Duas memoráveis brigas estão sendo travadas em Ipirá:
A primeira é do Prefeito x Conexão Chapada.
A segunda é do Prefeito x Câmara de Vereadores.
Posiciono-me como um dos analistas dos acontecimentos políticos dessa
cidade e para escrever sobre a primeira briga, tomo por base os programas: “A
hora da verdade do prefeito” e “A hora da verdade do conexão”.
Primeira cacetada foi quando o programa Conexão Chapada levantou
suspeitas sobre uma possível falta de compromisso da prefeitura diante da falta
de energia elétrica no Hospital de Ipirá, que virou um pandemônio, pois não
tinha um simples gerador e o bicho pegou e bem pegado naquela noite, pois tudo
era feito com vela. Veja que situação de roça. Luz de vela. Não tem um gerador.
O prefeito defende com a direita e bate com a esquerda: “o gerador
do hospital está danificado e para uma prefeitura comprar outro depende de um
processo administrativo, licitatório e não consegue de um dia para o outro
comprar um gerador e botar no hospital e tem outra coisa, energia elétrica não
falta todo dia, fatos desse tipo é um processo normal que acontece em todo
lugar. Marcelo Brandão deveria ter comentado tudo que aconteceu naquela noite e
ele não citou qual era o médico que estava de plantão na noite que faltou energia
e não disse que o médico de plantão se recusou a prestar os primeiros socorros,
os primeiros atendimentos a uma parturiente.”
Comentário do primeiro round: observe o que saiu da boca do Conexão
e do prefeito. É tudo verdade. Só foram notar que não tinha gerador na hora da
precisão e o médico não prestou socorro. Que esculhambação é essa? Esse hospital
virou uma casa de Noca. Essa é a briga do jacu e do macaco em Ipirá e o povo
está lascado com essa situação. Vamos ao segundo round.
O programa Conexão Chapada ficou cambaleando com a porrada
recebida, mesmo assim o âncora Marcelo Brandão acertou o caminho da rádio Ipirá
FM e compareceu ao programa Conexão, nesta segunda-feira, e sentou a ripa no
prefeito, bateu só de direita, soltou os cachorros e mandou o prefeito ir
cuidar da administração do município.
O prefeito Ademildo Almeida desferiu um golpe certeiro: “esse
radialismo com dois pesos e duas medidas, comentando apenas a parte que lhe
favorece politicamente e negligenciando a outra parte, dessa forma a nossa
cidade não vai para lugar nenhum. Nessa cultura do bate-boca não se comenta a
verdade ou se esconde a verdade, está existindo um escândalo de verdade na
clínica Santa Helena de Ipirá e não se ouve dizer o que ela anda fazendo e o
tipo de serviço que ela vem prestando; eu não sei se o poder público municipal
vai ter condições de estar renovando o convênio com a clínica Santa Helena. É
extremamente importante que as pessoas que conhecem o fato viessem ao rádio de
forma isenta e informasse para a comunidade toda essa mazela que acontece entre
nós.”
Comentário sobre o segundo round: foram palavras saída da boca do
prefeito. Isso é gravíssimo. E mais grave ainda é que ele cita que está havendo
um VERDADEIRO ESCÂNDALO e não cita o que é, espera que alguém que conheça o
fato venha ao rádio e informe toda essa mazela de forma isenta. Ele sabe e não
disse o que é, mexeu com o imaginário das pessoas e cada um vai pensar com o
índice de maldade que lhe convém, eu poderia muito bem colocar aqui, SERÁ que foi
pe... es... as.. ab..? (não sei de que se trata, mas tenho a certeza que não
foi nenhuma dessas desgraças) mas ele abriu um precipício na informação e ainda
ficou esperando que um boi-de-piranha venha botar a língua na rua. Tudo isso é
grave e é motivo para um processo.
Só não abram processo contra o prefeito, que é para a Prefeitura
Municipal não ter pagar precatórios de milhões. Qualquer iniciativa de processo
é contra a boca que falou tudo isso, no caso o denunciante, que por acaso é
prefeito. Na maioria das vezes o bate-boca é melhor do que processo; rende
paixão. É isso o que a politicagem do jacu e do macaco faz com o povo de Ipirá.
O prefeito Ademildo e o locutor Marcelo Brandão sabem que essa
polaridade entre a jacuzada e a macacada é importante para os interesses
políticos de ambos. Esse é o jogo combinado de décadas e travado por jacu e
macaco. Nenhum dos dois quer fugir da coisa que o prefeito chama de debate
chulo. Os dois querem transformar esse disse-me-disse em um preâmbulo para 2016
desde já, enquanto isso o município chafurda.
A essência do discurso é simples, entenda quem quiser: não botem os
podres do Hospital de Ipirá no ar que eu não digo os podres da clínica Santa
Helena; não falem as mazelas do Hospital de Ipirá senão eu não renovo o
CONVÊNIO com a clínica; é o linchamento contra a perseguição.
O complemento foi bem claro, “quem é “Coriolano” para falar de
minha pessoa?” É mais ou menos o seguinte: quem é o povo para falar do
prefeito? Faço um complemento bem forte: Quem são vocês, rebotalhos, para falar
de um semi-deus. O desejo é fechar os microfones do Conexão Chapada ao povo de
Ipirá. No próximo artigo, a briga com a Câmara.
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