Uma
década seguida de administração da macacada em Ipirá. Doze anos para ser mais
preciso. Isso nunca aconteceu antes. O x da equação está posto: ou vai para 16
anos, ou sai do poder. A batalha será em 2016. Tirar a macacada do poder não é
impossível, mas, também, não é uma tarefa fácil para a jacuzada. Eles
dividiram, nestas eleições, quase 30 mil votos. 49 votos estabeleceram a
diferença entre eles, pelo menos na superficialidade.
A
jacuzada mostrou que tem um “patrimônio” considerável de eleitores. Também,
ficou bastante evidente que a macacada não é este grupo majoritário e que
sozinha não ganha eleição. Se o PT de Ipirá não estivesse coligado com a
macacada, esta teria perdido as eleições. Quem deu a vitória à macacada foi a
aliança com o PT de Ipirá. Nada desmente isso, porque a frente de 49 votos é
uma afirmativa contundente e que valoriza o PT de Ipirá e o Renova como forças
políticas.
A
jacuzada sozinha mostrou uma força viva. A macacada, mesmo com a prefeitura,
precisou do PT de Ipirá para manter-se no poder. A jacuzada sozinha necessitava
de somente 49 votos para derrubar macacos + PT de Ipirá. Faltou pouco! Faltou.
Mas não derrubou, porque faltou um parceiro. A lógica não deixa dúvida: a
parceria evitou que o macaco perdesse o poder e a falta de parceria na jacuzada
evitou que a macacada perdesse o poder.
A
parceria e a soma são os ingredientes que estabelecem a diferença. As duas
forças eqüidistantes que fazem a diferença na política de Ipirá são o Renova,
como força independente e o PT de Ipirá como uma tendência dentro da macacada,
se sair desarruma a casa e a partir de agora vai exigir mais e mais. Isso de
dizer que só tem jacu e macaco é coisa de quem vê a superficialidade e não é
pouca gente “tirada a entendida” que assim o vê.
Uma
derrota por 49 votos abre espaço para inúmeras considerações e ponderações, que
não passarão disso. Nessa conjuntura foram 49 votos. Em outra conjuntura será
uma outra situação totalmente diferente. É imprevisível e inócuo pensar no
futuro. A lição que fica está bem estabelecida no presente: sem aliança falta a
suficiência de força para chegar à vitória. A macacada logrou êxito com isso
neste exato momento, nesta conjuntura. A “estratégia do embananamento”
conduzida pelo grande estrategista prefeito Diomário causou calafrios e disenteria;
foi um desespero, uma bagunça e uma desarrumação completa.
É comum
afirmarem que quem tem mais votos em Ipirá é Antônio Colonnezi. O mais puro
sofisma, principalmente quando se ganha por 49 votos, pois fica bastante claro
a potencialidade dos micro-grupos que tramitam dentro da jacuzada e da
macacada, que agora ganharam força e visibilidade com esta eleição. Se a
macacada tivesse perdido o tão espezinhado (pelo prefeito) deputado Jurandy
Oliveira e o tão humilhado (pela oligarquia Colonnezi) vice-prefeito Dudy antes
do pleito, até mesmo com a neutralidade, a derrota seria iminente.
A
jacuzada sabe a dor de cabeça que é perder por 49 votos. Bem mais do que isso a
oligarquia Martins sabe que além da dor na cabeça tem a dor no bolso quando se
perde a eleição em Ipirá. O esquema eleitoral de Ipirá entorta e detona quem
quer ser dono de voto neste município. As oligarquias criaram um MONSTRO, que
come, engole e digere qualquer patrimônio material e financeiro de candidato a
prefeito. Esse MONSTRO parte pra cima do candidato a prefeito sem dó nem
piedade e suga até o tutano dos ossos. É o vereador clientelista; é o candidato
a vereador oportunista; é o cabo-eleitoral esperto; é o eleitor enganador e
viciado; tem de tudo um pouco e muito mais. Por tudo isso e com tudo isso, uma
campanha para ser vitoriosa em Ipirá custa mais de um milhão de reais. Porque
tem que comprar votos; tem que fazer o clientelismo; tem que dar gasolina; tem
que pagar a conta de água e luz; tem que dar o remédio; etc e tal. Aí dói o
bolso e como dói.
Dono de
voto em Ipirá é o vereador que controla o povo de uma região. A oligarquia para
ter esse vereador tem que facilitar o assistencialismo feito por ele.
Facilitando a assistência médica durante os quatro anos e provendo-o de recursos
financeiros para atender às exigências do eleitorado pobre e inconsciente
durante o período eleitoral.
As
eleições, em Ipirá, custam dinheiro e não é pouco. Porque se acabar o dinheiro,
acaba o amor. Sem hipocrisia, tudo é um jogo de interesse. Mas, sem dúvida,
existem aqueles que votam por paixão e ódio, que no dizer de alguns, são os
29.733 que deram a votação dos jacus e macacos. O povo de Ipirá continua sendo
derrotado nos pleitos eleitorais neste município.
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