O prefeito Ademildo solicitou afastamento por três meses (até 26 de
julho), depois retornará e completará o mandato até 31 de dezembro. Nesse tempo,
até o retorno, tem que acontecer as Convenções Partidárias para escolher os
candidatos ao pleito municipal. Depois, desse prazo, o prefeito Ademildo
retornará, justamente, no período da campanha eleitoral. E o que é que tem a
ver? A macacada sabe que tem diferença. São duas situações. Entenda o jogo.
Primeira situação: parágrafo 5 do artigo postado anteriormente: “Uma
novidade, nestas eleições 2016, não haverá dinheiro do município de Ipirá para
bancar qualquer candidatura. Pela primeira vez teremos os jacus e macacos sem
dinheiro público...” com Ademildo prefeito será assim.
Segunda situação: sem Ademildo na prefeitura, com o grupo da macacada
chefiando a gestão isso cai por terra, poderá haver uma farra com o dinheiro
público na campanha eleitoral. Poderá haver! (isso é motivo suficiente para o
baixo clero da macacada tocar foguete até ‘uma zora’). Com a macacada poderá
ser assim. Esse é a pegada no jogo de interesses.
Com Ademildo na prefeitura não acontecerá, com dinheiro público, aquela
vergonhosa compra de votos e títulos na véspera das eleições. Com a macacada na
prefeitura essa ignomínia voltará com força, inclusive com dinheiro público,
porque a cúpula (jacu/macaco) já absorveu esse crime eleitoral como um fator
decisório do pleito, não percebendo que é coisa criada pela malandragem dos
dois grupos para extorquirem os candidatos. Estão entendendo a diferença?
Vamos ao assunto principal. Com o afastamento do prefeito Ademildo, a
macacada ficou mais folgada, tomou jeito, e três pré-candidaturas ressuscitaram
e poderão ficar vivas por três meses.
A reeleição do prefeito Aníbal, se houver a predisposição de deixar uma
vereança garantida para o próximo período legislativo em troca de uma eleição
duvidosa para o Executivo.
O pré-candidato Dudy, que vai e vem, deverá tomar suspiro por saber que
poderá contar com apoio numa campanha, que no seu ritmo, custará os olhos da
cara.
Uma terceira pré-candadatura é a do deputado Jurandy Cyretran Oliveira,
que mesmo sem chance nenhuma de vitória, tendo quem ajude a bancar ele
prontifica-se, até mesmo, para meter a colher no angu e desandar o mingau criando
atrito e confusão na própria macacada.
Exemplificando para você entender melhor. Se o São João 2016 fosse feito
pela gestão Ademildo gastaria o mínimo, dentro das condições do município, com atrações
de casa e algumas de médio porte, para um público cativo que lota a Praça José
Leão em todo São João.
Sendo o São João 2016 uma ação da gestão macaca, em ano eleitoral, sem
dúvida, buscará impressionar com grandes atrações e com custos superiores a um
milhão de reais, o que deixaria uma propina que representa crime de
prevaricação de mais de 10% para o atravessador que contactar as bandas,
abrangendo um público cativo que lota a Praça José Leão em todo São João e mais
quinhentas pessoas atraídas pela atração maior.
Voltando a questão eleitoral. A macacada isolada e sozinha não tem a
menor chance nessas eleições 2016, principalmente devido ao desgaste natural de
doze anos de administração. Se não fizer aliança com o PT estará derrotada por
antecipação. Mesmo em aliança com o PT, a situação da macacada é indigesta
porque a conjuntura é desfavorável.
Salientando que para o pleito eleitoral de 2016 deverá acontecer a
aliança do PT e o Renova, a macacada pode tirar o cavalinho da chuva porque já
foi, pode dar adeus ao poder municipal sem saber quando o terá de volta e
Diomário sabe muito bem disso, agora, a macacada sendo um grupo mais aberto
poderá ampliar esse leque de aliança e se aproximar da candidatura Renova e PT
para tentar criar uma dificuldade para a candidatura Brandão. E não é coisa
fácil.
Aí quem tem paixão por macaco ou jacu vai à loucura. Eu até compreendo
aquelas pessoas que por necessidade tem que ser cativo. É a natureza da pessoa.
Não nasceu para ser livre e independente. Não tem porque pensar e refletir de
forma desassombrada. Está preso aos interesses pessoais, às necessidades da
subsistência, às carências do dia-a-dia. Está acorrentado ao sistema. O grupo é
tudo; é a salvação e o louvor; é sagrado e perfeito. O indivíduo não é nada; a
cidadania não é coisa digna; a consciência é para ser negada.
“Aqui só existe jacu e macaco”. Assim eles dizem. A renunciante Ana Verena,
que não nasceu nessa terra, nem aqui foi criada e não tem porque ter paixão por
grupo, recebeu do grupo da macacada uma quantidade de votos que a levou ao
poder municipal. No entanto, renunciou e não fez pelo grupo da macacada o que o
grupo esperava dela.
Sem dúvida, para ela, o grupo da macacada não é nada e nada representa;
é uma coisa insignificante; é um trem ordinário; é um estorvo que suga a seiva
e cobra um preço imensurável aos seus guias. A individualidade é a plenitude, é
liberdade, é propósito de vida burguesa, é emoção em grau elevado. Tomar a
frente da macacada foi um caso fortuito e esquecido. Concluo dizendo que o
sistema jacu e macaco não é o céu e pode ser o inferno para muita gente e até
mesmo para o município de Ipirá, desde quando se torne o seu entrave.