domingo, 20 de julho de 2014

AGORA VAI!

Foi anunciado pelo prefeito Ademildo, um novo cemitério para Ipirá e, mais importante, não será obra para um mandato só, como fez o ex-prefeito Diomário com as gavetas funerárias que se encontram em excesso de lotação, além do mais, soltam um mal cheiro insuportável para a vizinhança que reside nas proximidades. Será uma obra para o futuro de Ipirá, para os próximos cinqüenta anos.

Até 2064. Quem, hoje, tiver mais de 40 anos e aqui residir, já está com seus sete palmos de posse garantido neste latifúndio chamado Terra. A realidade poder ser uma imitação da obra-prima de Dias Gomes, “O Bem Amado”; onde o prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu teve uma dificuldade enorme para inaugurar sua grande obra: o cemitério.

Não é que será construído junto ao Parque de Exposição! Vê lá quem vai querer morrer para ser enterrado tão longe! Vai ser aquele jogo de empurra: “vai você primeiro, depois eu vou!” Fulano morreu, ai vem aquela pergunta: “Teve muita gente no enterro?” Esse é o problema. Em Ipirá, tem essa de ver o reconhecimento da pessoa pela quantidade de gente que acompanha o enterro. Agora, a coisa vai tomar um outro rumo, a contagem não vai ser mais pela quantidade de pessoas, mas de carros.

Não custa nada lembrar que o cemitério vai ficando distante da Igreja Matriz, também não tem terreno perto, é verdade. O cortejo fúnebre a pé está com seus dias contados, esta prática e tradição não terão condições de serem mantidos por várias razões: a distância a vencer; a pista/rua é de terra e estreita, tem atoleiro nas chuvas e poeira na seca; tem um esgoto que nasceu no fundo da fábrica que está crescendo e ficando robusto. A obra não é só o cemitério, tem toda uma infra-estrutura até chegar lá.

Ninguém tem nada contra o local, mas uma coisa está ficando clara: Ipirá não tem um plano piloto para a cidade. Falta um projeto claro para o desenvolvimento local e está evidente a ausência de uma visão administrativa que anteveja o futuro. Tudo é feito no abstruso e no ‘vamo vê’. Vê lá se um município agüenta um arrocho desse!

Como seria bom se nesta área Ipirá tivesse sido presenteada com: fábrica de vidro de Joel; fábrica de calçados; galpão de Dudy; galpões e galpões para os fabricos de carteira; Posto August’s; Parque de Exposição com feira de animais; Matadouro. Na beira da Estrada do Feijão. Bela vitrine, boa chama. Uma benção! Seria, se o grande administrador Diomário não tivesse colocado, no meio do espaço, casas populares que poderiam muito bem serem construídas em outro lugar. O ex-prefeito matou o local, o prefeito atual vai fazer o que deve ser feito, um cemitério para enterrá-lo.

Ipirá está dominado. A via de desenvolvimento está bloqueada. Casas populares; cemitério, hipódromo, matadouro. Eles sabem que Ipirá não vai receber uma obra que gere emprego e produção. Por isso ... é bom que essa obra não demore cinqüenta anos.

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