Faltou
assunto? É o que parece. Requeria milagre, nem prevalecia, nem merecia. Porque era
milagre e mais um bando de coisa: botei a camisa pelo avesso; tênis emborcado;
fiz um cinco-salomão; na falta de um pé de coelho coloquei um pé-de-galinha, a
penosa é uma boa substituta. Tudo pronto, controle na mão e com fé eu vou.
Fui
logo para a arena principal, os outros dois dependia desse, e os noviços
atleticanos atiravam-se sem nada a perder ou temer, com botinas afiadas
brocaram as redes da pescaria, 1
a 0; os palmeirenses espremidos ciscavam circulando
imitando perus, deu para perceber que não sairiam da ordinária mesmice,
jogariam uma semana e não alcançariam o triunfo. Nesse caso e assim sendo, os
outros dois ganhariam vida própria. A primeira brocada do tricolor baiano
elevou-o a permanência. Não mexe em nada, camisa pelo avesso, tênis emborcado e
vamos que vamos.
A
trajetória é sujeita a modificabilidade com bola na mão ou mão na bola, até
mesmo no “renda-se sujeito”, o zagueiro palmeirense levantou as duas mãos e a
bola acertou uma e não a outra, estava desarmado. O tricolor baiano brocou duas vezes, podia ser dez brocações e não
adiantava o outro lado da zona, os palmeirenses em marcha engatada empatou o
jogo; empatou! Sabe como é empatar? Mornou, esfriou, gelou, nadou de nadar para
nada. Nada é nada.
O tricolor
começou a tricotar, já foi! O leão da Barra dependia, só e somente só, de si
próprio, ou melhor de ‘uma’ vitória. Escorregando, o dependia de uma. Uma em
casa era sagrada. O problema é a casa. Barradão ou barrado no baile? Finalizado
no Palestra, acabou a fé; me arretei e desemborquei o tênis. Não deu outra, virada
em Curitiba e os santos agiram e deram um pontapé para espantar as crendices,
até no Barradão. Ficou melhor porque Jaia não pirraça Vicentinho e vice-versa.
Resta
aconselhamento pelo diagnóstico: degolado por inaptidão, improdutividade,
imprevidência, ficando pasmoso, depois inerte. Faltou o que? Treino. O tic-tac
espanhol é treino. Bota essa turma para treinar totó que eu quero ver se eles não
vão aprender que quando vai um zagueiro os outros três vão com ele. Totó neles.
Time de perna de pau! Perna de pau neles, aquelas pernas com dois metros dos
palhaços, eu quero ver se eles vão perder uma só bola chuveirada nas duas áreas.
Muita motivação: Vocês são vencedores! Vocês saindo daqui, vocês irão para o
maior campeonato do mundo! Aí, motivados, eles vão comer grama; vão deixar de
torturar a bola; vão virar atletas de 100 m rasos. Depois, é só trazê-los para
disputar o campeonato municipal de Ipirá, um campeonato aberto para pegar
qualquer paranga, mas é o melhor campeonato do interior da Bahia.
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