado. Como será realizada essa escolha? Eis o problema.
Na cúpula dos macacos a definição está bem demarcada: Antônio e Dió apóiam
Dudy; Dinovaldo e Jurandy apóiam Nina; Aníbal não tem apoio de nenhum cacique
do grupo.
Aníbal
só terá alguma chance de ser candidato se houver uma pesquisa popular. A cúpula
não aceita pesquisa popular nem a pau. A explicação é muito simples: no sistema
de grupismo (jacu e macaco) o povão não será nunca protagonista; quem escolhe é
a cúpula que manda, porque se o candidato for escolhido pelo povo, o candidato
ficará sem compromisso formalizado com a cúpula da oligarquia. Isso significará
uma quebra de compromisso e não tem nada nesse campo da politicagem que não
seja alinhavado com antecedência.
Como
definir essa situação dentro da macacada? Tem duas maneiras: pela cúpula ou
pela convenção. Pela pesquisa pública é que não será, anote aí. Então, entra o
fator determinante da politicagem de Ipirá: o dono do voto.
Quem
tem voto em Ipirá é o vereador. O vereador é a figura representativa e
conhecida junto ao povão. São seis vereadores do grupo macaco. Se esses seis
vereadores se unirem e definirem um candidato, esse nome será cabeça da chapa
dos macacos, independente da vontade e do desejo da cúpula da oligarquia.
Dudy
está com um encaminhamento correto e lógico. Aníbal tem que buscar espaço para
fazer a coisa certa e lógica. Tem que ter o controle de um partido até o final
de setembro (sem isso já era); tem que conseguir apoio de três vereadores
macacos para ter poder de fogo, porque seu nome é um nome popularizado e massificado
pela última campanha (aconteceu com MB quando perdeu por 49 votos) e numa pesquisa
de campo o nome com maior possibilidade é o de Aníbal.
Aí
a cúpula da oligarquia macaca vai à loucura. Sabe por que? Porque para as
elites das duas oligarquias (jacu e macaco) vereador só serve para ser e só
pode ser vereador. Candidatura a prefeito é uma prerrogativa deles, das elites,
dos ricos, dos doutores, dos familiares deles. Aníbal ser candidato na última
eleição pela macacada foi um ponto fora da curva, era uma eleição perdida e os
macacos precisavam de um ‘boi de piranha’, estão, vai tu Aníbal.
Às
vezes, o segredo é fabricado. Com a morte do prefeito Ademildo, Aníbal assumiu
o cargo. Logo veio o golpe da Câmara. O único que sofreu aquele golpe no
coração e na alma foi Aníbal, porque perdeu o cargo de prefeito.
A
cúpula da macacada tem muita culpa no cartório pelo acontecimento daquele
golpe. Se não foi conivente, foi displicente; se não foi displicente, foi
incompetente; se não foi incompetente, foi omissa. Foi de uma omissão e de uma
frieza a toda prova, porque se sentiu a porrada foi por pouco tempo, logo
internalizou. Faz parte do jogo das oligarquias jacu e macaco, que só eles
entendem.
Aníbal
deposto, quem assumiu, pela jacuzada, foi Jota Oliveira, parente do deputado
Jurandy Oliveira. Coisa de família; estava tudo em casa. O deputado não disse,
mas cairia como uma pérola essa frase na boca do deputado: “eu não concordo com
esse golpe, mas é meu sobrinho, convenhamos, esse menino é danado!” O deputado
sentiu o baque? Claro que não. Se tem que existir ódio e rancor que fique para
Aníbal e não para a oligarquia que domina.
A
oligarquia vai querer enquadrar Aníbal, colocá-lo no seu devido lugar: vaqueiro
do gado que é utilizado como voto de cabresto. Jamais como postulante a
prefeito. Eles determinam e enquadram esse papel para todos os vereadores e
cabos-eleitorais nesse patamar. É um controle extensivo e necessário para a
continuidade do sistema. O poder oligárquico depende e sobrevive desse trabalho
dos vereadores e cabos eleitorais.
Enquanto
as oligarquias usufruem do conforto, da boa vida e do prestígio junto aos
governantes na capital, os vereadores ficam no seu torrão tentando amenizar o
sofrimento e a carência da população local. No apelo e controle do voto, que
lhes dá um mandato de vereador, e esse mandato serve para garantir o bem-estar
da oligarquia dominante, assim, a roda gira. A população continua na carência;
os vereadores apertados e sacrificados para manter essa intermediação e os
representantes da oligarquia no bem-bom.
Aníbal
tem duas opções: uma, ser um candidato com apoio de alguns vereadores da
macacada e buscar o apoio popular. A outra, desistir e ficar na zona de
conforto, receber uma vice ou ser candidato à vereança com eleição garantida.
Assim é o jogo, a dúvida é que tortura. Sem a candidatura de Aníbal para
prefeito, a campanha eleitoral no município de Ipirá, em outubro 2019, será
milionária.
Ipirá
está longe, muito longe do município de Luís Eduardo, na distância, nos
conformes e na realidade. A diferença é que eles não possuem a desgraça do jacu
e macaco. A politicagem do jacu e macaco enterra qualquer esperança. E para você entender melhor essa
esquematização, basta você adquirir o livro que detalha esse negócio aí,
para tal basta acessar o site: https://www.amazon.com.br
e adquirir o eBook ‘A PRAÇA DA BANDEIRA E OUTRAS BANDEIRAS’.
Obrigado e boa leitura.