terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

É DE ROSCA. (55)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 55 (mês de dezembro 2018)(atraso de um ano e 2 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava concentrado em seu gabinete. Estava de olho em dez espigas gigantes de milho transgênico, com 1 metro de comprimento cada uma e colocadas em cima da mesa em sua frente. O prefeito Marcelão olhava para aqueles dez milhões e imaginava: “Ai se eu te pego!”; os dez milhões colocou os olhos nos olhos do prefeito e pensou: “Assim você mim mata”; o prefeito completou: “Se eu te pegar, eu vou botar o candidato Dydudy prá correr.”

Neste exato momento, entrou alguém apressado em seu gabinete e esbaforido deu uma triste notícia:

- Prefeito Marcelão! O Matadouro de Ipirá está atolado no asfalto da Praça da Bandeira e vai morrer se não tiver socorro.

- Tenha calma! Mim diga com precisão: é no meu asfalto de prefeito ou no asfalto do deputado Jura? Eu preciso saber disso, mas vamos lá.

O prefeito chegou rápido ao local do atoleiro no asfalto. Esse asfalto nem tinha começado a ser feito e já estava dando o maior burburinho na cidade. “O centro da cidade vai virar a maior confusão por causa do asfalto conseguido pelo prefeito e pelo deputado, a população tem que ter paciência!” Mas, uma pergunta não quer calar: “Quem conseguiu o asfalto foi o prefeito Marcelão ou o deputado Jura?” Essa dúvida machadiana martelava na cabeça das pessoas, sem uma resposta precisa.

O prefeito Marcelão observava a situação, quando seu celular tocou: “Prefeito Marcelão! Aqui é o candidato Dydudy. Não dê o alvará para o asfalto no centro da cidade. Aqui, nessa cidade, só tem jacu e macaco e sempre foi assim, um pede e o outro despede; um consegue e o outro desconsegue; e como sempre não vem nada para o município; sempre foi assim e assim será.”

Solicitado pelo prefeito, o candidato Dydudy compareceu ao local da confusão na Praça da Bandeira. O prefeito Marcelão foi indagando:

- Candidato Dydudy o que está acontecendo?

- Prefeito Marcelão! Eu sou candidato porque essa eleição está mais mole do que papa d’água com farinha seca pra menino cagão. O problema é que o deputado Jura fez um vídeo com o vice-governador sem a minha presença, nem a dos líderes Dió e Toinho, isso é uma grande sacanagem com o nosso grupo, por isso não dê o alvará do asfalto.

- Candidato Dydudy! Você tem muito que aprender na política. Vai vencer essas eleições quem asfaltar o centro da cidade, isso é um fato impactante. Eu consegui 4 km de asfalto com recursos próprios e o deputado Jura conseguiu 1 km de asfalto com o vice-governador e o deputado Jura não dá prego sem estopa, ele não vai asfaltar uma rua de graça, ele vai querer indicar a candidatura do seu grupo, porque ele sabe que essa obra tem impacto na população. Por isso você não saiu na foto.       

- Você disse uma verdade, prefeito Marcelão! Eu comparo o deputado Jura ao meu Vitória, que tem a camisa lisa, não tem um título nacional e o deputado não tem uma obra nessa terra, só tem uma dúzia de cabide de emprego no Ciretran e Núcleo, agora vem pra cá atrapalhar e melar a candidatura do grupo para prefeito com esse asfalto. Não assine esse alvará, prefeito Marcelão.

- É candidato Dydudy, imagine a situação! O deputado Jura colocou o vídeo do asfalto; eu na qualidade de melhor prefeito dessa terra coloquei o áudio do asfalto e o PT tá dizendo de boca que o asfalto foi um pedido deles. Durma com um barulho desse. A sua candidatura não está no vídeo, nem no áudio, nem na boca, sinceramente, eu não entendo como você quer ganhar essa eleição. Corra enquanto é tempo.

- Prefeito Marcelão! Eu não corro nem de assombração medonha que venha atrás de mim. Há muito tempo já estou separando muito real numa poupança para a campanha, não quero ajuda de ninguém; vou governar do jeito que eu quero e pode vim quente que eu estou fervendo. Passe bem!

- Ôxe! O que foi que deu nesse candidato Dydudy? Eu não perguntei nada e ele dá um pinote desse jeito. Olha aí minha cara de preocupado com a candidatura do grupo deles!

Neste exato momento, aparece o deputado Jura na confusão do asfalto do centro da cidade. Abraçando todo mundo e comentando alegremente: “Esse asfalto ficou muito bonito, deu uma cara de progresso para nossa terra; é a modernidade chegando à nossa terra. Eu vou dizer uma coisa aqui pra vocês, se não fosse a perseverança e a determinação da candidata Dinina eu não tinha conseguido esse asfalto. Essa candidata Dinina merece uma chance para administrar esse município, espero que o nosso grupo entenda a força dessa candidata.”

O prefeito Marcelão continuava com aquela ‘cara de preocupado’ com a candidatura do grupo adversário, olhou nos olhos do Matadouro de Ipirá e foi dizendo:

- Seu Matadouro de Ipirá! Vossa Pessoa está atolado, se vire nos trinta, porque em abril Vossa Pessoa vai funcionar de qualquer jeito e isso é palavra de prefeito e digo mais, vou fazer uma pesquisa e se eu não estiver bem na fita eu vou apoiar quem trouxe o asfalto para o centro da cidade.

O Matadouro de Ipirá estava atolado, arrombado, lascado e o pior, sendo obrigado a ouvir esse mi-mi-mi de betume que atola o município e a população comendo H da fajutice do jacu e macaco.   
  
Suspense: Veja que situação: a novelinha tá de correria, querendo chegar ao mês de março 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.

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