sábado, 27 de outubro de 2018

NO CAMINHO DAS URNAS


O atual momento no Brasil não é nada fácil; está muito delicado e complicado. Estamos vivenciando há muito tempo, um período bastante difícil: de recessão na economia, desemprego na sociedade e uma situação eleitoral de convulsão política com duas candidaturas em posição extremada, que poderá detonar a bomba e piorar ainda mais o quadro atual. O Brasil está dividido e polarizado. O sinal de alerta está acendendo o pisca. Só não percebe quem não quer perceber.

Nunca houve no Brasil uma eleição presidencial com uma configuração tão contraditória e conflituosa como está acontecendo agora. Sem dúvida, a crise política está com febre alta, com pressão nas nuvens e sinais vitais com debilidades críticas e visíveis. O desenrolar dos acontecimentos atira a nação para longe da conciliação, da acomodação e do consentimento, tão apropriada ao gosto do centro democrático.

Diante de uma conjuntura tão imponderável é necessário que o cidadão brasileiro fique atento porque, mesmo que pareça pouco perceptível, esse quadro terá um desdobramento imprevisível a partir da definição das eleições presidenciais do dia 28 de outubro, o que aumenta a responsabilidade do ato de escolha do eleitor.

É chegado o momento da decisão para desatar o nó. E nessa tormenta, o povo brasileiro vai comparecer às urnas para decidir o caminho que o país seguirá daqui prá frente. Não se trata de mera brincadeira ou de algo simplório e insignificante. É o futuro próximo do Brasil que está em jogo. Será definido através da ação política, com a escolha da mais alta autoridade do país.

Apresentam-se dois candidatos antagônicos com plataformas diferentes. Duas pontas de lança para o eleitorado decidir por uma delas. O divisor das águas é conturbado e a decisão pressupõe uma linha condutora.

Observe cuidadosamente. Uma candidatura representa a extrema-direita, que pode ser muito bem compreendida nos seus arroubos, com atitudes desproporcionais, estúpidas e de brutalidade. “O Supremo Tribunal Federal, a gente fecha com um soldado e um cabo,” no dizer do filho do candidato, um menino de 33 anos, que foi eleito deputado.

A outra candidatura, queiram ou não, situa-se no campo democrático e no respeito à Constituição. Recentemente, sofreu o impedimento da presidente e não reagiu com violência, nem fora dos trâmites jurídicos.

O que acontecerá daqui para frente? Não é do interesse do povo que o país fique alimentado pelo ódio, rancor e raiva, uma combinação explosiva. O Brasil corre o risco do fascismo dominar a esfera política e não é nada conveniente. Seria brincarmos no fio da navalha.

O caminho verdadeiro é o da democracia, com a manutenção da estabilidade jurídica. O autoritarismo, o militarismo, a intolerância, o obscurantismo e um regime autocrático de poder será uma roleta russa para essa nação, que se encontra entre a cruz e a espada, sendo melhor, não dá sopa para o azar. Não pague para vê e não brinque com fogo.

Uma posição política equivocada e inconseqüente poderá causar conseqüências imprevisíveis para o país. Tem que prevalecer o Estado de Direito, com o combate à corrupção e à violência dentro da Lei e no âmbito da democracia, que exige o equilíbrio entre os poderes, para que a sociedade brasileira se torne mais justa e melhor.

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