Pensando bem! Não fechará a conta dos quatro anos,
ficará faltando dois meses. O atual gestor terminará o mandato com três anos e
dez meses, ficarão devendo dois meses. Que injustiça! Se entrar na justiça é
causa ganha e o povo de Ipirá ainda quer contabilizar esses dois meses! Esse
período tem que ser esquecido; tem que ser apagado das mentes; o povo tem que
ficar em estado de amnésia e esquecer completa e totalmente esses dois meses.
Qual é o interesse do prefeito em não contabilizar esses dois meses como de sua
gestão? Só ele sabe.
Questão maior é essa tal Universidade Aberta. Estão
querendo mistificar que Ipirá tem universidade a qualquer preço, a torto e a
direito. Estão querendo fazer a mesma coisa que foi feita no governo de Luiz
Carlos, quando um Curso de Extensão da UNEB virou universidade e depois de dois
anos escafedeu-se. Era simplesmente um curso de extensão aplicado por uma
universidade, para suprir uma defasagem local e atender a uma exigência da lei.
Resolvido esse problema, finalizou-se o curso. Ipirá continuou sem
universidade.
Ipirá precisa de uma universidade pública, presencial,
gratuita e de qualidade. Só isso. Quem não tem cão, não caça com gato! O
interesse em mistificar essa tal universidade em Ipirá é tão grande que nem
eles mesmo estão sintonizados na mesma cantilena: Vestibular será em agosto; não
tem data. Falta convicção. A verborréia é tão grandiosa que ultrapassa a
necessidade real do município.
Curso de Matemática! É essa a demanda de Ipirá? Eu sei
que não pode ter cursos que tem em Pintadas para não prejudicá-los. Seria
descobrir os pés para cobrir a cabeça. Nem o vestibular eles fazem anualmente,
farão o primeiro e o outro só depois que aquela turma concluir. Ipirá precisa
muito mais. Vou ser bastante sincero: mais importante do que uma universidade à
distância em Ipirá será a prefeitura providenciar mais um ônibus (frota de três)
para cobrir essa distância de 100
km e levar os estudantes ipiraenses para fazerem o curso
superior em Feira de Santana. Ipirá continua sem universidade.
Vou simplificar bem a coisa: nesses quarenta anos
passados, todos os governantes do Estado da Bahia estão com uma dívida muito
grande com o município de Ipirá na questão da Educação. Na década de 1960, para
Ipirá ter o primeiro ginásio (era pago) foi um esforço enorme da população porque
o governo da época deu pouca importância. Na década de 1970, veio a escola Polivalente e
finalizou. De lá para cá é nenhuma. Nada de Escola Modelo; nada de IF Bahiano,
nem a Escola de Tecnologia do Semi-árido. No ensino superior, nada de UNEB, de
Universidade do Recôncavo, da Chapada, do Nordeste. Nada. Simplesmente, Ipirá
tem o terreno para a universidade e nada é nada.
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