sexta-feira, 24 de abril de 2020

SEIS CASOS DE CORONAVÍRUS EM OITO DIAS EM IPIRÁ

Ipirá está no limite. Chegamos ao ponto de contágio extremo. A tendência (17 a 24 de abril) de seis casos de Covid-19 por semana é muito elevada e insuportável para o município.

O que seria bom para a população de Ipirá? Que não surgisse nenhum caso nestes quatorze dias e que estas seis pessoas infectadas se recuperem completamente deste problema, neste espaço de tempo. Ficaríamos sem caso efetivo, dentro do município, a partir de 1º. de maio.

O que seria ruim para Ipirá? Que houvesse um aumento de casos por estes dias, principalmente, nos próximos quatorze dias. Um caso de contaminação aumenta as chances de outras contaminações e estas novas contaminações, de mais novas. É uma bola de nuvem virótica.

Pelo andar dos acontecimentos de infecção em nosso município estamos caminhando para dezenas de casos. Será a implosão do sistema da saúde no município.

Não existe uma UTI na cidade. Só temos seis respiradores no hospital. A área reservada no Hospital de Ipirá não passou por um teste de segurança máxima, poderá tornar-se um barril de contaminação, por ser um arremedo de UTI. Duas ambulâncias do SAMU estão trancafiadas numa garagem.

O infectado sofrendo de insuficiência respiratória progressiva dependeria de uma regulação. Imagine, depender de uma regulação! Seria um colapso total do sistema municipal de saúde e a morte do paciente, que não chegaria ao contorno do Bravo.

A primeira coisa que o povo de Ipirá tem que entender é a realidade precária da saúde de nosso município. Uma segunda e importante compreensão é que esse vírus, neste momento, é perigoso, indomável, cruel e mata. Não devemos futucar o cão com vara curta. Não devemos desafiar esse vírus sem vacina. Sem a arma da vacina, devemos nos resguardar com serenidade e sabedoria: isolamento e distanciamento social; lavar as mãos com água e sabão e álcool gel.



O maior equívoco do Poder Executivo Municipal que controla a pandemia do coronavírus em Ipirá continua sendo as aglomerações de pessoas nas ruas. A bomba biológica no município é visível, perceptível e localizável: Praça do Mercado; feira livre; fila da CEF e lotérica.

Começando pela fila da CEF/lotérica. Só uma pergunta: Não poderá ser distribuído senhas com horário de atendimento? Quantas pessoas são atendidas em uma hora? Dez...? Seriam dez... fichas para cada hora. As filas seriam reduzidas para dez... pessoas; eliminando-se essa fila grandiosa que leva o dia todo estacionada. Penso eu.

Praça do Mercado é o ponto crítico do problema. O fechamento da praça poderá ser uma saída razoável. São cinco entradas, basta definir que não entrará nenhum ambulante para fazer ponto de venda no local e deixaria as opções da venda ‘carreira solo’ solitária pelas ruas da cidade e organizadas no espaço do Centro de Abastecimento, com espaço de dois metros para a venda fixa. Seria uma opção.

A feira livre das quartas-feiras tem que ser diluída, para segunda, terça e quarta. Com o nível de contaminação subindo no município essa aglomeração tornou-se um território aberto para a disseminação da infecção em amplitudes bem maiores. Tem que ser feito alguma coisa.

A população de Ipirá tem que mudar de hábito neste momento, temporariamente, em prol de toda a população. As compras das quartas-feiras podem ser feitas em outros dias. Onde tem duas pessoas, o cliente não deve encostar para fazer um grupo.

Estamos num momento de grande dificuldade. A população está fazendo um grande sacrifício, até de morte. O comércio de Ipirá está sendo sacrificado, até de falência.

Acabar com a aglomeração nas ruas de Ipirá é uma questão fundamental. Alcançado isso, gradativamente e lentamente, as atividades comerciais urbanas poderiam ser liberadas.

Por que não fazer um teste? As tardes em Ipirá estão sem aglomeração de gente nas ruas; por que não abrir o comércio  neste horário? Por que o comércio não conceder um desconto para quem fizer compras neste horário? Seria incentivar as compras sem burburinho e enchente de gente.

É um momento de criatividade e responsabilidade. Se houver movimentação sem fila, sem aglomeração, com todas as precauções de segurança, significa que estaremos encontrando o ponto de equilíbrio, segurança e eficiência para o exercício de todas as atividades, dentro do novo protocolo que vai definir a vida de todos e de tudo daqui para frente.

A vida que se estabelece é outra vida. As pessoas que estão recebendo o Auxílio Emergencial têm que entender que é necessário assumir uma postura de maior isolamento na sociedade, para não pensar como um motociclista daqui (caso isolado) que disse: “com mil e oitocentos reais em três meses, eu estou armado!” O ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro acabou de pedir demissão do cargo. O vírus continua em crescimento, ameaçando e aumentando o seu potencial de propagação de infecções.

No mundo são 2.750 mil infectados, 193 mil mortos e 753 mil recuperados.

EUA. são 867.563 casos e 50 mil mortos

Brasil são 50.036 casos, 3.334 mortes e 26.573 recuperados
Bahia são 1.962 casos e 64 mortos.

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