sexta-feira, 24 de abril de 2020

SEIS CASOS DE CORONAVÍRUS EM OITO DIAS EM IPIRÁ

Ipirá está no limite. Chegamos ao ponto de contágio extremo. A tendência (17 a 24 de abril) de seis casos de Covid-19 por semana é muito elevada e insuportável para o município.

O que seria bom para a população de Ipirá? Que não surgisse nenhum caso nestes quatorze dias e que estas seis pessoas infectadas se recuperem completamente deste problema, neste espaço de tempo. Ficaríamos sem caso efetivo, dentro do município, a partir de 1º. de maio.

O que seria ruim para Ipirá? Que houvesse um aumento de casos por estes dias, principalmente, nos próximos quatorze dias. Um caso de contaminação aumenta as chances de outras contaminações e estas novas contaminações, de mais novas. É uma bola de nuvem virótica.

Pelo andar dos acontecimentos de infecção em nosso município estamos caminhando para dezenas de casos. Será a implosão do sistema da saúde no município.

Não existe uma UTI na cidade. Só temos seis respiradores no hospital. A área reservada no Hospital de Ipirá não passou por um teste de segurança máxima, poderá tornar-se um barril de contaminação, por ser um arremedo de UTI. Duas ambulâncias do SAMU estão trancafiadas numa garagem.

O infectado sofrendo de insuficiência respiratória progressiva dependeria de uma regulação. Imagine, depender de uma regulação! Seria um colapso total do sistema municipal de saúde e a morte do paciente, que não chegaria ao contorno do Bravo.

A primeira coisa que o povo de Ipirá tem que entender é a realidade precária da saúde de nosso município. Uma segunda e importante compreensão é que esse vírus, neste momento, é perigoso, indomável, cruel e mata. Não devemos futucar o cão com vara curta. Não devemos desafiar esse vírus sem vacina. Sem a arma da vacina, devemos nos resguardar com serenidade e sabedoria: isolamento e distanciamento social; lavar as mãos com água e sabão e álcool gel.



O maior equívoco do Poder Executivo Municipal que controla a pandemia do coronavírus em Ipirá continua sendo as aglomerações de pessoas nas ruas. A bomba biológica no município é visível, perceptível e localizável: Praça do Mercado; feira livre; fila da CEF e lotérica.

Começando pela fila da CEF/lotérica. Só uma pergunta: Não poderá ser distribuído senhas com horário de atendimento? Quantas pessoas são atendidas em uma hora? Dez...? Seriam dez... fichas para cada hora. As filas seriam reduzidas para dez... pessoas; eliminando-se essa fila grandiosa que leva o dia todo estacionada. Penso eu.

Praça do Mercado é o ponto crítico do problema. O fechamento da praça poderá ser uma saída razoável. São cinco entradas, basta definir que não entrará nenhum ambulante para fazer ponto de venda no local e deixaria as opções da venda ‘carreira solo’ solitária pelas ruas da cidade e organizadas no espaço do Centro de Abastecimento, com espaço de dois metros para a venda fixa. Seria uma opção.

A feira livre das quartas-feiras tem que ser diluída, para segunda, terça e quarta. Com o nível de contaminação subindo no município essa aglomeração tornou-se um território aberto para a disseminação da infecção em amplitudes bem maiores. Tem que ser feito alguma coisa.

A população de Ipirá tem que mudar de hábito neste momento, temporariamente, em prol de toda a população. As compras das quartas-feiras podem ser feitas em outros dias. Onde tem duas pessoas, o cliente não deve encostar para fazer um grupo.

Estamos num momento de grande dificuldade. A população está fazendo um grande sacrifício, até de morte. O comércio de Ipirá está sendo sacrificado, até de falência.

Acabar com a aglomeração nas ruas de Ipirá é uma questão fundamental. Alcançado isso, gradativamente e lentamente, as atividades comerciais urbanas poderiam ser liberadas.

Por que não fazer um teste? As tardes em Ipirá estão sem aglomeração de gente nas ruas; por que não abrir o comércio  neste horário? Por que o comércio não conceder um desconto para quem fizer compras neste horário? Seria incentivar as compras sem burburinho e enchente de gente.

É um momento de criatividade e responsabilidade. Se houver movimentação sem fila, sem aglomeração, com todas as precauções de segurança, significa que estaremos encontrando o ponto de equilíbrio, segurança e eficiência para o exercício de todas as atividades, dentro do novo protocolo que vai definir a vida de todos e de tudo daqui para frente.

A vida que se estabelece é outra vida. As pessoas que estão recebendo o Auxílio Emergencial têm que entender que é necessário assumir uma postura de maior isolamento na sociedade, para não pensar como um motociclista daqui (caso isolado) que disse: “com mil e oitocentos reais em três meses, eu estou armado!” O ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro acabou de pedir demissão do cargo. O vírus continua em crescimento, ameaçando e aumentando o seu potencial de propagação de infecções.

No mundo são 2.750 mil infectados, 193 mil mortos e 753 mil recuperados.

EUA. são 867.563 casos e 50 mil mortos

Brasil são 50.036 casos, 3.334 mortes e 26.573 recuperados
Bahia são 1.962 casos e 64 mortos.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

IPIRÁ: QUATRO CASOS DE CORONAVÍRUS EM CINCO DIAS


Dia 17 de abril – primeiro caso, o vice-prefeito; – dia 18 – segundo caso; - dia 19 – terceiro caso; - dia 21 – quarto caso.

Não vem ao caso ficarmos numa discussão inútil, se três ou quatro casos, devido ao fato de ter sido contabilizado em Salvador a evidência do vice-prefeito. O que tem significado claro e concreto é que todos os quatro casos tiveram um contato direto com nossa comunidade.

Esse contato imediato e condensado com diversas pessoas da nossa sociedade é que forma a zona de perigo, com sinal vermelho. Esse contato dentro da nossa comunidade significa a janela aberta para a propagação do vírus.

Por isso estamos numa situação delicada, muito diferente daquela que estava estabelecida antes do dia 17 de abril, data do primeiro caso.

A partir do primeiro caso ou do quarto caso, a situação do município de Ipirá toma configuração completamente diferente. Estamos na fase de contaminação efetiva.

Se ficarmos restritos e limitados a estes quatro casos, sem a ocorrência de nenhuma outra nova contaminação, até o dia 5 de maio (14 dias), retornaríamos a situação anterior ao dia 17 de abril, à fase de possibilidade, mas sem a ocorrência de casos efetivos no período. Seria a contenção do vírus.

Pronto. O que é ruim para Ipirá? Seria a ocorrência de um caso do Covid-19 todos os dias em Ipirá, por tempo prolongado. O que seria horroroso para Ipirá? O registro de dois casos de contaminação num dia. Isso significaria dois cartões vermelhos num mesmo jogo. É por isso que a atitude da população é fundamental, porque a precariedade de Ipirá nessa problemática é evidente.

Ipirá não suporta uma aceleração da pandemia, essa é a nossa verdade, seria o verdadeiro caos. O prefeito Marcelo Brandão não ficou com os braços cruzados e vem tomando atitudes. Como o fechamento temporário do comércio, depois de um movimento inconseqüente de ‘Abertura Já’.

Com quatro ocorrências de infecção em nosso município, qualquer fila tem o mesmo sentido de um pavio de uma bomba biológica, para ser ativada.

Foi importante a definição dos dias pares e ímpares para o acesso do transporte rural para a cidade. Isso reduz a aglomeração de pessoas nas ruas de Ipirá.

O grande e verdadeiro problema de Ipirá é a aglomeração das pessoas nas ruas. O esvaziamento das ruas é a grande prioridade. Uma tarefa que não é fácil. O prefeito MB determinou o recolhimento noturno em Ipirá, importante, mas infrutífero, quando comparado com a movimentação da cidade pelas manhãs.

Dia de quarta-feira é barril. Um verdadeiro barril invisível e imprevisível de coronavírus, numa cidade que está efetivamente infectada com quatro casos. O pavio está aceso.


Diluir a feira-livre de Ipirá, por dois ou três dias, diminuindo de tamanho, tirando do centro, organizando em bairros, no Centro de Abastecimento, com o menor número de pessoas possível. Alguma coisa tem que ser feita


É uma problemática nova, com dificuldades imensas. O que não dá para entender, de forma simplificada, são os devaneios do prefeito MB, envolvido num foguetório barulhento e fumacento pela simples reforma de uma praça, quando estamos no início de uma travessia num mar revolto e incerto.

Não dá para entender de forma racional, quando o prefeito MB afirma que vai comprar uma ambulância com U.T.I para o município, quando existem duas ambulância com U.T.I. na garagem, sem utilidade, SEM UTILIDADE, por mais de 10 anos, 10 ANOS SEM SERVENTIA. Esse é um descaso criminoso do sistema jacu & macaco que domina esse município.

Se não tem como colocá-las em uso em nosso município, que o nosso poder municipal, assuma a dificuldade ou incompetência e faça a devolução para Salvador ou Feira de Santana destas duas ambulâncias. Não seria justo para os ipiraenses, mas de grande necessidade para os baianos.

Garantir a segurança absoluta dos médicos (as) e enfermeiros (as) que estão na linha de frente no combate ao vírus, em nossa cidade, é uma obrigação irrevogável da prefeitura de Ipirá.

Retirar as aglomerações das ruas é uma tarefa do poder municipal, até mesmo para a retomada de uma abertura do comércio e outras atividades de uma maneira gradativa e segura para toda a população, o mais breve possível.

Tudo isso vai passar. Aguardamos a recuperação das pessoas infectadas em nosso município, para receberem os aplausos dos trabalhadores em saúde que estão na linha de frente, dos seus familiares, dos amigos e da comunidade.

O problema continua crescendo em sua agressividade cruel. O isolamento e a distância social é a nossa arma nesse momento.
No Brasil foram confirmados 43.592, com 2.805 mortes e recuperados 24.325

Bahia 1.644 casos 51 mortes 362 pessoas estão recuperadas 165 encontram-se internadas sendo 61 em U.T.I.

No mundo 2.592.845 confirmados mortos 179.624 recuperados 696.921


Nos estados Unidos 827.038 mortos 45.525 recuperados 75.528



segunda-feira, 20 de abril de 2020

EM TRÊS DIAS, TRÊS CASOS DE CORONAVÍRUS EM IPIRÁ

O primeiro caso, do médico José Ricardo foi notificado em Salvador; o segundo caso, uma jovem com residência em Salvador; o terceiro caso, uma pessoa que veio de São Paulo.

O prefeito Marcelo Brandão é quem define a pauta dos assuntos e das notícias no campo oficial do poder municipal. Observem que existe uma necessidade de separar Ipirá do grande tormento da epidemia: foi notificado lá; tinha residência lá; veio de lá. Uma forma de minimizar a questão principal.

É obvio que a origem não é aqui. O fato concreto, inquestionável e que se pode provar, é que os três casos mantiveram uma convivência em intimidade e familiaridade com a nossa comunidade. Este é o fato relevante, consistente e que tem que ser o fator decisivo para a tomada de medidas necessárias.

O sinal de alerta para Ipirá é vermelho. O perigo está à espreita na primeira esquina. Ninguém sabe se não existem mais casos de contaminação; diante dos casos iniciais, é provável que sim.

Podemos estar na casa das dezenas, por isso a importância do isolamento social. Tudo isso, porque o coronavírus indomável, mortífero e feroz continua avançando em todo o mundo,

Em Ipirá são três casos em três dias.

Na Bahia testes apontaram a contaminação de 1.249 pessoas, com 45 mortes.

No Brasil, são 38.654 casos confirmados de coronavírus, com 2.462 mortos.

Nos Estados Unidos são 770.564 casos e 41.114 mortos.

No mundo são 2.406.745 casos com 165.640 mortos.

A quantidade de pessoas recuperadas no mundo chega a 625.001 pessoas. No Brasil são 14.026 pacientes recuperados. São 321 pessoas recuperadas na Bahia, outras 138 estão internadas, 50 delas na U.T.I. Não existindo remédio comprovado e vacina, a melhor forma das pessoas se defenderem é o isolamento e o distanciamento social.

O prefeito MB tomou uma decisão correta, ao definir o escalonamento de acesso dos transportes da zona rural para a cidade. Uma postura coerente com a grande necessidade de esvaziar a movimentação no centro da cidade.

O retorno das restrições ao comércio demonstra a improcedência do movimento ‘abertura já’ trazendo o povo para a rua e criando uma idéia que o perigo tinha passado.

O perigo continua desumano, espantoso e assombroso, por isso temos que manter a população isolada em suas casas, por este momento, saindo para o necessário e que o comércio, fábrica, manufaturas e serviços retornem de forma gradativa e racional, com o disciplinamento e orientação da Prefeitura Municipal.

O prefeito MB continua sem apresentar uma saída para a aglomeração das quartas-feiras, o dia da feira livre semanal, que é o grande foco de aglomeração de pessoas em Ipirá. A aglomeração na fábrica de calçados seria um equívoco, neste momento, pós-contaminação no município.


Uma sugestão seria a diluição da feira em todos os outros dias da semana, com o pessoal que fica na Praça do Mercado sendo deslocado para o Centro de Abastecimento para lá trabalhar, sem pagar nada, nesse período, e as pessoas poderiam fazer suas compras qualquer outro dia, quando necessário fosse. Uma sugestão não significa que seja a única, nem a melhor. Ipirá só terá sossego, inicialmente, quando acabar com as aglomerações em suas ruas.


O prefeito MB continua com boa disposição de ânimo e com uma alegria intensa com o asfalto no centro e com a praça da Barão, demonstrando que o que ele propõe está totalmente distorcido diante da esmagadora realidade deste momento. Diante da probabilidade de um colapso na saúde pública municipal, o prefeito está em devaneio com a recuperação de uma praça.

Preocupado com sua performance política, o prefeito MB esquece um fator básico e essencial, neste momento de crise, a saúde pública.

Casos de infecções pelo coronavírus estão acontecendo em Ipirá e tem o pessoal da saúde (médicos e enfermeiras) que estão na linha de frente, no combate à doença e no atendimento aos pacientes, muitas vezes, sem equipamento individual adequado de segurança, colocando em risco sua própria saúde e, como conseqüência, a de sua família. Ipirá não está livre dessa situação.

O treinamento com essa tecnologia de respiradores é um processo demorado e adaptações, dúvidas e hesitações poderão causar transtornos graves para a equipe de saúde que atua junto aos infectados. É uma situação delicada e difícil.

Se o prefeito MB não quiser que a área disponibilizada no Hospital de Ipirá se transforme num ‘corredor da morte’, com médicos e enfermeiras trabalhando sem a devida precaução e segurança, fazendo de suas profissões uma ‘atividade suicida’, precisa agir com urgência, contratando um médico infectologista, para coordenar todo esse trabalho, se necessário for, além de dar toda a prioridade aos equipamentos de segurança dos trabalhadores de saúde, os ‘verdadeiros(as) guerreiros(as) no mundo’, neste exato momento de extrema dificuldade.

Vamos manter a serenidade e o isolamento social. Vamos ter a responsabilidade com nós mesmos e com os outros. Vale a pena lembrar que é preciso ter responsabilidade social. Esse é um princípio elementar para todos nós.

sábado, 18 de abril de 2020

CONFIRMADO PRIMEIRO CASO DE CORONAVÍRUS EM IPIRÁ


O coronavírus continua subindo o Monte Everest, está na base da montanha e tem muito chão pela frente. O total de casos confirmados no mundo: 2.240.191 pessoas, com 153.822 mortes. Encontramo-nos, ainda, na fase de aceleração descontrolada, com o bicho ganhando altura.

Nos Estados Unidos são 706.880 casos de infectados, com 36.987 mortes.

No Brasil são 34.221 casos confirmados e 2.171 mortes.

Na Bahia são 1.059 casos e 36 mortes.

Em Ipirá está confirmado o primeiro caso, embora não notificado para o nosso município.

O caso mais próximo estava em Feira de Santana, 100 km de distância, agora chegou, está na nossa área, mesmo não sendo registrado na conta de Ipirá.

Temos que considerar, desde quando, trata-se do vice-prefeito da cidade, o médico José Ricardo, um cidadão bastante conhecido no município e com grande relacionamento. Que tenha um breve restabelecimento é o desejo de todos nós.

O prefeito Marcelo Brandão, em seu comunicado pela FM, buscou passar a idéia de que Ipirá continua sem nenhum caso de infecção, mesmo diante de um caso efetivo, que teve trânsito em nosso território, assim sendo, o prefeito MB procura imitar um avestruz, que bota a cabeça dentro de um buraco para não enxergar a realidade.

Na estatística não, mas na realidade sim, o perigo bateu em nossa porta, está na nossa esquina; com tanta aglomeração na cidade, o nosso sinal de alerta é vermelho.

Talvez, o prefeito MB, tenha se colocado desse modo, para manter certa tranqüilidade no município, evidente, que não é motivo para pânico, mas a precaução tem que ser redobrada e o isolamento social continua sendo a melhor maneira de proteção contra o vírus e de controlar a epidemia.

Existe a necessidade urgente de se avaliar e se modificar o comportamento da população de Ipirá. Tem sido de indiferença, descaso e de descrédito diante do perigo que ninguém enxerga, mas só vê a bagaceira.

O centro de Ipirá está pipocando de gente, principalmente pelas manhãs. Tem excesso de gente na Praça do Mercado e, justamente, pessoas que receberam o Auxílio Emergencial do governo federal para ficar em casa.

A concentração de pessoas é um grande revigorante para o contágio. Parece que as pessoas acham que o contágio está na Lua. Não se deve dar sopa para o coronavírus.

Não é fácil tirar o povo da rua. Parece impossível acabar com as concentrações de pessoas nas ruas. Em Ipirá, com este primeiro caso, entramos numa fase de alta complexidade.

Toda a população tem que rever o seu posicionamento diante da pandemia.

O Poder Municipal tem que agir, porque estaremos diante de uma situação insustentável, caso aconteça a propagação da doença em nosso município.

Ou se acaba com a aglomeração de pessoas das ruas de Ipirá ou o estrago será imprevisível, com uma progressão geométrica no número de infectados e com o efeito dominó estraçalhando o que encontrar pela frente.
“Se o governo quer salvar vidas e retomar a economia, o caminho é aumentar os testes para coronavírus e produzir equipamentos de proteção para as pessoas poderem voltar a trabalhar mesmo enquanto o vírus está em circulação.” Essa é a recomendação do economista Paul Romer, que recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 2018.
A economia de Ipirá está no balanço da roseira. O setor coureiro está entrando no gargalo. Empresas estão despedindo funcionários. A fábrica de calçados retornará no dia 22 deste. Como será esse retorno dos operários para que possam voltar a trabalhar em segurança? Não sabemos.
Não me furto em dar opinião, nem que não seja nada disso e esteja completamente equivocado. Tem empresas que estão colocando médicos para monitorar seus funcionários de forma permanente. Um espirro já é motivo para avaliação.
No sentido de reduzir o contingente de operários na área de produção, coloco como sugestão para os próximos 30 dias, em que a contaminação está chegando ao pico no Brasil, seria a ampliação dos turnos de trabalho, com uma divisão de quatro turnos de 6h, para diminuir por quatro o número de funcionários ou até mesmo, trabalhar dia sim, dia não. Depois, desse momento crítico, as coisas voltariam à normalidade.
São idéias que podem ser sem sentido, mas é apenas o intuito e a vontade de colaborar e puxar outras sugestões, para que as coisas não sofram contratempos.
O Ministro da Saúde Henrique Mandetta já foi. Caiu na subida do pico da pandemia. A tarefa principal continua na ordem do dia: diluir o ritmo da contaminação para evitar a saturação dos serviços de saúde. Ipirá só tem seis respiradores, não suportaria o ritmo de contaminação que vigora em Feira de Santana.

O trauma da população é forte, angustiante e repetido, que os governantes não esqueçam. Sem vacina e sem remédio apropriado, mesmo assim, se recuperaram 568.343 pessoas contaminadas no planeta.

No Brasil foram recuperadas 14.026 pessoas que estavam contaminadas. Sob o ‘efeito manada’, sem as medidas do distanciamento social, em algumas projeções, teríamos 19,5 milhões de mortes. Que o exagero imploda a amnésia dos governantes de ocasião.

sábado, 11 de abril de 2020

ZONA LIVRE DO CORONAVÍRUS

O perigo continua. Os números continuam subindo a ladeira: nos Estados Unidos são 466.270 pessoas infectadas com 16.690 mortes. No Brasil são 18.397 casos confirmados e 974 mortes pela Covid-19. A Bahia chegou a 604 infectados com a doença, com 19 mortes.

Ipirá tem o selo de Zona Livre do Coronavírus, não tem nenhum caso registrado. Queremos continuar desse jeito. A população tem que contribuir para que continue assim.

Ipirá tem que ter disciplina; tem que manter a prudência; não pode escorregar na arrogância e tem que se livrar da ignorância.

Sexta-feira da Paixão 2020, quem estava em Ipirá observou um acontecimento inusitado. Ninguém subiu ao Monte Alto, que é uma tradição centenária, e a Procissão do Senhor Morto percorreu as ruas vazias da cidade, com o menor número de fieis já visto, mas com uma fé redobrada e inquebrantável de que os tempos tenebrosos são passageiros.

São circunstâncias especiais na vida da humanidade. A cidade de Ipirá vive esse pesadelo tentando se ajustar. A população de Ipirá tem cometido alguns vacilos que podem ser prejudiciais, por exemplo, está praticando a desobediência civil de forma intensiva, no formato de manada.

O grande problema de Ipirá é a aglomeração de pessoas nas ruas da cidade. Colocaram Ipirá num beco sem saída. Se ficar o bicho pega se correr o bicho come.

À tarde, a cidade está encontrando o seu ponto ideal para esse momento diferente em que vive o mundo. Pouca movimentação de pessoas nas ruas e a calmaria mostrando que as coisas estão sob controle.

Pela manhã. O descontrole é total. O centro da cidade virou um formigueiro de gente. Tem fila em toda parte. É fila na porta de banco que chega a meter medo em quem tem juízo; não falta fila em porta de loja, como se fila não representasse perigo de contaminação; é fila de farmácia, não para comprar remédio, mas para pagar boleto. Fila é um ponto vulnerável para doenças viróticas.

Num descontrole completo, o centro de Ipirá tornou-se um perigo, porque mantém uma aglomeração de gente constante e permanente e não tem quem acabe. Na parte da manhã, Ipirá é uma panela de pressão; abriu mão por completo do isolamento social e aderiu ao vamos ver o que acontece e entregou seu destino à sorte.

É um problema complexo, porque fizeram com que o Poder Municipal perdesse completamente o foco do problema. O prefeito Marcelo Brandão começou bem, suspendendo as aulas, fechando o comércio local para o ramo supérfluo, foi correto. Poderia ter uma brecha para o departamento de cobrança das lojas, seria um ponto de escape. As soluções são gradativas.

O comércio, também, não suportaria uma quarentena longa, essa é uma verdade. O poder econômico fez pressão e o prefeito MB foi obrigado a ceder. Aquele movimento do ‘Abertura já’ foi improcedente e criou uma situação em que a população entendeu que o perigo deixou de existir e a situação estava aliviada.

O ‘vem prá rua, vem’ do comércio local, tirou o povo de prisão caseira, abriu as portas e encheu as ruas, justamente, a pior coisa que poderia acontecer neste momento de pico da contaminação no Brasil.

Hoje, a grande questão é: como esvaziar as ruas de Ipirá na parte da manhã? Porque do jeito que está, só uma morte de uma pessoa graúda, por contaminação, para o povo cair na real, desmanchar o que está posto e procurar o isolamento.

Como organizar a vida nessa cidade em tempo de pandemia? É tarefa muito pesada para cair nas costas de qualquer gestor municipal para resolver sozinho.

O ponto seguro no município de Ipirá é a zona rural. Se as pessoas ficassem em suas residências rurais estariam seguras. Faça suas compras no povoado.

Como evitar que a população da zona rural venha para a cidade? Como evitar que as pessoas se aglomerem no centro? São essas questões que o poder municipal tem que buscar uma solução agora e as pessoas vão ter que colaborar, longe de jogar a culpa nas costas do prefeito.

Um exemplo: se o transporte que vem da zona rural chegasse aqui por volta das dez horas (abertura dos bancos) poderia evitar fila das 8 às 10. Se os moradores da cidade fossem aos bancos pela tarde, poderia diminuir as filas nos bancos pela manhã.

O comércio aberto em um só turno aumentou o fluxo de pessoas nas ruas. Se o comércio abrisse nos dois turnos (9às12-14às17) e os moradores da cidade deixassem para ir às compras pela tarde, diminuiria o fluxo de pessoas nas ruas. Nada é fácil e as idéias podem parecer absurdas, mas é assim mesmo, são tempos difíceis e diferentes.

Faça suas compras no mercadinho de seu bairro, não venha para o centro da cidade.

Se a movimentação de pessoas enfraquecer no centro, isso terá uma grande importância. Quanto menos movimento você criar na cidade, de moto ou de carro, será melhor para a cidade. Vamos trabalhar e comprar na surdina, de forma rápida e caceteira, sem alarido e sem balbúrdia. É o tempo passageiro que exige isso.

Agora, um grande problemão: e a fábrica de calçados? As férias antecipadas vão finalizar no dia 22. É o principal empregador do município. É a mais importante empresa do setor produtivo do município. A fábrica vive um momento delicado de recuperação judicial e essa crise veio acontecer justamente nesse momento.

O que vai acontecer? Abre ou não abre? É complicado e angustiante. Num contexto tão agudo de crise como o atual, diante do risco de contaminação, de morte e colapso gerado pelo ataque do coronavírus, o fato é que o interesse coletivo exige isolamento como instrumento para proteger vidas.

Olha a conseqüência dos fatos: quando abriram o comércio, povoaram a cidade. Agora é a abertura da fábrica. Tem que garantir trabalho, produção, emprego e renda. Vai ter que abrir de qualquer jeito? É abre ou fecha? Vamos aguardar a decisão.

Nosso município é precário em saúde. O prefeito Marcelo Brandão está requalificando uma área do Hospital Municipal para qualquer eventualidade. Para que não aconteça nenhum caso em nosso município, a melhor solução é o isolamento social.

Se acontecer um caso de contaminação em Ipirá, chegaremos a uma situação vexatória e o nosso mundo vai virar de pernas para o ar. É isso que as pessoas têm que entender de qualquer jeito.
Em Ipirá, qualquer pessoa que for contaminada vai para o ‘Corredor da Morte’; o médico e as enfermeiras que cuidarem do paciente terão grande probabilidade, grande mesmo, de ficarem contaminados; a família do paciente não escapará da contaminação. Para que nada disso ocorra, o melhor caminho é o isolamento social.

Tirar o povo da rua. Evitar aglomeração. Manter o isolamento social. Comércio aberto e o povo dentro de casa é o melhor remédio para este momento.

O Poder Municipal tem a obrigação de ter um planejamento para a questão do abastecimento da população, discutir e monitorar isso com os comerciantes do ramo, desde já. Essa questão envolve a feira livre.

Tem que haver uma orientação para os ambulantes receberem o auxílio de 600 reais para ficarem em casa, quem sair perde a ajuda. Tem países que o Estado está pagando a folha salarial mensal de pequenas empresas, para não ter desemprego.

Vivemos um período difícil, contra um inimigo avassalador, que ninguém vê, mas a prudência manda ter muita calma neste momento. Não adianta querer buscar culpados, para atirar pedras. Somos todos responsáveis por buscar saídas.

Quem vai dizer que o fogo está brando e o incêndio está controlado, não é a abertura do comércio, mas o retorno às aulas, mas de um jeito ou de outro, estamos entrando numa nova realidade e o protocolo do mundo não será o mesmo que foi um dia.




terça-feira, 7 de abril de 2020

OLHA O CORONAVÍRUS AÍ, GENTE!


O centro de Ipirá transformou-se numa bomba bacteriológica, só falta o vírus. Tem tudo o que o vírus gosta e necessita para proliferar, a aglomeração de gente. Carrega uma pavimentação favorável ao ataque de uma carga viral alta, sua população não acredita que isso possa acontecer.

Não acreditando que o vírus ataque, vem o relaxamento completo. A prioridade de Ipirá é o isolamento social. O que evita a contaminação da comunidade é o isolamento social. A tarefa principal do Poder Público Municipal e autoridades é tirar o povo da rua. Acabar com as aglomerações é o único remédio contra uma doença que não tem vacina nem remédio.

Aconteceu o contrário. O comércio local fez pressão e puxou o cordão do ‘Vem prá rua, vem’. A população achou que a abertura do comércio foi um salvo-conduto para transitar livremente, porque o perigo passou ou deixou de existir. Ledo engano.

Tudo isso acontecendo na semana (5 a 20 de abril) mais importante e decisiva para se evitar a proliferação da contaminação da doença, que está em fase de ascensão. É preciso barrar esse crescimento, que é o que aterroriza o sistema de saúde de qualquer país.

A humanidade está em guerra contra um verdadeiro terror, um inimigo perigoso, um vírus, que é coisa da natureza. No Brasil são 12.244 casos e 566 mortes. Nos EUA são 367.772 casos e 10.966 mortos. Israel 9.006 casos e 59 mortos, porque jogou pesado no isolamento.

O presidente Trump disse: "Precisamos das máscaras. Não queremos outros conseguindo máscaras... não quer outros conseguindoequipamentos que significam a salvação de pessoas, como máscaras e respiradores. Uma estupidez sem limites.

Num momento de crise humanitária, diante de um perigo iminente, que dizima vidas humanas, um presidente não pode ser um estúpido e tresloucado, ele tem que ter sensibilidade para submeter-se à sensatez, ao bom senso e às lições da ciência. Isso é um ato de amor. O isolamento social, neste momento a que nada é comparável, é um ato de amor ao próximo. O mundo precisa de estadista à altura de seu povo e da humanidade.

Neste momento, em Ipirá, é urgente e necessário que se desative a aglomeração da Praça do Mercado e das filas que ordinariamente tomaram conta da cidade. É fila pra todo lado, significando que tem muita gente onde não deveria ter.

Um exemplo para contribuir. São cinco vans fazendo a linha da região do Malhador para Ipirá. Não seria melhor uma por dia, com revezamento; ao invés de passageiros, pegando a lista de compra das pessoas da comunidade, fazendo suas compras no comércio local e cobrando o transporte. Na China, o local do foco, o isolamento social foi o fator determinante para o combate à doença. Em Milão, por falta do isolamento o casqueiro foi grande.

O lugar mais seguro do município de Ipirá são as fazendas, depois os povoados. O lugar mais perigoso de Ipirá é a Praça do Mercado e o calçadão da Farmácia Santana, por causa do aglomerado de gente. Tirar o povo da rua é a tarefa principal do poder municipal para evitar o pior.

O que seria pior do que isto? Uma só infecção seria terrível. Uma morte de uma pessoa contaminada seria desastroso.

O sistema de saúde do município de Ipirá não tem nenhuma condição de suporte para uma pessoa contaminada. Seria morte certa. O médico e as enfermeiras da linha de frente, que atendessem a esse paciente teriam grandes probabilidades de serem contaminadas. O pessoal da funerária que pegasse esse corpo, para colocar num saco, teria grande chance de ser contaminado. A família não poderia se despedir. A pandemia do coronavírus é uma catástrofe em todos os sentidos, até no medo.

É um medo carregado de preconceito, de indiferença e de estigma contra a localidade onde acontecer um óbito. ‘Veio de São Paulo! Eu quero é distância.” Pode ser a pessoa mais sadia do mundo.

O comércio de Ipirá e o prefeito Marcelo Brandão têm em suas mãos a obrigação de desativar essa bomba bacteriológica que é a Praça do Mercado de Ipirá. O povo na rua é um perigo potencial para toda a comunidade.

O pior para a comunidade de Ipirá seria uma infecção. Uma morte contaminada seria o colapso do comércio de Ipirá, que, também, seria uma vítima à altura da contaminação do falecido. Seria um falecimento do comércio por muito tempo, bem maior do que alguns dias.

É preciso que a gente entenda do perigo que vivemos e não podemos fugir da margem de segurança. Esvaziar as ruas de Ipirá é uma necessidade primária e urgente. O povo tem que sair das ruas.

A nossa indiferença e irresponsabilidade colocam em risco as pessoas de dentro da nossa casa; colocam em perigo os médicos e enfermeiras que vão cuidar dos nossos. E se eles se recusarem a cuidar dos nossos parentes? Serão vistos como irresponsáveis por não tentarem salvar as vítimas da nossa irresponsabilidade?

Eu poderia estar colocando que o prefeito Marcelo Brandão é bom e caridoso com os ambulantes e comerciantes de Ipirá, mas é de uma perversidade ingrata com os donos de bares e lanchonetes, que estão falindo com seus decretos, por isso tem que abrir todo segmento comercial de Ipirá. Seria um argumento falacioso e impróprio.

O primordial no momento de pico da doença é a população seguir a orientação do Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, que é o isolamento social. O auxílio de 600 reais é para o ambulante ficar em casa. Fique em casa, só saia para o necessário e ganhe para isso.

O prefeito municipal e o comércio de Ipirá têm que fazer um esforço conjunto para salvaguardar a integridade da população para que nossa comunidade venda saúde, neste momento de crise na saúde pública, porque amanhã, esta comunidade vai ter o dever de salvar o comércio de Ipirá da crise econômica que se aproxima firme e forte.

Não posso negar que o prefeito Marcelo Brandão teve atitude coerente diante do problema complexo e nunca visto, se não o tivesse, eu também diria. A pressão econômica no momento mais importante para o controle do crescimento desenfreado da contaminação foi grande e o prefeito MB cedeu. Abriu o comércio. Continua em pauta a tarefa de esvaziar as ruas.

O prefeito MB, que gosta de pensar nas nuvens, poderia muito bem, o que eu não acredito de jeito nenhum e isso ele não vai fazer de maneira alguma, mas eu estou especulando, tomar uma atitude para alavancar as vendas do comércio de Ipirá e botar nas alturas, coisa nunca vista, com lotação de 200% na hotelaria da cidade. Com todo mundo ganhando muito dinheiro e tirando o jumento da sombra.

Seria comerciante sorrindo à toa. O prefeito MB aproveitaria este momento, em que cachê de banda de axé e pagode foi lá prá baixo e contrataria os melhores cantores (os irresponsáveis, naturalmente) da Bahia e fazer a melhor e maior micareta do Brasil. Uma multidão no circuito.

Os comerciantes de Ipirá são empresários responsáveis não iriam aceitar isso. O prefeito MB tem responsabilidade não iria fazer isso e a população não acataria isso. 

Não tenham dúvidas, os comerciantes de Ipirá, o prefeito MB e a população de Ipirá estão todos no mesmo barco, buscando uma saída para este momento difícil. Muita serenidade, porque esta tempestade não veio para ficar. A ciência não nos faltará. Por enquanto, vamos fazer a nossa parte. Vamos evitar o ‘Vem prá rua, vem!’ na voz da tentação, do vírus ou do diabo.

domingo, 5 de abril de 2020

CORONAVÍRUS É BOCA DE ZERO NOVE


“Ao menos 820 funcionários de hospitais da cidade de São Paulo foram afastados do trabalho porque estão contaminados com o novo coronavírus.”

No Brasil, o pior da pandemia, o seu ponto extremo na curva de infecção vai acontecer agora em abril, a partir desse domingo (5/4). É justamente o momento decisivo para sua contenção ou senão, ele avança mais ainda. É uma espécie de tudo ou nada, ou barra ou a dificuldade vai se prolongar por meses. É um momento de calma e de tirar o povo da rua.

É justamente nesse momento decisivo, que aparece a proposta de abrir completamente o comércio de Ipirá, num liberar geral. É muita inconseqüência e impulsividade. É não entender que, nesse momento, agora, o comércio, aqui e acolá, mudou e muito.

O comércio nesse instante, neste exato momento, vive uma situação fora do comum, de clima de guerra, em que a humanidade enfrenta um inimigo avassalador, assim sendo, é preciso que se tenha muita serenidade e não se passe uma mensagem equivocada, de forma apressada, como se fosse uma única solução.

Neste exato momento, o comércio mudou, sendo que, a preocupação da grande maioria das pessoas é comprar remédio, alimento e não supérfluo. Alimento e não roupa e sapato. Porque é um momento atípico.

Abrir o comércio, na afirmativa de garantir o emprego é muito singular, porque mesmo abrindo o comércio hoje, como é proposto, o comércio vai demitir, porque a crise econômica é uma realidade inevitável e vai continuar por tempo afora.

É uma crise do sistema capitalista, antecipada e provocada pelo surgimento de um vírus, que afeta a estrutura econômica produtiva do mundo. O turismo foi completamente abalado; o setor de aviação paralisou; a rede hoteleira parou. É assim que a roda vai girando, sob o espectro da morte de milhares ou milhões de pessoas.

Ninguém pode dizer que não vai acontecer ou vai acontecer em Ipirá. Ninguém tem bola de cristal. Esse é o grande problema. Caso fosse possível ser diferente seria fácil tomar as devidas e corretas providências.

Ninguém pode negar que o prefeito Marcelo Brandão teve atitude, não ficou com os braços cruzados e baixou os decretos dentro da necessidade do momento. O comércio de Ipirá colaborou imensamente, até acima do seu fôlego. É inegável.

Agora, as ruas de Ipirá estão formigando de gente, esse é o grande problema. Essa aglomeração é um perigo, significa o pavio curto de uma bomba para a contaminação e para a morte.

Acabar com a aglomeração tem sido um problema no mundo. A Rússia, em algumas cidades, colocou leões na rua. No Peru, os homens podem sair segunda, quarta e sexta; as mulheres na terça, quinta e sábado. Na Índia, a polícia tá baixando o cacete em quem fica na rua. O presidente das Filipinas mandou atirar para matar quem descumprir regras de isolamento social. Nos morros do Rio de Janeiro, os traficantes deram ordens para a população ficar dentro de casa.

Em Ipirá, não tem um gestor, macaco ou jacu, que consiga conter o povo dentro de casa. É uma questão de sobrevivência. Não sendo, desta forma, motivo para servir de argumento de que o prefeito Marcelo Brandão é justo com os ambulantes e injusto com os lojistas que têm suas lojas fechadas.

O grande equívoco da população de Ipirá é deixar o prefeito Marcelo Brandão pensar e agir sozinho como se fosse o dono dessa fazenda. É justamente nesse momento, que ele entra em euforia e se coloca como o bam bam bam, o ‘salvador da pátria,’ como ‘sua excelência, a autoridade,’ que resolve tudo e soluciona todos os problemas.

O Prefeito MB fez dois hospitais de campanha em Ipirá (dizendo ele) e tem condições de enfrentar a doença. A morte é mais evidente do que a solução apresentada pelo prefeito MB. Que não aconteça nada.

O prefeito MB tem uma tarefa clara nesse momento: é reduzir, diminuir as aglomerações nas ruas de Ipirá. Tem que usar a criatividade para buscar a solução. Abrir o comércio geral é fomentar e conformar-se com as aglomerações.

Forçar o prefeito Marcelo Brandão a decretar a abertura geral e irrestrita do comércio nesse instante tem o mesmo sentido de baixar um decreto legalizando as aglomerações, como se o perigo não existisse.

Fazer a defesa da abertura do comércio nesse devido momento, significa desmerecer as devidas precauções que devem existir para proteger a população. O poder municipal tem o dever de proteger o seu povo.

Se a pressão é pela abertura do comércio, que exige movimento de gente livremente na rua, quanto mais aglomeração melhor, então, estará tirando do prefeito MB a principal obrigação dele nesse momento e isentando-o da responsabilidade de seus atos, que é fazer o possível para evitar aglomeração nas ruas de Ipirá.

Não tendo mais o prefeito Marcelo Brandão a obrigação de evitar aglomerações nas ruas de Ipirá e o comércio escancarado querendo movimento de gente nas ruas, significa passar um salvo-conduto para o prefeito MB, que não terá nenhuma obrigação para conduzir o processo de resguardo da população e o prefeito poderá lavar as mãos. ‘Vocês querem assim, é com vocês,’ poderá dizer o prefeito.

Quem será o responsável? Até o exato momento é o prefeito MB. Pressionado a escancarar todo o comércio; quem o pressiona exime o prefeito MB de qualquer responsabilidade pelo que venha acontecer, pelo bem ou pelo mal. Quem vai assumir toda e qualquer responsabilidade pelo que possa acontecer?

Ipirá está livre? Não. Pode acontecer algum caso em Ipirá? Pode e não pode, ninguém tem convicção do que estar por acontecer. Uma coisa é certa. Um mundo todo está debaixo de uma tempestade. Não é hora de relaxar. Feira de Santana tem 19 casos e aconteceu uma morte em Utinga.

No Brasil são 9.391 casos infectados com 377 mortos. O problema da pandemia é muito sério. O Brasil já está necessitando de médicos, insumos e equipamentos na rede pública de saúde para o combate da pandemia. Qualquer aperto poderá levar o sistema a entra em colapso. Não existe UTI em número extensivo. Estamos no fio da navalha.

Na linha de frente estão médicos e o pessoal da enfermagem colocando suas vidas em risco, num ato de reconhecimento pela coragem, dedicação e sacrifício de todos que estão atendendo os pacientes. Isso já é o suficiente para as pessoas manterem a serenidade e a tranqüilidade. Essa tempestade vai passar, por mais que esteja no seu grau mais elevado.