É DE ROSCA. (21)
Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Não sei se vale a pena ver de novo
Capítulo: 21 (mês de fevereiro 2016)(atraso
de 9 meses) (um por mês)
O prefeito J Jotinha acordou
esperto e ligeiro. Pensou: “Vou logo para a prefeitura ocupar a minha cadeira,
porque a concorrência com o prefeito Marcelão que vai tomar conta em janeiro 17
está grande.”
6 h da manhã, o prefeito J Jotinha
chegou à prefeitura e percebeu que algo não estava nos conformes, pois a porta
do seu gabinete estava aberta, pensou: “pode ser a faxineira que está fazendo a
limpeza!” Não era. A sua cadeira estava ocupada por uma pessoa, alegre,
sorridente e bonachão, era o prefeito Marcelão Janeiro 17 que lá se
espreguiçava, muito satisfeito com a vida.
O prefeito J Jotinha pensou: “Esse
sujeito não perde tempo, vá gosta de uma prefeitura assim, lá na casa do
chapéu!” O prefeito J Jotinha percebeu que o capacete do
prefeito-operário, ainda, estava em cima da escrivaninha, foi aproximando-se,
sorrateiramente, e zap, colocou-o na cabeça e foi dizendo:
- Prefeito, Marcelão Janeiro 17! Pode ficar
sentado aí na cadeira, não precisa levantar agora não! Porque eu estava
deitado, não estou cansado ainda e estou querendo esticar as pernas.
Era o que o prefeito Marcelão Janeiro 17
queria ouvir, porque não tinha passado pela sua cabeça a menor ideia, não fez
nenhuma menção e não tinha a menor intenção de levantar, vivia uma lua-de-mel
especial e queria usufruir ao máximo possível aquela situação de felicidade.
Foi dizendo:
- Prefeito J Jotinha! Quando eu
penso que não sentei nessa cadeira há quatro anos atrás, por causa de 49 votos,
chega mim dá uma dor no coração, por isso eu quero tomar conta dessa cadeira
logo e não tem prá ninguém.
O prefeito J Jotinha foi logo
pensando: “Êta! Que agora esse sujeito vai esquentar essa cadeira, que não tem
vivente que vá agüentar essa quentura. O que é que eu faço para que essa alma
levante daí?” De repente veio uma ideia, como se fosse um raio e ele soltou:
- Prefeito, Marcelão Janeiro 17! Eu já botei
o meu capacete de prefeito-operário, vamos aproveitar o sol nascente e vamos
visitar umas obras do meu governo.
- Cadê o meu capacete de prefeito? –
perguntou o prefeito Marcelão Janeiro 17.
- Aqui só tem um capacete, uma cadeira de
prefeito, um carro, um motorista, um mandato; vá logo se acostumando que é para
não tomar susto – disse sorrindo o prefeito J Jotinha.
Entraram no carro e o carro já sabia para
onde ir, não deu outra, foi parar no Matadouro de Ipirá, que ficou observando
aquelas duas figuras que saltavam do carro. O Matadouro de Ipirá foi logo
pensando: “o de capacete só pede ser o prefeito, aquele outro, todo almofadinha
e lustroso, pela pinta, deve ser um playboy, um bon-vivant, desses que sabe
curtir a vida, mas vamos observar o que é que eles querem.”
- Taí, prefeito J Jotinha! Pense
num lugar bom e ideal para realizarmos a Festa do Boi.
- Não vai dá certo, prefeito Marcelão Janeiro
17! Aqui é o local certo e correto para fazermos a Festa do Carneiro.
- Do boi!
- Do carneiro!
- Do boi!
- Do carneiro!
O Matadouro de Ipirá não agüentava mais
aquela discussão que já durava hora e meia, mas estava tranqüilo e sereno, pois
sabia que daquele lenga-lenga, ou daquele mato não saia coelho, afinal, pensou:
“ Eu tenho é 25 anos em Ipirá que não sirvo para nada, não sirvo nem para matar
um bengo e não é com esses dois aí, que eu vou servir para alguma coisa. Oh,
Ipirá bom! Foi Deus quem mandou eu vir para esse lugar e já estou sentindo o
cheiro de 29 anos sem serventia nenhuma. Só mesmo nessa terra!”
Suspense: e agora, o bicho pega? esse
matadouro vai ou não vai? Êta, novelinha complicada e chata! Tem gente que já
cansou dessa novelinha. Eu não agüento mais escrever esse troço. Será que o
prefeito J Jotinha vai inaugurar esse matadouro em 30 dias? De onde
menos se espera é que sai o pulo do gato.
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou,
imediatamente.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.
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