As duas
Cobras de Aço apresentaram-se. Fiz o poema “A Cobra de Aço” em 2004 e ele
continua novinho em folha, vivo, gordo e vigoroso até os dias atuais. A Cobra
de Aço adentrou pelas ruas vestindo camisa apertada 25 e camisa folgada 44,
soltando pipoco e fumaça pelas ventas.
Dessa
vez, elas trouxeram novidades; não vieram compactas como das outras vezes; não
se apresentaram por inteiro, mas em pedaços, vieram fragmentadas. Com espinhaço
quebrado, partido, apartado.
Vinham 30
carros, espaço livre. - Oh! Acabou? – Não. Mais 30 carros, espaço livre.- Oh!
Acabou? – Não. Tome-lhe mais 30 carros, mais espaço livre... Tudo isso, para
não deixar nenhuma idéia do tamanho da despesa, despistar e enganar a Justiça
Eleitoral que não perceberia o rastro do crime eleitoral.
Num
leilão, cada cobra, 44 ou 25, não fica por menos de 300 mil reais; a gasolina
faz a Cobra de Aço andar, o foguete faz a Cobra de Aço bufá. É despesa para
deixar candidato torto e com nariz de elefante. Mentiroso! No dizer do dono, o
custo foi somente R$ 20 mil, para enquadrá-lo na prestação de conta da campanha
perante a justiça, pela lei, eles só podem gastar R$ 143 mil reais em toda
campanha. Diante dos fatos, os candidatos vão ter que apresentar falcatrua na prestação de contas.
Não teve
carreta e caminhão com carrocerias lotadas de crianças pobres em situação
vulnerável, num processo de reprodução de filhotes da cobra 44 ou 25, quando
gente vira frangote de jacu e sagüins, que ficarão ferrados, estropiados,
apilados para o resto da vida.
Desta
vez, não teve pau-de-arara, nem carro para transportar gado bovino lotado de
gado humano apilado, xopado e humilhado por todo o tempo de existência. Foi
carro pequeno e ônibus, em torno de 2.200 veículos para uma e 2.300 veículos
para a outra. Contados por Ranulfo, que não perdia a contagem: “Aquele não
conta, é a décima vez que ele passa”, “Como você sabe?” indaguei. “Pela placa,
PQO 2781” respondeu.
É a
jacuzada e a macacada adaptando-se aos novos tempos, com estratégias para
dominar o povo no laço e pelo cabresto, nem que para isso, tenham que burlar a
lei, mas o risco que corre o pau, corre o machado e estamos entrando na reta
final, faltam seis dias para ver quem tem farinha no saco, mas serão seis dias
tenebrosos. Tudo pode acontecer, até mesmo, o que está na frente entregar a
rapadura ao que está perdido e ir comer na frigideira com azeite fervendo para
esfolar a língua.
Pouco resta
a fazer, só duas coisas: cada qual vai lançar a sua pesquisa, uma dizendo que
ganhará com 3% e a outra afirmando que levará com 9%. Durma com um barulho
desse!
Eu não
sei como é que a Justiça Eleitoral pode deixa acontecer a divulgação de duas peças
de campanha fraudulentas, manipuladas e inescrupulosas para enganar os
eleitores, só porque são registradas.
Pesquisa
feita por grupo político não tem viés de seriedade, de ética e transparência;
são números manipulados e alterados de forma desavergonhada em benefício
próprio, para iludir o eleitor e macular o processo democrático. Jacu e macaco
utilizaram-se desse meio no último pleito municipal.
Nesta
questão municipal, os grupos políticos não possuem nenhuma credibilidade para
soltar resultado de pesquisa eleitoral. A única instituição idônea, isenta e
com moral para contratar, fazer e divulgar os números de uma pesquisa
verdadeira seria a Justiça Eleitoral, mas essa não é sua atribuição e não tem
cabimento, pois a Justiça preocupa-se é com o resultado verdadeiro, idôneo e
fiel com a vontade democrática do eleitor, no domingo, após a votação. Pesquisa
de 44 ou 25 é porcaria, cocô da cobra, que fede até umas horas.
Por falar
em coisa desonesta e falta de ética, quero solicitar às pessoas que não peguem
meus artigos para divulgação na rede social, na tentativa de enganar as pessoas
e beneficiar um ou outro candidato das oligarquias. Já expressei que meu voto
para prefeito de Ipirá em 2016 será NULO, não acredito em projeto de oligarquia
para a emancipação popular. Meu voto para vereador será do camarada Arismário
65123, com toda a força e raça de um voto revolucionário.
Respeitem
a minha posição como eu respeito a de vocês. Quem quiser pegar qualquer artigo
meu para um estudo histórico, sociológico, antropológico, até mesmo para um
levantamento reflexivo e crítico, até para contrariar o que está colocado,
poderá fazê-lo com toda a liberdade e direito concedido pelo autor.
Agora,
pegar um artigo meu, para tentar enganar as pessoas tem o meu repúdio. Peço-lhe
que não faça isso, até mesmo, porque o candidato, ou grupo ou pessoas que
burlam para ludibriar as pessoas não merecem administrar um município
complicado e cheio de problema como Ipirá. Espero ser compreendido.
A segunda
coisa que falta para os candidatos finalizarem a campanha é a tal da boca de
urna, ou seja, a compra de votos ou títulos para o eleitor não comparecer (essa
é a boca de urna de Ipirá). Chegou a hora da onça beber água. É o último suspiro.
Quem ta no fogo é para se queimar. É calça de veludo ou bunda de fora. É agora
ou nunca! É tudo ou nada!
Tudo isso
é crime eleitoral, mas eles são viciados e precisam de votos, ficam dopados e
vão fazê-lo. A decisão pode estar na boca de urna, estilo Ipirá, quem dormir no
ponto sobrará, pensam eles. Quem tiver a unha maior subirá na parede.
Em Ipirá,
tem eleitor que não é apaixonado nem por macaco, nem por jacu, gosta é da onça,
gosta mesmo é de dá uma futucada na onça que o candidato carrega no bolso. Não
me pergunte quantos são; só sei que não são insignificantes, tanto que, são
vistos, alimentados e reproduzidos pelos candidatos.
Nestes
seis dias fatais, cada candidato terá que ter disponível um milhão de reais,
para ser dividido e entregue a todo tipo de gente; gente boa, vagabundo, cafajeste,
bandido, assaltante, que vão sair por aí para comprar votos, na véspera da
eleição. Tem candidato que acha que é isto que resolve o pleito eleitoral. Morre
acreditando, para não enxergar a verdade, que o delinqüente que receber o seu
dinheiro vai embolsar 80% e 20% ele vai distribuir para alguns, que servirão
como prova da distribuição.
Se a
justiça confiscar o Droner que filmou as duas cobras de aço, não ficará um
candidato vivo. Crime eleitoral pode ser denunciado até por maxfone.