quarta-feira, 21 de maio de 2014

MEXENDO O TACHO.


Quarta-feira, dia de feira livre em Ipirá, ouço reclamações de alguns ambulantes sobre a queda nas vendas no Centro de Abastecimento de Ipirá. Reclamam não só da quarta, mas dos outros dias, inclusive da mudança do ponto de venda, em dez metros, que houve da Praça de Santana para um beco na entrada da referida praça. Essa mexida conseguiu diminuir as vendas. Esta é uma situação delicada. São milhares de famílias que tiram o seu sustento neste tipo de comercialização. O poder municipal não pode ignorar essas pessoas, inclusive tem que dar voz a essas pessoas quanto às medidas que lhes dizem respeito. Isto não está acontecendo.

Economia é um bicho complicado, pode desandar com uma mexida, embora as mexidas sejam necessárias. Tem mexida que vira um tremendo absurdo. A Praça Santana é uma delas. Não entendo a lógica que acaba uma praça para soerguer alvenaria. Pressinto que existe uma submissão visceral ao poder oligárquico e um receio de alterar o desígnio por eles determinados, ou talvez, seja fruto da carência de tino e projeto administrativo para o município e a preponderância de uma exacerbada necessidade de demonstrar uma autoridade que não teve a legitimidade do voto popular. Assim temos que ficar de frente com essa precariedade.

A saúde de Ipirá merece uma mexida naquilo que é real. O prefeito Ademildo afirma que o hospital está bom e nunca esteve como hoje. Temos que acreditar! Embora esteja na gaveta da administração municipal uma terceirização desse mesmo hospital. Isso significa jogar a toalha; nem a atual gestão se acha com competência para gerir esse bicho aí, tenta passar adiante. A população tem que ver a transparência dessa terceirização. O povo de Ipirá quer e exige que o hospital tenha um atendimento digno ao ser humano. Só isso. "Para aqueles que não acreditam, Ipirá vai ter UTI no próximo ano", disse o prefeito. Eu não acredito. Eu digo que as UPAS só terão utilidades no próximo ano, assim espero. O SAMU 192 não funciona por culpa de Serra Preta, Pintadas, etc. Taí uma coisa que eu vou fazer de conta que acredito. Essa fila da saúde é um maltrato ao povo. Tem que ter uma mexida verdadeira nisso aí para melhorar o serviço público.

Tem caso que chega ao ponto de mexer, mas não mexeu. Entenda um troço desse. Vou explicar direitinho. Depois da inauguração de um conjunto popular próximo da fábrica, nasceu um esgoto bem no fundo da fábrica. O povo andava por cima do esgoto. Sentindo-se prejudicadas as pessoas reclamaram e a prefeitura fez o serviço. Serviço meia-boca, porque, hoje, neste local, o esgoto escorre entre um amontoado de terra e aglomerado de pedra e buraco, fruto da mexida da prefeitura piorando a situação, pois diminuiu a rua do fundo da fábrica pela metade, onde disputam espaço: pessoas, motos, carros, carroças e quaisquer outros passantes. Veja que situação. Tem que ter uma mexida nesse troço aí.

Tem um ponto que muitas pessoas têm culpa no cartório: o lixo. O poder público presta esse serviço e não tem condições de passar mais de uma vez no mesmo logradouro. Isso é impossível e é questão fora de qualquer possibilidade. A população tem que ter consciência disso. Tem gente que bota lixo na rua depois que o caminhão da coleta passa. Aí já foi! Na Praça do Mercado tem comerciante que bota lixo na rua a todo instante, sem hora determinada, depois que o carro coletor passou. Isso não é cidadania. Teve um dia que botaram vísceras de galinha embaixo de um poste e foi uma festa para vários cachorros e muitos urubus. Era meio-dia. Fui em casa pegar a máquina para registrar o flagrante. Quando retornei, fiquei contrariado, a caçamba tinha limpado o lugar, perdi a foto do atraso de Ipirá. Não é todo dia que tem caçamba, mas cidadania tem que ser uma ação cotidiana.

Um comentário:

  1. Toda doceira sabe que e mexer o tacho ao contrário o doce desanda e se perde.É o caso da mexida na feirinha livre da Praça de Santana.

    Ali o doce desandou e se ninguém fizer nada,
    essa feirinha inventada pelo povo para compensar o fiasco que é o Centro de Abastecimento, projetado para funcionar durante todos os dias da semana, mas não deu certo, vai acabar. Que pena. Ela fará muita falta aos feirantes e às dona de casa.

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