Vou fazer uma simples pergunta ao líder da macacada Antônio
Colonnezi: o senhor foi convidado para a festa da chácara?
Não; não é a festa da vitória do dia da Eleição, não! Nessa
aí, eu vi o vídeo do senhor todo serelepe comemorando entusiasticamente a
esmagadora vitória como se dono do pedaço fosse. Essa aí foi portas abertas,
para qualquer um que fosse. Eu estou perguntando é pela festa da chácara, o
senhor foi convidado?
A festa do dia da vitória foi manifestação de massa, com
animação e entusiasmo nunca visto, coisa passageira; com alegria fugaz e
momentânea, coisa passageira; mostrando a desorganização da torcida organizada.
Para o senhor entender melhor: o Flamengo é campeão no Maracanã e a torcida
local comemora voluptuosamente em Ipirá. Sacou o lance? É um chuvisco que lava
a alma, mas não limpa o espírito. Mais ou menos desse jeito.
Vou ser sincero com o senhor. A festa da vitória no dia da
Eleição cabe qualquer um na avenida, que está escancarada para todos e todas;
para bode, gato e cachorro. Vem gente de
todo lado; vem gente de toda parte; a pé e de montaria, trazendo saco com pouca
farinha e nenhum pirão para saborear. Um prazer passageiro. Observando o senhor
ali, no meio da multidão, com um sorriso largo e uma felicidade delirante,
fiquei a imaginar: “não é possível que o senhor não perceba que está enfiado
numa arapuca, que sua batata está cozinhando, que seus dias como líder estão
contados!?” O senhor foi convidado para a festa da chácara? É essa resposta que
importa.
Desde quando, é lá que se decide quem tem farinha no saco na futura
gestão. É lá que são traçados os mandos e desmandos do poder. É festa seleta,
seletiva e selecionada. É a festa da cúpula do poder com presença indispensável
dos vinte empresários do poder econômico e do quarteto que dá as cartas no jogo
político, naturalmente, com alguns figurantes. Mesa posta, requintes à parte.
Não precisam mais de médicos.
Eu estou perguntando isso é para o senhor se precaver. Se o
senhor não foi convidado, procure um terreiro e faça um serviço para purificar
seu caminho. Não tenha receio, no primeiro espojadouro de jegue que o senhor
encontrar pela frente, tire a roupa e role seis vezes para trás e para a
frente. Não fique de bobeira, enterre sapos vivos no quintal de quem quer furar
seus dois ‘zolhos’ e, quem sabe até, torá o senhor no meio, arrancando seus
dois braços e seu pescoço.
Muito cuidado, homem! Todo cuidado é pouco e abra bem os seus
olhos. Se o senhor não foi convidado para a festa da chácara significa que o
senhor já foi; que o senhor vai ficar chupando o rabo da cobra para ver se enche
a barriga com leite de graveto. Não vai mandar na saúde; não vai empregar
ninguém; não vai indicar nenhum secretário; não vai mandar em nada e tem que se
contentar com muito pouco. Que líder borocochó é esse? Líder só no nome?
Acorda, homem! Se o senhor pensou que médico seria um líder
perene e eterno em Ipirá, pensou errado! É claro que não vou citar nomes para
ninguém ficar sabendo quem é, mas tem um prefeito eleito, com seu vice e dois
ex-prefeitos que querem lascar o senhor, mas é lascar bem lascado.
Aqui, prá gente! Sabe por que o senhor virou um líder meia-boca?
Porque o senhor não é mais prefeito; não será candidato a mais nada; não tem
aproximação com o governador; não é amigo do senador; não controla partido
político; não tem vereador; aí já foi!
Agora, tem um jeito do senhor dá a volta por
cima: aplique o drible de Garrincha no adversário, do jeito que Neco Atrapalhado,
ponta direita do time do Andu, aplicava em seus marcadores, ‘ia mas não ia’ ‘vai
e não fica’ ‘foi mas não vai’. Do jeito que o senhor fez com a jacuzada. Faça o
lançamento de Dudy para deputado estadual em primeira mão, logo, já e retome o
protagonismo da liderança para suas mãos. Mostre que o senhor é quem manda e
tem a última palavra na macacada: “Dudy você será o meu candidato a deputado
estadual” e ele responderá “sim, senhor!”
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