Estilo:
ficção
Modelo:
mexicanoNatureza: novelinha
Fase: Não sei se vale a pena ver de novo
Capítulo: 03 (mês de agosto 2014) (um por mês)
Trabalho
na prefeitura começa cedo, o ex-prefeito Dió madrugou para os seus afazeres e já
estava no batente quando o prefeito Déo parou o carro no pátio da
municipalidade. “Esse homem já está aqui!” pensou o prefeito Déo que chamou o
ex-prefeito Dió:
-
Vamos para o meu gabinete bater uma prosa sadia, de bons e leais amigos.
- É
verdade! Muito bem dita por sinal, não pode ser de outra forma, o seu governo é
um segmento do meu ótimo governo, porque o que eu não fiz deixei bem
encaminhado e, assim sendo, depois do seu governo eu volto novamente –
argumentou o ex-prefeito Dió.
-
Mas se eu ficasse sentado na poltrona de prefeito, não vinha o Banco do
Nordeste, nem o Ponto Cidadão, nem o INSS; tudo isso veio porque o prefeito sou
eu e batalhei para que isso acontecesse, então tá na hora de deixar essa
conversinha de que eu não estou fazendo nada. Se eu tivesse de contar as minhas
quatrocentas obras essa novelinha tinha que levar mais oito anos, então, é bom
parar com essa conversinha que eu já não estou gostando disso. Nenhum prefeito
fez mais obras do que eu, fique logo sabendo disso – argumentou com firmeza o
prefeito Déo.
-
Mas, Luiz do Demo fez quinhentas obras no tempo do ‘Brasil Quinhentos Anos’ é
mais do que as quatrocentas de V. Exa. – complementou o ex-prefeito.
O prefeito
Déo tomou aquele impacto, parou e pensou: “eu nem tinha pensado nisso, mas hoje
à noite, quando eu estiver dormindo, eu penso em cento e uma obras e acabo esse
lengalenga.” Ao mesmo tempo, observou que o ex-prefeito Dió estava com uma trouxa
e indagou-lhe:
-
Essa trouxa é de dinheiro? Você está numa boa! Com uma grana dessa o rapaz da rádio
não vai dar nem prá melar.
-
Bem que eu queria que fosse dinheiro, mas não é! Isso aqui é um cuscuz – disse o
ex-prefeito Dió.
- Fique
sabendo de mais uma coisa; eu não ia dizer, mas vou falar: eu não quero ninguém
comendo cuscuz na minha prefeitura!
-
Mas, prefeito Déo! Eu trouxe o cuscuz de casa, daqui do seu gabinete eu só
quero um cafezinho para tomar com meu cuscuz – disse o ex-prefeito.
-
Com meu café não! Tome com água.
Não
é que o ex-prefeito Dió foi comer cuscuz acompanhado de água! Deu um custipiu
na barriga e o sujeito se contorceu todo, dos pés à cabeça, e o prefeito Déo
pensou rápido: “Tai um defunto bom para inaugurar meu cemitério!” e foi logo
tomando as devidas providências, chamando o SAMU 192 de Ipirá:
-
Alô, SAMU de Ipirá, aqui é o prefeito Déo! Daqui a uma hora e meia venha aqui
na prefeitura que é caso de urgência.
Nem
tinha desligado o telefone, o SAMU de Ipirá, o mais rápido do Brasil, já estava
na porta do gabinete. O prefeito Déo deu um esbregue:
-
Já, é brincadeira! Será que vocês acham que o SAMU de Ipirá é de verdade? Volte
pra garagem e venha de ré, Serra Preta não pagou ainda para Ipirá ter SAMU.
Três
horas depois, chegou o SAMU 192 de Ipirá, a mais rápida do Brasil, prestando os
primeiros socorros ao ex-prefeito Dió. Boca-a-boca; massagem no coração;
botaram o homem na maca, colocaram-na na ambulância SAMU de Ipirá e a bicha
partiu virada dos novecentos por hora.
A
ambulância SAMU 192 de Ipirá, a mais rápida e eficiente do mundo, ia tão retada que
não teve condições de parar no Hospital de Ipirá. O motorista pisou no freio e
a sujeita só conseguiu parar no Matadouro de Ipirá. O ex-prefeito Dió acordou
com o socolavanco da freagem, arregalou os olhos para observar o que estava
acontecendo, deu um pinote e disse:
-
Tem vinte e dois anos que eu vejo essa desgraça de matadouro e não tem prefeito
que dê um jeito nessa geringonça, parece que só o bicho do pé redondo pode
botar esse discunjurado prá funcionar.
O
enfermeiro pegou o ex-prefeito pelo braço, mas não conseguiu segurá-lo e o
ex-prefeito Dió saiu andando pelo asfalto e dizendo:
- Vou
agora mesmo na casa do deputado dizer que pelo grupo da macacada eu faço mais
um sacrifício, bem que eu não queria, mas se for necessário eu farei mais esse
enorme sacrifício em 2016.
Suspense:
e agora, esse matadouro sai ou não sai? Será que esse é o pretendente que está
faltando para botar nosso Matadouro em funcionamento? Vamos nessa, Matadouro!
O
término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse
Matadouro de Ipirá. Inaugurou! Acabou, imediatamente.
Observação:
essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador
e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles
brincam com o povo e o povo brinca com eles.
Gostei da novela professor, isso a rede globo não mostra! kkkkkkk
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