quinta-feira, 27 de setembro de 2012

PROPAGANDA ELEITORAL NA INTERNET.



è É permitida a propaganda eleitoral na Internet das seguintes formas:
* Em sítio do candidato / partido / coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço da Internet estabelecido no País.

è Na propaganda eleitoral na Internet é vedada:
  • propaganda veiculada em sítios de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos, oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da Administração Pública.
Não cabe interpretação meia-boca ou via-boca. “É veementemente proibida propaganda eleitoral em Sites de pessoas jurídicas”. Mais claro do que isso não é possível. Mais claro ainda, está a determinação de que “só é possível e permitido propaganda em site do candidato / coligação com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral”. É assim que estou interpretando, posso não está fazendo-o corretamente, mas o que está escrito permite-me interpretar dessa maneira e no meu entender não há dubiedade nos pressupostos da Lei. “Propaganda só pode em Site de candidato e com registro na Justiça, em Site de pessoa jurídica é proibido.”

Tem Site em Ipirá, de pessoa jurídica de direito privado, com interesse em estabelecer e manter acordo de vontades com a Prefeitura Municipal, com o fim de adquirir, resguardar ou conservar bases contratuais entre as partes. Discorre desse pressuposto que o Site faz propaganda achando que está divulgando notícia.

Vamos levar em conta um FATO POLÍTICO (um comício). Ele está estruturado no seu visual e na oralidade discursiva do conteúdo programático ou simplesmente no seu apelo de convencimento. A apresentação exclusiva do visual representa um corte transversal que leva ao rompimento da integridade da verdade. A divulgação do discurso sem as fotos, também implica algo incompleto, uma meia-verdade. A divulgação de uma notícia desconfigurada pode ser e servir de um disfarce perfeito para veicular uma propaganda dissimulada e subliminar do que para noticiar a verdade dos fatos.

Eu postei estas fotos de comícios da jacuzada e da macacada para mostrar uma face que o Site não mostrou, não mostra e não tem interesse em mostrar. O Site não publica áudio, só fotos e, diga-se de passagem, num ângulo que interessa mais ao Site, que é deixar a impressão que a avenida está lotada, quando na verdade dos fatos, nenhum comício das oligarquias acontece preencher absolutamente todo espaço do palanque até a Farmácia de Geraldo. O público, no geral, é da Helian para o palanque. Não existe o menor interesse em mostrar fotos tiradas numa situação oposta e mostrar uma outra visão que não seja aquela. A exclusividade fotográfica é uma notícia camuflada, deturpada, transformada e preenchida consubstancialmente por fatores propagandísticos na determinação do marketing visual. O que é apresentado e da forma como é apresentado é muito mais marketing do que notícia.

Além da notícia está o jogo de interesses. As oligarquias locais estão configuradas em dois grupos (jacu-macaco). O setor popular enfrenta esses dois grupos. O Site faz a cobertura propagandística das vertentes oligárquicas como se notícia estivesse a produzir. Conduz a paridade milimetricamente entre as fotos de ambos. As fotos colocadas vão além da notícia e viram matéria de marketing publicitário diante das confrontações com as mobilizações do setor popular. Se, juntamente com as fotos, fosse instalado o áudio das três Coligações, com os discursos programáticos, teríamos uma notícia mais robusta e estruturada, que daria mais substância ao colégio eleitoral e não uma visão parcializada. Não é o estado ou propriedade do que é completo e acabado que interessa noticiar. Interessa é a factuidade visual

Mas é um jogo de interesse e a publicidade dos fatos é o que convém neste momento. Não é a verdade da notícia que interessa. O Site não colocou uma foto da agressão dos macacos aos estudantes do Colégio Maria Evangelina. Não colocou uma nota. O Site não colocou uma foto ou vídeo do governador desdenhando dos estudantes. Estou falando de foto e não do discurso prepotente dos poderosos. Estou referindo-me a fotos. Fotos que exprimem a notícia e a verdade dos fatos.

É um jogo de interesse. O Site faz a notícia-propaganda das oligarquias. Tem que jogar o jogo jogado dos dois agrupamentos, até mesmo ser esguio e dissimulado na tentativa de mostrar-se isento entre eles. É um meio-campo cheio de melindres. Não se sabe e não se adivinha as agruras do que está por acontecer! O Site pleiteia e requer contrato público e tem a obrigação de confabular notícia com propaganda.

A propaganda não é permitida em Site de pessoa jurídica, principalmente quando busca contrato público. O setor popular lamenta o que está imposto de forma melindrosa pelo Site, que fere o princípio da igualdade de tratamento aos candidatos da disputa eleitoral. A exclusividade das fotos sem o áudio está posta para privilegiar de alguma forma os dois candidatos das oligarquias, quando a Lei assegura a igualdade de condições entre os postulantes.

A postagem de fotos sem o áudio é um instrumento posto a serviço das duas candidaturas oligárquicas. Na nossa interpretação existe ilegalidade. Na dubiedade da norma jurídica, convém estabelecer uma meia-verdade, pois o fato retrata um marketing poderoso e a sonegação do áudio discursivo das propostas estabelece que os interesses de poucos suprima o princípio da igualdade de tratamento aos participantes do pleito, até mesmo no campo do que não consta na Lei.

Esta é uma matéria que eu não queria escrever e o faço constrangido, por haver consideração pessoal de amizade e, até mesmo, porque a minha consciência defende o direito e a liberdade de imprensa, mesmo com a convicção de que os interesses contrapõem esse direito e essa liberdade.

sábado, 22 de setembro de 2012

MACACOS AGRIDEM ALUNOS DO COLÉGIO MARIA EVANGELINA.


O problema é sério. As aulas de reposição das escolas da rede estadual, aos sábados, não estão acontecendo no município de Ipirá, simplesmente, porque o prefeito municipal Diomário Gomes de Sá não está colocando ônibus para fazer o transporte dos alunos. Argumenta o prefeito que não é da responsabilidade do município ofertar o transporte e que não tem dinheiro para pagar aos proprietários dos ônibus.

A prefeitura de Ipirá não faz uma obra com recursos próprios, todas possuem o carimbo de convênios com o governo estadual ou federal, no entanto, não pode cobrir uma despesa ou custo com educação pública, que seja por legalidade, estadual ou federal. Isso é incompreensível e inexplicável.

Não tem dinheiro para pagar os ônibus para trazerem os alunos, mas tem dinheiro para contratar ônibus de Mundo Novo para participarem da carreata da macacada; mas tem dinheiro para o São João antecipado dos macacos. Vão dizer que não é dinheiro da prefeitura? Digam também que não foi exigência da candidata que o prefeito fosse o coordenador da campanha. Coordenador para dar palpite, sim; para dar dinheiro, também. São essas coisas que não dá para o povão compreender.

Nessa bagunça, quem está sendo prejudicado é o alunado, principalmente, o da zona rural, que não tem como vir para a escola. Pasmem! O prefeito Diomário não tem solução para o problema. Afirma que não pode e não é de seu encargo administrativo e pronto. O que deve fazer a estudantada? Tomar uma atitude e cobrar responsabilidade a quem de direito.

Com a vinda do governador J. Wagner ao comício da macacada. Os estudantes do Colégio Maria Evangelina organizaram um movimento de protesto e de busca de uma solução para o problema. Foi a gota d’água. As pessoas que carregavam as bandeiras da macacada, que são pagas para tal, insuflada por “uma petista de Ipirá”, partiram para cima do grupo de estudantes na intenção de retirá-los do evento e empurrá-los para o calçadão da Farmácia de Geraldo, ao tempo em que, de forma truculenta começaram a agredi-los, rasgando os cartazes e batendo nos estudantes com os canos das bandeiras e deram dois murros numa aluna do 3º. Ano. A que ponto chegou o “PT de Ipirá”, uma pessoa do partido orientando capangas da macacada para escorraçar e agredir estudantes.

O protesto democrático era contra o governador do Estado e não contra os macacos. A Polícia Militar intercedeu de forma coerente, tranqüila e dentro da legalidade, procurando evitar a agressão dos macacos e garantindo o direito democrático dos estudantes protestarem e fazerem suas reivindicações junto ao governo do Estado. O governador não gostou do protesto e disse que “Eu sei quem são vocês”. Ainda bem, governador! São os estudantes de Ipirá que estão prejudicados pelo seu prefeito macaco.

Um segurança jogou gás de pimenta nos estudantes, um estudante jogou uma bola de papel no governador, ou vice-versa. O governador foi embora do jeito que chegou, não disse nada, pouco acrescentou.

Os estudantes do Colégio Maria Evangelina tiveram a sua grande lição. Uma lição de cidadania. Mostraram coragem, determinação e atitude. Demonstraram um espírito democrático, justo e corajoso diante da voracidade e truculência das bandeiras da macacada truculenta. É assim que nasce uma juventude que não se curva diante das bravatas dos que pensam que detém e que podem tudo com o poder.

 

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

CAIU A FICHA.


Uma coisa é isso: “atitude ética de um vereador que no mandato fez o que era correto nas atribuições do cargo”. Muito pelo contrário do que foi escrito, vou ao encontro da “atitude correta de alguém em defesa da causa pública.” Realmente, “seria vergonhoso se o vereador não fizesse, assim como muitos que passaram por aquela casa e não fizeram.” Eu concordo plenamente “Se existem dois processos contra prefeitos em Ipirá, eles foram resultados do trabalho sério e suprapartidário deste vereador. Isso não pode perder o mérito, mesmo que a conjuntura política tenha mudado.” E quem disse que não foi e que não é? Merece tanto mérito que um candidato ficha suja teve sua candidatura impugnada devido a atuação do vereador no passado e aí fica confrontado o sentido do mérito da defesa da causa pública na época com o sentido da legalidade tardia, mas aconteceu.

“A conjuntura política muda”, se a impugnação acontecesse naquele tempo seria a apoteose de um mandato, mas hoje, nessa nova conjuntura, significa uma angústia, um motivo de arrependimento (isso não podia ter acontecido!). O passado atrapalha o presente, deixou de ser motivo de orgulho.

“A conjuntura política muda” e muitas vezes, fazer “a defesa dos interesses públicos, que é um valor intrínseco da política séria e (que está acima do valor de qualquer partido, grupo ou representação política)” fica difícil e impossível fazê-la sozinho, aí nada melhor do que se unir ao que não tinha política séria por não defender os interesses públicos na conjuntura anterior. Qual é a atitude que vale: a da conjuntura anterior ou a da nova conjuntura? Uma contradiz com a outra, ou o que o vereador fez foi citado em um contexto deturpado? Cuidado! Pois existe interesse em deturpá-lo e sonegá-lo, também, se é o caso, pelo vereador.

A conjuntura muda. “O vereador citado foi a contramão de tudo isso (legitimar o executivo), uma voz solitária, mas ética e uma expressão de minoria que não se entregou ao sistema.” Isso cabe perfeitamente na conjuntura anterior, mas na conjuntura atual ele aliou-se aos que combatia na conjuntura anterior. O que foi feito foi um ato de política séria? O que é feito, também, é um ato de política séria? É tudo política séria e um princípio inegociável?

É um impropério falar em “terrorismo político” para uma afirmativa que sintetiza comportamento político. “Terrorismo político” seria se eu inventasse e dissesse, por exemplo, que o vice para convencer a cabeça de chapa propôs que ela não se preocupasse com a administração e que cuidasse de sua medicina, pois tinha feito uma equipe e cuidaria da administração, ela só faria assinar. Isso sim, seria terrorismo político, pois não é verídico, é invencionisse, mas dizer que o vice derrubou o candidato a prefeito é perfeitamente verificável por uma síntese.

Abrir mão de que? Da própria decência de fazer política? Para priorizar interesses partidários? Onde está a falta de decência? A crítica quando não é leviana não dissipa a decência, que algumas mentes fazem questão de expor. Falta de decência seria, se eu inventasse que ele ofereceu votos como lembrança a algum candidato a vereador de sua coligação que não fosse de seu partido, deixando de priorizar interesses partidários e por não priorizar interesses partidários seria abrir mão da decência. Como isso não aconteceu, uma afirmativa dessa seria abrir mão da decência. Agora, dizer que o vice derrubou o prefeito não é absolutamente falta de decência, é uma veracidade, pois foi contingência de uma representação dele que o fato aconteceu.

O que o vereador fez? Denunciou o candidato quando ele foi prefeito. Verdade ou mentira? Onde está o contexto deturpado? Foi essa representação que motivou a derrubada do candidato pela Justiça. Verdade ou mentira? Onde está a deturpação? Onde está o desdobrar do conceito do que é fazer política? Onde está a invencionisse dos fatos? Onde está o arrancar-lhe o mérito? Foi ele quem denunciou (é melhor representou) o prefeito que usou e abusou do bem público. Esse é um grande mérito do seu mandato. A falta de sensibilidade é devido à síntese dos acontecimentos? Não entendi direito.

É necessário também que a pessoa que escreve seja bastante clara e transparente quando afirma que eu fui “movido por uma questão pessoal” ou “mesmo que não se tenha simpatia por ele”. Se a pessoa não diz o que é realmente a coisa, eu não posso adivinhar o que possa ser e posso até ser levado a fazer um juízo equivocado e achar, sem razão nenhuma para achar, que este sentimento também é compartilhado pela pessoa que escreveu, sem a devida ambivalência. Isso é outra coisa.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O VICE DERRUBOU O PREFEITO.


O vice derrubou o prefeito e continua na chapa. O vice é peso-pesado e continua na chapa, embora não some muita coisa (quem soma é o partido) derrubou o prefeito que somava muito. O prefeito caiu derrubado pelo vice que não caiu. O prefeito tinha uma rejeição menor do que o vice, mas quem foi derrubado foi o prefeito e não o vice. Ambos foram imposições do gestor que sabia que o prefeito não podia ser e que o vice que eles não queriam teria que ser o vice porque o gestor queria. Neste instante, o vice continua e não tem prefeito à vista, do jeito que o gestor pensou, elaborou e não disse para os que não pensam.

Resultado de tudo isso: os números estão trocados (vocês entendem o que eu estou dizendo). Cuidado com quem vocês vão colocar ao lado do governador. Nesta altura do campeonato, faltando 26 dias, o deputado é o nome mais forte. Infelizmente, haveremos de ver correr rios de dinheiro para se sustentar um poder e por isso eu fiz essa fábula.

A FÁBULA INVENTADA E A INVENCIONICE DA VERDADE.

A travessia era perigosa e difícil. O escorpião queria e tinha que chegar ao outro lado do rio e não podia fazê-lo, pois não sabia nadar. Era necessário a ajuda do sapo, bom nadador, para alcançar seu destino. O escorpião argumentava com muita eloqüência e animosidade que deixava transparecer uma fiel camaradagem. O sapo desconfiado e assustado, tentou persuadir o escorpião, dizendo-lhe que não tinha tanta habilidade para nadar com um peso nas costas e que os dois poderiam morrer afogados. O escorpião desconversou dizendo-lhe que ainda era cedo para morrer, mas confiava na condição de nadador olímpico do sapo, que lhe retrucou:
- Sabe, seu escorpião!  O senhor tem um ferrão que o senhor gosta de usar e muitas vezes, o senhor bota na cabeça que tem que enfiar o ferrão no meu couro e isso vai ser a minha desgraça.

- O que é isso seu sapo! Como é que o senhor pensa isso de minha pessoa! Jamais eu faria uma coisa dessa, pois caso eu assim aja, naturalmente, estarei provocando minha própria morte, eu não sei nadar.

- Não é que o senhor está certo, seu escorpião! Suba aqui nas minhas costas que eu vou transportá-lo para o outro lado do rio.

No meio do rio, não deu outra, o escorpião enfiou o ferrão no lombo do sapo, que ferido e perplexo exclamou:
- Por que o senhor fez isso, seu escorpião?

- É a natureza, seu sapo! É a natureza.

Um dos mais criativos chargista brasileiro foi Péricles de Andrade Maranhão, criador de “O AMIGO DA ONÇA” que era editado na revista “O Cruzeiro”. “O AMIGO DA ONÇA” resolveu entrar e participar com toda autonomia e poder na fábula que trata da invencionice da verdade ou da veracidade. “O AMIGO DA ONÇA” tornou-se um grande concentrador de poder, não por querer, mas devido a sua própria natureza, e resolveu colocar o escorpião nas costas do sapo, que devia carregá-lo para o outro lado do rio, onde ficava o poder. Era uma travessia tormentosa.

O sapo estava desconfiado do escorpião, este já havia dado uma boa alfinetada no seu lombo, embora o ferrão tivesse pego de relapada, mas deixando marcas profundas, daquelas que o tempo não cura. “O AMIGO DA ONÇA” foi quem amenizou a situação:
- Seu sapo! Pense bem, nós precisamos do escorpião, ele vai nos ajudar a chegar lá no poder, ele tem muitos amigos. Faça o seguinte converse com ele e você vai ver que ele é gente nossa e tá do nosso lado.
 
O sapo conversou com o escorpião, que não deixou de manifestar o seu pensamento de forma sincera:
- O senhor sabe, não é seu sapo! Vamos esquecer o passado, não devemos fazer essa política do rancor, de ódio, da desavença, isso foi coisa do passado. Eu não sei porque o povo fica falando de mim, dois caciques brigaram o tempo todo, depois se uniram e ninguém disse nada, de mim é que ficam falando.

- É mesmo, seu escorpião! É que o senhor não tem força de cacique, sua força está no ferrão e meu lombo tem uma úlcera causada por sua ferroada.

- Vamos esquecer isso, seu sapo! Eu só fiz uma representação com meu ferrão, o senhor foi que não quis tratar da ferida e deixou correr à revelia, então, pensando bem a culpa não é minha é sua.

“O AMIGO DA ONÇA” entrou na pendenga, abrandou as falas e colocou os dois em posição de foto. O sapo na frente e o escorpião atrás, nas costas do sapo, que na sua inocência lançou um sorriso sem graça.

Início da travessia e o escorpião pensando: ”que boa hora de enfiar o ferrão no toucinho desse sapo, mas isso não pode ser agora, tenho que ter paciência, não posso me precipitar. Esse sujeito já escapou-me uma vez, mas dessa vez, quando a gente estiver no poder lá do outro lado e eu sentir firmeza, ele vai ver o que é bom prá tosse.”

“O AMIGO DA ONÇA”  também, não deixava de pensar: “ Quando eles chegarem lá no meio do rio, na correnteza chamada TRE, esse escorpião vai enfiar o ferrão nas nádegas desse sapo e não vai sobrar nem caco dessa chapa, aí eu vou ter tempo para pensar se eu coloco mico, sagüi, macaco-prego, gorila, orangotango, chimpanzé e vou ganhar do jeito que eu quero. Tudo tem que ser do meu jeito, quem manda sou eu e vão ter que me engolir.”

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A GANGORRA.


Esse vice é o “cão chupando manga”, no bom sentido, é claro. O sujeito faz tudo para derrubar o cabeça de chapa. Lançou-lhe um processo no lombo e em apenas poucos minutos botou-o numa esparrela. Disse ele: “queria começar dizendo: o que vou fazer da vida, se só tenho 4 min. para nominar as pessoas de melhor qualidade na vida pública desta terra.” Ele não via assim e não pensava assim. Como a vida é enganadora!

“Formiga não olha para a folha que corta.” E mais um dito popular: “Quem viu Naninha.” Quem te viu e quem te vê! É assim que se rasga uma estória que, pretensamente, se queria construir. Hoje, deve perder o sono, só de imaginar em quanto tempo perdido e bem que podia ter tido e usufruído desta total felicidade há mais de vinte anos atrás. Hoje, ele deve pensar: “que bobo fui.”

Faltavam 3 min. Pouco tempo para saudar o que há de melhor na vida pública e pior ainda, só 3 min. para bajular a pureza, a ética e a galhardia da vida pública: “o maior prefeito da história desse município” e “o maior líder, o mais carismático que essa terra já teve.” Quando ele andava no caminho da perdição, a estreiteza política não o deixava ver assim. Arejou a vida, daí aguçou a visão, principalmente a visão política.

Faltavam 2 min. Aguçou a visão política. “A parceria de JW é com a gente, só deu o dinheiro para o hospital porque somos aliados” e completou “governador, por hipótese alguma, vai dar dinheiro a prefeitura que não é do lado.” Isso, para mim, é o ABC da cartilha do truculento ACM. Isso é fascismo. A administração pública tem que ser para o atendimento do desenvolvimento humano de todas as pessoas, esse papo de que governador só olha ou só deve olhar para municípios de prefeitos aliados é de uma estupidez sem tamanho.

Faltava 1 min. Concluiu com o argumento de autoridade: “tem gente que fala de saúde e não entende de saúde, porque saúde demanda tempo, principalmente, na questão estrutural com financiamento definitivo” e foi mais longe “ o que se vê aqui é o que se vê em Feira, no Brasil inteiro” e mais “dinheiro público é só um cobertor curto, cobre a cabeça e descobre os pés. Os recursos são finitos, as demandas são infinitas. Só podemos botar o chapéu onde o braço alcança.” Os fatos não conspiram com a realidade, que não se amolda às belas palavras.

Faltavam 30 segundos. Só faltou dizer: “toma o pepino cabeça de chapa!” Com somente esse tempo, o cabeça esqueceu tudo: “Aqui só tem duas opções de escolha.” Entendo isso, como um reconhecimento de que ele não é uma opção por impedimento. Baixou a ripa no passado do outro, o passado administrativo dele não conta. A pérola do dia: “quem não paga salário não merece ter cargo público” parece que está sofrendo de amnésia e disse mais ainda “o hospital tem um aparelho de raio X que nunca funcionou.” Esqueceu que o prefeito é seu aliado por oito anos. Isso é democracia demasiada ou é um festival de besteira que assola estas terras.

Esgotou-se o tempo. Chega a polícia. Esquenta o tempo e aumenta a tensão. Tudo isso faz parte da baboseira que toma conta desta terra, simplesmente para iludir o povo, enquanto se esquenta a chapa e se lavam as fichas; uma suja no TRE e outra presumivelmente em SP, como foi dito.

Dois garotinhos brincando no pula-pula! Que mal há nisso? Nenhum! Tantos e tantos outros já brincaram nesse brinquedo, até com mais idade; até mesmo, com mais sapiência política; até mesmo, com uma pretensa ética e um carimbo de “o mais direito dessa terra”. Não é nada demais; até mesmo porque, titio ficou de butuca, ele também, está olhando, cuidando e brincando de gangorra com os sobrinhos, assim é muito mais seguro. É gangorra de quatro; dois para lá e dois para cá. Pena, é que essa gangorra só serve aos escolhidos, o povão só fica espiando, espiando, espiando... morre espiando.

sábado, 1 de setembro de 2012

ENTRANDO NO PARAÍSO.

Por incrível que pareça, no exato momento alguém tirou-me a atenção e não saboreei as palavras, mas outro alguém mais diligente disse-me que um aloprado prometeu um aeroporto para estas bandas. Esta atingiu as alturas. Essa ninguém vai conseguir suplantar. Essa não perde nem para Pantaleão: “tô mentindo Terta?”

 
Tentando chegar perto, teve um falador que contou uma legal, dizendo que no tempo dele a prefeitura fez rede elétrica na zona rural, essa aí, se buzinar, dessa rede só sai gato na energia e foi tanta energia que clareou a mente para vislumbrar 16 aguadas e açudes de grande porte, tão grande que estão todas secas ou cheias de lama e o atual prefeito faz questão de transformá-las em lagoas, a sua imortal obra na zona rural.

 
O falador continua dizendo que inovou na administração local, arando terras e fornecendo sementes. Diz isso de boca cheia. As chuvas nestas bandas do semi-árido ficaram raras e a produção rural declina de forma acentuada para a pecuária, imagine para a agricultura! Pegar o dinheiro público para arar terras de fazendeiros coligados e eleitores amigos, doar sementes em pleno semi-árido e depois sem chuva não ter um grão de produção é o mesmo que aplicar dinheiro para obter o nada. Isso é coisa para pensar e repensar, porque de inovação não tem nada, é muito mais enrolação e embromação do que qualquer coisa. É o mesmo que embrulhar coisa alguma para se chegar à enganação do povo.

 
Tem um falador que está cheio de boas intenções até a boca, pense num sujeito bom! Ele está impregnado de assistencialismo social, com a plena bondade do coração, sem querer nada em troca, só voto. Vem da família real, que majestosamente fica vendo o povo faminto passando fome e ávido por seu sopão e um pão, depois se sorrir, leva sua cesta básica e vai morar em sua casa rebocada através de um grande projeto feito com base na receita local. Um falador desse, tão bonzinho para prestar assistência à população, com seis milhões em suas mãos e ouvindo “Jesus Cristo” de Roberto Carlos e com tanta bondade no coração, vai ser o primeiro a alcançar e entrar no paraíso. Que vivam para sempre os pobres desta terra, porque deles necessitam um homem de bom coração, cheio de boas intenções e doidinho para chegar ao céu; primeiro do que todo mundo.

 
Esse era um bom falador, quando alfinetava, quando metia a faca e o punhal. Hoje, virou santo e está perdidinho, perdidinho, parece que está nas nuvens, ou pensa que está nas nuvens. Ele pensa num arrojado projeto que tenha grande repercussão. Aí eu penso, “agora essa terra vai!” Diz ele que: “o administrador tem que sair da rotina, que tem a obrigação de projetar além dos limites do orçamento, além do seu tempo.” Com o colega que está junto dele, isso é um perigo, isso vai parar acima das nuvens.

 
O seu arrojado projeto inclui uma “bandeira de luta de verdade”, parece até que o dito cujo faz campanha para deputado, porque ele quer pegar uma bacia hidrográfica (do Paraguaçu, que engloba o Jacuípe), que atinge 7 milhões de pessoas, e colocá-la na área administrativa da Codevasf. Parece que é bem isso.

 
Não sendo bem isso, fica parecendo que é pegar este município, onde a gente quebra a cara e entorta o nariz, e colocá-lo na área de investimento da Codevasf, e está resolvido o problema, nossa terra entra no paraíso. Não sei bem se é a vinda da Codevasf ou se é a ida dessa terra para lá, mas, assim acontecendo, teríamos um desdobramento espetacular, pois teríamos dinheiro de sobra (muito cuidado com seu parceiro, você o conhece demais) e teríamos até sustentabilidade ambiental. Eu entendo tudo isso, como a chegada do manjar do céu, teríamos muita produção, fartura e desenvolvimento. Taí uma coisa que a gente desse lugarejo quer por demais que aconteça. Taí uma bandeira que até formiga jiquitaia vai empunhar.

 
Mas, tem uma coisa que fica remoendo em minha cabeça e hoje eu desconfio muito de alguns faladores que gostam de dizer que é assim, sem ser assim, basta ver como eles mudam rapidinho de opinião, mas não custa nada indagar: a sede dessa nova superintendência da Codevasf vai ficar aqui ou em Pintadas? Posso até antever a resposta: se aqui continuar seguindo o caminho certo vai ser aqui, caso contrário, a gente nem vai para a Codevasf, nem a Codevasf vem para a gente. Entendi! Estamos nas nuvens! Então nesse caso, o aeroporto destas bandas vai servir para os grandões daqui irem até lá e os grandões de lá virem até aqui. Essa é uma terra que está em boas ...