Mudanças no tabuleiro de xadrez no melhor estilo ou melhor
ainda, no tabuleiro da politicagem de Ipirá. O ex-prefeito Antônio Colonnezi
fez uma movimentação precipitada e equivocada, foi e voltou. Ao retornar
encontrou seu trono de líder ocupado e bem ocupado. Foi obrigado a sentar na
graxa.
O ex-prefeito Dió chegou ao ponto mais alto da politicagem de
Ipirá: o ‘Rei do Pedaço’. Uma trajetória pessoal brilhante. Chegou à Ipirá sem
lenço e com documento. Uma bagagem política forjada no Partidão. Bem recebido
pela jacuzada, foi preparando o terreno. Na macacada foi recebido sem mimimi e
com a promoção de super star, virou prefeito e ficou no bote.
O ex-líder Antônio Colonnezi vacilou e o ex-prefeito Dió
virou o grande líder, mentor e condutor deste agrupamento da politicagem
ipiraense. Pensador habilidoso domina a tripartite da macacada. Um grupo ligado
ao senador Oto Alencar (o maior erro de liderança de Antônio Colonnezi foi não
estar colado no senador. Resultado: hoje, tem menos poder político em Ipirá do
que o vereador Deteval).
Hoje, quem forma o triângulo de poder no grupo macaco é Diomário
(o pensador político), Dudy (frágil na teoria política) e Thiago do Vale (tá
começando na engrenagem da complexidade política). Vamos aguardar no que isso
vai dar.
Pelo outro lado, apareceu em Ipirá a figura política de Nina
Gomes, trafegando por um caminho traçado pelo ex-deputado Jurandy Oliveira. Foi
muito bem recebida na macacada, com a posição de vice e melhor ainda, pela
jacuzada, com a cabeça da pule, na posição pré-candidata a prefeita. Uma
carreira perfeita para uma ilustre desconhecida.
A coisa não anda bem, sua candidatura vive o maior perrengue.
O que foi que aconteceu de errado? Caiu no conto do vigário, com uma
candidatura lançada um ano antes. Pura precipitação! Nem a Casa da Moeda
aguenta o baque! Campanha para ter fôlego e aguentar o repuxo tem que ser faltando
três meses para suportar o pique final. Por isso o barco da campanha de dona
Nina está vazando e pode afundar antes do tempo.
Dona Nina! A senhora tem cinco milhões de reais para bancar
essa campanha? Os puxa-sacos da prefeitura divulgam que a prefeitura tem 80
milhões de reais para a campanha. Dinheiro público para campanha política de um
pretendente! Imagine uma desgraça dessa! Falam isso sem a menor desfaçatez. A
que ponto chegou Ipirá!
Dá para perceber que está tudo dentro dos conformes do
sistema (jacu e macaco), como sempre acontece em Ipirá. Com jacu e macaco dando
as cartas, com todo o domínio e tudo dominado. Do jeito que o sistema jacu e
macaco gosta. Nem tanto, nem tão pouco; nem tudo está na balança e no critério
de quem manda.
O problema e a solução aparecem com a Federação (PT, PCdoB e
PV). Para o PT de Ipirá uma simples secretaria municipal, com uma chefia do
gabinete contemplam a aspiração do partido. Nada melhor do que pensar que
participa da gestão. Isso não tem nenhuma novidade.
Uma questão é relevante: num município lulista, com a
presidência da República, com o governo do Estado, já teve prefeito petista,
com secretarias municipais e no frigir dos ovos o PT local não consegue eleger
um vereador, por quê?
Novidade mesmo! É o time que está chegando à Ipirá. São todos
ipiraenses, com uma experiência adquirida e comprovada na política nacional e
estadual.
Querem imprimir a mais elevada política no manejo
administrativo municipal de nosso município. Uma ótima iniciativa para tirar
Ipirá do esgoto administrativo colocado pelo sistema jacu e macaco, que tanto
tem humilhado, reduzido a cidadania e infernizado a vida de nossa gente, ao
tempo que tolhem o município de Ipirá de avançar em direção a um progresso
consistente.
O time chegante defende um programa mínimo de governo, com
base em políticas públicas firmes e duradouras, com participação popular,
democracia e transparência. Efetivamente é essa a intenção.
O ‘time chegante’ chegou num momento em que o sistema (jacu e
macaco) vive uma séria crise de identidade e está mostrando a sua verdadeira
face decadente. Ipirá não pode continuar a dar prosperidade a um sistema atrasado,
infame e mesquinho, que impede o avanço e progresso desta terra com liberdade e
participação popular.
Como pode ser chamado MACACO um grupo liderado por Diomário?
Não tem nada de genuíno, de raiz e histórico. É outra coisa qualquer, menos
macaco. Uma pequena questão é como fazer uma política diferente com essa ‘outra
coisa qualquer’? O time chegante fala em transparência.
O gestor Dudy falou em campanha que seu governo seria um
livro aberto e transparente e que prestaria contas das finanças públicas da
prefeitura em praça pública. Não o fez. Só o fará quando a galinha nascer
dentes.
Qual é a essência do governo Dudy? Não está determinada pela
transparência. As administrações do sistema (jacu e macaco), neste Ipirá do bom
Deus, fizeram uma desgraceira de fazer inveja ao diabo, mas no governo Dudy foi
quando aconteceu a maior transferência de recursos público para o setor privado,
mesmo que tenha acontecido no campo da legalidade, de uma necessidade improvável
ou até mesmo nas incertezas dos caprichos volúveis. A falta de transparência
encobre os fatos.
Será que a próxima gestão vai desnudar os fatos com a
transparência assumida e acatada no Programa Mínimo de Governo que será
proposto?
O que eu não quero que aconteça é que o ‘time chegante’, que
é calejado, tem experiência e vivência nestas contendas políticas faça como a multinacional
Nestlé fez em Ipirá, há décadas atrás, após uma atuação em nossa terra sem o
resultado esperado, bateu o carimbo: “isso aqui não tem jeito, não!” E se
picou.
Enquanto as coisas acontecem, o prefeito Dudy continua
apresentando suas obras: “em 2024, vamos reformar as casas das pessoas
necessitadas; vamos fazer a praça do povoado Umburanas e no Flor da Chapada;
vamos intensificar o nosso calendário festivo, com exposição e tem mais, vamos
fazer a reforma no Ginásio de Esporte, com uma arenazinha; é tanta coisa que
não cabe neste artigo (isso ele não falou). Antes que eu esqueça, a Via Line
vai se instalar aqui.”
Tem que haver transparência não só nas contas públicas, mas
também nas falas púbicas e privadas. A fábrica de calçados se picou de Ipirá
não foi por culpa de nenhuma esfera governamental, foi devido ao péssimo e
escandaloso gerenciamento da empresa com desvio de capital. Ipirá ficou sem
dois mil empregos e os trabalhadores receberam um calote daqueles.
Como a questão é apresentada? Vem uma Via Line aí, que vai
empregar trezentas pessoas e ... (tá tudo bem!). Sim! Ipirá perdeu ou ganhou? E
o calote dado na classe operária? Qual foi o encaminhamento dado para esta
problemática?
Saltando da alta política para o andar de baixo. Será que a
Federação não vai fazer um vereador? Explicando: um vereador é garantido, à
primeira vista, tudo indica, será... (Jaildo).
Supondo que o vereador eleito (tudo faz crer, Jaildo) tenha
1.100 votos (suposição), com um coeficiente de 2.100 votos (suposição), o
vereador possivelmente eleito (Jaildo) precisará de 1.000 votos para atingir o
coeficiente e esses 1.000 votos (virá que eu sei) do PT e do PCdoB.
Sendo que, se a Federação fizer só um vereador (e se for
Jaildo) o PT e o PCdoB deixarão de fazer um vereador, porque os votos foram
direcionados para eleger (pelo menos teoricamente, Jaildo).
O time que chegou ‘chegando’ não está convidando
o vereador e atual presidente da Câmara de Vereadores de Ipirá para estas
reuniões? Por favor, pensem, também, um pouco na baixa política, porque no
início do ano (2024) a Federação tinha três vereadores e, de certa forma,
representará um fracasso eleitoral sairmos das Eleições de outubro/24 sem
nenhum vereador da esquerda (PT e PCdoB) em Ipirá. Muito agradecido pela
leitura.