sábado, 28 de junho de 2014

UAU!

Ipirá parece ser uma terra azarenta ou carregada de azar. É o único município brasileiro que tem dois meses de buraco ou vácuo na administração municipal, ou melhor, de vazio ou lapso na gestão, ou como você queira, nos dois primeiros meses do mandato atual ficou sem prefeito, transitou por um período de 'vazio de autoridade'. Pronto. Acabou. A prefeitura ficou entregue às baratas.

Pensando bem! Não fechará a conta dos quatro anos, ficará faltando dois meses. O atual gestor terminará o mandato com três anos e dez meses, ficarão devendo dois meses. Que injustiça! Se entrar na justiça é causa ganha e o povo de Ipirá ainda quer contabilizar esses dois meses! Esse período tem que ser esquecido; tem que ser apagado das mentes; o povo tem que ficar em estado de amnésia e esquecer completa e totalmente esses dois meses. Qual é o interesse do prefeito em não contabilizar esses dois meses como de sua gestão? Só ele sabe.

Questão maior é essa tal Universidade Aberta. Estão querendo mistificar que Ipirá tem universidade a qualquer preço, a torto e a direito. Estão querendo fazer a mesma coisa que foi feita no governo de Luiz Carlos, quando um Curso de Extensão da UNEB virou universidade e depois de dois anos escafedeu-se. Era simplesmente um curso de extensão aplicado por uma universidade, para suprir uma defasagem local e atender a uma exigência da lei. Resolvido esse problema, finalizou-se o curso. Ipirá continuou sem universidade.

Ipirá precisa de uma universidade pública, presencial, gratuita e de qualidade. Só isso. Quem não tem cão, não caça com gato! O interesse em mistificar essa tal universidade em Ipirá é tão grande que nem eles mesmo estão sintonizados na mesma cantilena: Vestibular será em agosto; não tem data. Falta convicção. A verborréia é tão grandiosa que ultrapassa a necessidade real do município.

Curso de Matemática! É essa a demanda de Ipirá? Eu sei que não pode ter cursos que tem em Pintadas para não prejudicá-los. Seria descobrir os pés para cobrir a cabeça. Nem o vestibular eles fazem anualmente, farão o primeiro e o outro só depois que aquela turma concluir. Ipirá precisa muito mais. Vou ser bastante sincero: mais importante do que uma universidade à distância em Ipirá será a prefeitura providenciar mais um ônibus (frota de três) para cobrir essa distância de 100 km e levar os estudantes ipiraenses para fazerem o curso superior em Feira de Santana. Ipirá continua sem universidade.

Vou simplificar bem a coisa: nesses quarenta anos passados, todos os governantes do Estado da Bahia estão com uma dívida muito grande com o município de Ipirá na questão da Educação. Na década de 1960, para Ipirá ter o primeiro ginásio (era pago) foi um esforço enorme da população porque o governo da época deu pouca importância. Na década de 1970, veio a escola Polivalente e finalizou. De lá para cá é nenhuma. Nada de Escola Modelo; nada de IF Bahiano, nem a Escola de Tecnologia do Semi-árido. No ensino superior, nada de UNEB, de Universidade do Recôncavo, da Chapada, do Nordeste. Nada. Simplesmente, Ipirá tem o terreno para a universidade e nada é nada.

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