sábado, 6 de dezembro de 2014

CHUTEBOL.

Hoje, sábado 6/12, adiantando o lado como se domingo fosse, fica o Palmeiras cai o futebol baiano, seria a lógica e se lógica houver cai a dupla BA-Vi. Havendo mistérios sobrevoando os ares da tarde domingueira, a polícia na Paulicéia desvairada arrebenta todos e todas que pela frente houver arrebentado tudo; enquanto os vitorianos do Barradão trepidam tripudiando da tricolatria do fazendão que, religiosamente torcendo, invoca o desabamento dos céus para inverter as providências demarcadas e levantar uma nação a sacramentar o milagre de Nossa Senhora da Conceição para que haja o louvor na segunda-feira, 8 de dezembro, que é feriado em Salvador, havendo a coincidência da fé, ou a fé da coincidência. Já disse tudo.

A lógica futebolista continua. Tem dez anos que a turma de Coité comanda o futebol semi-profissional do interior da Bahia. Só vazou em 2013. Esse ano vai disputar com Cachoeira. Ipirá ficou no meio do caminho porque vacilou em nosso terreiro para os intrépidos cachoeiranos. Enrolamo-nos com a nossa organização; a dupla BA-Vi enrola-se com a organização deles. Coité fez a criatura, segurou-a por quatro anos e os filhotes espalharam-se e a criatura engoliu Coité. Uma questão de organização. A turma de Coité deita e rola no campeonato de Ipirá. Serão sempre bem-vindos. É a graça sem ser de graça.

Ipirá moderniza-se após meio-século de atraso (Feira iluminou o Jóia na década de 1960), põe os postes da iluminação do campo de futebol no chão. Vamos ver qual será a medida do tempo (dia, semana, mês, ano) usada para levantá-los e acoplar os refletores. Está mais perto do que nunca, eu coloco o numeral 1___ e vocês coloquem a marca do tempo. Por aí vamos nós, não peçam para eu colocar outro dígito: 10_____. Esqueça isso, vamos dar uma força e levantar os distintos que estão no chão.

Aí eu fico pensando o seguinte: “se com a luz natural o futebol ipiraense é deficitário com a iluminação dos refletores quem vai pagar a conta da energia?” O público do estádio dificilmente chega a 1.500 pessoas. O clássico da cidade de Ipirá é Bahia x União e é o que leva mais gente. Tem que ter um clássico das multidões, como Arrocha x Pagodão, cada um colocaria cinco mil pessoas. O campo de eventos pagaria sua própria conta; o campo de futebol não paga. É mesmo que discutir aberto ou fechado.

Fechado ninguém entra e vai pouca gente. É mais do que sabido que a turma de fora leva público, mas escancarado fica moleza para quem quiser compreender que quem tiver o custo da seleção campeã do intermunicipal 2014 (Santa Luz) no bolso, sessenta mil mensal, fará de Santa Luz a campeã daqui com a camisa do (Bahia, União, Independente, Vila Nova, Flamengo ou 20 de Abril, etc e tal), a não ser que milagres aconteçam e o Monte Alto desabe por cima do campo.

O futebol semi-profissional de Ipirá enrola-se na sua própria mortalha. Quem banca o custo? Quando quem banca cansar, quem bancará o custo? Impossível voltar ao tempo do amadorismo romântico, é possível contornar a ocasião sem fronteira, sem lenço e sem documento. Semi-aberto, limite de quatro, duas divisões, um só jogo, preliminar com as escolinhas, tudo isso faz parte da discussão. Não é possível que eu não acerte um prognóstico, seria uma inhaca do cão.

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