Os
números eleitorais falam mais do que qualquer boca cheia de dentes esperando a
morte chegar. Quem esperava que o prefeito Ademildo (eu e outros) apresentasse
números ridículos nesta campanha engoliu a língua, (outros e eu).
Presidente
Dilma 17 a
6. Governador Rui 16 a
10. Senador Oto 15 a
9. Deputado Afonso caiu de 10 para 7. Caiu e daí? O grande líder e mais cinco
vereadores apoiaram outros federais, a exemplo de Torres que não chegou a 2
mil. Suponho que Ademildo atuou nesta campanha, dando as rédeas, praticamente
sozinho e conseguiu expressar resultados significativos tão quanto Diomário em 2010. A condição de
prefeito favorece a qualquer um.
Basta
ser prefeito para conseguir agrupar quem tem votos, esse é o segredo do sucesso
e Ademildo tem isso de cor e salteado na cabeça. Diomário não é mais prefeito.
Antônio Colonnezi é simplesmente a cereja do bolo, enquadrado como coadjuvante,
bem expressado, é um rei da Inglaterra, não manda mais como outrora.
Jurandy
Oliveira ficou bem com 9 mil no nono mandato, não tem o que reclamar do
prefeito. Ademildo ficou bem com Rui que não tem o que reclamar do prefeito. A
ressonância e o prestígio eleitoral de Diomário junto ao governo do Estado
também foram alcançados por Ademildo que leva a vantagem de ser petista.
Ademildo sabe que sua cotação subiu junto ao governo petista baiano.
O
deputado Jurandy vai ficar sossegado, não vai ameaçar debandar para passar o
troco. O deputado fica com quem estiver sentado na cadeira do poder estadual e
municipal, não tem porque mudar. Antônio Colonnezi sem expressão junto ao
petismo estadual acomoda-se na situação de mero coadjuvante, um cabo eleitoral
de luxo.
Marcelo
Brandão foi afetado, em parte, pelos números. Nessa campanha, jogou o jogo bem
jogado. Com esperteza colou sua imagem no candidato Souto que parecia
imbatível, até, pelo menos, às 19 h do sábado, quando foi anunciado o empate
técnico (36 a
36) e a derrota previsível. Pela terceira vez na Bahia acontece a virada na
véspera do domingo. Desta vez, Souto não escapou do acidente, foi o enterro
eleitoral.
Marcelo
Brandão tem consciência de sua situação, não é nada fácil. A forma como ele
colocou-se nesta campanha demonstrou que sua estratégia para chegar ao poder
municipal estava definida em duas etapas. O primeiro degrau, por demais
relevante, seria o PT perder o governo do Estado e o prefeito ficar
enfraquecido sem esse apoio. Muito bem pensado.
Agora,
resta para Marcelo Brandão a segunda etapa. Enfrentar de frente e bater testa
contra os dois poderes ( municipal e estadual). Se Souto tivesse conquistado o
governo, a jacuzada ia receber o deputado da terra, um caminhão de vereadores e
um rebanho de macaco que iriam abandonar a casa em ruínas. Era o crescimento da
chance de vitória. Souto perdeu, fica reduzido o poder de atrair mais adesões e
recursos.
O
prefeito Ademildo deve está dando risadas e mais convencido de que esquema é o que resolve. Ele sabe que esses macaquitos que
estão em fase de aborrecimento não passa
de faniquito. Ele sabe que palavras, raiva e interesse contrariado no reino da
necessidade se dobram com alguns vinténs a mais. Sabe que essa macacada não tem
querer e que envergam a coluna por muito pouco. É uma massa de manobra que
aceita e engole qualquer contrapeso sem espernear muito. Estamos vivenciando o
reino da necessidade e a cidadania de papelão.
O
prefeito Ademildo está fabricando o seu ideário compulsivo e alucinante: “ O
maior administrador que esse município já viu”, mais “O prefeito que mais construiu
obras, se formos enumerá-las levaremos uma semana” isso é para tornar-se ‘o bom’
para os incautos.
Tem
mais: “Essa jacuzada não vai ganhar mais a prefeitura em Ipirá”, isso é para
ganhar simpatia e apreço da macacada, ao tempo, que impulsiona o ódio nos
macacos apaixonados para que isso seja a base de sua sustentação. Por fim vem o
argumento de mestre: “ Você não vai deixar de entregar Ipirá a uma pessoa
honesta para entregá-la a um desonesto.” É sempre ele e o outro.
Infelizmente
Ipirá vive uma situação macabra, a maioria da população trafega numa alienação
em profusão e existe uma rachadura na cidadania. A vontade e o desejo das
pessoas são manipuláveis num terreno fértil de consciências descartáveis.
As
pessoas estão trocando o direito do voto por dinheiro. Para jacus e macacos não
é problema; quem paga a conta é o poder municipal. Não tem sociedade e poder
político que suporte esse monstro. Faltam dois anos, tudo é mutável, até as
perspectivas. Os números falam no limite de tempo e antes de tudo isso teremos
eleições do segundo turno para presidente.
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