Um
sonho! Seriam remanejados seis milhões de reais para a Saúde. Juro que fiquei
otimista, isso significaria um hospital em Ipirá mais equipado, pegando por
baixo, no mínimo mais asseado, com lençóis limpos, toalhas novas, com um aspecto
mais digno para o ser humano. Um sonho!
Bem
distante de um Orçamento Participativo, uma marca do petismo gaúcho, a
iniciativa de remanejamento no orçamento, prevista pelos vereadores de Ipirá,
tornou-se auspiciosa e salvadora. Um benfazejo sonho. Transfeririam dois
milhões do Gabinete do Prefeito para a Saúde. Não mais que de repente, nada
disso era nada, ficou como estava.
Voltamos
ao que era: 2 milhões e 700 mil reais para o Gabinete do Prefeito. O Hospital
de Ipirá tem um custo de 800 mil reais mensais. Seriam quase três meses de
sustento. A verba do Gabinete dá 225 mil reais por mês; dinheiro suficiente
para o prefeito comer caviar e hospedar-se no hotel de Zé que não é Dirceu em
Brasília, só para chupar laranja, caso assim o deseje e não precisa ficar com
remorso.
É
dinheiro para mordomia. Prefeito também vive de mordomia. Já se foram os tempos
que prefeito frequentava o Hotel São Bento em Salvador e forrava a barriga com
tripa de bode torrada e farinha de mandioca, acompanhada de torresmos, na
pensão de Tomaz Aquino. A minha preferência é simples, prefiro lençóis limpos
no hospital de Ipirá do que um prefeito bem cevado.
Resta a
inusitada reclamação e indignação do eleitorado que votou no vereador
vacilante, que ficou cambaleante e bandeou para a posição contrária. Se o
eleitor fosse um pouco mais atento não ficaria tão chateado da vida, bastaria
um pouquinho mais de compreensão para não se sentir traído, nem lesado.
A coisa
está contida e encurralada na natureza do sistema de “jacu e macaco.” Quanto
gasta um vereador para se eleger? Quanto custa a um vereador manter o
eleitorado cativo?
Um
vereador para ser eleito tem que executar a política do “serviço prestado” em
larga escala, ou seja, tem que se enquadrar numa prática de clientelismo que
custa os “olhos da cara” e os proventos de um vereador em Ipirá, na ordem de
sete mil reais, não dá nem para melar, muito menos, para manter e sustentar uma
comunidade, durante 4 anos, em todas as suas necessidades e dificuldades, daí é
imprescindível o amparo e a ajuda do grupo ou da prefeitura, para reproduzir
esse sistema de controle de votos.
Na
qualidade do que é necessário e fundamental para manter o feudo eleitoral,
torna-se inevitável que o vereador atue de forma concreta pelo que lhe parece
útil e neste sentido entra a conveniência pessoal como marco definidor da sua
atuação legislativa. Paciência. É o limite que está demarcado e tem mais
importância do que uma exigência mais apurada de qualquer eleitor que seja.
O
vereador é parte essencial, determinante e fundamental no sistema oligárquico
jacu/macaco. Sem sua participação e atuação o sistema degringola. O vereador é
a garantia da sobrevivência e da reprodução do sistema que beneficia as
oligarquias ipiraenses. Não tem como escapar desse círculo vicioso e viciado.
Manter
esse troço faz o vereador virar um assistente social ou um louco varrido, que
está preso e amarrado às engrenagens do sistema com sua rede de casuísmo, que
dirige e sacramenta o comportamento dos edis. Ele só tem voto se fizer o
clientelismo. Isso tem custo elevado. De onde vai sair esse apoio financeiro? O eleitor tem que exigir qualidade é do seu próprio voto. Eis a questão.
Nossa CÂMERA DE VEREADORES é uma vergonha livrando poucos,sem compromisso nenhum com o povo e sim com interesse pessoal deles vereadores o povo sabem muito bem quem são os vereadores que realmente trabalha em beneficio do Município de Ipirá,Professor Agildo Barreto seu comentário esta corretíssimo,os eleitores tem que esta atento novas eleições vem ai pra os políticos ta prometendo céus e mares e continuando a enganar o povo.
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