segunda-feira, 27 de novembro de 2023

AS PONTES GÊMEAS SERÃO FEITAS

A prefeitura de Ipirá está cheia de bufunfa, também conhecida por grana ou dinheiro. São 62 milhões de reais. Tudo isso são recursos livres na conta, que também é conhecida por cofre público ou bocapiú, até mesmo caçoar ou buraco do brim.

 

Essa notícia é falsa ou verdadeira? É a mais pura verdade. Qual é a fonte? É a prestação de conta de três em três meses do governo Dudy (promessa de campanha)? Não, porque o governo Dudy não caminha por essa transparência que presta contas aos munícipes em Praça pública.

 

Essa notícia foi transmitida por uma pessoa da cúpula do grupo do prefeito, uma pessoa idônea, de confiança do gestor e que merece toda credibilidade, portanto merecedora de toda confiabilidade.

 

São 62 milhões de reais de recursos livres. Imagino eu, que nem os vereadores são sabedores desse montante de dinheiro disponível pois, se sabedores fossem, estariam reivindicando melhorias para suas comunidades.

 

Que o dinheiro está pegando picula na conta da prefeitura, lá isso está, pois se não estivesse o representante do prefeito (D-------) não teria garantido com uma convicção tão retumbante e desafiadora, justamente, em um momento tão difícil para as prefeituras da região e muitas vezes até, indo de encontro ao chororô do prefeito Dudy, que fica dizendo que não tem recursos ou que os recursos públicos estão escassos. Deixa transparecer que o prefeito é um grande ator.

 

Com tanto dinheiro livre na conta (62 milhões de reais) por que o prefeito não paga o piso dos professores? Por que não paga o piso da enfermagem? A justificativa é muito simples: porque esses recursos estão projetados para a realização de obras e Ipirá virou um canteiro de obras. Será que professores e enfermeiros vão comer um H desse? Que se danem professores e enfermeiros!

 

São 62 milhões de reais para a realização de obras. Por que a prefeitura não faz duas pontes no esgoto da rua descendo o Centro Espírita? É uma obra em torno de um milhão de reais. Não faz por ruindade ou por não saber que as pontes lá existentes são feitas com madeira podre e velha? Um risco de morte para crianças e idosos que são obrigados a passarem pelas pontes existentes. Abra os olhos, prefeito!

 

Com 62 milhões de reais dá para calçar quantas ruas? 62 ruas de um milhão de reais. 124 ruas de quinhentos mil reais. 248 ruas de 250 mil reais. 496 ruas de 125 mil reais. Dá para calçar Ipirá toda. Seria um grande passo da administração Dudy: “Ipirá não tem uma rua na lama e na poeira, agradeçam ao governo Dudy.” Seria ótimo, se assim fosse!

 

Quantas obras tem o governo Dudy com recursos livres? O representante do prefeito não disse. Não disse porque não é pra dizer. É pra fazer uma mistureba com as Emendas Parlamentares, para no final das contas ninguém ficar sabendo o que veio de lá e o que saiu daqui.

 

Em 2023, o governo Dudy realizou, pelo menos, 13 contratos de mais de um milhão de reais com empresas diversas, numa somatória de mais de 75 milhões de reais. Somados aos 62 milhões de reais dá um valor de 137 milhões de reais. Um município que recebe em torno de 13 milhões de reais mensal, 156 milhões de reais num ano. É dinheiro que não acaba mais! Tem que trabalhar, prefeito!

 

O informante da prefeitura informou que a gestão do prefeito Dudy tem 90% de aprovação popular. Que pesquisas são feitas constantemente por três institutos de pesquisas diferentes para calibrar o resultado. Não disse quem paga as pesquisas, se prefeitura ou particulares. O interesse maior é saber quem tá bem na fita para o próximo pleito.

 

Caro leitor, desse blog! Percebestes bem o que interessa e o que é verdadeiramente interessante? É muito dinheiro público na jogada. O prefeito tem que prestar contas do que faz, do que gasta e como gasta, seja ele quem for. Em Ipirá essa prática nunca existiu, nem vai existir. Pois bem, ninguém é santo!

 

Calçamento de uma rua com dinheiro público. Tanto faz emenda parlamentar ou recursos livres, é dinheiro público. Mas o cidadão tem que ficar devedor e cativo à boa vontade do governante. Não devia ser assim! Sabe, por que? Porque eles não falam da má vontade do governante quando ele deixa de realizar a obra tão necessária e importante para a comunidade. As duas pontes gêmeas de cimento para a comunidade, por exemplo?

 

Toninho Malvadeza (ACM) quando realizava uma obra, a população tinha que ficar com aquela dívida (paga com voto) por gerações. Quanto mais geração melhor.

 

Guardada as devidas proporções, o informante da prefeitura disse que o governador Jerônimo vem aí (dia 30) para inaugurar o asfaltamento da rua do estádio de futebol, a escola de tempo integral e anunciar a Policlínica, que o terreno já foi adquirido. Montado na garupa do governo do Estado a popularidade do prefeito Dudy deve saltar para 95%.

 

Observe como é o esquema. A Policlínica é uma promessa (vale voto); a compra do terreno é um indício (vale voto); a assinatura da ordem de serviço é um encaminhamento (vale voto); a feitura da obra (vale voto); a inauguração (vale voto); o atendimento (vale voto). Quanto tempo levou para essa Policlínica chegar anunciada? Anos e mais anos. Demorou, você sabe, porque teve que passar por Itabuna, Itapetinga, Itaberaba, para chegar em Ipirá! Tá entendido e compreendido.

 

Ipirá só recebe uma obra do governo do Estado por mandato (uma obra de quatro em quatro anos); pelo menos agora, com o governador Gerônimo, chegaram o asfalto de várias ruas, a escola e a promessa da Policlínica. Que não falhe, que não demore, que não dê xabú.

 

Eu tenho uma certeza: se o prefeito Dudy fizer as duas pontes gêmeas (dinheiro tem) sua popularidade vai saltar para 99%. Mesmo assim, o informante da prefeitura parece que está preocupado e obcecado por uma pesquisa que estabeleça 100% para o prefeito Dudy dentro da sua padaria. Não é nada fácil.

 

Com muito dinheiro para gastar nas eleições; com 90% de popularidade; realizando obra até no céu; montado na garupa do governo estadual e federal; com o presidente Lula pedindo voto para seu candidato; como é possível que o prefeito Dudy perca as Eleições 2024? Não tem como! Só mesmo, se houver eleições. Por isso tanta ladainha. 

domingo, 19 de novembro de 2023

IPIRÁ ESTÁ SATURADA DE JACU E MACACO

A crise política do sistema jacu e macaco no município de Ipirá parece fogo de monturo, queima por baixo do pano e não tem água que apague.

 

Na macacada está demarcada a disputa pela liderança do grupo. De um lado o líder Antônio Colonnezi e do outro o ex-prefeito Dió e o atual prefeito Dudy. Trata-se do conhecido canto de carroceria aplicado na beira de um precipício. Quem cair não sobreviverá como líder. Deixará a condição de protagonista para a de simples coadjuvante. Trata-se de uma rasteira bem dada.

 

Toda vantagem é de quem está sentado na cadeira do prefeito. Sendo Dudy uma pessoa de pouco traquejo político, naturalmente quem dá e estabelece todas as coordenadas é o grande Dió, o Ninja da Parada. Caso consiga vencer as próximas eleições em 2024, ninguém poderá ter dúvida, será o grande pensador, articulador e chefe da politicagem no município de Ipirá. O maior de todos os tempos. Só na moita!

 

O ex-prefeito Dió começou a vida política no município de Ipirá como um serviçal da jacuzada, pronto e preparado para fazer qualquer trabalho político sujo no interesse da oligarquia Martins (tomar de assalto o PMDB). Esperto que nem crocodilo na hora do bote para comer a galinha, percebeu que na jacuzada não teria vez e seria um simples ajudante de ordem. O que fez? Pulou de galho, saiu do ninho do jacu e entrou na toca do macaco.

 

Bem recebido virou prefeito. Posou de bom moço e esperou o momento certo para dar a estocada. O trabalho é agora Ipirá. O prefeito Dudy tirou do bolso do paletó a candidatura do seu genro para a sua sucessão. Antônio reprovou; Dió aprovou; o ex-deputado Jurandy Oliveira se afastou. O ex-prefeito Dió vai colocar a estrela de campeão da série B na camisa, mesmo sendo torcedor do Bahia. É assim que o crocodilo jantará a galinha.

 

A jacuzada também navega por mares tenebrosos. Não tem muito o que fazer. Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come; esse ditado nunca foi tão bem apropriado. Sem prefeito, sem governador, sem presidente e com Marcelo Brandão insistindo em ser o melhor prefeito que Ipirá já teve, em tudo e contra todos, nada mais promissor do que abrir o guarda-chuva e aceitar na sua sombra os trânsfugas da toca do macaco. Embaralhou e embananou tudo.

 

Aí o sistema jacu e macaco entrou em parafuso e deu pane. O macaco apoia um sobrinho do ex-deputado Jurandy Oliveira; o jacu apoia a esposa do ex-deputado Jurandy Oliveira. Se um dos dois desistirem, ainda tem outro sobrinho (Jota Oliveira) do ex-deputado Jurandy Oliveira engatilhado, pronto e preparado para assumir a vacância. Durma com um barulho desse e não tenha pesadelo com o crocodilo querendo almoçar a galinha do seu poleiro.

 

Observe bem observado: onde foi parar a crise do sistema jacu e macaco? No colo da família Oliveira. De boa; com um presentaço ofertado pelo sogro ou pelo esposo: a prefeitura de Ipirá. Dois candidatos da mesma família (Oliveira) disputando a prefeitura de Ipirá.

 

Não tenham dúvida, Ipirá bebeu a água de Itaberaba. Lá é Mascarenhas e aqui é Oliveira. Lá o povo pensa que a briga é verdadeira; aqui o povo vai pensar que a briga é a vera. Tanto lá, como cá, tanto faz crocodilo ou jacaré, eles gostam de saborear uma galinha, desde quando haja o descuido do povo.

 

Com pena da crise vivida pelo jacu e macaco aparece a Federação Brasil da Esperança, em Ipirá, querendo jogar água e apagar o fogo do monturo. Dessa crise só restará as penas da galinha. Por que não deixar o braseiro virar o fogo incontrolável do inferno?

 

“Não, não, não é isso! Queremos a canja da galinha.” Nada mais difícil de ouvir do que: “não adianta ficar conversando aqui, vamos saber o que eles têm para nós.” Desde quando deveremos ter um desprezo categórico pela conversação intensa entre os nossos pares?

 

A Federação Brasil da Esperança, no município de Ipirá, tem três vereadores (a) na atual legislatura. Qual é o principal objetivo desta federação para o pleito eleitoral municipal de Ipirá em 2024?

 

Manter as três vereanças e ampliá-la. Isso seria uma vitória política, pois representará um passo importante na manutenção da representação popular independente nesta importante Casa do Povo. O trabalho dos vereadores eleitos (pela federação) em sintonia para tirar o poder imperial do prefeito.

 

Outro caminho é apresentado: abiscoitar secretarias e ter participação no governo.

 

Vê lá se: o esquema de administração de jacu e macaco tem abertura para participação coletiva e ampliada? Vê lá se: essas candidaturas do jacu e macaco possuem o desprendimento para abrir a administração e a caixa-preta da prefeitura para o prefeito deixar de ser uma figura imponente, poderosa e vaidosa? Nem aqui, nem mesmo na curva do inferno.

 

Proponham: um conselho de gestão amplo, livre e sem rendimentos para auxiliar a administração no município de Ipirá.

 

Proponham: um programa mínimo de governo para ver se eles aceitam. Os prefeitos jacu e macaco são eleitos dentro de um esquema e interesse altamente pessoal.

 

Proponho: que as secretarias oferecidas sejam ocupadas pelas candidaturas à vereança da federação mais votadas, que não forem eleitas no pleito municipal de 2024.

 

Perdão! Vou retornar para a realidade. A tabuleta colocada na porta principal e da entrada está escrito: não aceitamos propostas.

 

O prefeito de Ipirá é prisioneiro de um esquema que impede o desenvolvimento real e verdadeiro do nosso município. Um esquema do qual o povo não participa, no máximo pensa que escolhe. Está sugestionado. Trata-se de um viés particular que faz do prefeito um semideus na localidade.

 

quarta-feira, 1 de novembro de 2023

A NOVA CASA DOS ESTUDANTES DE IPIRÁ


Através das narrativas e celebrações ocorreram de maneira clara e bem intencionada a ocultação e o silenciamento do passado, que foi posto de lado, em cadeiras brancas de plástico. Um esquecimento? Não, mas simplesmente a vontade de fingir que o passado não existe.

 

Ipirá, década de 1950. Só existia o curso primário, compactado no prédio da grande (para a época) escola Góes Calmon. Mandar os filhos para fazerem o ginásio (anotem bem, o ginásio) em Salvador era privilégio de duas famílias (só e somente só). Alguns comerciantes mandavam seus filhos estudarem no internato em Jequitibá (Mundo Novo), mas não passava de uma rural de estudantes.

 

E a juventude ipiraense deste período? Estava sujeita e presa ao destino traçado pela migração forçada em busca de ‘calça de veludo ou bunda de fora’. Não havia oportunidades (no plural). Era empurrada para o trabalho na construção civil e no setor de serviços na cidade grande, de preferência Rio de Janeiro e São Paulo. Ninguém pensava em estudar, nem sonhava com isso. Era somente trabalho para a dura sobrevivência. Estudar era um sonho impossível (pense em seus avós e seus pais e faça uma reflexão).

 

Ipirá, década de 1960. Em 1961, um raio abençoado caiu sobre essa terra e surgiu o Ginásio Ipiraense (não sei o porque os políticos não se arvoram de ser o patrono desta criatura) era Cenecista e não era gratuito (uma pequena mensalidade), que muitos não podiam pagar. Ipirá sempre foi uma terra do sufoco para as camadas carentes.

 

E a juventude da época? Continuava à mercê da migração. Para o trabalho que garantiria a sobrevivência na construção civil, corte de cana e setor de serviços nos grandes centros sulistas. Com a possibilidade de fazer o curso ginasial (aqui em Ipirá) ampliou-se as reais necessidades da juventude, mas o passo seguinte estava travado (não havia o curso colegial em Ipirá). Só e somente só, seis famílias tinham condições de mandarem seus filhos para estudarem em Salvador. Algumas outras (contadas nos dedos das mãos) em Feira de Santana. Os tempos continuavam duros, incertos e imprevisíveis para o jovem ipiraense.

 

Ipirá, final da década de 1960 e início da década de 1970. Uma coisa estava clara, a juventude da época tinha a necessidade de dar continuidade aos estudos. Ipirá não tinha o colegial (2º. Grau). Como realizar esse sonho e concretizar essa possibilidade?

 

Neste período, chegou a maior escola que essa terra já teve, o Polivalente (1º. Grau). Vai perder essa condição para essa escola de tempo integral que está por inaugurar. Ipirá, naquele período, continuava carente de uma escola de 2º. Grau e a demanda tinha aumentado substancialmente com a chegada do Polivalente.

 

A juventude continuava condicionada à migração forçada. Neste momento, por necessidade de trabalho para a sobrevivência, mas com um sonho de estudo como uma esperança, mesmo havendo grandes dificuldades para compatibilizar as duas necessidades.

 

Uma coisa é certa, embora não garantida, a juventude ipiraense colocou na sua agenda a necessidade de estudo, não só e somente só o trabalho. O estudo em primeiro lugar, mesmo que acoplado ao trabalho. Salvador, a capital da Bahia, passou a ser visualizada.

 

Em Salvador havia a movimentação prol fundação de residências estudantis na capital. A RUF (Residência Universitária de Feira de Santana) foi a primeira residência e tinha José Pires Caldas como um de seus fundadores. Em contato e através do ipiraense Luciano Cintra essa ideia de residência ganhou corpo e conseguiu atingir mentes e corações. Teve início as conversas e reuniões. A reunião decisiva teve a participação de Luciano Cintra e Carlinhos Oliveira (de Bartolomeu), dois baluartes na luta pela residência estudantil de Ipirá, com o poder municipal (o prefeito na época era Jurandy Oliveira), que se responsabilizou pelo aluguel.

 

O próximo passo: a concretização da residência. Na época, em Ipirá, havia dois grupos de jovens com a intenção de estudar fora, fazer o colegial (2º. Grau), um em Salvador e o outro em Brasília. O de Salvador comprometido com a fundação da AEIPI e da residência, queria que recursos arrecadados pela turma fossem canalizados para a residência. O de Brasília para uma viagem e essa opção foi a vencedora. O grupo de Salvador foi contemplado com a residência, conquistada com muito esforço e muita luta. Neste momento, já havia muitos protagonistas.

 

Rua Joaquim Maurício, 18 – Ladeira da Fonte das Pedras ou Fonte Nova, Nazaré, Salvador, Bahia. Este era o endereço da juventude de Ipirá.

 

Uma comunidade ipiraense para enfrentar o anonimato da cidade grande. O acolhimento dos que chegavam para os ensinamentos básicos (pare no sinal vermelho). Mudamos a geografia humana da ladeira. A casa era um dos grandes clientes do supermercado Unimar (pelo menos na exigência da nota fiscal). Enchíamos a Fonte Nova no xaréu do clássico Guarani x São Cristóvão, para a surpresa do locutor da Rádio Sociedade: “a torcida deixou para entrar agora, no final do jogo. Onde estava essa gente?” Na residência, é claro. A residência serviu de socorro para pessoas que desmaiaram e ficaram tontas num engarrafamento humano provocado por um BAVI. Cuidávamos da própria vida e éramos responsáveis por ela.

 

O trabalho da memória é um passo indispensável. Por mais de meio século a AEIPI foi construindo sua identidade e a Casa do Estudante de Ipirá tem uma identificação apropriada com a juventude ipiraense, sacramentada por muitas gerações, dos mais diversos tempos.

 

É inegável a dimensão social da residência para a juventude ipiraense, consubstanciada no número de famílias (simplesmente duas) na década de 50 que mandavam seus filhos estudarem em Salvador, para mais de dois mil residentes que passaram pela casa durante sua existência, são mais de 1500 famílias ipiraenses contempladas. A Casa do Estudante de Ipirá teve a ousadia de dizer não e romper com uma lógica que predominava em nossa cidade, onde só os filhos das camadas abastadas podiam estudar na capital.

 

A residência tornou-se a base da experiência compartilhada por muitos jovens na busca de um sentido verdadeiro, concreto, com variadas possibilidades para a casa dos estudantes, até mesmo, essa beleza romântica e literária destacada no importante pronunciamento do ex-residente Genecarlos Santiago.

 

Não podemos negar esta semente que brotou por uma necessidade, num devido e apropriado momento. Não devemos silenciar, ocultar e encaminhar para o esquecimento uma trajetória de luta e conquistas. São muitas e diversas interpretações e narrativas.

 

Na solenidade foi um lapso não colocarem a palavra aos ex-presidentes de AEIPI que estavam presentes (não fui presidente da casa) eram representativos.

 

Foi exposta a narrativa de uma nova etapa da Casa dos Estudantes de Ipirá iniciada com a gestão do prefeito Dudy “A NOVA CASA” adquirida com 62% de recursos da prefeitura na gestão Dudy e 32% de emenda parlamentar do deputado Daniel Almeida, fato não mencionado. Necessário dizer que se trata de dinheiro do povo.

 

Evidente que o gestor Dudy resolveu uma pendência que perdurava por décadas. A gestão passada do prefeito Marcelo Brandão fez a sua parte, mantendo a casa no aluguel. A gestão Dudy foi mais além, foi mais eficaz e resolveu o problema de forma categórica e definitiva. Resta aos residentes a devida consciência pelo zelo e manutenção do patrimônio da juventude das camadas populares de Ipirá.

 

Dou uma sugestão. Que os residentes aumentem as regras do Regimento Interno para coibir qualquer tipo de vandalismo que deteriore a casa e até mesmo, que seja feita uma comissão de pais de residentes para acompanhar as condições materiais da residência dos estudantes das camadas populares de nossa terra. Consciência gente!

 

Exmo. Sr. Prefeito Edvonilson Santos, quero dizer que V.Exa., está de parabéns ao adquirir uma casa em condições de oferecer uma vida com dignidade aos estudantes ipiraenses.

 

Quero dizer, também, a V. Exa. prefeito Dudy, que mesmo que façamos um esforço gigantesco para recusar em se conformar com o passado, a velha casa do estudante da ladeira, brocada pelo Metrô de Salvador e os escombros da casa do Tororó deixam uma lição bem simples: TETO com liberdade, independência e autonomia representam a dignidade que todas as pessoas precisam e todos reconhecem. Viva a AEIPI; viva a Casa do Estudante de Ipirá.