Quarta-feira, dia de feira livre em Ipirá, ouço reclamações de alguns
ambulantes sobre a queda nas vendas no Centro de Abastecimento
de Ipirá. Reclamam não só da quarta, mas dos outros dias, inclusive da mudança
do ponto de venda, em dez metros, que houve da Praça de Santana para um beco na
entrada da referida praça. Essa mexida conseguiu diminuir as vendas. Esta é uma
situação delicada. São milhares de famílias que tiram o seu sustento neste tipo
de comercialização. O poder municipal não pode ignorar essas pessoas, inclusive
tem que dar voz a essas pessoas quanto às medidas que lhes dizem respeito. Isto
não está acontecendo.
Economia é um bicho complicado, pode desandar com uma
mexida, embora as mexidas sejam necessárias. Tem mexida que vira um tremendo
absurdo. A Praça Santana é uma delas. Não entendo a lógica que acaba uma praça
para soerguer alvenaria. Pressinto que existe uma submissão visceral ao poder
oligárquico e um receio de alterar o desígnio por eles determinados, ou talvez,
seja fruto da carência de tino e projeto administrativo para o município e a
preponderância de uma exacerbada necessidade de demonstrar uma autoridade que
não teve a legitimidade do voto popular. Assim temos que ficar de frente com
essa precariedade.
A saúde de Ipirá merece uma mexida naquilo que é real.
O prefeito Ademildo afirma que o hospital está bom e nunca esteve como hoje.
Temos que acreditar! Embora esteja na gaveta da administração municipal uma
terceirização desse mesmo hospital. Isso significa jogar a toalha; nem a atual gestão
se acha com competência para gerir esse bicho aí, tenta passar adiante. A
população tem que ver a transparência dessa terceirização. O povo de Ipirá quer
e exige que o hospital tenha um atendimento digno ao ser humano. Só isso. "Para
aqueles que não acreditam, Ipirá vai ter UTI no próximo ano", disse o prefeito.
Eu não acredito. Eu digo que as UPAS só terão utilidades no próximo ano, assim espero. O
SAMU 192 não funciona por culpa de Serra Preta, Pintadas, etc. Taí uma coisa
que eu vou fazer de conta que acredito. Essa fila da saúde é um maltrato ao
povo. Tem que ter uma mexida verdadeira nisso aí para melhorar o serviço
público.
Tem caso que chega ao ponto de mexer, mas não mexeu.
Entenda um troço desse. Vou explicar direitinho. Depois da inauguração de um conjunto
popular próximo da fábrica, nasceu um esgoto bem no fundo da fábrica. O povo
andava por cima do esgoto. Sentindo-se prejudicadas as pessoas reclamaram e a
prefeitura fez o serviço. Serviço meia-boca, porque, hoje, neste local, o esgoto
escorre entre um amontoado de terra e aglomerado de pedra e buraco, fruto da
mexida da prefeitura piorando a situação, pois diminuiu a rua do fundo da
fábrica pela metade, onde disputam espaço: pessoas, motos, carros, carroças e
quaisquer outros passantes. Veja que situação. Tem que ter uma mexida nesse
troço aí.
Tem um ponto que muitas pessoas têm culpa no cartório:
o lixo. O poder público presta esse serviço e não tem condições de passar mais
de uma vez no mesmo logradouro. Isso é impossível e é questão fora de qualquer
possibilidade. A população tem que ter consciência disso. Tem gente que bota
lixo na rua depois que o caminhão da coleta passa. Aí já foi! Na Praça do
Mercado tem comerciante que bota lixo na rua a todo instante, sem hora
determinada, depois que o carro coletor passou. Isso não é cidadania. Teve um
dia que botaram vísceras de galinha embaixo de um poste e foi uma festa para
vários cachorros e muitos urubus. Era meio-dia. Fui em casa pegar a máquina
para registrar o flagrante. Quando retornei, fiquei contrariado, a caçamba
tinha limpado o lugar, perdi a foto do atraso de Ipirá. Não é todo dia que tem
caçamba, mas cidadania tem que ser uma ação cotidiana.
Um comentário:
Toda doceira sabe que e mexer o tacho ao contrário o doce desanda e se perde.É o caso da mexida na feirinha livre da Praça de Santana.
Ali o doce desandou e se ninguém fizer nada,
essa feirinha inventada pelo povo para compensar o fiasco que é o Centro de Abastecimento, projetado para funcionar durante todos os dias da semana, mas não deu certo, vai acabar. Que pena. Ela fará muita falta aos feirantes e às dona de casa.
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