segunda-feira, 26 de setembro de 2016

FUTUCANDO A ONÇA

As duas Cobras de Aço apresentaram-se. Fiz o poema “A Cobra de Aço” em 2004 e ele continua novinho em folha, vivo, gordo e vigoroso até os dias atuais. A Cobra de Aço adentrou pelas ruas vestindo camisa apertada 25 e camisa folgada 44, soltando pipoco e fumaça pelas ventas.

Dessa vez, elas trouxeram novidades; não vieram compactas como das outras vezes; não se apresentaram por inteiro, mas em pedaços, vieram fragmentadas. Com espinhaço quebrado, partido, apartado.

Vinham 30 carros, espaço livre. - Oh! Acabou? – Não. Mais 30 carros, espaço livre.- Oh! Acabou? – Não. Tome-lhe mais 30 carros, mais espaço livre... Tudo isso, para não deixar nenhuma idéia do tamanho da despesa, despistar e enganar a Justiça Eleitoral que não perceberia o rastro do crime eleitoral.

Num leilão, cada cobra, 44 ou 25, não fica por menos de 300 mil reais; a gasolina faz a Cobra de Aço andar, o foguete faz a Cobra de Aço bufá. É despesa para deixar candidato torto e com nariz de elefante. Mentiroso! No dizer do dono, o custo foi somente R$ 20 mil, para enquadrá-lo na prestação de conta da campanha perante a justiça, pela lei, eles só podem gastar R$ 143 mil reais em toda campanha. Diante dos fatos, os candidatos vão ter que apresentar  falcatrua na prestação de contas.

Não teve carreta e caminhão com carrocerias lotadas de crianças pobres em situação vulnerável, num processo de reprodução de filhotes da cobra 44 ou 25, quando gente vira frangote de jacu e sagüins, que ficarão ferrados, estropiados, apilados para o resto da vida.

Desta vez, não teve pau-de-arara, nem carro para transportar gado bovino lotado de gado humano apilado, xopado e humilhado por todo o tempo de existência. Foi carro pequeno e ônibus, em torno de 2.200 veículos para uma e 2.300 veículos para a outra. Contados por Ranulfo, que não perdia a contagem: “Aquele não conta, é a décima vez que ele passa”, “Como você sabe?” indaguei. “Pela placa, PQO 2781” respondeu.

É a jacuzada e a macacada adaptando-se aos novos tempos, com estratégias para dominar o povo no laço e pelo cabresto, nem que para isso, tenham que burlar a lei, mas o risco que corre o pau, corre o machado e estamos entrando na reta final, faltam seis dias para ver quem tem farinha no saco, mas serão seis dias tenebrosos. Tudo pode acontecer, até mesmo, o que está na frente entregar a rapadura ao que está perdido e ir comer na frigideira com azeite fervendo para esfolar a língua.

Pouco resta a fazer, só duas coisas: cada qual vai lançar a sua pesquisa, uma dizendo que ganhará com 3% e a outra afirmando que levará com 9%. Durma com um barulho desse!

Eu não sei como é que a Justiça Eleitoral pode deixa acontecer a divulgação de duas peças de campanha fraudulentas, manipuladas e inescrupulosas para enganar os eleitores, só porque são registradas.

Pesquisa feita por grupo político não tem viés de seriedade, de ética e transparência; são números manipulados e alterados de forma desavergonhada em benefício próprio, para iludir o eleitor e macular o processo democrático. Jacu e macaco utilizaram-se desse meio no último pleito municipal.

Nesta questão municipal, os grupos políticos não possuem nenhuma credibilidade para soltar resultado de pesquisa eleitoral. A única instituição idônea, isenta e com moral para contratar, fazer e divulgar os números de uma pesquisa verdadeira seria a Justiça Eleitoral, mas essa não é sua atribuição e não tem cabimento, pois a Justiça preocupa-se é com o resultado verdadeiro, idôneo e fiel com a vontade democrática do eleitor, no domingo, após a votação. Pesquisa de 44 ou 25 é porcaria, cocô da cobra, que fede até umas horas.

Por falar em coisa desonesta e falta de ética, quero solicitar às pessoas que não peguem meus artigos para divulgação na rede social, na tentativa de enganar as pessoas e beneficiar um ou outro candidato das oligarquias. Já expressei que meu voto para prefeito de Ipirá em 2016 será NULO, não acredito em projeto de oligarquia para a emancipação popular. Meu voto para vereador será do camarada Arismário 65123, com toda a força e raça de um voto revolucionário.

Respeitem a minha posição como eu respeito a de vocês. Quem quiser pegar qualquer artigo meu para um estudo histórico, sociológico, antropológico, até mesmo para um levantamento reflexivo e crítico, até para contrariar o que está colocado, poderá fazê-lo com toda a liberdade e direito concedido pelo autor.

Agora, pegar um artigo meu, para tentar enganar as pessoas tem o meu repúdio. Peço-lhe que não faça isso, até mesmo, porque o candidato, ou grupo ou pessoas que burlam para ludibriar as pessoas não merecem administrar um município complicado e cheio de problema como Ipirá. Espero ser compreendido.

A segunda coisa que falta para os candidatos finalizarem a campanha é a tal da boca de urna, ou seja, a compra de votos ou títulos para o eleitor não comparecer (essa é a boca de urna de Ipirá). Chegou a hora da onça beber água. É o último suspiro. Quem ta no fogo é para se queimar. É calça de veludo ou bunda de fora. É agora ou nunca! É tudo ou nada!

Tudo isso é crime eleitoral, mas eles são viciados e precisam de votos, ficam dopados e vão fazê-lo. A decisão pode estar na boca de urna, estilo Ipirá, quem dormir no ponto sobrará, pensam eles. Quem tiver a unha maior subirá na parede.

Em Ipirá, tem eleitor que não é apaixonado nem por macaco, nem por jacu, gosta é da onça, gosta mesmo é de dá uma futucada na onça que o candidato carrega no bolso. Não me pergunte quantos são; só sei que não são insignificantes, tanto que, são vistos, alimentados e reproduzidos pelos candidatos.

Nestes seis dias fatais, cada candidato terá que ter disponível um milhão de reais, para ser dividido e entregue a todo tipo de gente; gente boa, vagabundo, cafajeste, bandido, assaltante, que vão sair por aí para comprar votos, na véspera da eleição. Tem candidato que acha que é isto que resolve o pleito eleitoral. Morre acreditando, para não enxergar a verdade, que o delinqüente que receber o seu dinheiro vai embolsar 80% e 20% ele vai distribuir para alguns, que servirão como prova da distribuição.


Se a justiça confiscar o Droner que filmou as duas cobras de aço, não ficará um candidato vivo. Crime eleitoral pode ser denunciado até por maxfone.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

NAS MÃOS DE DEUS.

O BOING-777 estava lotado, quase sessenta e dois mil habitantes. Os dois pilotos entraram na cabine e trancaram a porta:
- É só nós dois na área, piloto 25, vamos que vamos.

- Deixa comigo piloto 44 e vamos nessa.

No compartimento, onde estavam os dois pilotos, constavam todos os instrumentos de controle e de navegação aérea. O piloto 25 falou:
- Piloto 44 pegue o seu projeto de governo, ou errei, peço perdão, o plano de viagem e vamos lá.

- Piloto 25! Eu esqueci de trazer o meu plano, mas vamos usar aquele plano de viagem que você fez nas coxas e vamos tocar o barco.

- Só tem nós dois mesmo, vamos lá. Ô piloto 44! O comando é nosso,  suspenda essa alavanca aí, que eu suspendo a de cá e a gente vai ver o que acontece.

- Ô, seu 25! E o povo que a gente ta carregando, não vai ser avisado não?

- Lá em cima a gente dá um freio de arrumação e fica tudo no lugar certo. Ta entendendo 44?

- E esse trem aqui tem freio, seu 25?

- Olha seu 44, eu nem sei se tem, mas faz de conta que tu é vaqueiro e mete a espora que o bicho empaca.

O avião subiu de bico, em perpendicular e entrou na área de Educação. Passou retado por Quixabeira, Pintadas, Pé de Serra, Baixa Grande, Capela:
- Tô botando prá lá 44, ta tudo ficando prá trás, lá se vai Mairi, lá se foi Varzea da Roça, to apilando tudo 44.

- Ô 25! Botá prá lá e do lado cá eu vou apilando também, lá se foi São José, Varzea do Poço, Nova Fátima. Tamo brocando tudo. Qual é a nossa posição agora?

- Nesse momento nós somos o 5.329 no Brasil e o 348 no Estado. Vixe 44! O bom é ta em cima ou em baixo?

- Agora você me pegou 25, parece que a gente ta lascado e é culpa de seu tio.

- Alto lá 44, meu tio não! Ele pode ser tio dessa desgraceira toda, mas meu não, agora, aqui prá nós dois, não comente com ninguém, Ipirá ta lascado; agora, eu vou salvar Ipirá, vamos intensificar a construção de colégios de grande porte; vou fazer a Central de Merenda Escolar; Escola Agropecuária; uma Escola Parque.

- Pense num sujeito esperto? É você 25! Tu não ta vendo que as crianças vão ficar com as tripas roendo por dentro. A merenda não vai chegar no horário ou vai chegar fria. Onde é que tu vais fazer Escola Parque? Onde é que tu vais fazer Escola de Agropecuária se Ipirá não consegue nada que preste do governo estadual? Nisso aí, tu ta voando, agora, você foi muito esperto na questão da Universidade Pública, porque você disse que não serão medidos esforços no sentido de viabilizar a instalação de um núcleo; aí o 25 vai ficar numa canseira daquelas de tanto esforço.

O avião fez uma curva e entrou em outra nuvem de área especial, a Saúde, evidentemente, que na curva a população que vinha dentro se desmantelou. “Uiuiuiuiuiui!” Foi o grito que se ouviu na cabine.
- E agora 25? Será que tem gente necessitando de atendimento de saúde nessa cidade? Vamos fazer a fila.

- Qolé negócio de fila 44! Vamo trazer as duas ambulâncias SAMU do 44 que o atendimento é imediato.

- Esqueça isso 25! Essas ambulâncias não saem da garagem, um ponto é pacífico, sem mais discussão, a aquisição de uma UTI móvel 25, no seu dizer. Tem duas 44 e você quer uma 25, só serve uma 25. Duas na mão e uma voando, imagina um treco desse? Aqui, prá gente 25, esse Ipirá não vai não!

- Ô 44, fica na tua! Veja quem foi que a gente apilou e botou pra comer poeira na saúde?

- Ô 25! Na saúde, estamos em 5.374 no Brasil e 331 no Estado. Nós levamos foi taca, taca, quem botou brocando na gente foi Nova Fátima, Varzea do Poço, Quixabeira, São José, Varzea da Roça, Mairi, Pé de Serra, Pintadas, Serra Preta, Capela, Baixa Grande e por culpa do teu tio que municipalizou o hospital.

- Ôpa! Alto lá 44, meu tio não, tio de vocês lá! Isso aconteceu porque vocês do 44 centralizaram a saúde. Eu vou fazer a saúde de Ipirá, vou fazer o Centro Médico Pediátrico, um Centro de Diagnóstico, unidades móveis de saúde. Eu sou o bom, viu seu 44.

- Ora, seu 25! Essas unidades móveis de saúde nós já temos e prestamos um bom serviço, todo dia é um vai e vem, Ipirá para Feira, se não tiver jeito para Salvador; agora nós fizemos UPAS, PSF e você seu 25 só vai fazer é a clínica do seu tio.

- Do meu tio, não! Fale a verdade seu 44! Eu to preocupado é com a Praça da Bandeira, vou deixar um brinco, vou pintar o meio-fio de branco, comigo é paz e água fresca; o cagadouro de Dió, eu vou deixar lá para a podridão de vocês; vou fazer uma Concha Acústica no lugar da escolinha e vai ser um dia festa e no outro também. Vai dá tudo certo, que até médico e advogado vão deixar a profissão para vender latinha de cerveja nas nossas grandes festas. Vai ficar tudo rico, não é verdade doutores advogados Zé Carlos e Murilo?

- Eu também estou preocupado com a Praça da Bandeira, viu seu 25! Meio-fio eu vou pintar de verde. Nessa Concha Acústica sua eu vou botar é um Paredão prá tocar de manhã, à tarde, à noite e de madrugada. Você não vai perguntar aos moradores da Praça da Bandeira e ao povo da Igreja se eles vão aceitar essa Concha no lugar da escolinha, não? Pois é! Você chama os cagadores de cá de podridão e eu vou deixar o cagador de Dió prá vocês cagarem e mijarem nas festas. E por falar em festa, eu quero ver se eu faço uma pista de vaquejada nesta praça, para o dia 7 de Setembro. É um dia só, eu acho que os moradores vão aceitar. Agora, o teu tio...

- Opa, opa 44! Acabou seu tempo, é nóis na parada! Você vai arrochar o povo do lado de lá e eu vou apilar do lado de cá, ninguém vai dá vez prá perguntar nada prá povo da praça. Fica na tua, 44! E você já viu povo arrochado e apilado perguntar coisa nenhuma? Fica na tua 44! Agora, você não venha prá cá falar de meu tio não, porque isso não ta certo, viu seu 44! E você vai ver é agora, seu...

Na cabine, trançaram-se os pilotos 25 e 44. O avião está em grande altura, alta velocidade e sem os pilotos. A nossa posição não é nada confortável, nossa nota é 0,5140, somos o 4.819 município do Brasil, entre 5.508 municípios. No que se refere ao Estado da Bahia, somos o 191 entre 415 municípios. Foi assim que deixaram Ipirá.


Nosso desenvolvimento é considerado baixo na saúde; regular na educação e moderado em emprego e renda. Nossa população está sendo apilada e levando taca, muita taca.

domingo, 18 de setembro de 2016

FURANDO OS OLHOS

O debate entre os dois candidatos terminou às 19 h desta sexta-feira. Na praça, encontrei uma pessoa que me disse: “o advogado montou no cangote do vaqueiro!”; na avenida, outra pessoa argumentou: “o vaqueiro meteu o ferrão no advogado!” Saindo da avenida, apareceu uma pessoa que me perguntou: “Quem ganhou o debate?” Respondí: “Sei lá! Sou eu quem vou saber?” Cada qual só vê o que interessa enxergar. A viseira fica bem apertada pelo tamanho do olhar. As visões encaixam-se perfeitamente no objetivo das candidaturas: ocupar a cadeira.

Parecia uma disputa de esgrima. Um querendo furar os olhos do outro e vice versa, nem que para isso, fossem obrigados a charfundarem-se na lama. Não sei se você concorda comigo, mas eu acho que alcançaram seus objetivos, óbvio que não perderam os olhos, ninguém é menino, mas que botaram Ipirá na pirambeira para um futuro perdido, lá isso colocaram.

Não foi um duelo de titãs, mas um bate-boca entre jacu e macaco. Engraçado, quando eles falam de Ipirá parece que estão falando do céu e de um povo que mora no paraíso, sendo que, o seu grupo foi o salvador da pátria, o benfeitor dessa gente, o benemérito dessa perfeição. Cada um querendo ser melhor do que o outro, glorificando e endeusando o seu grupo e jogando a culpa da desgraceira no outro.

Quando eles falam um do outro, terminam falando de um mar de lama com muita podridão, que mostra que Ipirá está atolada até o nariz nesta situação. Quando eles começam a falar dos podres de um e do outro, a coisa fede, porque todos dois grupos carregam um rosário de sujeira sem tamanho, que encobre erros, equívocos e lambanças administrativas, não esquecendo as falcatruas inerentes ao sistema.

Pareceu-me, muito mais, dois aventureiros navegando em oceano desconhecido, revolto, caudaloso e que não conseguem sair de um mar de podridão. Pareceu-me, bem mais, dois aventureiros audaciosos das oligarquias disputando uma cadeira e um cofre e, para tal, não se incomodam de participar de uma farsa que terá como resultante final, dentro de um processo, o domínio e a opressão do povo de Ipirá. Penso eu, que Ipirá não merecia isso, merece, no mínimo, respeito.

Eu quero saber qual foi o Capeta que deixou Ipirá nestas condições: Ranking de Eficiência dos Municípios, analisado pela Folha REM-F, especialistas em gestão pública, avaliaram a eficiência nas áreas de Educação, Saúde, Saneamento e Receita.

No Brasil, Ipirá nota 0,333 colocação 4802º de eficiência municipal. No território de Identidade Bacia do Jacuípe, em EDUCAÇÃO, Ipirá ficou com 0,334 tomou pau de Baixa Grande 0,422 / Capela 0,422 / Serra Preta 0,548 / Pintadas 0,539 / Pé de Serra 0,608 / Mairi 0,519 / Varzea da Roça 0,592 / São José 0,645 / Quixabeira 0,708 / Varzea do Poço 0,710 / Nova Fátima 0,668. Simplesmente, Ipirá foi a lanterna nessa área.

No aspecto de Saúde, Ipirá tirou 0,277 e perdeu para Nova Fátima 0,586 / 
Varzea do Poço 0,530 / Quixabeira 0,521 / São José 0,493 / Varzea da Roça 0,562 / Mairi 0,545 / Pé de Serra 0,548 / Pintadas 0,526 / Serra Preta 0,500 / Capela 0,500 / Baixa Grande 0,503. Novamente lanterna.

Pior nota nas áreas de Educação, Saúde e Receita, na área de Saneamento ficou na penúltima opção, perdendo para Serra Preta. Esta é a situação da administração pública em Ipirá, quem faz a diferença em Ipirá é a iniciativa privada. A coisa publica é emperrada e atrofiada pela politicagem do jacu e macaco.


Vamos para o IFDM – Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal – A nota de Ipirá foi 0,5140. Ficou em 4.819º. (entre 5.508 municípios no Brasil) ficou em 191º. (entre 415 municípios na Bahia). Quem colocou Ipirá neste patamar?

Vamos por área: Educação 5.329º. (nacional) 348º. (estado) / Saúde 5.374º. (nacional) 331º. (estadual) / Emprego e Renda 1018º.(nacional) 27º. (estado). É um desenvolvimento considerado regular na educação; baixo na saúde e moderado em emprego e renda.

Eu tenho uma relação de 50 obras superfaturadas, inacabadas e sem nenhuma utilidade em Ipirá, dinheiro jogado fora e nos bolsos dos amigos, o que demonstra a rapinagem e o descaso com o dinheiro público, também, a ineficiência e a incompetência das administrações dos jacus e macacos no município de Ipirá. A mais conhecida, inclusive virou novela, o Matadouro; mais recentes, as ambulâncias da SAMU.

Pela boca de um candidato, o jacu fez de Ipirá um paraíso e, pela boca do outro, o macaco fez de Ipirá uma maravilha. A administração do jacu é esculhambada pelo macaco e a administração do macaco é esculhambada pelo jacu. Pelas avaliações da Folha REM-F e da FIRJAN Ipirá está no rabo da cobra.

Observe que nenhuma das duas (Folha e Firjan) conhecem os dois  candidatos e, neste sentido, eu vou apresentá-los. Todos dois, o do jacu e do macaco, já torraram uma grana roliça nesta campanha/2016; o total de despesas deverá ficar em mais de um milhão de reais e, os dois,  vão apresentar contas de campanha no valor de R$143.908, mil Reais, obedecendo à Lei Eleitoral. Os dois pautam suas ações pela ética, mesmo dentro de um sistema de politicagem viciado, degradado e degenerado. É ai que está o gargalo de Ipirá.
   


terça-feira, 13 de setembro de 2016

PREGO BATIDO, PONTA VIRADA.

Já está decidido, pode comprar o paletó e se espreguiçar na cadeira. O vencedor das eleições em Ipirá já está praticamente definido, mesmo faltando quinze dias para o pleito. É a intenção de voto que estabelece quem carrega o andor e que a Inês está morta. O fato está consumado. As eleições do próximo mês servirão, apenas, para selar a legitimação e a confirmação do que já foi estabelecido com antecedência. Só um milagre dará um revertério nessa situação. O carimbo está batido. Já foi.

Eu sei que você está preocupado, querendo saber em que mãos vai ficar essa Ipirá; eu nem tanto, porque já sei em que mãos ficará e te digo uma coisa, nas mãos de Deus é que não é. E acredite nisso e em mais uma coisinha, o teu candidato já viajou, lá isso é verdade, e não fique com raiva de mim não, porque eu não tenho nada com isso.

Não fique triste e não se zangue com o que eu vou lhe falar, você pode esperar para daqui a quatro anos, infelizmente para este ano não dá mais, já foi e foi mesmo, até mesmo antes do dia dois de outubro e quem afirma isso é a determinação do eleitor. Mas, também, a esperança é a última que morre, serve de alento, pois já foi. Dia dois de outubro é para cumprir tabela.

Não, não faça isso! Não tome chumbinho que isso não vai resolver o seu problema. Nesta altura do campeonato, o seu candidato já tomou um sapeca ioiô daqueles no cangote, fato que se concretizará no dia dois. O que acontece? Se você tomar chumbinho agora, você não vai ver a derrota daqui a quinze dias, então, fica na tua, guarde o chumbinho, vá digerindo, naturalmente, esta derrota e lá pelo dia dois de outubro, você empurra o chumbinho no rabo do Cão e deixa o bicho se estrupizinar no inferno; aí, você fica por aqui, vivinho da silva para sofrer a dor da perda, uma perda imperdoável. Isso dói, dói demais! E haja arrocha.

Não chore mais! Pode ser o que você está pensando, ou mesmo, o que você nem imagina, nem pensou em imaginar. Aí, você sente uma tristeza misturada com raiva e vem aquele pensamento que tira o sono: “essas desgraças no poder!” Aí, eu não sei como te consolar, mas eu digo assim: “fica triste não! É Fufu e Fubá, é Lé e Cré, tanto faz como fez”, mas você continua inconsolável. Não carregues esse trauma o resto da vida, mas que o teu candidato já se lascou, isso aí é a mais pura verdade.

Tu não dormes porque estás preocupado com o destino de Ipirá. É mesmo? Me engana que eu gosto! Ipirá puxa, estica, encolhe e não sai do lugar com o bicho de pena e o bicho de pêlo.  O teu candidato bateu as botas, no bom sentido, antes mesmo do voto entrar na urna. Aí eu fico com pena de tu, porque pensas tanto em Ipirá e depois desse sarrafo, você só vai pensar novamente em Ipirá em 2020 e, justamente, para ir à forra. Vocês brocam Ipirá.

Tu acabastes o mundo tocando foguete e, agora, eu tenho uma péssima notícia para te: tu podes tocar toda a produção de dez anos da fábrica Caramuru que não levantarás o teu candidato. O bicho já bateu a caçuleta, tá mortinho, mortinho! Nadou, nadou e morreu na barragem do Trapiá.

Não te enforques em corda curta, nem engula óleo queimado pensando que é garapa. Isso não vai dá certo. Tu dizias que estava tão bom; tu estavas tão confiante, de repente, uma bomba: o teu candidato está derrotado.  Só pensastes na corda e no óleo. Que é isso gente fina! Diga que já sabia, mas não queria entregar os pontos. É o que todos irão dizer. É tudo gente porreta.

A notícia da derrota do teu candidato é dura e penetrante, vai no fundo da tua alma, mas vou te dá um conselho: não lastime, não xingue, não blasfeme e nem pragueje, senão sua vida poderá ficar tão torta como a do teu candidato. Pensa que desgraceira do Capeta você vai ter pela frente. Xô! Chega prá lá, Capeta do Cão!

Tu estás agoniado para saber quem é o perdedor, isso é simples, jogue o número do teu candidato, 25 ou 44, no jogo do bicho, se não pintar na cabeça da pule, ele é o bicho; depois você joga no lixo, para reciclar; depois, jogue naquele lugar e dê descarga para vê se ele foi para o esgoto. Se ele não ficar boiando naquela merda, você pode arrumar tua mala e ir embora de Ipirá.

Você está ansioso para saber quem vai vencer, nem dorme mais, fica todo avexado; eu nem tanto, já sei quem ganha e quem perde, faça como eu fiz, contratei o IBOPE e obtive o resultado. Não vou divulgá-lo porque ninguém me ajudou a pagar os custos, aí eu seria um besta se o fizesse e, também, não posso divulgá-lo porque não registrei, mas o IBOPE foi bem claro, preciso e transparente ao detectar que: “Esse município de Ipirá está lascado.”


Eu sei que tu estás cheio de ilusão, tua paixão é tão esfuziante que não te deixas vê que o teu candidato já era e, ta rebocado piripicado que eu não estou inventando nada, mas não jogue a toalha, não há motivo, porque ainda existe uma saída: dizem, em Ipirá, que eleição se ganha na véspera e inventaram a coisa mais imbecil que se pode ter notícia, a tal da boca de urna para comprar voto e tomar títulos dos eleitores e ganhar as eleições; assim sendo, o IBOPE deixou bem claro: “Quem gastar três milhões na boca de urna ganhará as eleições de Ipirá.” Pronto, é isso aí, como os dois grupos são ricos e poderosos a coisa vai pegar, porque se deixar por conta dos dois candidatos lisos vai dá chabu. Êta, que Ipirá ta lascada!

domingo, 11 de setembro de 2016

É DE ROSCA (20)

Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Não sei se vale a pena ver de novo
Capítulo: 20 (mês de janeiro 2016)(atraso de 8 meses) (um por mês)

Uma metade está doida para entrar; a outra metade está doida para não sair, aí não dá outra, fica tudo alucinado e haja miolo mole para muita conversa sem jeito. Assim a frigideira fica fervendo e vamos que vamos.

Não é fácil escrever novelinha nestas circunstâncias. É artista em demasia e muita perturbação para azucrinar a minha escrita. Mas, é certo que a notícia chegou com jeito de recado: “Tem um doido no matadouro e já disse que só sai de lá quando o prefeito por lá aparecer.”

O prefeito que não brinca em serviço, deu um pinote, pegou o capacete e falou para todos ouvirem: “Vou lá agora!”.

O prefeito escarfunchou o matadouro e nada de doido: “Isso só pode ser conversa para boicotar minha administração, aqui não tem nenhum doido e eu vou embora”. Mal terminou o pensamento, o prefeito sentiu um golpe por trás, quase caiu, esbarrou no portão do matadouro, agüentou firme, ao tempo que ouvia uma voz: “Não vai não! V. Exa. vai é conversar comigo, prá gente tirar uns conformes”.

O prefeito ficou assustado com aquele vozeirão, ao tempo que um calafrio percorria-lhe o corpo de baixo para cima, mas ainda deu tempo para perguntar:
- Você é o doido?

- Eu sou o Matadouro de Ipirá! Eu não sou doido, eu estou doido; vocês deixam qualquer um doido e eu não estou entendendo mais nada. Você é o prefeito que número em um mandato? Eu tenho que contar de dedo: ex-prefeita Ana, ex-prefeito Déo, ex-prefeito Bal, agora, prefeito J (prefeito Jotinha) com uma letra só, daqui a pouco entra o prefeito Beto, que seria um sinal de que estaríamos progredindo, pulando de três para quatro letras. Não se incomode comigo não, deixa eu fazer uma pergunta: como foi que V. Exa. prefeito J sentou nessa cadeira de prefeito?

- Eu cheguei chegando e sentei sentando. Eu sou o prefeito J da cidade de Ipirá e o que é que o senhor está querendo, seu Doido?

- Veja lá como é que V. Exa. fala comigo! Eu estou meio atravessado com V. Exa. prefeito J, é pru mode de v. Exa. dizê em seus discursos que vai botá prá fora quem não trabalha.

- Lá isso é verdade, seu Matadouro! Vou demitir todo mundo que não trabalha – disse o prefeito Jotinha.

- Aí é que eu quero ver! Tenho 23 anos que não sirvo para nada; nem um bengo, nem mesmo, uma preá é abatida aqui, quem dera um boi ou um carneiro. Cuma é que V. Exa. vai mim botá prá fora? – indagou o Matadouro cheio de razão.

- Não trabalhou eu boto prá fora, comigo não tem tempo ruim – disse o prefeito Jotinha.

- Qolé, prefeito J! Eu não trabalhei com prefeito de três letras, Cuma é que eu vou trabalha pra um prefeito de uma letra só?

- Comigo não tem conversa pelo avesso, ou trabalha ou vai embora.

- Intonce, V. Exa. prefeito J ta querendo que eu mate boi aqui? Logo não ta vendo que isso não ta certo, isso é uma falta do que fazer de sua parte, mim deixa em Feira de Santana que eu faço o abate para Ipirá, aqui eu só vou ficar abanando o fêofo.

- O quê? Comigo ou você trabalha ou você vai para Pintadas.

- Comigo é diferente, prefeito J! Eu tenho é 23 anos nesse município e nunca dei um prego numa barra de sabão; 23 anos sem servir para nada; 23 anos sem servir nem para ser inaugurado e não é um prefeito com uma letra só que vai fazê eu trabalhar – disse aborrecido o Matadouro de Ipirá.

- Escute aqui, seu Matadouro! Você só serve para atrapalha Ipirá, bota uma banca danada e não mata um carneiro, vá embora daqui e procure uma trouxa de roupa para lavar em outras bandas, aqui no meu terreiro não tem vez para quem não trabalha.

- Não é de hoje nem de ontem que eu não faço nada nesta terra, não é agora que eu vou fazer coisa alguma e vocês deixam qualquer um doido, comigo é diferente, vocês vão ter que pagar o meu tempo de serviço, porque eu não sou trouxa de ter ficado aqui esse tempo todo, perdendo o meu tempo e depois ser despedido desse jeito, sem levar nem o abano do meu fêofo. Eu quero meu tempo de serviço, viu seu prefeito J!

“Agora é que é problema!” pensou o prefeito Jotinha, o mais novo artista dessa novelinha, que tem pouco tempo pela frente, mas usa capacete de prefeito e não dorme no ponto.
  
Suspense: e agora, o bicho pega? esse matadouro vai ou não vai? Êta novelinha complicada e chata. Tem gente que já cansou dessa novelinha. Eu não agüento mais escrever esse troço. Será que o prefeito Jotinha vai inaugurar esse matadouro? De onde menos se espera é que sai o pulo do gato.

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente.


Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O SORRISO DA HIENA



Foram 54.501.118 votos de brasileiros para o projeto de governo defendido por Dilma. O meu voto está nesse bolo. Sentaram a pua e jogaram esses votos na lata de lixo, além de botarem a presidenta no meio da rua. Por que? Por quem?

“Eu peço desculpas porque eu sei que, muito embora esse não fosse o meu objetivo, eu lhe causei sofrimento. E eu peço que ela um dia entenda que eu fiz isso pensando também nos netos dela.” Janaína, mordendo e assoprando! E o riso? Choro e riso! Botou pocando na avó para o bem dos seus netinhos e a ingrata da avó nem percebe isso; não é capaz de entender e agradecer pela boa bondade de Janá. O ‘bom coração’ broca o ‘coração valente’ para que seus netos fiquem numa boa. Janaína se acha a tal; se acha a salvadora do Brasil; botou o Brasil no colo de Temer para o bem dos brasileiros. Deixou escapar o sorriso complacente da hiena.

O homem não é pouca coisa não! É o presidente do Senado. Como todo ser humano errante, está sujeito ao ódio mais primitivo. Em frente ao presidente do STF e à disposição de todo o Brasil soltou a língua de fogo: “que interveio perante o Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar um processo contra a senadora petista Gleisi Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo.” A hiena sorria pelo canto da boca.

Vixe, Nossa Senhora, o homem é doidão! Renan desesperou-se, soltou mais do que devia, soltou a língua de alcagüete, deu os burros n’água e contribuiu para que todo o Brasil soubesse das tripizumas e safadezas da casa dos representantes dos votos da cidadania. Um segredo secreto do poder, mas uma língua suja lambuza a outra. Se o lamaceiro romper a barragem, o estrago será maior do que o lameiro de Mariana. A hiena sorria com os dentes travados.

O Congresso Nacional não é um mosteiro. 60% dos congressistas federais do Brasil já são objeto de acusações graves, como suborno e fraude eleitoral. Só na Câmara, dos 513 membros, 53 são réus na Suprema Corte, outros 148 parlamentares respondem a crimes em diversas instâncias. Um Congresso com uma capivara desse tamanho não tem moral para tomar determinadas decisões, toma-as, tão naturalmente, por falta de moral.

Mas o Renan é gente boa: “além da queda não precisa dar o coice” Isso é de quem tem um coração bom. Já derrubou não precisa matar. A turma do Aécio virou o capeta contra o Renan. Queria que brocasse com o coice. A falta do coice é a prova de que Dilma é honesta, digna e nunca roubou o dinheiro público. Teve um golpe, uma queda sem o coice. O sorriso da hiena tem um determinado enigma.

Pagou pelo conjunto da obra. Pelo conjunto da obra não fica ninguém em pé, até presidente que já virou defunto tem culpa no cartório. Se Dilma cometeu crime de responsabilidade, também o fizeram e deveriam perder o cargo 16 dos 27 atuais governadores, que usaram as pedaladas para fechar as contas dos seus estados. A maioria parlamentar queria mesmo era tirar Dilma de lá. Qualquer pretexto, seria um pretexto, até o sorriso com gosto de fel do Cunha, porque o real motivo é tirar de pauta um projeto político com a marca popular. Vale até golpe.

Pelo conjunto da obra, no Parlamentarismo, não haveria choro nem vela. No Presidencialismo o golpe foi baixo. Os movimentos de massa que foram às ruas, manifestaram-se pelo ‘Fora Dilma’ e ‘Fora PT’ ninguém, ninguém mesmo, foi pelo ‘Fica Temer’. Esse Temer, pelo voto popular, não seria eleito nem mordomo do Alvorada, hoje é presidente, via golpe.


A situação é complicadíssima, não se sabe o que teremos pela frente, porque esse é um governo ameaçado. Por ser golpista e pela operação Lava Jato, que eles vão tentar encerrar de qualquer jeito. Quando os executivos da Odebrecht e OAS soltarem as línguas desatará um terremoto em Brasília. Esse governo golpista não aguentará. As acusações atingem um conjunto de partidos e políticos que não se sabe quem sobreviverá. As ruas não deixarão de ser uma opção. Contra o golpe, diretas já. A hiena escondeu os dentes.