É DE ROSCA.
Estilo: ficção.
Natureza: novelinha.
Capítulo: 06. (mês de março 2008)
Observação: leia os capítulos 1-2-3-4-5- nas postagens anteriores.
Ainda, estavam diante do matadouro o prefeito Dió, a empregada e o motorista, isso já fazia uma quinzena, com a ambulância sem freio e a obra do matadouro naquela morosidade. A aparência do prefeito Dió tinha melhorado, mas deixava sinais bastante evidentes de que não ia tão bem assim, até mesmo pelo fato dele pedir opinião, coisa que não cabe bem ao seu estilo, mas naquele estado em que se encontrava sua melhora era bastante acentuada diante do quadro em que se encontrava dentro da ambulância e ele queria conversar:
- Tudo que você fala tem que meter carneiro pelo meio, fale em matar onça, tatu, jibóia, bengo, mas você só tem essa conversa de matar carneiro aqui nesse matadouro e eu vou lhe dizer pela última vez: AQUI NESTE MATADOURO NÃO VAI SER ABATIDO UM SÓ CARNEIRO – falou alto e exaltado o prefeito Dió.
A empregada Natalina arregalou os olhos na direção do prefeito Dió e ficou meio perplexa, mas conseguiu soltar umas duas palavras:
- Vosmicê aguente aí, deixe eu trocar umas explicações aqui, com o motorista.
A empregada Natalina chamou o motorista da ambulância para o fundo do matadouro e foi dizendo:
- O prefeito Dió gritou comigo desse jeito, bem nas minha venta, agora eu vou dizê prá vosmicê seu motorista, qui ele escapou de assuntá nas mesma artura qui ele falou, prumode dele tá adoecido, se não fosse isso ele ia vê o bafafá qui eu ia fazê nesse matadouro.
- Não se azangue empregada Natalina, no meu haver a saúde dele melhorou bem – disse o motorista.
- Eu vou dá assunto ao qui vosmicê tá a me dizê, também o prefeito Dio deve tá queimando de febre – disse a empregada.
- Como é que a empregada Natalina sabe que o prefeito Dió tá queimando de febre ? – perguntou o motorista.
- É porque o home de Deus tá perguntadô de mais, só pode ser febre. Esse home nunca perguntou aos macacos porque eles tem o rabo grande, a língua solta e miolo mole. Ele nunca pergunta nada a macacada. Ele mete as cara e vai tocando o barco prá frente. Veja o cagadô da Praça da Bandeira, não perguntou a nenhum obrador se queria daquele jeito e no canto da praça; moradô da praça ? Nem tum.
- Não é bem assim não, a macacada tá esperneando e vai aprontá uma prá cima dele, que vai dá até pena; já lançou uma letra só para azucrinar a vida do prefeito Dió – disse o motorista.
- Lançou quem ? – indagou a empregada Natalina.
- Vosmicê não tá sabedora ? Lançou o J.
- Mas menino ! onde foi qui tu já viu um letra só ganhar prá três, D – I – Ó. Essa macaca tá querendo é tomar lapiada de cansanção no lombo; eles que não matutem como deve ser, que eles vão ficar sem a cuia e o caldo. Vamos voltar para junto do prefeito Dió.
Ao se aproximarem, a empregada Natalina foi dizendo:
- Antes que vá embora da minha memória, deixe eu dá prosa de umas coisa qui ta aqui no meu peito; olha bem, que na obra da Praça da Bandeira tem muito túmulo e pouco monumento. Aquele cagador é um túmulo perdido no meio do jardim; infelizmente, aquele cagadô não vai dá certo, tá embarrerando a visualização e vai sê uma fedentina disgramada.
O prefeito Dió nem deu atenção ao que ouviu, não é homem de voltar atrás, o que tá feito tá feito, goste quem gostar.
- Ora dona Natalina ! quem não gostar que fique fazendo blog, o povo precisa cagar. Eu estou aqui é observando, com todo entusiasmo que cabe em minha alma, este matadouro, esta é minha grande obra – respirou fundo e completou – vou levantar minha reputação administrativa com essa magnífica e portentosa edificação.
- Com essa coisa xixilenta ? – indagou a empregada.
- O que dona Natalina ? como a senhora ousa denegrir esta grandiosa obra. Isso aqui é o marco principal da minha administração e é bom frisar, que nenhum prefeito desta terra conseguiu terminá-la.
- Mas prefeito Dió, num sou eu não, homem de Deus, qui tá a dizer as coisa, é os urubu. Será que vosmicê ainda não botou os zoim nesse rebanho de urubu que tá rondando esse matadouro. Esses bicho é agourento. Eu entendo do canto desse bicho e eles tão atravessado na sua administração, meu amo. Vosmicê tem que se livrar deles.
O prefeito Dió sofreu o impacto daquele presságio e ficou paralisado, olhando um urubu que desceu em vôo rasante na direção de uma caminhonete, que vinha do Rio do Peixe, carregada de ovelha, ia bater bem na frente do motorista. O prefeito Dió colocou a mão nos olhos e disse:
- Oh, meu Deus ! agora vai morrer um bocado de carneiro na porta do matadouro.
SUSPENSE: o que será que vai acontecer ? será que esse matadouro de rosca vai matar tanto carneiro ?
Leia o sétimo capítulo no mês de abril 2008.
OBSERVAÇÃO: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.
Estilo: ficção.
Natureza: novelinha.
Capítulo: 06. (mês de março 2008)
Observação: leia os capítulos 1-2-3-4-5- nas postagens anteriores.
Ainda, estavam diante do matadouro o prefeito Dió, a empregada e o motorista, isso já fazia uma quinzena, com a ambulância sem freio e a obra do matadouro naquela morosidade. A aparência do prefeito Dió tinha melhorado, mas deixava sinais bastante evidentes de que não ia tão bem assim, até mesmo pelo fato dele pedir opinião, coisa que não cabe bem ao seu estilo, mas naquele estado em que se encontrava sua melhora era bastante acentuada diante do quadro em que se encontrava dentro da ambulância e ele queria conversar:
- Tudo que você fala tem que meter carneiro pelo meio, fale em matar onça, tatu, jibóia, bengo, mas você só tem essa conversa de matar carneiro aqui nesse matadouro e eu vou lhe dizer pela última vez: AQUI NESTE MATADOURO NÃO VAI SER ABATIDO UM SÓ CARNEIRO – falou alto e exaltado o prefeito Dió.
A empregada Natalina arregalou os olhos na direção do prefeito Dió e ficou meio perplexa, mas conseguiu soltar umas duas palavras:
- Vosmicê aguente aí, deixe eu trocar umas explicações aqui, com o motorista.
A empregada Natalina chamou o motorista da ambulância para o fundo do matadouro e foi dizendo:
- O prefeito Dió gritou comigo desse jeito, bem nas minha venta, agora eu vou dizê prá vosmicê seu motorista, qui ele escapou de assuntá nas mesma artura qui ele falou, prumode dele tá adoecido, se não fosse isso ele ia vê o bafafá qui eu ia fazê nesse matadouro.
- Não se azangue empregada Natalina, no meu haver a saúde dele melhorou bem – disse o motorista.
- Eu vou dá assunto ao qui vosmicê tá a me dizê, também o prefeito Dio deve tá queimando de febre – disse a empregada.
- Como é que a empregada Natalina sabe que o prefeito Dió tá queimando de febre ? – perguntou o motorista.
- É porque o home de Deus tá perguntadô de mais, só pode ser febre. Esse home nunca perguntou aos macacos porque eles tem o rabo grande, a língua solta e miolo mole. Ele nunca pergunta nada a macacada. Ele mete as cara e vai tocando o barco prá frente. Veja o cagadô da Praça da Bandeira, não perguntou a nenhum obrador se queria daquele jeito e no canto da praça; moradô da praça ? Nem tum.
- Não é bem assim não, a macacada tá esperneando e vai aprontá uma prá cima dele, que vai dá até pena; já lançou uma letra só para azucrinar a vida do prefeito Dió – disse o motorista.
- Lançou quem ? – indagou a empregada Natalina.
- Vosmicê não tá sabedora ? Lançou o J.
- Mas menino ! onde foi qui tu já viu um letra só ganhar prá três, D – I – Ó. Essa macaca tá querendo é tomar lapiada de cansanção no lombo; eles que não matutem como deve ser, que eles vão ficar sem a cuia e o caldo. Vamos voltar para junto do prefeito Dió.
Ao se aproximarem, a empregada Natalina foi dizendo:
- Antes que vá embora da minha memória, deixe eu dá prosa de umas coisa qui ta aqui no meu peito; olha bem, que na obra da Praça da Bandeira tem muito túmulo e pouco monumento. Aquele cagador é um túmulo perdido no meio do jardim; infelizmente, aquele cagadô não vai dá certo, tá embarrerando a visualização e vai sê uma fedentina disgramada.
O prefeito Dió nem deu atenção ao que ouviu, não é homem de voltar atrás, o que tá feito tá feito, goste quem gostar.
- Ora dona Natalina ! quem não gostar que fique fazendo blog, o povo precisa cagar. Eu estou aqui é observando, com todo entusiasmo que cabe em minha alma, este matadouro, esta é minha grande obra – respirou fundo e completou – vou levantar minha reputação administrativa com essa magnífica e portentosa edificação.
- Com essa coisa xixilenta ? – indagou a empregada.
- O que dona Natalina ? como a senhora ousa denegrir esta grandiosa obra. Isso aqui é o marco principal da minha administração e é bom frisar, que nenhum prefeito desta terra conseguiu terminá-la.
- Mas prefeito Dió, num sou eu não, homem de Deus, qui tá a dizer as coisa, é os urubu. Será que vosmicê ainda não botou os zoim nesse rebanho de urubu que tá rondando esse matadouro. Esses bicho é agourento. Eu entendo do canto desse bicho e eles tão atravessado na sua administração, meu amo. Vosmicê tem que se livrar deles.
O prefeito Dió sofreu o impacto daquele presságio e ficou paralisado, olhando um urubu que desceu em vôo rasante na direção de uma caminhonete, que vinha do Rio do Peixe, carregada de ovelha, ia bater bem na frente do motorista. O prefeito Dió colocou a mão nos olhos e disse:
- Oh, meu Deus ! agora vai morrer um bocado de carneiro na porta do matadouro.
SUSPENSE: o que será que vai acontecer ? será que esse matadouro de rosca vai matar tanto carneiro ?
Leia o sétimo capítulo no mês de abril 2008.
OBSERVAÇÃO: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência.