sábado, 10 de maio de 2014

MACACO NÃO METE A MÃO EM CUMBUCA.

O governador Wagner quando esteve em Ipirá, na campanha eleitoral municipal, disse em alto e bom som que era macaco. É bom esclarecer para não pairar dúvida alguma, não tem nenhuma relação com esse problema do racismo nos estádios de futebol.

O problema é que na politicagem de Ipirá tem um grupo denominado macaco e outro jacu. Então, é mais do que natural e convidativo as pessoas acharem-se macacos e jacus. Considero isso o nó do atraso, mas foi a melhor forma que as elites locais acharam para dominar a população. O governador embarcou nessa.

O tirano ACM botava os dois no bolso. O democrata JW foi impreciso e imprecavido na sua estratégia. Deixou o povo e escolheu a macacada. Enganou-se e errou na escolha, como teria errado se tivesse optado pela jacuzada. Quem sabe se sua melhor escolha não teria sido o povo dos dois grupos? Não acreditou e apoiou o esquema macaco no sistema jacu e macaco. Isso tem um preço e agora é hora de sentir o gosto do cachimbo.

Para o pleito de outubro 14, neste município, o caldeirão vai ferver. Quem estiver na segunda colocação, seja quem for, vai ter que se estribuchar para virar a mesa. A jacuzada está mordida com o governador. Se a oposição vier com uma intenção e um discurso leve, conciliador, de harmonia, sem retaliação e sem preferência, diferente do que fez Wagner, naturalmente, balançará e puxará muitas pessoas importantes dentro da macacada. Já ouvi isso de alguém influente da macacada. Aí o governador vai ficar de Costa e Souto, bem no meio da Mata.

Tem muita coisa para acontecer daqui para frente: Copa do Mundo, São João e pesquisas eleitorais. Aí a coisa promete esquentar e apertar. No mínimo teremos uma disputa saindo lasca de fogo. Não será nada fácil. A confiança está depositada na quantidade de prefeitos da situação. A desconfiança está depositada na quantidade de prefeitos que vão pular para a oposição na primeira pesquisa desfavorável.

O risco que corre o pau, corre o machado. Uma coisa é o prefeito Ademildo com costa, outra coisa bem diferente, seria o prefeito sem costa e bem ‘souto’ na buraqueira. Isso significaria uma tragédia. Para Ipirá seria tragicômico, principalmente para os que acreditam e avalizam a tese de que só se consegue administrar um município com alinhamento.

Qual seria o caminho para o prefeito Ademildo? Pular de galho? Não, isso aí não! Mas, quem sabe! Uma boa vereda seria tratar o deputado Jurandy Oliveira, nesta campanha, na base do pão-de-ló, queijo e voto. Pois uma coisa é certa, o deputado está com o governador e sempre estará; tanto faz de costa, ‘souto’ ou no meio da mata, ele estará com o governador.

É isso que o prefeito tem que entender: macaco não tem galho e ele poderá precisar do deputado e, na condição de deputado eleito, muito mais do que imaginou a vida toda. É até aconselhável que o prefeito vá engolindo e digerindo aquela bravata: “quem foi que teve a coragem de demitir a mulher do deputado?” O prefeito pode ter vontade e até querer, mas quem manda nesse troço aí é o esquema dos macacos.

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