domingo, 3 de novembro de 2024

QUEM É O LÍDER DA MACACADA?

Vou fazer uma simples pergunta ao líder da macacada Antônio Colonnezi: o senhor foi convidado para a festa da chácara?

 

Não; não é a festa da vitória do dia da Eleição, não! Nessa aí, eu vi o vídeo do senhor todo serelepe comemorando entusiasticamente a esmagadora vitória como se dono do pedaço fosse. Essa aí foi portas abertas, para qualquer um que fosse. Eu estou perguntando é pela festa da chácara, o senhor foi convidado?

 

A festa do dia da vitória foi manifestação de massa, com animação e entusiasmo nunca visto, coisa passageira; com alegria fugaz e momentânea, coisa passageira; mostrando a desorganização da torcida organizada. Para o senhor entender melhor: o Flamengo é campeão no Maracanã e a torcida local comemora voluptuosamente em Ipirá. Sacou o lance? É um chuvisco que lava a alma, mas não limpa o espírito. Mais ou menos desse jeito.

 

Vou ser sincero com o senhor. A festa da vitória no dia da Eleição cabe qualquer um na avenida, que está escancarada para todos e todas; para bode, gato e cachorro.  Vem gente de todo lado; vem gente de toda parte; a pé e de montaria, trazendo saco com pouca farinha e nenhum pirão para saborear. Um prazer passageiro. Observando o senhor ali, no meio da multidão, com um sorriso largo e uma felicidade delirante, fiquei a imaginar: “não é possível que o senhor não perceba que está enfiado numa arapuca, que sua batata está cozinhando, que seus dias como líder estão contados!?” O senhor foi convidado para a festa da chácara? É essa resposta que importa.

 

Desde quando, é lá que se decide quem tem farinha no saco na futura gestão. É lá que são traçados os mandos e desmandos do poder. É festa seleta, seletiva e selecionada. É a festa da cúpula do poder com presença indispensável dos vinte empresários do poder econômico e do quarteto que dá as cartas no jogo político, naturalmente, com alguns figurantes. Mesa posta, requintes à parte. Não precisam mais de médicos.

 

Eu estou perguntando isso é para o senhor se precaver. Se o senhor não foi convidado, procure um terreiro e faça um serviço para purificar seu caminho. Não tenha receio, no primeiro espojadouro de jegue que o senhor encontrar pela frente, tire a roupa e role seis vezes para trás e para a frente. Não fique de bobeira, enterre sapos vivos no quintal de quem quer furar seus dois ‘zolhos’ e, quem sabe até, torá o senhor no meio, arrancando seus dois braços e seu pescoço.

 

Muito cuidado, homem! Todo cuidado é pouco e abra bem os seus olhos. Se o senhor não foi convidado para a festa da chácara significa que o senhor já foi; que o senhor vai ficar chupando o rabo da cobra para ver se enche a barriga com leite de graveto. Não vai mandar na saúde; não vai empregar ninguém; não vai indicar nenhum secretário; não vai mandar em nada e tem que se contentar com muito pouco. Que líder borocochó é esse? Líder só no nome?

 

Acorda, homem! Se o senhor pensou que médico seria um líder perene e eterno em Ipirá, pensou errado! É claro que não vou citar nomes para ninguém ficar sabendo quem é, mas tem um prefeito eleito, com seu vice e dois ex-prefeitos que querem lascar o senhor, mas é lascar bem lascado.

 

Aqui, prá gente! Sabe por que o senhor virou um líder meia-boca? Porque o senhor não é mais prefeito; não será candidato a mais nada; não tem aproximação com o governador; não é amigo do senador; não controla partido político; não tem vereador; aí já foi!

 

Agora, tem um jeito do senhor dá a volta por cima: aplique o drible de Garrincha no adversário, do jeito que Neco Atrapalhado, ponta direita do time do Andu, aplicava em seus marcadores, ‘ia mas não ia’ ‘vai e não fica’ ‘foi mas não vai’. Do jeito que o senhor fez com a jacuzada. Faça o lançamento de Dudy para deputado estadual em primeira mão, logo, já e retome o protagonismo da liderança para suas mãos. Mostre que o senhor é quem manda e tem a última palavra na macacada: “Dudy você será o meu candidato a deputado estadual” e ele responderá “sim, senhor!”
 

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