O
jogo mudou muito pouco: acabou a reeleição para o executivo; o mandato de
prefeito passará para cinco anos em 2020. Então, teremos eleições para prefeito
em 2016, 2020, e em 2025; assim, os interesses dos candidatíssimos e dos
pretensos continuam como dantes; vivos e em alta, sem rabichola.
Eleições
2016. Falta, apenas, um ano e meio para o gestor Ademildo terminar esse
mandato. Evidente que ele tem interesse em continuar, até mesmo, porque tem
garantido o direito à última reeleição para o pleito municipal.
Em
que circunstância encontra-se o prefeito Ademildo neste momento? Trata-se de um
rei num tabuleiro de xadrez esperando o cheque-mate. Não é segredo que o
prefeito é um estranho no ninho da macacada. Não conta com o apoio a cúpula em
hipótese alguma e ainda não se deu conta disso. Foi colocado de escanteio há
muito tempo. A cúpula do grupo não valoriza e não dá respaldo a nenhuma ação da
administração. A cúpula não pede segredo para afirmar que ele não terá apoio e
aguarda uma pesquisa que o governador Rui vai mandar fazer em cinqüenta
cidades. O critério pesquisa passa uma esponja na candidatura do prefeito para
2016. O prefeito, por sua vez, pensa que quem segura a caneta é quem dá os
ordenamentos.
Ainda
no campo da politicagem, a situação não é nada agradável junto aos vereadores
da situação. Três vereadores demonstram, sem cerimônia, um descontentamento
profundo e irreversível para com o executivo municipal: “O prefeito não garante
a palavra, diz uma coisa agora e outra depois” foi o que disse um vereador em
sessão da Câmara. Isso cai mal e desacredita, ao tempo, que tira o crédito que
ainda resta. O prefeito deve achar que não tem a palavra irreversível no
dicionário dos vereadores.
Junto
a população a situação não é nada promissora. Acredito que sua aprovação é de
um dígito, porque a língua do povo corta dobrado pra cima da administração,
fala da situação do município e descaso administrativo em diversas áreas. A
questão da epidemia de não se sabe se dengue em nova faceta ou chico, ou zica
assolou a cidade e até hoje mantém as suas seqüelas mostrou o tamanho do buraco
da saúde em Ipirá. A buraqueira da cidade é sintomática. Poeira quando está
estiado e lameiro quando chove. A população vai fazendo a sua opinião e criando
o seu senso comum com base na realidade. Eu só sei que aonde vamos a madeira
canta.
Pelo
andar da carruagem parece que temos um governo decididamente sem rumo. Todo
mundo sabe que chegou a prefeitura sem voto, embora pela legalidade. Todo mundo
sabe que é um governo sem respaldo popular. Além do mais, patina nas promessas.
Na posse ele disse: “Afonso disse para eu não dizer, mas a língua está coçando
e eu vou dizer: Ipirá conseguiu 200
km de asfalto.” Quando ele disse isso faltavam quatro
anos, hoje falta um ano e seis meses. De bom grado é o tempo que falta para o
cumprimento da promessa porque se espremer o calendário só tem mais uma
Micareta e um São João.
Parece
que Ipirá entrou numa aventura sem precedentes e o gestor fica montado no
macaco dando esporada no vazio do bicho e chicotada no lombo para que o bicho
(macaco) aprenda que tem dono e entenda quem é que manda. Não se sabe onde isso
vai dar, mas é bom que se reflita e tire-se da situação a melhor lição
possível.
O
município de Ipirá é um município complexo e complicado, encontra-se num beco
sem saída com essa dobradinha (jacu/macaco) que fez da cidade um curral
eleitoral e de sua gente um rebanho de gado. Ipirá encontra-se fora da
cogitação das políticas públicas de desenvolvimento de Estado e Federal, por
isso, o desenvolvimento de Ipirá está nas mãos de sua própria gente e não de
uma só pessoa, de um ‘salvador da pátria’ ou coisa parecida. Ipirá não pode
cair no ‘Conto do Vigário’.
Cada dia pior Ipirá, impressionante como nada muda. Infelizmente.
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