sábado, 6 de setembro de 2014

FALTANDO MENOS DE UM MÊS.

A fábula do sapo pedindo para ser jogado no fogo e não na água cai bem para o prefeito Ademildo, que pede ao povo: “Ajude-me a transformar esta cidade. (Ajude-me) Ser parceiro do governador e do presidente, o que é algo extremamente importante.” (está escrito sem o ajude-me dos parêntesis)

Importante e imprescindível. O prefeito sabe que tendo continuidade o alinhamento, ele estará na ‘água benta’ pelos papas do petismo. O mesmo não acontecerá se o governo ficar com o Demo da Bahia, aí é o mesmo que ser jogado no fogo do inferno para ser torrado por dois anos.

O prefeito supervaloriza essa condição do alinhamento com as esferas de governo estadual e federal como ponto chave, imprescindível e relevante para a sua administração no município. Está atado a essa condição.

A cruzada é entre o fogo e a água. O prefeito deve estar sentindo a quentura do fogo inimigo arder nas têmporas. Em reunião com funcionários municipais com cargo de confiança partiu para enfiar o espeto no pessoal: “ou fica com os candidatos do governo ou perde o cargo.” Alguém fez o meio de campo e contemporizou.

O prefeito é um grande adepto da tática: “o líder junta dez, o prefeito esparrama vinte”. Desde quando chegou à prefeitura que o prefeito entrou no fogo. Não possui a legitimidade do voto, nem força política no grupo, muito menos respaldo dos caciques da macacada. Sem grupo é um estranho no ninho do grupo alheio. Tem legalidade, mas não a legitimidade. É muito difícil governar nestas condições. Não soube fazer o contraponto dessa situação.

No primeiro instante, não soube buscar uma solução parcial e provisória para contornar a situação para manter-se em fogo brando, muito pelo contrário, partiu para o enfrentamento com a jacuzada sem observar e medir o tamanho de seu flanco.

Não soube compartilhar a gestão com o seu partido, o PT local, ao não colocar esse partido como o vetor principal das decisões de sua administração. Tratou com desdém a pessoa que tem a maior formação política e é o principal pensador do PT em Ipirá, que tem dado grandes contribuições à luta pela emancipação dos trabalhadores na Bahia, que se chama Carlinhos Oliveira (de Bartolomeu). Prefere o menosprezo ao compartilhamento para sair de uma situação política necrosada.

Perdido nesse lamaçal que é o poder público em Ipirá. Nada vê e faz de conta que nada está acontecendo. Naufraga de cabeça abaixo nas ondas caudalosas da macacada. Não tem projeto para Ipirá. Atira ao acaso. Nunca, em Ipirá, apareceu um prefeito para gabar a própria administração como esse; é um grade imitador da coruja gabando o toco.

Afirma: “ Parque de Exposição, onde fizemos grande intervenção: construímos o hipódromo, estamos concluindo a pista de vaquejada e a de eventos;” Cita o hipódromo, uma coisa irrelevante para o desenvolvimento de Ipirá e nem fez a menor menção ao ato mais importante de sua gestão no Parque de Exposição, que foi a transferência da feira de animais do chiqueiro de Diomário para as instalações do parque e que, nas condições atuais, talvez seja a única coisa que verdadeiramente, se bem gerenciada, dê uma impulsão ao município de Ipirá.

O prefeito está nesse emaranhado macaco, perdido que nem sagüi-de-bigode ou sagüi-imperador na caatinga. Depois de outubro, se acontecer ficar torrado no fogo, é hora de chamar todo mundo para pegar na alça do caixão e carregar o defunto.

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