domingo, 22 de setembro de 2019

É DE ROSCA. (48)


Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 48 (mês de maio 2018)(atraso de um ano e 4 meses) (um por mês)

O prefeito Marcelão estava na avenida assistindo ao desfile da comemoração do ‘Dia da Pátria’. Do outro lado da rua estava o Matadouro, que, também, assistia ao desfile e foi convidado pelo prefeito para postar-se ao seu lado e ouviu a colocação do prefeito Marcelão:

- É uma grande satisfação encontrá-lo aqui na avenida, Vossa Pessoa vai ver o maior desfile que já foi feito nesta terra em todos os tempos.

As escolas passavam em frente ao ponto onde estava a comitiva do prefeito Marcelão, que aplaudia entusiasmado e exigia que os que estavam ao seu lado fizesse o mesmo:

- Bata palma, seu Matadouro! Tem doze anos que a gente não vê um desfile desse porte, por causa da administração deles.

O prefeito Marcelão já estava cansado de aplaudir, de dar vivas e fazer o sinal de positivo. O tempo passou rápido, parecia que voava e o desfile aproximava-se da sua finalização, quando o prefeito indaga:

- Já terminou? Quem vem lá no final fechando o desfile?

- São os estudantes, prefeito Marcelão! – respondeu o Matadouro.

- Já fui, banda Mel! – disse o prefeito Marcelão.

- O quê? Não! V. Exa., vai ficar aqui para assistir os estudantes dessa terra, não tem essa de capar o gato justamente agora.

- Sem essa, seu Matadouro! Eu não vou ficar de bobeira com a cara no sol, tendo uma cervejinha gelada aqui na sala da escola.

- Ah! Não prefeito Marcelão daqui V. Exa., não sai nem que chova canivete. V. Exa., vai ficar cara a cara com os estudantes.

- Nem pago eu fico aqui, entendeu seu Matadouro – afirmou com convicção o prefeito Marcelão.

O Matadouro segurou com firmeza no cinturão do prefeito e sacramentou:

- Daqui, V. Exa., não sai!

O prefeito Marcelão forçou a barra, mas estava seguro. Olhou para a cara do Matadouro, soltou um riso maroto e deu um peido, daqueles que nem gambá consegue acompanhar. O Matadouro sentiu o furdunço e precisou tapar as narinas, justamente o que esperava o prefeito, que deu um pinote e caiu dentro da escola GC.

O Matadouro foi atrás do prefeito. Os estudantes chegavam em frente à escola. O prefeito Marcelão estava trancado no sanitário da escola. O Matadouro ficou na porta, aguardando o prefeito. Os estudantes colocavam uma fala.

“Esse prefeito não recupera a residência dos estudantes em Salvador porque não presta, dinheiro é o que não falta”

- Quem é que está dizendo essa coisa aí? – perguntou o prefeito Marcelão, que estava utilizando o vaso sanitário.

- É o que dizia V. Exa., quando era locutor e queria ser prefeito – respondeu o Matadouro.

Lá fora, em frente à escola, os estudantes bradavam suas palavras de ordem e discursavam: “Esse prefeito quer acabar a casa do estudante. Ele acabou a fanfarra local, vocês viram só fanfarras de Salvador e Pintadas nesse desfile; ele acabou a biblioteca da cidade; quando esse prefeito coloca o capacete branco, ele perde o juízo e quer acabar com a cidade”

- Eles estão falando de quem? – pergunta o prefeito Marcelão.

- Estão falando de V. Exa., quando deixou de ser locutor e virou prefeito – respondeu o Matadouro.

Lá fora, a música da Marreta do 25 estava sendo tocada e o prefeito Marcelão vestiu a calça e abriu a porta do sanitário e foi dizendo:

- Êta que a minha música da marretada já está tocando e meus eleitores estão lá fora fazendo a festa. Vou para lá.

- V. Exa., tá doido, prefeito Marcelão! Quem está lá fora são os estudantes da Casa do Estudante, se V. Exa., botar a cara na rua vai tomar uma vaia daquelas que a torcida do Flamengo dá em juiz no Maracanã – aconselhou o Matadouro.

A madeira cantava lá fora. O prefeito Marcelão pegou um copo de cerveja para esfriar a vida. O Matadouro, apertado, correu para o sanitário e encontrou o vaso cheio, pela rasura. Olhou aquela situação e observou para si mesmo: “A administração desse prefeito é um vaso cheio” aproveitou e deu descarga. O prefeito Marcelão só saiu quando o ruído da rua parou e os estudantes seguiram para a praça.
  
Suspense: Veja que situação: a novelinha tá de correria, quer chegar ao mês de janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do prefeito Marcelão com o matadouro?

O término dessa novelinha acontecerá no dia que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.

Observação: essa novelinha é apenas uma brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o povo brinca com eles.


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