Como
foi 2017 em Ipirá, no plano político e administrativo? Final do ano, chegou a
hora da prestação de contas. O prefeito Marcelo Brandão já o fez, utilizando-se
do programa Papo Reto pela FM. Espremendo o que foi dito, podemos resumi-lo em
duas partes: metade do tempo foi para sentar a ripa e alfinetar os 12 anos da
macacada, como uma herança nefasta, deprimente, um tempo perdido. Parecia que o
prefeito Marcelo Brandão estava num palanque.
Tirando
o exagero e a extrapolação do prefeito, os doze anos da administração passada
não foi, nem representa um momento propositivo para Ipirá, naquilo que é
essencial, primordial e necessário para o município, no seu desenvolvimento de
infra-estrutura, mobilidade e humano.
A outra
metade do tempo foi tomada pelas obras que ele pretende fazer em 2018: o melhor
hospital da região; o maior Centro de Abastecimento da região; UPA, Upinha,
SAMU simples e complexa, etc e tal. Muito sonho para ser contabilizado. O
prefeito é um sonhador, que vive enclausurado numa cortina de ilusão.
O
primeiro destaque na fala ficou para a repetição insistente, continuada, da
frase: “com recursos próprios”. Deixando transparecer que não tem obtido apoio,
projetos e recursos nas esferas federal e estadual. Chorou nos pés do
governador Rui Costa, “governador, lembre-se de Ipirá!”
Conseguiu
uma praça para o bairro Mirante com verba federal e só. O prefeito está com a
cuia na mão e não consegue um projeto de porte, prioritário, que alcance e
impulsione o desenvolvimento para Ipirá.
O
segundo destaque fica para as obras realizadas e inauguradas: um açude no
Salgado; limpeza de duas aguadas; calçamento da rua Eloi Marques; tapa-buraco
em algumas ruas e estradas vicinais. Muito pouco, pouquíssimo, para um
município que precisa de muito.
O ano
de 2017 termina perdido. O ano de 2018 será um ano de eleições, começa na
perdição. Se o candidato ao governo do Estado do prefeito for derrotado, adeus
administração do grupo Jacu. Sendo assim, em 2018, ele vai apelar para a
Reforma Tributária Municipal para escorchar os munícipes na cobrança do IPTU.
Ninguém tira da cabeça do administrador essa mania de ser bon vivant e de
grandeza para Ipirá.
2017,
o prefeito realizou a maior micareta do município de Ipirá. Gastou o tão falado
recursos próprios que tinha no cofre municipal na micareta e no São João. O
município ficou liso, com a cuia na mão. O município ficou na pindaíba e o
prefeito na ilusória convicção que Ipirá recebeu uma pequena fortuna do turismo
chegante.
Hoje,
aos noventa minutos de 2017, o prefeito Marcelo Brandão está recebendo boas
bordoadas na rede social por não ter feito uma super programação para um super
grande evento no Réveillon. Fazer o quê? O sonho do homem diluiu-se na falta de
grana. Faz a festa que tem que ser feita na forma possível.
2017
foi péssimo para Ipirá no sentido político, pelo fato de ter deixado de
existir, o RENOVA, como uma semente e alternativa política. O equívoco e a
imaturidade levou Ipirá a sofrer essa perda, dano, prejuízo em detrimento do
reforço do sistema oligárquico.
O
município está embutido e prisioneiro de um sistema sórdido, sempre, dentro e
nos conformes da podridão de um padrão de política que atola Ipirá nos paradigmas
do beneficiamento e aproveitamento de alguns poucos, sejam eles, jacus ou
macacos, que estiverem na situação. É antidemocrático e oligárquico na
essência.
2017
foi um ano de sumiço da macacada. Escafederam-se. As suas lideranças não
abriram a boca e não esboçaram a menor crítica. Escondem-se na zona de conforto
e aguardam 2020 para ver como vai ficar o barco e a tempestade.
Em
2016, lançaram um ‘boi de piranha’ para tirar o grupo de uma situação incomoda
de 12 anos de desgaste, sem ter na fina flor das suas lideranças quem tivesse a
coragem e o desprendimento para salvar o grupo dos macacos, lançaram Aníbal,
com atuação direta junto ao eleitorado e pertencente ao baixo clero da
macacada.
Predominou
a lei do pouco esforço, as altas lideranças cruzaram os braços e entregaram o
resultado ao tempo e à sorte. O equívoco político do Renova e do PT de Ipirá
salvou a macacada de uma derrota esmagadora, mas não resguardou Aníbal, que em fins
2017, já é carta fora do baralho para qualquer empreitada com possibilidade de
vitória da macacada.
Neste
novembro 2017, quem botou a cara na rua foi o grande líder e pensador da
macacada, o Diomário Sá, isso depois que a Polícia Federal andou escarfunchando
as administrações passadas. Como sempre, o ex-prefeito mostrou-se habilidoso e
com maestria mostrou que sua administração nunca teve nenhuma relação com essa
empresa investigada, isso é lá com as administrações que vieram depois, daí não
ser problema do Dió.
Dió
argumentou várias vezes: “Por que esse ódio, essa raiva contra o Dió? Tudo
agora é o Dió. Não pode acontecer nada, é culpa do Dió...” Pense num sujeito
esperto! Esse aí dá nó em pingo d’água, antes da mistura das moléculas de H2O.
Tirou o dele da reta. Eu tenho a impressão que o Dió será santificado.
Outro
que teve um 2017 obscuro foi o PT de Ipirá. Há muito se absteve da ação
política aberta e enfrentamento para
ficar na maciota. Deixou de desempenhar um papel protagonista na política local.
Tornou-se um apêndice da macacada e ficou submisso aos interesses dessa
oligarquia, ensaiando e justificando o apoio com a argumentação de que os
macacos são favoráveis ao governo petista no Estado. Se a eleição para Rui for
favorável pelas pesquisas, naturalmente, eles são favoráveis, caso contrário,
eles ficarão na moita, quem apostar o contrário perde.
Em
2017, quem teve uma atuação política qualificada, responsável e primada na
ética foi o vereador Caryl Ribeiro. Está no primeiro mandato e teve um ótimo
desempenho na Câmara de Vereadores. O vereador Caryl Ribeiro tem um perfil
tranqüilo, combativo, com um discurso reflexivo e primando e resguardando os
interesses do município e da população de Ipirá. Está com um desempenho
bastante positivo, canalizado para o engrandecimento do papel da Câmara como um
poder independente e focado no desenvolvimento e progresso de Ipirá. 2017 já
foi, que venha 2018.