quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

RADIOGRAFIA 11



Banco de La Plaza de la Bandera

As administrações macacos e jacus impressionam pelo descaso, ineficiência e desprezo com a coisa pública.

Na praça de quase um milhão de reais, eles trocaram os bons meios-fios de pedra pelos precários meios-fios de cimento; o passeio de lajotas de alto impacto por cimento escovado e pintado a La Copacabana, é o famoso passeio pirata, imita, mas não é; os fortes bancos de cimento por frágeis e fajutos bancos de madeira. Um primor de mediocridade.

Resultado: com as chuvas ou com o sol, as madeiras apodrecem ou empenam; sem manutenção os parafusos soltam; sem conserto, as madeiras soltam e os bancos ficam deteriorados. Um verdadeiro descalabro.

Tem assento de banco que só ficou uma ripa de madeira, não tem como uma pessoa sentar. Tem banco sem o encosto, pasmem. Uma verdadeira sucata.

Nem com a reforma de quase um milhão de reais não tiveram a sensatez de aumentar a quantidade de bancos, que continuou os mesmos da década de 50 do século passado e para complementar a inoperância, eles não fazem a manutenção, reparo e a substituição dos bancos quebrados. Assim sendo, vão sumindo os bancos da praça. Um após outro.

As administrações dos jacus e macacos são temerárias, Ipirá não suporta mais isso.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

RENOVA IPIRÁ (01)


No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer

No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver

Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos.
(estrofe da letra NOVO TEMPO – Ivan Lins / Vitor Martins)

domingo, 9 de janeiro de 2011

RADIOGRAFIA 10





Você se lembra quando foi a última chuva forte em Ipirá ? Já faz um certo tempo. Não sei se o prefeito ainda se lembra quando foi que aconteceu, mas o certo é que o calçamento da rua Emídio Aquino lembra-se muito bem. Foi no ano passado.

Foi uma chuva forte, mas não tão forte assim, embora o calçamento, por ser calçamento e não entender bem as coisas, tenha pensado e até hoje pensa, que foi um terremoto acompanhado de um furacão porque o desmantelo foi grande.

Cavou um buraco um pouco acentuado, que engole um menino, e levantou uma porrada de paralelepípedo colocando uns sobre os outros e, além do mais, entortou um bom pedaço do calçamento.

Eu comparo calçamento torto à administração municipal torta. É um balaio só. Administração jacu & macaco é uma coisa de fazer lástima. É de uma imprestabilidade sem tamanho. Eles gostam tanto de buraco que para consertá-lo leva um tempão. Só uma grande Ipirá para agüentar tanto descaso.

Da década de 80 para cá, calçamento em Ipirá é um verdadeiro caso de polícia. Observando esses calçamentos de Ipirá podemos notar uma verdadeira esculhambação, são aclives, declives, buracos, lombadas, bacias, costela de vaca, camaleão e outras coisas mais. No lugar do cimento colocam areia lavada, pelo menos é o que parece, a água vem leva a areia só fica a pedra solta. Uma verdadeira vergonha.

Os calçamentos de antigamente, feitos com a orientação do mestre-de-obra Domingão, eram bem feitos e resistentes. Os de hoje, é feito na manteiga, qualquer coisa derrete. Essas obras de calçamento, sob a administração de jacu & macaco, pegando firmas de fundo-de-quintal, com material de quinta categoria para proporcionar superfaturamento é uma verdadeira falcatrua. São obras mal construídas, precárias, com péssimo acabamento, sem massa que grude, sem fiscalização. O resultado é esse que vocês estão vendo nas fotos. E a demora para solucionar o problema é a demonstração de que são irresponsáveis e desrespeitam o povo de Ipirá.

domingo, 2 de janeiro de 2011

QUANDO ... A LÍNGUA VAI NUMA CARRETA.



Dizem que a curiosidade mata. Tenho certeza que não, mas que entorta a língua isso eu não tenho dúvidas. Eu digo isso, porque observei que as pessoas estão ligadas ao que lhes interessa e também ao que não lhe diz nenhum respeito, não lhes cabe e não é da sua devida conta.

Uma senhora passava em frente ao Góes Calmon, na Avenida, quando tirou, da sacola, o celular e começou a dizer:
- Escuta, Joana! Tem um prédio aqui na avenida que pintaro a frente de preto. Quem já se viu uma disgraceira dessa! Num sei cuma é qui o prefeito deixa uma coisa absurda dessa! Deve ter uma lei que proíba uma sujeira dessa!

Eu, que estava bem próximo, já estava impaciente com aquela observação, dirigi-me àquela senhora e disse-lhe:
- Oh, dona! A senhora não acha que está falando demais e de uma coisa que pouco lhe interessa?
- O que? Eu estou fazendo um 21 e o senhor tome parte de sua vida, pois o 21 é quase nada que se paga e vá tomá parte de sua vida.

A dona seguiu viagem. Que Deus a leve. Não demorou quase nada e vem outra mulher, que fala em voz alta:
- Te disconjuro! Como é que bota preto na frente da casa? Ta pareceno o coito de Zumbi.

Eu pensei: “essa vai ter a resposta que merece” e disse-lhe:
- Sabe por que ta assim dona? Isso aí é uma homenagem! É uma homenagem ao Vitória, que saiu da A para a B e ali no meio vai pintar de vermelho.

- Oxente, seu moço! E esse tal de Vitória morreu pra precisar de luto?

- Não, dona! Quando o Vitória voltar para a A muda-se a cor. É só por isso.

- Eu sei lá se vou ta viva pra vê isso! Eu só sei que nem Zumbi ta no agrado disso aí.

Depois dessa conversa extraviada saiu rapidamente, que nem deu ouvidos para o que eu disse. Dois homens vinham subindo a avenida e um deles falou:
- Oxe! Pela primeira vez eu vejo preto na parte de fora.

- É qui preto é a tinta que menos se vende, aí fica vencida e a casa vende mais barato, é um jeito de economizar – explica o outro.

Foi a vez de dois jovens tecerem comentários. Um deles foi dizendo:
- Olha aquilo ali! Que coisa mais exótica. É um barato.
- Oxente! Isso aí ta na moda. É muito zen. Isso é um tratamento delicado, suave na textura primária, que dá uma grande demonstração de morbidez, ta ligado.

Conversaram sem parar e seguiram mudando a conversa. Deixei para lá. Apareceu até um doutor entendido para dar palpite.
- Essa pintura preta não é a mais apropriada para o nosso clima, porque absorve mais os raios solares e provoca o aumento do calor no interior do prédio, por isso não é correto utilizar esse tipo de cor em fachadas, seria melhor uma cor mais clara.

- O prezado é pintor? – perguntei.

- Não, sou doutor.

- Então, o doutor tem que compreender que aqui na avenida ocorre muito engarrafamento e os veículos desprendem muito dióxido de carbono que vai poluindo a atmosfera e essa fuligem fica impregnada nas fachadas das casas, sendo assim, a pintura com a cor preta absorve e esconde essa sujeira, daí o preto ser uma pintura apropriada e adequada para as localidades que são vertentes de um trânsito intenso e confuso.

- Muito grato pela explicação, que me deixa mais tranqüilo, pois justifica plenamente e sacia a minha busca de conhecimento.

Apareceram três molecotes fazendo algazarra e o magricela falou:
- Olha, doido! Qui cor mais horrorosa!
- Aquilo não é cor não, seu burro! É só pra queimá, maluco.

Eu fiquei pensando: “queimar o que?”. Antes que eu esqueça: vá todo mundo tomar naquele lugar.