Quando você participa de uma marmelada você não sente o
gosto, mas quando você prova um pedaço de marmelada, aí você sente o gosto
amargo.
A primeira e grande desculpa dada pelo líder do grupo jacu
foi simplesmente esfarrapada: “gastaram muito dinheiro!”
Quem ficar olhando só pelo lado do financeiro vai ficar
zarolho. A culpa foi do dinheiro gasto pela macacada. Tudo bem! Vamos
considerar o dinheiro gasto como primordial e determinante.
Daí, podemos indagar: por que dona Nina não tirou 5 milhões
da bolsa de madame? Por que a jacuzada não colocou 5 milhões na mesa para a
campanha? Estamos falando de dinheiro para vencer uma campanha.
Vou ser mais claro: a candidata Nina esperava que a jacuzada
ajudasse a bancar a campanha e a jacuzada esperava que dona Nina trouxesse
dinheiro para a campanha. Nem uma coisa nem outra.
Financeiramente a campanha da jacuzada ficou chupando dedo e
fez uma campanha de freio de mão puxado, amarrada, devagar ou devagarinho. O
jacu virou bicho-preguiça. Quem te viu e quem te vê numa lata de marmelada.
Se não apareceu esse dinheiro era porque tinha ‘dois lisos’ (candidata
e grupo) pela jacuzada querendo ganhar uma prefeitura ou ‘dois lisos de um
lado’ participando de uma marmelada. Tudo bem, que não seja isso!
Mas, convenhamos que a sentença ‘do dinheiro é tudo e
determinante’ seja verdadeira e preponderante, então, nesse caso, diante disso,
o grupo da jacuzada pode arrumar as trouxas e ir para a casa do chapéu, porque
para papar a prefeitura de Ipirá é preciso muito cabedal, mas não é pouco não!
O mandato vindouro controlará mais de 1 bilhão de reais. Meio
bilhão de reais será oferecido a um grupinho de menos de vinte empresários.
Desse esquema sai brincando 10 milhões de reais para a próxima campanha de
prefeito em 2028. Se a narrativa do dinheiro é tudo e define quem toma o poder,
será que tem como a jacuzada bater testa em 2028? Tem que jogar muito na loteria.
Tudo é decidido pelo dinheiro. Pelo argumento do líder da
jacuzada, o seu grupo já jogou a água e a criança fora após o banho. Como
juntar tanto dinheiro para enfrentar a macacada? Essa é a grande tarefa do grupo;
uma coisa praticamente impossível.
A outra vertente significativa é a questão política. Nesse
aspecto o líder da jacuzada não entra nem passando cuspe, porque não interessa
mostrar que seu grupo jacu entrou em parafuso e não tem saída.
Quando o grupo jacu estava de boa (nem era jacu), era no
tempo que seguia a linha política progressista botou a maior frente política
até então presenciada na política local. ‘Vavá Cabila’ perdeu com mais de
quatro mil votos de frente e, quando candidato, pegou um gato morto, botou num
buraco e tocou fogo e nem desse jeito virou candidato competitivo.
Imagine uma candidata que tomou a maior surra eleitoral já
vista em Ipirá, de 10.973 votos numa eleição municipal. Se ela enterrasse um
elefante-vivo num buraco e tocasse fogo não conseguiria virar uma candidata de
verdade, com poder de competição. O grupo jacu é esse elefante.
Se você tem necessidade de um ponto de partida para esse
atropelamento, tenha na adesão de Delorme Martins à ditadura militar a sua
primeira marcha.
Mais adiante, observe bem: em Ipirá, Lula ganhou no primeiro
turno na sua primeira eleição em 1988 e perdeu no segundo. Jaques Wagner quando
foi governador, ganhou em Ipirá e jacu e macaco estavam no mesmo palanque com
Paulo Souto.
Contando com o apoio do macaco vieram as vitórias de JW no
segundo mandato e nos dois mandatos de Rui Costa. Na última eleição a vitória
de Lula em Ipirá ficou na casa de 77,99% (1º. Turno) e 80,32% (2º. Turno).
Porrada no lombo da jacuzada foi a vitória de Jerônimo, em
Ipirá, com 61,27% (1º. Turno) e 61,84% (2º. Turno) contra 32,86% de Neto (1º. Turno)
e 38,16% no (2º. Turno).
Observe: ACM Neto teve em Ipirá, 13.423 votos (38,16%) no 2º.
Turno, (com 35.174 votos válidos) enquanto a candidata Nina Gomes teve 12.311
votos (34,59%) numa eleição municipal, (com 35.595 votos válidos).
Nesse período, de coligação com o governo do Estado, a
macacada ganhou 16 anos (contando esse mandato de Thiago) e a jacuzada 4 anos
(mandato de MB), de lá prá cá, a jacuzada tomou duas lapadas seguidas no lombo,
uma de mais de 6 e outra de quase onze mil votos. Aí é necessário saber quem
perdeu com essas derrotas estratosféricas.
Primeiro, os candidatos que encabeçaram as derrotas com lavagens
monumentais: Marcelo Brandão e dona Nina Gomes, com o famoso slogan “candidatos
nunca mais”. O ex-deputado Jurandy Oliveira com sua aposentadoria definitiva. O
líder Luiz Carlos Martins que ficou num mato sem cachorro, num grupo cada vez
mais esfacelado, deteriorado e sem rumo. Qual é a única esperança a curto prazo?
A derrota do governo da Bahia. Caso contrário, terá outra paulada no lombo no
próximo pleito municipal.
No campo vitorioso: o único nome, em Ipirá, que se estabeleceu
em condições favoráveis para uma disputa eleitoral para a Assembléia
Legislativa da Bahia é o do atual prefeito Dudy, que poderá abocanhar a votação
do prefeito eleito Thiago, 65% dos votos, menos a Federação (PT, PCdoB e PV)
que apoiará seus candidatos.
O prefeito eleito Thiago do Vale que ficou numa saia justa
para atender a tantos interesses no pátio da prefeitura. O líder Antônio
Colonnezi, o grande representante da velha política, que espera chupar o tutano
sem morder o osso, tendo na sua cola o poderoso chefão Diomário Sá e o
vice-prefeito Deteval Brandão de prontidão para mandar o ‘homem de pijama’
procurar o seu lugar na parte traseira do ônibus da vitória.
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