quinta-feira, 28 de abril de 2016

O MACACO TOMOU JEITO

O prefeito Ademildo solicitou afastamento por três meses (até 26 de julho), depois retornará e completará o mandato até 31 de dezembro. Nesse tempo, até o retorno, tem que acontecer as Convenções Partidárias para escolher os candidatos ao pleito municipal. Depois, desse prazo, o prefeito Ademildo retornará, justamente, no período da campanha eleitoral. E o que é que tem a ver? A macacada sabe que tem diferença. São duas situações. Entenda o jogo.


Primeira situação: parágrafo 5 do artigo postado anteriormente: “Uma novidade, nestas eleições 2016, não haverá dinheiro do município de Ipirá para bancar qualquer candidatura. Pela primeira vez teremos os jacus e macacos sem dinheiro público...” com Ademildo prefeito será assim.


Segunda situação: sem Ademildo na prefeitura, com o grupo da macacada chefiando a gestão isso cai por terra, poderá haver uma farra com o dinheiro público na campanha eleitoral. Poderá haver! (isso é motivo suficiente para o baixo clero da macacada tocar foguete até ‘uma zora’). Com a macacada poderá ser assim. Esse é a pegada no jogo de interesses.


Com Ademildo na prefeitura não acontecerá, com dinheiro público, aquela vergonhosa compra de votos e títulos na véspera das eleições. Com a macacada na prefeitura essa ignomínia voltará com força, inclusive com dinheiro público, porque a cúpula (jacu/macaco) já absorveu esse crime eleitoral como um fator decisório do pleito, não percebendo que é coisa criada pela malandragem dos dois grupos para extorquirem os candidatos. Estão entendendo a diferença?


Vamos ao assunto principal. Com o afastamento do prefeito Ademildo, a macacada ficou mais folgada, tomou jeito, e três pré-candidaturas ressuscitaram e poderão ficar vivas por três meses.


A reeleição do prefeito Aníbal, se houver a predisposição de deixar uma vereança garantida para o próximo período legislativo em troca de uma eleição duvidosa para o Executivo.


O pré-candidato Dudy, que vai e vem, deverá tomar suspiro por saber que poderá contar com apoio numa campanha, que no seu ritmo, custará os olhos da cara.


Uma terceira pré-candadatura é a do deputado Jurandy Cyretran Oliveira, que mesmo sem chance nenhuma de vitória, tendo quem ajude a bancar ele prontifica-se, até mesmo, para meter a colher no angu e desandar o mingau criando atrito e confusão na própria macacada.


Exemplificando para você entender melhor. Se o São João 2016 fosse feito pela gestão Ademildo gastaria o mínimo, dentro das condições do município, com atrações de casa e algumas de médio porte, para um público cativo que lota a Praça José Leão em todo São João.


Sendo o São João 2016 uma ação da gestão macaca, em ano eleitoral, sem dúvida, buscará impressionar com grandes atrações e com custos superiores a um milhão de reais, o que deixaria uma propina que representa crime de prevaricação de mais de 10% para o atravessador que contactar as bandas, abrangendo um público cativo que lota a Praça José Leão em todo São João e mais quinhentas pessoas atraídas pela atração maior.


Voltando a questão eleitoral. A macacada isolada e sozinha não tem a menor chance nessas eleições 2016, principalmente devido ao desgaste natural de doze anos de administração. Se não fizer aliança com o PT estará derrotada por antecipação. Mesmo em aliança com o PT, a situação da macacada é indigesta porque a conjuntura é desfavorável.


Salientando que para o pleito eleitoral de 2016 deverá acontecer a aliança do PT e o Renova, a macacada pode tirar o cavalinho da chuva porque já foi, pode dar adeus ao poder municipal sem saber quando o terá de volta e Diomário sabe muito bem disso, agora, a macacada sendo um grupo mais aberto poderá ampliar esse leque de aliança e se aproximar da candidatura Renova e PT para tentar criar uma dificuldade para a candidatura Brandão. E não é coisa fácil.


Aí quem tem paixão por macaco ou jacu vai à loucura. Eu até compreendo aquelas pessoas que por necessidade tem que ser cativo. É a natureza da pessoa. Não nasceu para ser livre e independente. Não tem porque pensar e refletir de forma desassombrada. Está preso aos interesses pessoais, às necessidades da subsistência, às carências do dia-a-dia. Está acorrentado ao sistema. O grupo é tudo; é a salvação e o louvor; é sagrado e perfeito. O indivíduo não é nada; a cidadania não é coisa digna; a consciência é para ser negada.


“Aqui só existe jacu e macaco”. Assim eles dizem. A renunciante Ana Verena, que não nasceu nessa terra, nem aqui foi criada e não tem porque ter paixão por grupo, recebeu do grupo da macacada uma quantidade de votos que a levou ao poder municipal. No entanto, renunciou e não fez pelo grupo da macacada o que o grupo esperava dela.



Sem dúvida, para ela, o grupo da macacada não é nada e nada representa; é uma coisa insignificante; é um trem ordinário; é um estorvo que suga a seiva e cobra um preço imensurável aos seus guias. A individualidade é a plenitude, é liberdade, é propósito de vida burguesa, é emoção em grau elevado. Tomar a frente da macacada foi um caso fortuito e esquecido. Concluo dizendo que o sistema jacu e macaco não é o céu e pode ser o inferno para muita gente e até mesmo para o município de Ipirá, desde quando se torne o seu entrave.

sábado, 23 de abril de 2016

TOMA JEITO, MACACADA!

Ipirá, eleições 2016, a macacada encontra-se numa encruzilhada e, o pior, sem encontrar uma saída. A maior dificuldade resume-se em não ter um pré-candidato competitivo, em condições de enfrentar a jacuzada com possibilidade de vitória.


Quem eles lançarem será para cumprir tabela. Quem se apresentar será para tapar um buraco e carregar um caixão sem alça porque a conjuntura é totalmente desfavorável ao grupo. Quem for o candidato se queimará para o resto da vida porque poderá levar um sapeca de três mil votos no lombo e ficar estigmatizado pelo efeito ‘Vavá Kabila.’ O momento é difícil para a macacada.


As dificuldades da macacada não são deste presente momento, elas despontam da campanha de 2012, extremamente confusa e atrapalhada que resultou numa renúncia que significou um caos. A prefeita eleita Ana Verena renunciou ao poder municipal conquistado no aperto por puro capricho, dentro de um contexto pessoal e de uma vontade subjetiva, quando não deu a menor importância ao grupo, nem a menor satisfação a nenhum eleitor do grupo macaco. Depreciou a macacada. Fez do grupo dos macacos uma coisa insignificante, um cachorro.


Na atualidade, a macacada apresenta-se desarrumada e sem bússola, variando e totalmente perdida. É vereador brigando publicamente com secretária; são lideranças que estão na zona do conforto e não estão nem aí para o que possa acontecer ao grupo; é um conjunto de pessoas vaidosas um querendo ser mais porreta que o outro; é um baixo clero querendo fazer acontecer o que é impossível. E assim a onda vai, complicando cada vez mais a situação. A macacada virou uma verdadeira casa de Noca, sem esteio, sem viga, sem liderança, entregue à própria sorte.


Uma novidade, nestas eleições 2016, não haverá dinheiro do município de Ipirá para bancar qualquer candidatura. Pela primeira vez teremos os jacus e macacos sem dinheiro público para bancar o candidato deles, tendo que tirá-lo do próprio bolso. Esse é o sinal de que não haverá caixa 2, caixa 3, caixa 4...


Esse é o sinal de que não haverá dinheiro público nas mãos de fulano, sicrano e beltrano para fazerem uma famigerada e escandalosa boca de urna, nas vésperas das eleições, quando ocorre uma correria do capeta e fulano assalta sicrano, que assalta beltrano. Uma vergonha. Nisso aí, o grande perdedor é a macacada.


Outra novidade, tem 99% para acontecer uma aliança entre o PT e o Renova. Se isso ocorrer sacramentará a derrota da macacada antes do começo da disputa eleitoral. Uma das causas da vitória da macacada em 2012 foi a aliança com o PT. Extinta essa aliança, a macacada fica vulnerável e ferida no coração. Sem a aliança a derrota da macacada fica iminente.


O grupo da jacuzada é um grupo oligárquico, aristocrático, fechado em torno da família Martins. O grupo da macacada é um grupo fatiado, que vai perdendo esse controle familiar oligárquico, devido às infiltrações e à incompetência das lideranças aristocráticas, nesse sentido, abre-se para a penetração e a condução de setores da pequena-burguesia que estão em fase de acomodação em busca da supremacia dentro do grupo.


Não adianta espernear. A aliança entre o PT e o Renova reforça a idéia de uma terceira força concreta, real e verdadeira no município de Ipirá. Dizer que Ipirá só tem jacu e macaco é cair na mesmice de sempre, ser estreito na análise, na avaliação dos acontecimentos e não enxergar um palmo além do nariz.


Se a macacada não entender a realidade desta conjuntura, que é amplamente negativa para o grupo, será um mero cabo-eleitoral de Brandão, até mesmo lançando um candidato próprio; até mesmo colocando-se como eventual adversário; até mesmo polarizando o pleito nos acordes da paixão do Ba-Vi. E qual será a alternativa nesta conjuntura amplamente desfavorável?


Basta entender que a realidade apresenta uma força real (PT + Renova) determinada a lançar candidatura própria. Isso míngua e elimina qualquer chance de vitoria da macacada. Deixar a jacuzada com o doce na boca por quatro anos e, talvez, décadas, seria um grande vacilo da macacada, pois a retomada não será facilitada.


Eleições 2016, não está fácil para a macacada. Cometer um grande equívoco agora poderá sacrificar 2020. Atuar dentro da realidade, enxergando as novas forças políticas que despontam poderá ser uma tábua da salvação.



Eu diria até que seria interessante para a macacada terceirizar uma derrota e livrar a cara do grupo. Eu diria até mais, seria interessante para a macacada procurar endurecer o pleito de 2016, para Brandão não levá-lo numa boa. Eu diria até mais que demais, seria interessante para a macacada aumentar o poder de competição contra Brandão apoiando e reforçando uma força política concreta e real que se estabelecerá com a aliança do Renova com o PT. Eu digo tudo isso, porque para a macacada sozinha, isolada no pleito de 2016, não tem boca.

quinta-feira, 21 de abril de 2016

O VOTO DO CAPETA

Pense no capeta; pensou em Eduardo Cunha! Não é fácil entender como 54 milhões de votos podem ser usurpados por 367 votos de colarinhos brancos. Só pode ser coisa do capeta! Agora, não é que 367 votos entenderam de impor o novo presidente da República do Brasil. O capeta tá virado do cão! Nem vereador em Ipirá consegue ser eleito com 367 votos e o Capeta resolveu fazer um presidente do Brasil com essa votação de síndico de condomínio.

Não é que o Capeta tinha direito a voto! O próximo deputado: Eduardo Cunha. Sua Excelência, o Capeta, levantou-se e pronunciou “Que Deus tenha misericórdia dessa nação, meu voto é SIM”. Para mim, a terra tremeu. Até o Capeta reconhece que Deus tem que meter o dedo nesse País.

Já estou cheio do nome desse Capeta. Não vou chamá-lo de Cunha e crio uma nova alcunha para esse mecatrefe: Acunha. Será que existe essa palavra? Se não existe vai passar a existir e vem na condição de verbo, o acunhar, com ação direta e mais que perfeita. Veja a frase: ‘Eduardo Acunha o Brasil’. Reforçando teríamos: ‘Eduardo Acunha o povo brasileiro’. Vê lá se o povo brasileiro vai aguentar uma acunhada dessa. Nem Barroso STF agüentou e expressou mais ou menos assim: “Olha a turma (gang) que quer tomar conta do Brasil!” Até o Capeta, na sua plena sinceridade, reconhece, basta lembrar o seu voto pedindo a ação divina.

Olha que beleza! Um País acunhado por Temer, Acunha e Calheiros. ‘Tamo lascado’. Ainda nem passou pelo crivo e julgamento do Senado e Temer já tem comportamento de quem sabe que a missa ta encomendada e ta esbanjando pose de presidente. Êta sujeitinho dissimulado! Criou uma Ponte para o Futuro, só se for do PMDB. Isso tudo ta com pinta de acordo com o Capeta para salvar o que eles mais desejam.

A grande preocupação do Capeta é barrar a Operação Lava Jato, jogar água fria na distinta. Não deixar que saia da Suíça e de Dubai, não permitir que chegue às profundezas do inferno Brasil e, sendo comandada pela tropa coloiada ao Capeta, não haverá perigo. Quem foi para as ruas pelo combate à corrupção, em defesa da operação comandada por Aldo Moro escorregou na maionese do acórdão e esse acórdão é a Ponte para a Salvação de mais de cinco dúzias de deputados e do Capeta de dormirem no Complexo Penitenciário da Papuda em Brasília.

A presidenta do Brasil está sendo julgada e golpeada ‘democraticamente’ por deputados e senadores que juntado as capivaras deles dá mais de três léguas de comprimento. A maioria com o nome dedurado na Operação Lava Jato. Esse golpe significa salvar a própria pele, significa chegar ao poder por uma variante que não necessita do voto popular.

É o golpe via atalho do Capeta. Aí vale tudo, até desrespeitar e rasgar a Constituição. Pela mão do Capeta os investigados da Lava Jato querem assaltar o poder no Brasil. Se houve estelionato eleitoral de Dilma para ganhar as eleições, Temer foi eleito vice com todas e todos possíveis erros que elegeram Dilma. São pessoas distintas, partidos distintos, ações distintas, mas os 54 milhões de votos que elegeram a presidente estão sendo jogados na lata de lixo e reciclados para o vice. Sem hipocrisia, o pau que dá para a presidência, dá para a vice-presidência.                            

A Operação Lava Jato descobriu um mar de lama de corrupção nesse País, isso ninguém pode negar. Eu fico observando o PMDB, PP, PR, PRB querendo tirar uma presidente, como se não tivessem nada, nadica de nada, a ver com essa sujeira. Parece brincadeira. Uma cúpula na linha de frente Temer, Acunha e Calheiros, uma trempe mais suja do que pau de galinheiro, tirando uma de cidadãos acima de qualquer suspeita. Parece que todo mundo é besta.

Partindo de quem parte, tudo isso é uma armação golpista institucional que cheira a perfume barato, mas tem o fortum do Capeta que deixou uma frase impactante: “Que Deus tenha misericórdia dessa nação.”   


sábado, 16 de abril de 2016

GOLPE DA DESGRAÇA!

Seja sincero: você sairia de sua residência, neste domingo, 17 de abril de 2016, caso fosse eleições, para dar um voto a Michel Temer para presidente e a Eduardo Cunha para vice?

Responda com sinceridade: quem foi às ruas nas manifestações do ‘Fora Dilma’ queria deixar a presidência com Temer e a vice com Cunha?

Essas duas perguntinhas simples servem para desanuviar uma compreensão correta deste grave momento político. Os manifestantes foram às ruas contra a corrupção, que tenha ela sido praticada pelo cão, pelo diabo ou qualquer outro semelhante humano. Exigir a saída de Dilma para deixar Temer em seu lugar, com Cunha na boca de espera, seria o mesmo que colocar hienas tomando conta de cordeiros. Neste jogo não tem besta.

O que está acontecendo? O movimento das ruas tinha corpo robusto, mas não possuía cabeça com objetivo atuante no Congresso Nacional. O espaço do desenrolar dos acontecimentos vai ser o institucional. É na Câmara dos Deputados que a farsa foi montada. É nesse monstrengo conservador, onde a idiossincrasia malévola de Eduardo Cunha encontra guarida e empunha a bandeira do golpismo. A elite política ganhava um coordenador para o golpe.

Eduardo Cunha, um pombo-sujo da Operação Lava Jato, que adquiriu o título de sheik da Arábia e medalhão de marajá da Suíça é o comandante supremo de um processo de impedimento de uma presidenta. Agiu de forma sub-reptícia nas sombras de suas paixões mais primitivas e por vingança o chantagista colocou em pauta o que poderia ter engavetado se tivesse havido correspondência em seus achaques. O impeachment entrou na Ordem do Dia. Os ratos, lacraias, raposas, traíras, vermes e abutres do poder saíram da moita, da toca e do porão da política. 

Essa era a oportunidade que os abutres do poder precisavam e espreitavam. O golpe faz parte da cartilha do vale-tudo pelo poder peemedebista que não tem nenhuma chance de chegar à presidência pelo voto. A vontade dos manifestantes de rua ficou apenas no bota-fora, o poder está no alvo e sendo usurpado pelo PMDB de Temer, que saiu do armário e mostrou as garras do oportunismo ao sentir o cheiro do poder, com um projeto que não sepulta a corrupção, mas que tem em algum acórdão para esfriamento como uma fonte do desejo maior que uma reivindicação. Assacaram o golpe.  

Eduardo Cunha faz manobras regimentais para a conspiração de lacaios. Isso não é uma brincadeira sem conseqüências danosas para as camadas trabalhadoras e populares. Não pensem que não acontecerá mudança com a imposição de um projeto conservador e neoliberal. Não duvidem que ocorra a limitação por lei da Policia Federal e do Ministério Público e uma Lava Jato emperrada em benefícios dos milhares de políticos denunciados.


A votação da admissibilidade será neste domingo, com o Senado ficará o julgamento. Não existe fundamento jurídico para o impedimento. As causas apresentadas são as pedaladas fiscais que outros presidentes também praticaram. Contra Dilma não há objeto jurídico. Ganhar no tapetão é tirar o respaldo constitucional de 54 milhões de votos. A Lava jato não pode parar de combater a corrupção nesse País. Veremos até onde ela vai.

sábado, 9 de abril de 2016

PROCURA-SE PRÉ-CANDIDATO

Anote o que estou dizendo: não haverá farra com o dinheiro público nestas eleições municipais 2016, em Ipirá. Com esta e por outras, quem parece está ferrada é a macacada, ta parecendo cachorro querendo morder o próprio rabo em busca de um candidato.

A pré-candidatura de Aníbal Ramos lançada no dia do seu aniversário não esperou pelo outro aniversário para desistir. Ficou enfraquecido com a debandada de dois vereadores e um terceiro preparando o pinote para a jacuzada, desde quando, era uma pré-candidatura com base na Câmara de Vereadores.

A rachadura foi no coração da candidatura. Dizem que Aníbal mereceria uma estátua de cinco metros, na entrada do João Velho, caso insistisse na pré-candidatura de prefeito; para uns, pelo vacilo de deixar uma candidatura de vereador garantida por uma de prefeito sem chance; para outros, pela coragem de tirar a corda do pescoço do macaco para colocá-la no seu próprio pescoço num ato de sacrifício pessoal para salvar um grupo em desespero. Caiu fora do esparro.

Em reunião com o governador, o deputado Jurandy Cyretran Oliveira se enfeitou como pré-candidato à prefeito de Ipirá como forma de encerrar com chave de ouro a sua carreira política. Uma pré-candidatura que não tem capacidade de aglomerar forças políticas em torno de si, aliás, não consegue manter uma unidade em pró de sua candidatura nem na própria família. Sendo um político matreiro, não acredito que tenha a coragem de assumir esse rabo de foguete, pois não escapará de uma derrota escarchapante.

Quem seria o candidato das hostes da macacada neste momento de grande dificuldade? Nada melhor do que as duas lideranças maiores: Antônio Colonnezi e Diomário Sá. Prefeito e vice ou vice-versa. Vocês acham que eles topam? Podem tirar o cachorrinho da chuva, esses dois só vêm na boa. Nessa conjuntura altamente negativa para a macacada, esses dois dão uma de ‘João ensaboado’, que fica mais escorregadio do que ‘quiabo na boca de menino’. Ninguém é besta para carregar esse caixão sem alça.

A fila anda, agora é a vez de ‘Quarquer Um’ que é obrigado a fazer um teste de potencialidade eleitoral no votometro e, pasmem, ficou abaixo do índice Vavá Kabila. A macacada ta no bote do cascavel. Tem a tarefa primordial de evitar que Brandão chegue ao poder municipal.

Diomário sabe que o grupo da macacada sozinho não vencerá essas eleições de 2016. Diomário sabe que a macacada não poderá separar-se do PT por hipótese alguma, se o fizer não vencerá essas eleições de 2016. Diomário sabe que para impedir o avanço e a prosperidade da tendência que se vislumbra neste momento tem que alinhavar uma aliança mais ampla e, para tal, tem que ter uma candidatura capaz de manter uma unidade de ampla complexidade e com poder de competitividade.


A fila parou de andar. A macacada não tem essa candidatura e prefere continuar bancando o cachorro que quer morder o próprio rabo, fazendo com que a fila volte a andar no mesmo círculo fechado. Começa tudo de novo, com a macacada tentando achar um pré-candidato em condições de competir. 

segunda-feira, 4 de abril de 2016

O MESTRE CHICO ANTÔNIO

Chico Antônio tomava conta da fazenda Santa Helena e mostrava com muito orgulho uma mula que era chamada ‘Presidência’. Aos olhos de menino ‘Presidência’ parecia um camelo sem os dois calombos. Era um monumento, enorme e deslumbrante. Chico Antônio sempre repetia, com entonação na voz: “Quem faz montaria em ‘Presidência’ não apia por qualquer coisa, tem que ser uma coisa de seríssima seriedade”. Fiquei com aquele dizer na cabeça, até compreender que ‘seríssima seriedade’ era o mesmo que ‘muito séria’.

Lá pelas tantas, aparece no Congresso Nacional (tai um nome bonito para colocar em fazenda: ‘Fazenda Congresso’ sem o nacional, senão viraria propriedade estatal) Janaína, nêga de lá ele, e diz que para deixar a presidência basta as pedaladas fiscais e as violações que elas representam à LRF. Chico Antônio dizia que tinha que ser coisa muito séria.

Em Ipirá, a meninada dá pedalada no passeio modelo Copacabana da Praça da Bandeira e não tem impedimento. Oh, Janaína! Por pedalada fiscal não fica um governador e um prefeito neste País, cai tudo do mesmo jeito que cai umbu maduro do pé. Na fazenda Santa Helena, embaixo do umbuzeiro, o chão ficava forrado de umbu e as cabras dando o maior trato. Isso, para mim, é coisa séria. Para apiar da Presidência tem que ser coisa muito mais séria. Cadê o crime de responsabilidade cometido?

Em Feira de Santana, na área da rinha de Carlitão, tinha um sujeito chamado Zé Cebola, que veio da região de Itaberaba, era magro que nem um faquir e a barriga era uma bola murcha, mas quando pegava um facão Corneta apresentava uma agilidade impressionante, de forma que o facão girava em suas mãos e se transformava numa cortina de milhares de lâminas em todas as direções. Ninguém se atrevia. Dez capoeiristas não conseguiram dar um golpe. Cinco lutadores de karatê não deram um só golpe. Quem se atrevesse perderia a canela.

No Congresso, os golpistas ficam cantando em coro: ‘Jandira! Jandira! Jandira!’ A deputada vai ao microfone e diz: ‘’Para vocês falarem em meu nome, vocês vão ter que lavar a boca”. Nesse instante, eu me lembro da fazenda Santa Helena e entra nessa parada a figura de Chico Antônio que iria mais longe e diria: “lavar a boca com criolina”. Essa turma ia ficar com a boca bem lavada.

O velho Chico Antônio costumava dizer aquele ditado popular à sua maneira e eu repito do meu jeito: “Quando o sabido vem com os cajus, o besta já está torrando as castanhas.” Na fazenda Santa Helena quem mais andou na garupa da Presidência foi o PMDB, que lá se chamava manzá e tinha em abundância na lagoa que ficava na malhada da fazenda, esse bicho grudava no lombo do outro bicho e lá ficava enchendo o bucho de sangue até se empanturrar. Era um parasita oportunista que montou no lombo da Presidência e foi o último a apiar da montaria que tanto se apegava.

O caso do PMDB é tão vergonhoso que assustou até Barroso, que mora um andar abaixo do Céu, no Supremo, e eu vou colocar as palavras em sua boca: “É assustador vê um rebanho de patife com a mão levantada como se fosse gente decente”. O PMDB foi carne e unha desse governo, comeu, mamou e lambuzou-se; agora, na maior cara-dura, deixa o governo como se não tivesse nada a ver, como se nunca tivesse participado de nada. Vamos devagar que ninguém é otário.         

Essa turma do PMDB é parecida com a UDN, nunca chegou ao poder da Presidência pelo voto, tenta na manha e no golpe. Essa malandrotropia do Temer quer impor o programa de sua corja ao povo. É muita ingenuidade pensar que a PF e o MP vão ter corda solta com essa gente. Aí não tem jeito, vem à lembrança da fazenda Santa Helena, quando chegava a bezerrada que nascia no meio da caatinga, era uma massa bruta alvoroçada, pinotando mais do que jia em tempo de chuva, e eram colocadas no tronco, à corda curta, berravam, gemiam, contorciam-se, mas cediam. Fico a imaginar o MP e a PF no tronco.

Quem manda nessa barafunda é o Cunha, um pombo-sujo de Ipanema, que vive como xeique da Arábia, com conta na Suíça para alocar propina, só escapará de ver o sol nascer quadrado num acórdão que jogue um balde de água fria na Lava Jato e o povo brasileiro ficará sem saber quem é o ladrão das ovelhas de Cristo.


Pelo cumprimento rigoroso da Constituição; em defesa da democracia e contra qualquer tipo de golpe, até no pensamento. Na fazenda Santa Helena, Chico Antônio costumava dizer: “Cuidado com o prato, que ele é de louça!”