Estilo: ficção
Modelo: mexicano
Natureza: novelinha
Fase: Querendo imitar Malhação, que não acaba
nunca, sempre criando uma fase nova, agora é a do prefeito Marcelão.
Capítulo 48 (mês de maio 2018)(atraso de um
ano e 4 meses) (um por mês)
O prefeito Marcelão estava na avenida
assistindo ao desfile da comemoração do ‘Dia da Pátria’. Do outro lado da rua
estava o Matadouro, que, também, assistia ao desfile e foi convidado pelo
prefeito para postar-se ao seu lado e ouviu a colocação do prefeito Marcelão:
- É uma grande satisfação encontrá-lo aqui na
avenida, Vossa Pessoa vai ver o maior desfile que já foi feito nesta terra em
todos os tempos.
As escolas passavam em frente ao ponto onde
estava a comitiva do prefeito Marcelão, que aplaudia entusiasmado e exigia que
os que estavam ao seu lado fizesse o mesmo:
- Bata palma, seu Matadouro! Tem doze anos que
a gente não vê um desfile desse porte, por causa da administração deles.
O prefeito Marcelão já estava cansado de
aplaudir, de dar vivas e fazer o sinal de positivo. O tempo passou rápido,
parecia que voava e o desfile aproximava-se da sua finalização, quando o
prefeito indaga:
- Já terminou? Quem vem lá no final fechando
o desfile?
- São os estudantes, prefeito Marcelão! –
respondeu o Matadouro.
- Já fui, banda Mel! – disse o prefeito
Marcelão.
- O quê? Não! V. Exa., vai ficar aqui para
assistir os estudantes dessa terra, não tem essa de capar o gato justamente
agora.
- Sem essa, seu Matadouro! Eu não vou ficar de
bobeira com a cara no sol, tendo uma cervejinha gelada aqui na sala da escola.
- Ah! Não prefeito Marcelão daqui V. Exa.,
não sai nem que chova canivete. V. Exa., vai ficar cara a cara com os
estudantes.
- Nem pago eu fico aqui, entendeu seu
Matadouro – afirmou com convicção o prefeito Marcelão.
O Matadouro segurou com firmeza no cinturão
do prefeito e sacramentou:
- Daqui, V. Exa., não sai!
O prefeito Marcelão forçou a barra, mas
estava seguro. Olhou para a cara do Matadouro, soltou um riso maroto e deu um
peido, daqueles que nem gambá consegue acompanhar. O Matadouro sentiu o
furdunço e precisou tapar as narinas, justamente o que esperava o prefeito, que
deu um pinote e caiu dentro da escola GC.
O Matadouro foi atrás do prefeito. Os
estudantes chegavam em frente à escola. O prefeito Marcelão estava trancado no
sanitário da escola. O Matadouro ficou na porta, aguardando o prefeito. Os
estudantes colocavam uma fala.
“Esse prefeito não recupera a residência dos
estudantes em Salvador porque não presta, dinheiro é o que não falta”
- Quem é que está dizendo essa coisa aí? –
perguntou o prefeito Marcelão, que estava utilizando o vaso sanitário.
- É o que dizia V. Exa., quando era locutor e
queria ser prefeito – respondeu o Matadouro.
Lá fora, em frente à escola, os estudantes
bradavam suas palavras de ordem e discursavam: “Esse prefeito quer acabar a
casa do estudante. Ele acabou a fanfarra local, vocês viram só fanfarras de
Salvador e Pintadas nesse desfile; ele acabou a biblioteca da cidade; quando
esse prefeito coloca o capacete branco, ele perde o juízo e quer acabar com a
cidade”
- Eles estão falando de quem? – pergunta o
prefeito Marcelão.
- Estão falando de V. Exa., quando deixou de
ser locutor e virou prefeito – respondeu o Matadouro.
Lá fora, a música da Marreta do 25 estava
sendo tocada e o prefeito Marcelão vestiu a calça e abriu a porta do sanitário
e foi dizendo:
- Êta que a minha música da marretada já está
tocando e meus eleitores estão lá fora fazendo a festa. Vou para lá.
- V. Exa., tá doido, prefeito Marcelão! Quem
está lá fora são os estudantes da Casa do Estudante, se V. Exa., botar a cara
na rua vai tomar uma vaia daquelas que a torcida do Flamengo dá em juiz no
Maracanã – aconselhou o Matadouro.
A madeira cantava lá fora. O prefeito
Marcelão pegou um copo de cerveja para esfriar a vida. O Matadouro, apertado,
correu para o sanitário e encontrou o vaso cheio, pela rasura. Olhou aquela
situação e observou para si mesmo: “A administração desse prefeito é um vaso
cheio” aproveitou e deu descarga. O prefeito Marcelão só saiu quando o ruído da
rua parou e os estudantes seguiram para a praça.
Suspense: Veja que situação: a novelinha tá
de correria, quer chegar ao mês de janeiro 20 sem nenhum capítulo em atraso. Um
matadouro querendo ser obra e um prefeito querendo não ter problema! Onde vai
parar uma desgraça dessa? O que é que eu tenho a ver com o desentendimento do
prefeito Marcelão com o matadouro?
O término dessa novelinha acontecerá no dia
que acontecer a inauguração desse Matadouro de Ipirá. ‘Inaugurou! Acabou na
hora, imediatamente!’ Agora, o artista é o prefeito Marcelão, que foi grande
divulgador da novelinha É de ROSCA pela FM.
Observação: essa novelinha é apenas uma
brincadeira literária, que envolve o administrador e o matadouro e, sendo
assim, qualquer semelhança é mera coincidência. Eles brincam com o povo e o
povo brinca com eles.
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