sábado, 13 de outubro de 2012

A ERA DOS MACACOS.


Uma década seguida de administração da macacada em Ipirá. Doze anos para ser mais preciso. Isso nunca aconteceu antes. O x da equação está posto: ou vai para 16 anos, ou sai do poder. A batalha será em 2016. Tirar a macacada do poder não é impossível, mas, também, não é uma tarefa fácil para a jacuzada. Eles dividiram, nestas eleições, quase 30 mil votos. 49 votos estabeleceram a diferença entre eles, pelo menos na superficialidade.

A jacuzada mostrou que tem um “patrimônio” considerável de eleitores. Também, ficou bastante evidente que a macacada não é este grupo majoritário e que sozinha não ganha eleição. Se o PT de Ipirá não estivesse coligado com a macacada, esta teria perdido as eleições. Quem deu a vitória à macacada foi a aliança com o PT de Ipirá. Nada desmente isso, porque a frente de 49 votos é uma afirmativa contundente e que valoriza o PT de Ipirá e o Renova como forças políticas.

A jacuzada sozinha mostrou uma força viva. A macacada, mesmo com a prefeitura, precisou do PT de Ipirá para manter-se no poder. A jacuzada sozinha necessitava de somente 49 votos para derrubar macacos + PT de Ipirá. Faltou pouco! Faltou. Mas não derrubou, porque faltou um parceiro. A lógica não deixa dúvida: a parceria evitou que o macaco perdesse o poder e a falta de parceria na jacuzada evitou que a macacada perdesse o poder.

A parceria e a soma são os ingredientes que estabelecem a diferença. As duas forças eqüidistantes que fazem a diferença na política de Ipirá são o Renova, como força independente e o PT de Ipirá como uma tendência dentro da macacada, se sair desarruma a casa e a partir de agora vai exigir mais e mais. Isso de dizer que só tem jacu e macaco é coisa de quem vê a superficialidade e não é pouca gente “tirada a entendida” que assim o vê.

Uma derrota por 49 votos abre espaço para inúmeras considerações e ponderações, que não passarão disso. Nessa conjuntura foram 49 votos. Em outra conjuntura será uma outra situação totalmente diferente. É imprevisível e inócuo pensar no futuro. A lição que fica está bem estabelecida no presente: sem aliança falta a suficiência de força para chegar à vitória. A macacada logrou êxito com isso neste exato momento, nesta conjuntura. A “estratégia do embananamento” conduzida pelo grande estrategista prefeito Diomário causou calafrios e disenteria; foi um desespero, uma bagunça e uma desarrumação completa.

É comum afirmarem que quem tem mais votos em Ipirá é Antônio Colonnezi. O mais puro sofisma, principalmente quando se ganha por 49 votos, pois fica bastante claro a potencialidade dos micro-grupos que tramitam dentro da jacuzada e da macacada, que agora ganharam força e visibilidade com esta eleição. Se a macacada tivesse perdido o tão espezinhado (pelo prefeito) deputado Jurandy Oliveira e o tão humilhado (pela oligarquia Colonnezi) vice-prefeito Dudy antes do pleito, até mesmo com a neutralidade, a derrota seria iminente.

A jacuzada sabe a dor de cabeça que é perder por 49 votos. Bem mais do que isso a oligarquia Martins sabe que além da dor na cabeça tem a dor no bolso quando se perde a eleição em Ipirá. O esquema eleitoral de Ipirá entorta e detona quem quer ser dono de voto neste município. As oligarquias criaram um MONSTRO, que come, engole e digere qualquer patrimônio material e financeiro de candidato a prefeito. Esse MONSTRO parte pra cima do candidato a prefeito sem dó nem piedade e suga até o tutano dos ossos. É o vereador clientelista; é o candidato a vereador oportunista; é o cabo-eleitoral esperto; é o eleitor enganador e viciado; tem de tudo um pouco e muito mais. Por tudo isso e com tudo isso, uma campanha para ser vitoriosa em Ipirá custa mais de um milhão de reais. Porque tem que comprar votos; tem que fazer o clientelismo; tem que dar gasolina; tem que pagar a conta de água e luz; tem que dar o remédio; etc e tal. Aí dói o bolso e como dói.

Dono de voto em Ipirá é o vereador que controla o povo de uma região. A oligarquia para ter esse vereador tem que facilitar o assistencialismo feito por ele. Facilitando a assistência médica durante os quatro anos e provendo-o de recursos financeiros para atender às exigências do eleitorado pobre e inconsciente durante o período eleitoral.

As eleições, em Ipirá, custam dinheiro e não é pouco. Porque se acabar o dinheiro, acaba o amor. Sem hipocrisia, tudo é um jogo de interesse. Mas, sem dúvida, existem aqueles que votam por paixão e ódio, que no dizer de alguns, são os 29.733 que deram a votação dos jacus e macacos. O povo de Ipirá continua sendo derrotado nos pleitos eleitorais neste município.

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