sábado, 27 de dezembro de 2014

É DE ROSCA. (7)




Estilo: ficção

Modelo: mexicano

Natureza: novelinha

Fase: não sei se vale a pena ver de novo

Capítulo: 07 (mês de dezembro 2014) (um por mês)

O prefeito Déo andava meio preocupado, mas num instante bateu aquele estalo e ele não podia ficar com aquilo preso na garganta e foi logo em direção ao seu grande amigo, o ex-prefeito Dió, que, por coincidência corriqueira, encontrava-se no prédio da prefeitura e apresentava-se bem disposto, alegre e aberto para a troca de confidências.

- Ex-prefeito Dió! Eu achei uma maneira de promover-me perante a juventude desta terra; vou fazer uma coisa que ninguém nunca fez: vou trazer os aviões e a praça vai encher.

O ex-prefeito Dió sentiu a porrada, mas não entregou os pontos e foi logo botando a cabeça para funcionar rapidamente e pensou: “Esse sujeito está querendo ser candidato à reeleição!”. Na engrenagem desse raciocínio parou estarrecido, enquanto o prefeito Déo continuava suas explicações:

- Quando eu contrato três atrações de médio porte lá se vão trezentos mil e o povo fica criticando, então eu boto trezentos nos aviões, trago um palco de arrombar e um jogo de luz de primeiro mundo, pago bem pago e o povo fica satisfeito; todo mundo satisfeito.

O ex-prefeito Dió estava no meio do cipoal e começou a colocar velocidade no pensamento: “lá se vai mais de um milhão, com uma quebrada de 10% na comissão vai sobrar mais de cem caroços de milho; esse sujeito, só pensa na reeleição! Como é que eu vou tirá-lo do meu caminho?” E continuou ouvindo o prefeito Déo, que falava:

- Vê lá, ex-prefeito Dió! Se eu vou botar palco grande e sofisticado prá samba; eu boto é prá aviões que deixa a praça apinhada de gente.

O ex-prefeito Dió achou que não devia continuar dando ouvidos àquela conversa e foi disparando chumbo grosso e seco para cima do prefeito Déo:

- Se eu for candidato a prefeito eu tenho 15 milhões para gastar.

O prefeito Déo sentiu que aquela voz tinha a potência de um murro na boca do estômago e pensou em cima da bucha: “Esse elemento é candidato!” O mundo girava e sua cabeça rodopiava: “Como é que eu faço para tirar esse elemento do meu caminho?” E falou alto.

- Vamos aqui, ex-prefeito Dió! Vamos dar uma volta pelo município, vou lhe mostrar uma estrada espetacular, não é sonrisal, que eu fiz na entrada do Malhador – Quando chegaram em frente ao Matadouro de Ipirá, o prefeito Déo enfiou o pé no freio.

O ex-prefeito Dió quase bate a testa no parabrisa do carro, mas sentiu um susto maior ao ver o terreno do Matadouro de Ipirá todo limpo. O prefeito Déo tinha mandado passar o trator em volta do matadouro para impressionar o ex-prefeito Dió.

De repente uma voz, saída ninguém sabe de onde, esbravejou: “VOCÊS DOIS AÍ! RESOLVAM LOGO O PARANGOLÉ DE VOCÊS QUE EU QUERO FUNCIONAR, JÁ FUI DERROTADO ATÉ PELO METRÔ DE SALVADOR, VAI FICAR FEIO EU PERDER PARA A PONTE DE ITAPARICA. EU QUERO FUNCIONAR, NEM QUE SEJA PARA MATAR BENGO, DEPOIS BURREGO, MAIS TARDE BEZERRO, ATÉ CHEGAR EM BOI. EU QUERO FUNCIONAR.”

As duas autoridades ficaram assustadas. Ninguém nunca tinha ouvido aquela voz. O ex-prefeito Dió foi logo dando a sua palavra:

- Eu juro dona Voz que quando eu retornar a prefeitura, Sua Excelência, o Matadouro, vai funcionar, eu dou a minha palavra. Prefeito Déo! não bote esse bicho para funcionar, não faça isso, pois eu vou me sentir traído.

- Nunca, ninguém conseguiu inaugurar esse matadouro e eu vou inaugurá-lo, vamos começar matando preá, tilápia e teiú – disse o prefeito Déo.

O ex-prefeito Dió se espremia todo com aquela tortura e conseguiu balbuciar:

- Não faça um troço desse! Vamos fazer o seguinte; você vai ser o meu vice, com dois anos eu pego um cargo num Tribunal de Contas da Vida e você fica sendo prefeito.

- E isso dá certo? A macacada aceita? – perguntou o prefeito Déo.

- Embaçado foi da outra vez, deu certo, agora é que não falha – disse o ex-prefeito Dió.

A única e exclusiva testemunha dessa conversa é a Voz do Matadouro de Ipirá, ninguém mais sabe disso. Se o boi da foto souber, morre. O matadouro está limpo. Desde quando, passaram o trator e fizeram a limpeza da área. Por que e para quê? Coisa boa é que não é. Advinha, se tu é bom de presságio!

Suspense: e agora, esse matadouro sai ou não sai?

O término dessa novelinha acontecerá no dia, que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo  e o povo brinca com eles.

 
 

sábado, 20 de dezembro de 2014

METENDO A COLHER NA SOPA!

Uma sessão na Câmara de Vereadores de Ipirá pegando fogo. O limite traçado para os vereadores de Ipirá é o de presidente da Câmara e no máximo vice-prefeito. Mais do que isso nem a pau. Candidatura de prefeito nem no sonho. Devido a isso, ser presidente da Casa é uma briga de foice e facão, mas democraticamente escrevendo, uma oportunidade única de dois em dois anos.

O panavueiro ocorreu, sem turbulência, bem mais no campo da situação que não conseguiu manter a unidade, muito menos a unanimidade. Duas chapas encabeçadas por vereadores de uma situação dividida bateram testa. Nesse balaio de gato como se comportou a oposição?

A oposição, mesmo com tudo nas mãos, estava mais dividida do que se possa imaginar e bem distante da máxima: ‘a união faz a força’. Demonstrou que não segue uma linha de ação unificada. Uma oposição de sete recebendo apoio de um vereador da situação ou dando apoio tornar-se-ia majoritária (7 + 1= maioria) no poder legislativo. Sem união, cada qual por si, a coisa ficou desse jeito: em uma chapa a jacuzada ficou com uma vice e a 1ª. Secretaria; na outra chapa, a jacuzada ficou com a 1a. e 2ª. Secretarias. Qual das duas é a mais representativa? Nas duas ficou sem o poder.

Será que o Poder Legislativo Municipal agiu com autonomia e independência? Não! Até porque os cabeças procuraram as lideranças. Então vamos ver quem meteu a colher na sopa pela atuação das lideranças dos jacus e macacos.

O prefeito Ademildo. Esse não é líder dos vereadores. Nesse aspecto é a pessoa menos indicada para qualquer decisão, é carta fora do baralho e não tem peso para meter o bico. O vereador que poderia ser uma referência da intenção do prefeito ausentou-se estrategicamente. Essa ausência leva a duas suposições indagativas: o prefeito é tão fraco que não consegue liderar nem o vereador do PT ou o prefeito, percebendo que seu candidato ia perder, refugou igual a mula quando vê cobra no caminho? Não se sabe ao certo quem o prefeito apoiou. Será que o Executivo lavou as mãos e deixou para o Legislativo resolver seus problemas? Tai uma coisa que eu gostaria de acreditar. 
  
Entra em campo o trio de ouro: Diomário, Jurandy e Antônio. Aí o bicho pega e decide a parada. Se esse trio não interferiu de jeito nenhum, aconteceu um verdadeiro milagre em Ipirá: pela primeira vez, o Legislativo ficou livre e independente nessa secular história. Nem tomando um surra de cansanção eu acredito nisso.

Se esse trio interferiu foi para o lado vencedor, é óbvio. Deu um escanteio em Weima e Deteval. Um canto de carroceria daqueles que o sujeito não entende se a cacetada foi no lombo ou na cabeça. Os dois vereadores ensaiaram carreira solo, aí o trio deu aquele cascudo “oh, seus meninos! Respeitem o trio e perguntem antes o que vocês vão ter que fazer, oh pirralhos!” Só fica a vontade de dar o troco mais tarde, pelo menos foi rompido esse laço de fidelidade plena, absoluta e inquestionável.

Faça de conta que você não sabe de nada. Agora é a vez de Luiz Carlos, chefe da jacuzada, decidir. Vocês acham que ele vai ficar no lado oposto ao trio de ouro? Qual nada! Ele ficou contra Divanilson e seguiu o mesmo caminho do trio de ouro, garantiu e consolidou a vitória de Aníbal, reforçando a força do algoz (grupo adversário). Jacu e macaco engatado.

Politicamente, Divanilson articulou corretamente para o grupo. Qual seria a melhor opção para esvaziar o poder do adversário político para o próximo pleito? O chefe descaracterizou e desprezou a ação do vereador Divanilson, talvez, sem reunião e sem debater o assunto. Cacique também erra. Só fica a vontade de dar o troco mais tarde, pelo menos foi rompido esse laço de fidelidade plena, absoluta e inquestionável.

No sistema oligárquico, quem tem o controle do voto é o vereador, que é a alma do sistema. O vereador tem uma força que desconhece, mas também, tem uma necessidade ilimitada de recursos para fazer valer o clientelismo que é a garantia do voto, que dará status, poderio, força e prestígio político ao prefeito e ao líder. Vereador é o garimpeiro. O dono da mina é a liderança política.

Rebelar-se poderá ser um bom sinal. A busca de um novo caminho (uma terceira força) poderá ser um bom sinal de valorização, respeito e de liberdade. Fora isso, nesse sistema oligárquico, um vereador só chegará a prefeito se pegarem o prefeito Ademildo nos seus erros e equívocos administrativos. Aí teremos o seu afastamento e o presidente da Câmara, Aníbal, assumirá o cargo. Fora isso, queremos desearos a todos un feliz año nuevo. Para nosotros, 2015 será un año de ilusión y nuevos proyectos.

domingo, 14 de dezembro de 2014

PARABÉNS AO SAMBA!




Tudo tem um começo e uma razão de ser. Ipirá não era não; era uma caatinga 'braba' com perfume de Alecrim; veio o pisoteio do gado tangido dos canaviais, empurrado pelo canto do boiado que traz o lamento, a dor e a esperança alvissareira. O boiador virou vaqueiro.

A tortura cruel do pelourinho deixava dor. O sonho da liberdade era maior do que qualquer castigo. O negro em fuga ganhou as veredas. Ipirá não era não; a caatinga era o rincão da liberdade que acolheu quem de lá chegava; quem de lá vinha trazia o canto da chula, um lamento, uma dor e a esperança da liberdade alvissareira. O homem na caatinga ficou humanizado.

A caatinga acolheu o pisoteio, as passadas, o boiado misturado à chula e supriu o samba e a piega, essa é a raiz cultural mais profunda do lugar. Raiz centenária. Aniversário de dois anos do Samba na Praça de Ipirá, estabelecendo o resgate da identidade cultural e da liberdade. Essa é a riqueza cultural do lugar. Foi isso que trouxe a TV Record para a filmagem da festa.

O movimento do samba é popular, livre da custódia e das rédeas do poder público municipal. O palco e o som, prefeito Ademildo! Trouxe-me a lembrança dos tempos em andávamos juntos, com muitos outros companheiros, em carrocerias de caminhonetes e com o som limitadíssimo de Tonho Arrombado, que Deus o tenha em bom lugar, a levantarmos as bandeiras da participação popular e do resgate da cultura do povo de Ipirá. Tempos passados.

Hoje, os tempos são outros, talvez o prefeito faça questão de passar a esponja nesse passado, porque vive um momento lindo, está nas nuvens, só faz grandes eventos, nunca antes visto, com palco e som mirabolantes, gastando uma fortuna dos munícipes, mas em nenhum deles, apesar da fanfarronice, conseguiu atrair uma emissora de televisão para fazer uma cobertura, porque não passa de um decalque de segunda mão do que acontece em centros maiores, fazendo a festa do repeteco, da mesmice, da réplica e do genérico. O samba de Ipirá tem profundidade cultural e tem história.

O prefeito Ademildo não deixa de ser uma grande decepção. Agora, preste atenção prefeito! Esse som apresentado foi tão ruim que qualquer valor além de 150 reais é super caro, mas muito cuidado para não ser uma fatura de 2 mil reais para cima. Abra o olho! Na verdade o apoio do poder municipal foi pífio. O palco não foi do tamanho do samba, mas nos conformes da mediocridade das administrações jacu e macaco que assolam este município há décadas.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Re_ _ ixado; a_ _ltado; sI _ _caram.


Faltou assunto? É o que parece. Requeria milagre, nem prevalecia, nem merecia. Porque era milagre e mais um bando de coisa: botei a camisa pelo avesso; tênis emborcado; fiz um cinco-salomão; na falta de um pé de coelho coloquei um pé-de-galinha, a penosa é uma boa substituta. Tudo pronto, controle na mão e com fé eu vou.

Fui logo para a arena principal, os outros dois dependia desse, e os noviços atleticanos atiravam-se sem nada a perder ou temer, com botinas afiadas brocaram as redes da pescaria, 1 a 0; os palmeirenses espremidos ciscavam circulando imitando perus, deu para perceber que não sairiam da ordinária mesmice, jogariam uma semana e não alcançariam o triunfo. Nesse caso e assim sendo, os outros dois ganhariam vida própria. A primeira brocada do tricolor baiano elevou-o a permanência. Não mexe em nada, camisa pelo avesso, tênis emborcado e vamos que vamos.

A trajetória é sujeita a modificabilidade com bola na mão ou mão na bola, até mesmo no “renda-se sujeito”, o zagueiro palmeirense levantou as duas mãos e a bola acertou uma e não a outra, estava desarmado. O tricolor baiano  brocou duas vezes, podia ser dez brocações e não adiantava o outro lado da zona, os palmeirenses em marcha engatada empatou o jogo; empatou! Sabe como é empatar? Mornou, esfriou, gelou, nadou de nadar para nada. Nada é nada.

O tricolor começou a tricotar, já foi! O leão da Barra dependia, só e somente só, de si próprio, ou melhor de ‘uma’ vitória. Escorregando, o dependia de uma. Uma em casa era sagrada. O problema é a casa. Barradão ou barrado no baile? Finalizado no Palestra, acabou a fé; me arretei e desemborquei o tênis. Não deu outra, virada em Curitiba e os santos agiram e deram um pontapé para espantar as crendices, até no Barradão. Ficou melhor porque Jaia não pirraça Vicentinho e vice-versa.

Resta aconselhamento pelo diagnóstico: degolado por inaptidão, improdutividade, imprevidência, ficando pasmoso, depois inerte. Faltou o que? Treino. O tic-tac espanhol é treino. Bota essa turma para treinar totó que eu quero ver se eles não vão aprender que quando vai um zagueiro os outros três vão com ele. Totó neles. Time de perna de pau! Perna de pau neles, aquelas pernas com dois metros dos palhaços, eu quero ver se eles vão perder uma só bola chuveirada nas duas áreas. Muita motivação: Vocês são vencedores! Vocês saindo daqui, vocês irão para o maior campeonato do mundo! Aí, motivados, eles vão comer grama; vão deixar de torturar a bola; vão virar atletas de 100 m rasos. Depois, é só trazê-los para disputar o campeonato municipal de Ipirá, um campeonato aberto para pegar qualquer paranga, mas é o melhor campeonato do interior da Bahia.   

sábado, 6 de dezembro de 2014

CHUTEBOL.

Hoje, sábado 6/12, adiantando o lado como se domingo fosse, fica o Palmeiras cai o futebol baiano, seria a lógica e se lógica houver cai a dupla BA-Vi. Havendo mistérios sobrevoando os ares da tarde domingueira, a polícia na Paulicéia desvairada arrebenta todos e todas que pela frente houver arrebentado tudo; enquanto os vitorianos do Barradão trepidam tripudiando da tricolatria do fazendão que, religiosamente torcendo, invoca o desabamento dos céus para inverter as providências demarcadas e levantar uma nação a sacramentar o milagre de Nossa Senhora da Conceição para que haja o louvor na segunda-feira, 8 de dezembro, que é feriado em Salvador, havendo a coincidência da fé, ou a fé da coincidência. Já disse tudo.

A lógica futebolista continua. Tem dez anos que a turma de Coité comanda o futebol semi-profissional do interior da Bahia. Só vazou em 2013. Esse ano vai disputar com Cachoeira. Ipirá ficou no meio do caminho porque vacilou em nosso terreiro para os intrépidos cachoeiranos. Enrolamo-nos com a nossa organização; a dupla BA-Vi enrola-se com a organização deles. Coité fez a criatura, segurou-a por quatro anos e os filhotes espalharam-se e a criatura engoliu Coité. Uma questão de organização. A turma de Coité deita e rola no campeonato de Ipirá. Serão sempre bem-vindos. É a graça sem ser de graça.

Ipirá moderniza-se após meio-século de atraso (Feira iluminou o Jóia na década de 1960), põe os postes da iluminação do campo de futebol no chão. Vamos ver qual será a medida do tempo (dia, semana, mês, ano) usada para levantá-los e acoplar os refletores. Está mais perto do que nunca, eu coloco o numeral 1___ e vocês coloquem a marca do tempo. Por aí vamos nós, não peçam para eu colocar outro dígito: 10_____. Esqueça isso, vamos dar uma força e levantar os distintos que estão no chão.

Aí eu fico pensando o seguinte: “se com a luz natural o futebol ipiraense é deficitário com a iluminação dos refletores quem vai pagar a conta da energia?” O público do estádio dificilmente chega a 1.500 pessoas. O clássico da cidade de Ipirá é Bahia x União e é o que leva mais gente. Tem que ter um clássico das multidões, como Arrocha x Pagodão, cada um colocaria cinco mil pessoas. O campo de eventos pagaria sua própria conta; o campo de futebol não paga. É mesmo que discutir aberto ou fechado.

Fechado ninguém entra e vai pouca gente. É mais do que sabido que a turma de fora leva público, mas escancarado fica moleza para quem quiser compreender que quem tiver o custo da seleção campeã do intermunicipal 2014 (Santa Luz) no bolso, sessenta mil mensal, fará de Santa Luz a campeã daqui com a camisa do (Bahia, União, Independente, Vila Nova, Flamengo ou 20 de Abril, etc e tal), a não ser que milagres aconteçam e o Monte Alto desabe por cima do campo.

O futebol semi-profissional de Ipirá enrola-se na sua própria mortalha. Quem banca o custo? Quando quem banca cansar, quem bancará o custo? Impossível voltar ao tempo do amadorismo romântico, é possível contornar a ocasião sem fronteira, sem lenço e sem documento. Semi-aberto, limite de quatro, duas divisões, um só jogo, preliminar com as escolinhas, tudo isso faz parte da discussão. Não é possível que eu não acerte um prognóstico, seria uma inhaca do cão.