O problema é que na politicagem de Ipirá tem um grupo
denominado macaco e outro jacu. Então, é mais do que natural e convidativo as
pessoas acharem-se macacos e jacus. Considero isso o nó do atraso, mas foi a
melhor forma que as elites locais acharam para dominar a população. O
governador embarcou nessa.
O tirano ACM botava os dois no bolso. O democrata JW
foi impreciso e imprecavido na sua estratégia. Deixou o povo e escolheu a
macacada. Enganou-se e errou na escolha, como teria errado se tivesse optado
pela jacuzada. Quem sabe se sua melhor escolha não teria sido o povo dos dois
grupos? Não acreditou e apoiou o esquema macaco no sistema jacu e macaco. Isso
tem um preço e agora é hora de sentir o gosto do cachimbo.
Para o pleito de outubro 14, neste município, o
caldeirão vai ferver. Quem estiver na segunda colocação, seja quem for, vai ter
que se estribuchar para virar a mesa. A jacuzada está mordida com o governador.
Se a oposição vier com uma intenção e um discurso leve, conciliador, de
harmonia, sem retaliação e sem preferência, diferente do que fez Wagner,
naturalmente, balançará e puxará muitas pessoas importantes dentro da macacada.
Já ouvi isso de alguém influente da macacada. Aí o governador vai ficar de
Costa e Souto, bem no meio da Mata.
Tem muita coisa para acontecer daqui para frente: Copa
do Mundo, São João e pesquisas eleitorais. Aí a coisa promete esquentar e
apertar. No mínimo teremos uma disputa saindo lasca de fogo. Não será nada fácil.
A confiança está depositada na quantidade de prefeitos da situação. A
desconfiança está depositada na quantidade de prefeitos que vão pular para a
oposição na primeira pesquisa desfavorável.
O risco que corre o pau, corre o machado. Uma coisa é
o prefeito Ademildo com costa, outra coisa bem diferente, seria o prefeito sem
costa e bem ‘souto’ na buraqueira. Isso significaria uma tragédia. Para Ipirá
seria tragicômico, principalmente para os que acreditam e avalizam a tese de
que só se consegue administrar um município com alinhamento.
Qual seria o caminho para o prefeito Ademildo? Pular
de galho? Não, isso aí não! Mas, quem sabe! Uma boa vereda seria tratar o
deputado Jurandy Oliveira, nesta campanha, na base do pão-de-ló, queijo e voto.
Pois uma coisa é certa, o deputado está com o governador e sempre estará; tanto
faz de costa, ‘souto’ ou no meio da mata, ele estará com o governador.
É isso que o prefeito tem que entender: macaco não tem
galho e ele poderá precisar do deputado e, na condição de deputado eleito,
muito mais do que imaginou a vida toda. É até aconselhável que o prefeito vá
engolindo e digerindo aquela bravata: “quem foi que teve a coragem de demitir a
mulher do deputado?” O prefeito pode ter vontade e até querer, mas quem manda
nesse troço aí é o esquema dos macacos.
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