terça-feira, 8 de outubro de 2024

OS VEREADORES ELEITOS EM IPIRÁ

Ipirá tem inscritos 48.556 eleitores. Desse total 19,66% não compareceram. Trocando em miúdos: eu e 9.543 não compareceram na boca da urna.

 

Teve mais votos válidos para vereadores do que para prefeito. Para prefeito foram 35.595 e para vereadores 36.995. Por quê?

 

Nenhum vereador alcançou o coeficiente sozinho. Nenhum, mesmo! Então vai por água abaixo essa narrativa utilizada de que “fui eleito com o voto dos amigos, não devo minha eleição a nenhum chefe político”. Ao chefe político está certo, mas dependeu diretamente da totalidade dos votos de seus companheiros de chapa. Minha análise vai demonstrar isso.

 

Na defesa do voto de vereador do eleitor que não sabe votar, nada melhor do que “bote 13 e confirma no primeiro voto; bote 13 no segundo voto e confirma”. Entendeste, cara pálida? Salva o de vereador e perde o de prefeito (não tem prefeito 13). OK? Por que o TSE não divulgou os votos de legenda para vereadores? É uma incógnita! Será que não houve voto de legenda? Foi um dos motivos (entre outros) de ter mais voto de vereador do que de prefeito.

 

O jogo do Bahia x Flamengo teve mais torcedores na Fonte Nova do que votantes em Ipirá. Mais de 41 mil torcedores na FN; só votaram 39.012 eleitores (80,34%) em Ipirá.

 

Nulo para vereador 1.466 votos, mas para prefeito foram 1.129 a mais, num total de 2.595 votos. Brancos para vereadores foram 551 votos, para prefeito foram 822.

 

Você pode pensar que número não tem explicação. Tudo bem! Agora, que existe um número que é fatal, impiedoso e decisivo; lá isso tem! Pegue os votos válidos para vereadores em Ipirá (36.995) e divida por 15 cadeiras na Câmara de Vereadores. Pintou na área o coeficiente eleitoral de 2.466. A chapa que alcançar esse número faz o primeiro vereador.

 

A chapa do Agir teve 1.263 votos e ficou longe do coeficiente; então, jogou os votos fora. Qual foi a estratégia que eles utilizaram? Parece que nem pensaram em estratégia. Com quatro candidatos tiveram 1.024 votos e lançaram nove candidatos com menos de 100 votos. Desse jeito, nem com dez eleições eles vão conseguir eleger um vereador.

 

Vamos ao partido que brocou nas eleições para vereadores em Ipirá. Aqui entrou um jogo de interesse da cúpula da macacada, um jogo de carta marcada da fazer inveja ao jogador Paquetá no jogo da Bet. O esquema estava montado e a bolha foi furada por Roni e Marcelo (com apoio de Deteval). Eki saltou uma cerca de arame farpado, armaram uma arapuca, mas ele conseguiu escapar. Os vereadores Miranda e Weima Fraga nadaram com braçadas próprias; sem ajuda naufragaram. Damaceno foi escolhido como o coelho da maratona eleitoral. Sem o chapão, os três estariam eleitos numa divisão de chapas. O PSD teve 12.658 votos para seis vagas.

 

Quem teve a melhor estratégia para as eleições de vereador em Ipirá foi o partido Avante, que colocou 11 candidaturas com potencial acima de 248 votos e 3 abaixo de 134 votos. Faturou 5.452 votos (segundo mais votado). Fez dois vereadores.

 

A Federação Brasil Esperança (PT, PCdoB, PV) antes do pleito 2024 tinha 3 vereadores, saiu do pleito com 2. Confesso que errei. Calculei que a federação só faria um vereador. O raciocínio é simples:

 

Juntos (PT e PCdoB) sempre fizeram um vereador. Sem o PV de Jaildo, o PT e o PCdoB ficaria com 3.366 (poderia ficar com dois vereadores). Com a participação do PV de Jaildo do Bonfim a federação teve 4.986 votos.

 

Qual era o meu cálculo e onde mora o meu erro: alguns petistas diziam que Jaildo estava desgastado no Bonfim e ficaria com mil votos, sendo que seria ultrapassado por um petista. A ultrapassagem estava proibida e era impossível que isso acontecesse. Eu acreditava nisso.

 

Mas aconteceu que o vereador Jaildo ficou no seu patamar de votação 1.589 votos e seria eleito em qualquer chapa que participasse. O PCdoB caiu de uma votação de 2.300 votos para 1.067 votos. E quem salvou o PV e o PCdoB para que eles elegessem dois vereadores?

 

O PT de Ipirá que não atingiu o coeficiente de 2.466 votos para fazer um vereador, mas subiu sua votação para 2.299 votos (eleição passada 1800 votos) para ajudar a eleger Jaildo do PV com 1.589 e Petson do PCdoB com 594 votos.

 

Mesmo sendo o partido do presidente e do governador o PT de Ipirá não consegue eleger um vereador em Ipirá, mas também, não é o caso e não tem importância, o PT de Ipirá não faz questão de ter vereador, ele faz questão é de possuir secretarias para preparar uma futura vereança. Assim sendo, por que quem botou a cara ao Sol em busca do voto não tem a prioridade na ocupação da secretaria? Nada mais do que uma reflexão.

 

O erro de trajetória da jacuzada na eleição para vereadores foi flagrante, primário e desastroso. Quem foi a cabeça pensante que capitaneou esse desastre? Não saíram com o chapão (MDB – 3.887) + (União – 2.675) + (PDT – 3.808) + Rep. 434) total de 10.804, que elegeria (possivelmente) 6 vereadores.

 

O escorrego foi fatal. A chapa do MDB teve 3.887 votos. Colocaram Divanilson (1.494) Laelson (1.105) e Mundinho (946) com 1 candidato de 150 votos e 9 abaixo de 44 votos. Aí parceiro! Os três teriam que quebrar a boca do balão com uma enxurrada de votos ou sobraria um (Mundinho de NB), que foi o que aconteceu, porque a turma de baixo não conseguiu encher uma capanga de votos. Quem bolou essa chapa fez com que Mundinho de NB perdesse o mandato.

 

A grande decepção das Eleição para vereadores em 2024 no município de Ipirá foi o União Brasil. Conseguiram atingir o coeficiente de 2.466 votos, mas só tiveram 2.675 votos. O pior desempenho dos que atingiram o número mágico. O que foi que aconteceu? Um desastre (só 209 votos a +). Houve uma queda medonha na votação da chapa. Só fez um vereador.

 

André pisou numa casca de banana e sua votação caiu para 1.044 votos. Suíta ficou com 713 votos e votação de Mundinho do SR foi 497 votos, extremamente baixa. Aí fizeram o quê para ajudar os três? Colocaram 1 candidato de 154 votos e 9 candidatos abaixo de 62 votos (ô ajuda da desgraça!). Os três falharam. Resultado a vereança de André se salvou por 209 votos de Suíta, que perdeu a cadeira de vereador.

 

Todos esperavam que a sensação das Eleições para vereadores acontecesse no Bonfim, com o filme de caubói, como diziam os meninos catingueiros no tempo que Ipirá tinha cinema. Quem acompanhou pelo TSE conseguiu vivenciar grandes emoções na disputa entre Raimundo e Luma, que a cúpula da macacada queria ver longe da Câmara de Vereadores. Por quê?

 

A estratégia correta foi a do PDT, que teve 3.808 votos. Luma saiu na frente, Raimundo do Malhador ficou atrás. Na segunda parcial, Luma continuou na frente com Raimundo do M fungando no cangote. Na terceira parcial, Luma avançou e Raimundo do M encostou. Na última parcial, Luma ultrapassou mil votos, Raimundo também. Luma ficou com 1020 votos e Raimundo do M com 1.130, Raimundo estava eleito.

 

A votação de Ernesto de NB falhou (228 votos). Mas a chapa foi bem montada com 4 candidatos acima de 228 votos e 6 candidatos abaixo de 106 votos, com o PDT fazendo 2 vereadores. A vereadora Luma estava reeleita. Se Luma estivesse na federação, a votação da federação seria de 6.006 votos, com três vereadores.

 

Domingo, 7 h da manhã, em Stella, a rua que vai para a praia, estava completamente tomada de santinhos de candidatos no chão. Fiz um cálculo de mais de 30 mil santinhos. Pensei: “isso aqui é voto ou lixo com o dinheiro do Fundo Partidário?” Logo, em seguida, imaginei: “se o jegue 90 estivesse aqui para comer esses 30 mil votos estaria eleito prefeito, melhor do que comer duas panelas de marmelada em Ipirá, que vai dar uma caganeira de 4 anos na população.”
 

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