sábado, 23 de setembro de 2023

FAMÍLIA DE IPIRÁ ACERTA NA MEGA-SENA


O chefão da família passou em frente à Casa Lotérica, localizada na avenida, pensou em fazer aquela fezinha, a fila estava grande, ele desistiu. O surpreendente é que ganhou sem jogar na loteca. Como isso aconteceu? Vou ter que narrar para você entender melhor.

 

Faltando dois anos para as Eleições/2024 eles fizeram o maior furdunço que Ipirá já presenciou. Não me pergunte quem foi que fez porque não sei.

 

Êta furdunço da gota serena! O furdunço pegou fogo, não é moleza e criou o maior reboliço já visto em Ipirá. “Não dá a cabeça” deu! Pulou o pilão e a corda; correu que nem cavalo ‘brabo’; deu a volta no trio, achou pouco, rodou o mundo; está sendo jogo pegado e jogado; não deixa de ser barril dobrado; do jeito que morde na canela e a dor explode no coração; haja paixão recolhida.

 

Você pode dizer que não está entendendo nada. Eu entendo a sua situação. A mesa ficou com as pernas para cima, mas não deixou de ser mesa. Bom seria, se possível fosse, ouvirmos as sábias palavras do grande filósofo e ferreiro popular ipiraense Neco ‘Atrapaiou’, se permitido fosse: “foi e não foi, sendo que não foi, não será, mesmo sendo, não foi o que seria”

 

Não estando nada fora do lugar e com os mesmos atores, não deixa de ter estragado reputações e manchado personalidades. Que corroeu interesses, lá isso aconteceu.

 

Acredite se quiser: fizeram uma desarrumação na toca dos macacos e no ninho dos jacus. O sistema de politicagem de Ipirá (jacu e macaco) vive uma crise política sem precedentes, com alto poder de destruição e implosão.

 

O sistema jacu e macaco rachou e fez fenda. Não tem como ser jacu com os líderes Antônio Colonnezi, Jurandy Oliveira e Luís Carlos Martins juntos no mesmo palanque; não tem como ser macaco com a liderança de Diomário. Seria a verdadeira falta de lucidez.

 

Meu caro leitor desse blog, não permita e não deixe que o sistema corrompa e desintegre o seu raciocínio. Ipirá tem que superar o infame esquema de jacu e macaco, que tanto tem prejudicado essa terra e o momento é esse.

 

Agora a responsabilidade cabe aos líderes e eles têm nome, CPF e residência fixa: no crivo da disputa estão Luiz Carlos Martins, Antônio Colonnezi e Jurandy Oliveira contra Diomário e Dudy. Esse é o jogo. Essa é a nova disposição dos líderes e o novo alinhamento e a nova configuração das velhas forças da politicagem local. Que o sistema jacu e macaco vá para o inferno como tudo que não presta nesse mundo.

 

A denominação jacu e macaco é uma coisa muito generalizada, ninguém é responsável por isso aí. Observe, quando o ex-governador Jacques Wagner disse que em Ipirá ele era macaco, não afirmou nada, fixou-se numa marca abstracionista, sem responsável direto. Se dissesse que estava com o líder Antônio Colonnezi, seu antigo companheiro petroquímico, aí estaria firmando um vínculo de reciprocidade entre os dois níveis de liderança. O sistema jacu e macaco terminou surrupiando e engolindo a liderança de Antônio Colonnezi.

 

O desmantelo está sendo grande. Os líderes se desentenderam, brigaram como os vaidosos brigam e misturaram as trouxas de roupa e os ‘panos de bunda’ de um lado e do outro. Misturaram e bateram no liquidificador para ninguém saber onde está o rabo arrancado do macaco e a asa quebrada do jacu.

 

Resta uma pergunta que não quer calar: quem lucrou com tudo isso? Foi a família Oliveira, que vai abocanhar a prefeitura de Ipirá numa boa. Olhe bem! Vai abocanhar a bolacha inteira, passar manteiga e papar sem fazer cara feia.

 

Depois de tudo o que está acontecendo, com essa desgraceira toda desarrumando os grupos, por incrível que pareça, a Prefeitura de Ipirá vai cair, vai desabar, vai escorregar para o colo da família Oliveira ou seja, sobrou no colo da família Oliveira.

 

A família Oliveira é quem vai sair de boa; lavando a jega e mordendo o rabo da cachorra. Vai receber a prefeitura de mão-beijada, de boa. Isso é que é sorte pai d’égua! Oh, turma cagada de sorte! Isso é ou não é o mesmo que acertar na Mega-Sena?

 

Vou desenrolar o novelo para que você entenda o jogo. Coloque no centro trono o ex-deputado Jurandy Oliveira. Colocou? Pois bem, um pré-candidato (Thiago) é seu sobrinho; a outra pré-candidata (Nina) é sua esposa. A prefeitura vai cair em uma das duas mãos. Ainda tem no banco de reserva, pronto para entrar em campo, outro sobrinho, o Jota Oliveira.

 

Não adianta a população querer morder a isca é a família Oliveira quem vai saborear o fruto mais doce do sertão em 2024, a prefeitura.

 

O povão de Ipirá tá no sufoco com a corda no pescoço e com o cachorro amarrado no pé da mesa. Observe que o município de Ipirá tem no Auxílio Brasil 11.163 – 18,81% beneficiários. No Novo Bolsa Família tem 11.931 – beneficiários 20,11%. No BPC estão 2.255 beneficiários– 3,80%. Resumindo são 25.349 (42,72%) pessoas necessitando dos benefícios do governo federal numa população de 56.873 habitantes.

 

Quem tem que festejar na politicagem de Ipirá?

 

Nesse jogo, o povão já chimbou antes do início da partida começar, tá chopado de qualquer jeito; chova ou faça sol. O povo de Ipirá tá ferrado e enterrado nessa politicagem, tendo que comer e acreditar nesse H e pensar que carne de gia é galinha caipira só pelo gosto. Oh, trem bom!

 

Agora faça uma comparação.

 

A Prefeitura de Ipirá paga R$ 10.183.235,76 (mais de dez milhões de reais) por ano, a uma empresa de Ipirá para contratação de mão-de-obra para serviços. Uma forma de burlar a Lei de Responsabilidade Fiscal e a necessidade do Concurso Público.

 

A composição do quadro de pessoal da administração direta na Prefeitura de Ipirá tem 1.193 funcionários estatutários, 184 comissionados e 169 sem vínculo permanente, formando um total de 1.546 funcionários.

 

Qual é a necessidade de pagar mais de dez milhões de reais, por ano, para contratar mão-de-obra adicional? Para formar o cabide de emprego municipal, com ferrão do grupo da situação, sem concurso, com indicação de candidatos.

 

É essa turma que chupa o tutano deixando o osso para o povo. Como é boa essa prefeitura de Ipirá! Que paga mais de 10 milhões de reais anual a um de seus apadrinhados, mas não faz uma ponte de cimento para substituir essa coisa vergonhosa que é uma ponte de pedaço de madeira velha e podre na passagem do esgoto.

Meu caro leitor do blog seja sincero, quem tem que tocar foguete: é esse pessoal que morde, assopra e chupa cana ao mesmo tempo, acertando na loteria sem jogar e logo na Mega-Sena, sem nenhum risco e com toda certeza ou você que não acerta nem no jogo do bicho, apostando sempre ou de quando em vez, no jacu ou macaco?

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

VEM AÍ, CERBERUS; O CÃO DE TRÊS CABEÇAS

Na mitologia grega, Cérbero é um cão, também conhecido como Cerberus, na maioria das vezes é descrito como tricéfalo (três cabeças) e cauda de serpente. Hades é o deus grego do submundo, do reino dos mortos e na mitologia romana ele é chamado de Plutão, ao seu lado, anda um cão de três cabeças, o Cérbero que guarda a entrada do mundo dos mortos.

 

Plutão, em acordo com Hades, resolveu mandar Cerberus para fazer uma vistoria na cidade de Ipirá e para a população não se assustar Cerberus chegou todo ‘nos trinques’, de terno de casimira engomado, gravata borboleta, sapato lustroso e botou flor de alecrim na lapela.

 

Uma cabeça do tricéfalo olhou para as outras duas e falou: “oxente, eles já estão em campanha eleitoral, um ano e meio antes das eleições!” uma cabeça respondeu: “nem satanás aguenta um repuxo desse!” A outra cabeça para não ficar calada, complementou: “só se for com o dinheiro público.”:


Oh, Ipirá azarento! Não acerta num administrador que preste; é tudo meia-boca. Esse sistema jacu e macaco, já deu o que tinha que dá. São cinquenta anos de existência desse sistema jacu e macaco em nossa terra. Não tem um lugar desenvolvido que esteja baseado nesse troço. É coisa exclusiva de Ipirá e de lugar atrasado. Feira de Santana tem Isso? Claro que não.

 

O que está acontecendo?

 

Dois anos antes; a ansiedade e o fogo de quem está no poder tornou-se uma coisa avassaladora, sem freio e sem comando; mesmo sendo o poder administrativo nesse momento, esse pessoal é tão maluco e impulsivo, que querem que a gestão deles acabe logo, para eles ficarem no mesmo poder que já estão. Observe que coisa mais maluca!

 

Quem foi o gênio que lançou o Novo Macaco?

 

Ao lançarem o ‘Novo Macaco’ provocaram a instabilidade administrativa no próprio governo, uma espécie de “tomara que isso termine logo!” ou ‘saía logo para que não fique nenhum vestígio da calamidade deixada.” Deste modo o grupo macaco rachou bem rachado como lenha de padaria.

 

O prefeito Dudy não tem por mérito o pensamento político, pois bem, gosta tanto do genro que resolveu presenteá-lo com uma prefeitura e, para tal, fez o lançamento para deixá-lo na cara do gol. Deu numa grande lambança. Vê se pode?

 

Um nepotismo do tamanho de um elefante, passando pelas barbas da Justiça, mas com um jeitinho da esperteza brasileira e não tem autoridade divina que diga que isso é pecado. É vai que vai. O prefeito é o dono da caneta, do dinheiro, do mico, do chipanzé e do grupo macaco.

 

Esse grupo tem uma cabeça pensante, que tem por mérito o pensamento político qualificado e analisado com profundidade na oportunidade e na base do pé no pescoço. É o ex-prefeito Dió, esse é ninja.

 

O engenheiro articulador de toda essa engenhosa rede de intriga tem nome, cpf, digital e morada fixa num balneário da capital baiana. Não precisa repetir o nome. Foi quem preparou um xeque-mate, acompanhado de um canto de carroceria e colocando uma peixeira no pescoço, ao tempo que botava uma saia justa no líder do grupo macaco Antônio Colonnezi. Nem uma pessoa sequestrada sofre tanto desse jeito! O líder deu um pinote. O novo líder ficou olhando: “vai com Deus!”

 

O grupo macaco: com uma eleição/24 praticamente na mão; mas os menudos inconsequentes resolveram criar a maior instabilidade dentro do próprio grupo, atingindo em cheio a própria gestão municipal. Vejam só a lógica maluca dessa gente: eles perderam duas lideranças para o outro grupo e estão achando que não perderam nada. Um grupo divide e o outro soma, quem leva vantagem? Nem um jegue sentado num tamborete erra essa conta.

 

Antes, eles diziam: ”quem tem voto em Ipirá é Luiz Carlos e Antônio Colonnezi” Diziam isso de peito estufado e como uma verdade absoluta. Agora, eles replicam: “qual é o voto que Antônio tem?” E acentuam: “ora mais, Antônio está velho e tem que ficar em casa usando o pijama!” E falam isso com a garganta cheia da verdade encontrada.

 

Observe como a metralhadora giratória cospe fogo contra a própria cabeça e a girândola vai em cheio no coração. O rigor argumentativo dessa gente é nenhum, tem todo limite no interesse pessoal de cada um e resvala longe da necessária e verdadeira compreensão dos acontecimentos.

 

O sistema de politicagem é o jacu e macaco. Quem controla a grande maioria dos votos nesse sistema? Não sendo os líderes a tarefas sobra para os vereadores. Os donos e controladores dos votos no município de Ipirá são os vereadores.

 

O líder que controlar o maior número de vereadores e cabos eleitorais será o vencedor das eleições. Esse é o resumo de toda eleição em nosso município. O prefeito eleito sempre tem maioria na Câmara. Observe que o prefeito Dudy foi exceção e passou perrengue na primeira eleição na Câmara de Vereadores, por não ter o controle da maioria e precisou de um vereador da oposição. Aí começou a deliberada dor de cabeça do gestor e do grupo.

 

Existe uma tese que considera o município uma fazenda: os eleitores são o gado; os vereadores são os vaqueiros e os líderes dos dois grupos são os donos dessas duas grandes fazendas (jacu e macaco).

 

Esse sistema (jacu e macaco) foi crescendo em volume e proporções ao ponto de virar  um monstro tenebroso que vai engolir suas próprias lideranças (quem viver verá). O dinheiro passou a ser o principal alimento e impulsor desse monstrengo (sistema jacu e macaco). O líder Antônio Colonnezi é a primeira vítima. O líder Luiz Carlos Martins será a segunda.

 

Não tem líder de grupo ou fazendeiro de curral de voto que suporte o tranco financeiro do vereador ou vaqueiro do curral de voto para manter o eleitor ou gado que vota reunido e em quantidade indispensável. É muito dinheiro e muito cifrão, na boa conclusão, é muito milhão de um jeito que só grande traficante de cocaína tem de sobra.

 

A Casa da Moeda é o limite. De onde vem o dinheiro? O trabalho honesto não tem condições de vomitá-lo. Consulta médica gratuita já não resolve. Aí os médicos ficaram superados e rejeitados. Os líderes Antônio Colonnezi e Luiz Carlos Martins têm prazo de validade curto.

 

Admita-se que: tem como chamar de MACACO um grupo liderado por Diomário? Tem como chamar de JACU um grupo com Antônio Colonnezi na linha de frente com Luiz Carlos Martins? Essa é a grande fenda que se abre no sistema jacu e macaco. A velha forma de bolo virou panela de pressão e o conteúdo ficou incontrolável.

 

Macaco sem Antônio Colonnezi e jacu sem Luiz Carlos seria o novo paradigma da camada oportunista que aflorou, invadiu a velha fazenda e golpeou seus antigos líderes cortando seus pescoços. O líder Antônio Colonnezi foi quem primeiro percebeu isso e tem a convicção de que não será mais o que foi um dia. A fórmula jacu e macaco esgotou-se.

 

Ah, o ex-deputado Jurandy Oliveira!

 

Se Dudy faz o lançamento para o genro (Oliveira) em campo de bola; o ex-deputado Jurandy Oliveira prefere mesa de sinuca e por tabela lança sua esposa para ficar na boca da caçapa. É muito bom governar Ipirá! Só falta o ex-prefeito Jota Oliveira, com o grupo dos 40 atuando dentro da jacuzada fazer o lançamento para si próprio ou seja bater o escanteio e correr para cabecear.

 

Aí também já seria demais. Você que é leitor(a) desse blog já observou como a vida imita a novela. Tudo isso acontecendo seria Ipirá imitando Itaberaba: Mascarenhas lá e Oliveira cá ou melhor, Mascarenhas ganha lá e Oliveira ganha aqui. Ainda tem quem duvide!

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

A SUBIDA DO TRIO PELA AVENIDA


Começo pedindo desculpas ao leitor desse blog por ter dito que a entrevista do líder Antônio Colonnezi ‘faiou’. Não era verdade, quem ‘faiou’ foi o blog e ‘faiou’ feio.

 

Explico as razões: ainda na segunda-feira a torcida do tricolor estava de cabeça quente, logo cedo fui caminhar e comprar o jornal, acreditava que a entrevista acontecesse meio-dia, liguei o rádio e nada, nem imaginava que poderia ter acontecido pela manhã, como aconteceu. Erro cometido, pedido de desculpas feito, vamos ao jornal.

 

Para minha surpresa encontrei essa nota no jornal A TARDE, segunda-feira, 4/9/2023, pag. A2, coluna O Carrasco:

”QUADRILHA JUNINA DA AVON”

“Campanha eleitoral se aproximando e dois parentes tentam uma dobradinha para manutenção das ordem das coisas em Ipirá. O empresário local, que como já se sabe, está sob a mira da Secretaria da Fazenda do Estado, passou a ser observado pelo GAECO, do MP-BA. No bate bola entre o prefeito e o genro, quem não anda satisfeita é a primeira dama, que pinota para o psicólogo quando o nome da família é citado e ameaça de 'baculejo' da Polícia surgem na imprensa. Calma minha senhora, as coisas podem até piorar se as informações de que a PF está de olho em Ipirá se confirmar.”

 

Observe bem, prefeito! A matéria não tem o jornalista responsável e o jornal publica que os conteúdos assinados e publicados nas páginas A2 e A3 não expressam necessariamente a opinião de A TARDE. Só aparece um email: ocarrasco@grupoatarde.com.br No mais tudo tem cara de anonimato.

 

Na minha análise, plantaram um caroço de feijão para colher uma mandioca gigante. Olhe bem a contundência dos erros: “uma dobradinha”. Os dois parentes não querem uma dobradinha, trata-se de um lançamento (a lá Gerson) do prefeito para deixar o genro na cara do gol. Nesse bate bola, que não é bate bola, é  bola de pé em pé e não tem bola dividida para que alguém fique insatisfeita. Tá tudo combinado e dominado.

 

Agora, tem quatro pontos que levam ao merecimento de um processo gigante e na Alta Corte, caso o prefeito tenha coragem:

 

Primeiro: “está sob a mira da Secretaria da Fazenda do Estado, passou a ser observado pelo GAECO, do MP-BA.”

 

Segundo: “a primeira dama, que pinota para o psicólogo”

 

Terceiro:se as informações de que a PF está de olho em Ipirá se confirmar.”

 

Quarto: a carimbada do título da matéria.

 

Se os três primeiros pontos não estiverem acometidos de verdades, desde já, são referências robustas para uma interpelação judicial de grande vulto. O quarto com aquele título está tipificando um crime de injúria, calúnia e outras derivações.

 

E agora, prefeito Dudy! O senhor que fala tanto em processar as pessoas, vai fazer o quê? O senhor já tentou processar cidadãos que falaram algumas palavras sem pensar; ameaçou de processar até amigos por falarem de sua gestão. O senhor vai fazer o quê mesmo? Vai ficar calado e passivo? Eu não acredito!

 

Eu tenho o jornal e está a sua disposição caso necessário seja. Não é possível que o senhor não corra atrás nem do direito de resposta! Porque isso aí é caso de Justiça. Agora eu vou dá umas dicas à V. Exa., mesmo sabendo que V. Exa., não necessita de nenhuma recomendação minha.

 

Contrate um advogado especialista nesta área. Não é nada fácil processar um jornalista, muito menos um jornal. Um escritório de advogados desse gabarito custa uma fortuna. Agora, tenha muito cuidado, pague com seu dinheiro. O senhor é um homem rico e pode muito bem pagar com recursos próprios. Nem pense em pagar com dinheiro público. Conselho dado, siga se assim o convier.

 

Imagino que o prefeito Dudy esteja vivenciando os prazeres do inferno de Dante: “quem foi o filho de uma jega que pagou essa matéria?” Não sabes, ó criatura de Deus! Seus amigos, aqueles amigos que no dia da vitória dos seis mil votos, cantavam e saltitavam, alegres e sorridentes, sob o lampejo musical do “Entrega a Chave”. Era a chave das profundezas.

 

Isso tudo acontecendo devido ao erro dos “verdadeiros” amigos do prefeito Dudy, que num erro político simplório e ingênuo lançaram uma candidatura a prefeito dois anos antes do pleito, antecipando a peleja política; uma loucura. Agora, o prefeito paga as consequências.

 

Voltando a entrevista do líder Antônio Colonnezi; considero uma entrevista explicativa, sóbria e categórica. Ele disse que abominou as palavras jacu e macaco (duas desgraças) da sua luta política, que está entendendo como sinal do atraso em nosso município.

 

Nesse processo, Antônio Colonnezi poderá se sobressair acima da figura vulgar que lidera um grupo para a excelência de um líder que tem responsabilidades com o município. Para melhor entendimento, seria atingir um novo patamar, uma posição que se assemelha a um estadista. Vê lá se em Salvador tem esse negócio de bicho? Lá é partido e o nome dos candidatos: é Bruno Reis, é Robson, é Olívia.

 

Aqui, eu deixo uma observação: Antônio Colonnezi é o primeiro político das oligarquias a se pronunciar contra a referência dos bichos na politicagem do nosso município.

 

Saindo da entrevista e caindo no 7 de Setembro. A grande expectativa era a subida do Trio Elétrico Parada Dura, não sei bem se o nome era esse, com a comissão de frente formada por Jurandy Oliveira, Luiz Carlos Martins e Antônio Colonnezi.

 

O trio não veio, disseram que furou o pneu, mas o paredão botou Bell do Chiclete na parada. Sem entender direito, pensei que era uma homenagem a Micareta feita pelo ex-prefeito Marcelo Brandão, mas alertado, a coisa ficou clara, era um convite para o ex-prefeito Marcelo Brandão ficar saltitante no “voa, voa; vem direto pros meus braços”. Em Ipirá, tudo pode acontecer, até paredão-carnavalesco na parada! Tudo termina em festa.

 

O desfile da Casa dos Estudantes fez falta. Compreendemos as razões apresentadas em nota. Mas, no próximo ano, venha com barril dobrado. Vamos, que vamos, sempre em defesa da cidadania ipiraense!

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

“Ó PRÁ ISSO!”

Três da tarde: o metrô intiguijado de camisa tricolor. A  bendita alegria e esperança colorida. Lá vamos nós. Lá vou eu, visitar e conhecer a Arena pela primeira vez. Terceira formatação da Fonte Nova. Na primeira, a ferradura e um vão de arquibancada. O torcedor adentrava e o campo ficava abaixo, como se fosse num buraco. Zero a zero. Bahia versus Fluminense de Feira.

 

O Bahia tinha um jogador chamado Vermelho, não era craque, mas era especialista na jogada chamada ‘paulista’ chutava ou cruzava passando a perna por trás da outra. Tanto fazia a esquerda ou a direita. A torcida vibrava, a habilidade era o que importava.

 

O torcedor do Fluminense de Feira pegava o ônibus da empresa Santana, desembarcava na Estação Rodoviária na Sete Portas e ia andando para a Fonte Nova. Chegava cedo para ver o time aspirante do Flu de Feira (bi-campeão baiano) e saía cedo, antes do jogo principal terminar, para não perder o último horário de ônibus para Feira de Santana.

 

No formato intermediário (o segundo) a ferradura ganhou um vão superior. Na inauguração, uma superlotação. Flamengo e Grêmio contra a dupla Ba-Vi. Não havendo jeito para subir uma escadaria para a arquibancada superior e morando em Salvador fui para casa dormir. No dia seguinte os jornais estamparam a notícia do “vai desabar!” e uma multidão pisoteada.

 

Nesta fase, era comum alguns elementos da arquibancada superior mijarem em sacos plásticos para atirá-los nos torcedores da arquibancada inferior. Estando lotado o estádio eles nunca erravam o alvo. E tome-lhe mijo prá baixo.

 

No primeiro formato, o Bahia foi campeão da Taça Brasil. No segundo, foi campeão brasileiro. Na torcida, Lourinho  apresentava-se com um estandarte de bonecos dos jogadores do time adversário com perna engessada, enrolada com gaze, amarrada ou com alfinetes perfurando o corpo. O boneco do goleiro aparecia com dois alfinetes furando os olhos. Não sei se isso resolvia, mas a torcida fazia a sua parte e acreditava com fé demasiada e inabalável. Os jogadores, no gramado, que fizessem o que lhes competia.

 

Nestes dois formatos, o dirigente era dirigente no nome e diligente nas ações. Osório Vilas Boas e Paulo Maracajá criaram um anedotário amplo, geral e irrestrito. O homem que vestia camisa, calção, meião e chuteiras pretas era chamado a prestar mais atenção: “cuidado, veja lá o que você vai fazer!” Não sei se funcionava, mas por precaução, o apito ficava rouco em algumas situações e assoviava estridente em outras.

 

Três e meia. Voltando ao começo da chegada ao terceiro templo. A torcida do Vasco enfileirada aguardando a abertura do estádio. Outra parte da torcida do Vasco ensaiando grito de guerra e ameaçando uma outra torcida que nem presente estava (a do Flamengo) e não devia nada à polícia, que estava de prontidão. A torcida do Bahia que não é criança para ter medo de boi da cara preta passava junto daquele bologodório e eu no meio, com receio (medo não) de receber uma pomba sem asa. Isso tudo acontecendo no Dique.

 

Cada qual para seu lado. Os torcedores recebiam um folheto sobre a campanha contra o copo para cima. “É crime”. Imaginei o saco de mijo para baixo. “Era crime tipificado”. Estamos ficando civilizados.

 

A torcida do Bahia estava tranquila. A do Vasco era pequena e barulhenta. Foi obrigado o som do estádio mostrar para eles quem é o dono que manda neste terreiro. Quem não tem Vilas Boas nem Maracajá bota o volume do som nas alturas e encobre a gritaria do outro lado. O som era Bahia para o nosso bem. O time foi anunciado na base do festejo, euforia e entusiasmo. O time do Vasco anunciado ao tom de velório em carro de som que anuncia velório em Ipirá. Não havia dúvida, o som da Arena estava do nosso lado.

 

No aquecimento, bola de pé em pé, o show de bobinho. No jogo, bola de pé prá pé, o jogo de bobinho. Nenhum chute ao gol. Um torcedor ao meu lado, começou a dizer: “Ó, prá isso!”. Repetindo por diversas vezes, observei que era dito após os constantes erros dos jogadores do Bahia. Quando os jogadores do Vasco erravam, era “ Vai, vai, vai!”

 

Pense num baba! Não; pense numa ‘coisa ruim’ de se vê! Cansado de vê, sentei para não enxergar o que não queria ver. Uma vez sentado, com o mundo à minha volta em pé, não perdia um lance, pois, quando o torcedor ao lado dizia “Ó, prá isso!” tinha certeza que o Bahia tinha dado o ouro, no “Vai, vai!” tinha convicção que o Bahia precisava de uma força a mais. Essa é a “equipô do portuga”.

 

O torcedor ao lado saiu; eu fiquei em pé. A bola cruzada encontrou Ademir na cara do gol na base do “esse até minha avó fazia!” e fazia de canela. O som da Arena bradou, mais do que bradou, gritou estridente: “goooooooooolaço!”

 

O torcedor que estava ao lado voltou: “bastou eu sair para o Bahia fazer um gol!” Eu não perdi tempo e disse: “é verdade, se eu fosse você eu ia lá prá fora!” Ele não disse nada, mas eu percebi que ele quis dizer: “você acha que eu tenho cara de otário para pagar caro e não assistir?” mas não disse e quando falou foi para dizer: “ó, prá isso, Gilberto!” Por essa fala eu sabia que não tinha necessidade do VAR fazer a revisão. Tinha certeza absoluta e plena.

 

Faltando 4 minutos, mais os acréscimos; minha turma resolveu pirulitar ou seja, cair fora. Pensando como nós pensamos, havia uma multidão de pessimistas, que saía apressada, calada e retada da Arena. Foi tanta gente saindo, que houve um engarrafamento de gente. Com certeza esse pessoal não pagou para fazer teste no coração e não queria exame cardíaco de graça. Empatar com o Vasco (ô time peba!), sem desmerecer deles, num jogo de seis pontos é pensar que sorte é coisa vendida na esquina.

 

Descendo a escadaria da Estação do Campo da Pólvora, eu contava os degraus: “estão faltando 16 degraus; o Bahia está no 22 e tem que chegar ao 45, faltando, portanto, 23 degraus; se a “equipô do portuga” não subir 8 vãos de 3 degraus dentro de casa, sei não!” Quando pisei na plataforma de embarque, cheguei à minha conclusão: “se não ganha do Vasco em casa, lá fora vai ganhar de quem!?”

 

Como sair dessa situação? Ora, ora, oremos meus irmãos! O Bahia é o primeiro colocado no campeonato de cinco times disputado no fundo da estação do brasileirão. É bem verdade, mas quem perde ponto dentro de casa vai levar chibata e lapada por cima do lombo.

 

O trem do Metrô chegou e num instante lotou bem lotado de camisa tricolor. O silêncio era tumular. Os semblantes mostravam a cara da tristeza. Os olhares não se encontravam e estavam distantes e, ao mesmo tempo, perplexos. O que eu vou dizer lá em casa?

 

Uma Arena Fonte Nova com mais de 46.700 pessoas, quase toda população do município de Ipirá. A população de Ipirá, no último censo, é de 56.873 habitantes. Houve uma queda, pois era mais de 59 mil habitantes. Ai fica meio-mundo de gente dizendo que o censo/2023 está errado. Só tem duas soluções: bota todo mundo prá fora do município, bota catraca, como na Arena Fonte Nova, e conta pessoa por pessoa. Com contagem pela catraca, ninguém reclama.

 

Ou então, vamos testar a seriedade do IBGE, que apresentou 34 pessoas com mais de cem anos no município de Ipirá, 12 homens e 22 mulheres. Vamos fazer uma correria e verificar se tem 35 ou mais pessoas centenárias em Ipirá. Se tiver o IBGE fraudou o censo em nossa terra, para que o público da Arena Fonte Nova ultrapasse o público de Ipirá.

 

Na segunda-feira, cabeça quente e pegando fogo, ligo o rádio para escutar a FM do deputado para ouvir a esperada entrevista do líder político Antônio Colonnezi. Nada. Faiou novamente. Pelo visto, essa liderança de Antônio Colonnezi está igual à “equipô do portuga”, por um fio, se bobear vai descer mais ainda. Tão cedo a Arena não vai ver minha cara.