quarta-feira, 23 de outubro de 2024

DEZ A CINCO

A macacada fez dez vereadores e a jacuzada cinco. Afirmar isso de forma perene, definitiva e decisiva como o resultado verdadeiro e válido, ao mesmo tempo, digno de aprovação e de aplauso significa defender a vontade e o desejo do prefeito eleito Thiago do Vale depois do pleito de outubro de 2024.

 

Tudo depende da maré, da ventania e da fase da Lua. Nem tudo é o que se vê, muito menos o que se quer. Olhando pelo avesso do avesso, o jogo é jogado e haverá sempre uma cobra cascavel com o bote armado e em posição de enfiar as garras na jugular do poder, principalmente do lado coligado.

 

Assim é o processo. Cada vereador viveu uma situação específica. Alguns sem apoio do poder e das suas devidas majoritária foram obrigados a fazerem das tripas um verdadeiro coração para atingir um objetivo, mas chegaram e foram eleitos.

 

Exemplificando, para você leitor deste blog, ter uma noção da complexidade que envolve o problema. Vou pegar dois exemplos de cada lado:

 

Pela situação, o vereador Eki, que não teve apoio da cúpula dos macacos, inclusive armaram uma ‘cocó’ para minar e lascar a sua eleição, colocando candidatos de porta travessa com essa finalidade. Agora, depois do vereador eleito, amarram, engaiolam e querem cativar o vereador ao grupo dos dez. É assim? É fácil assim?

 

O vereador Jaildo do Bonfim que tem larga experiência como parlamentar é enquadrado e ferrado como pertencente ao grupo dos dez de forma inquestionável e indiscutível, colocando-o como um cego num tiroteio, num túnel escuro, até mesmo, tirando o brio, o bom senso e a liberdade do vereador. É desse jeito? É assim que o sino toca?

 

Pelo lado da oposição: a vereadora Luma Gusmão, que foi a grande revelação da Legislação que finda ao final de dezembro é colocada no grupo dos cinco de forma taxativa e carimbada, negando-lhe qualquer chance de ser uma vereadora independente, que trave o bom combate em benefício do interesse da população ipiraense e do município de Ipirá.

 

O vereador Laelson Neves, que tem uma noção clara e uma posição firme contra o sistema atrasado do jacu e macaco que tantos malefícios tem provocado a esse município, está sendo amarrado, preso e confinado no grupo dos cinco, liderado por uma jacuzada, que está na UTI, no último sopro de vida, para depois, ser colocada num buraco com sete palmos com muita terra na cara. Será que o vereador tem que pertencer definitivamente a esse grupo dos cinco? Será que o vereador não pode ser livre e independente em benefício de Ipirá?

 

Será que o 10 a 5 é dez a cinco mesmo? Pelo que diz o prefeito eleito Thiago do Vale os vencedores do pleito eleitoral fazem parte do grupo do bem, do amor, do progresso de Ipirá, naturalmente, quem não estiver nessa banda faz parte do grupo do mal, da ave agourenta e contra o progresso. Será que é desse jeito? Ou é desse jeito que começa o discurso do ódio?

 

Uma coisa é certa. O prefeito Dudy faltou com a palavra e não cumpriu com sua maior promessa de campanha: a prestação das contas da prefeitura em praça pública. Falhou e deu chabu. 


O prefeito eleito Thiago do Vale disse que não há necessidade de auditoria na prefeitura, que sua gestão vai ensinar o povo a fiscalizar as contas da prefeitura. Aguardamos, que não embuche como o prefeito Dudy.

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

É NÓIS QUI MANDA EM IPIRÁ

Quando você participa de uma marmelada você não sente o gosto, mas quando você prova um pedaço de marmelada, aí você sente o gosto amargo.

 

A primeira e grande desculpa dada pelo líder do grupo jacu foi simplesmente esfarrapada: “gastaram muito dinheiro!”

 

Quem ficar olhando só pelo lado do financeiro vai ficar zarolho. A culpa foi do dinheiro gasto pela macacada. Tudo bem! Vamos considerar o dinheiro gasto como primordial e determinante.

 

Daí, podemos indagar: por que dona Nina não tirou 5 milhões da bolsa de madame? Por que a jacuzada não colocou 5 milhões na mesa para a campanha? Estamos falando de dinheiro para vencer uma campanha.

 

Vou ser mais claro: a candidata Nina esperava que a jacuzada ajudasse a bancar a campanha e a jacuzada esperava que dona Nina trouxesse dinheiro para a campanha. Nem uma coisa nem outra.

 

Financeiramente a campanha da jacuzada ficou chupando dedo e fez uma campanha de freio de mão puxado, amarrada, devagar ou devagarinho. O jacu virou bicho-preguiça. Quem te viu e quem te vê numa lata de marmelada.

 

Se não apareceu esse dinheiro era porque tinha ‘dois lisos’ (candidata e grupo) pela jacuzada querendo ganhar uma prefeitura ou ‘dois lisos de um lado’ participando de uma marmelada. Tudo bem, que não seja isso!

 

Mas, convenhamos que a sentença ‘do dinheiro é tudo e determinante’ seja verdadeira e preponderante, então, nesse caso, diante disso, o grupo da jacuzada pode arrumar as trouxas e ir para a casa do chapéu, porque para papar a prefeitura de Ipirá é preciso muito cabedal, mas não é pouco não!

 

O mandato vindouro controlará mais de 1 bilhão de reais. Meio bilhão de reais será oferecido a um grupinho de menos de vinte empresários. Desse esquema sai brincando 10 milhões de reais para a próxima campanha de prefeito em 2028. Se a narrativa do dinheiro é tudo e define quem toma o poder, será que tem como a jacuzada bater testa em 2028? Tem que jogar muito na loteria.

 

Tudo é decidido pelo dinheiro. Pelo argumento do líder da jacuzada, o seu grupo já jogou a água e a criança fora após o banho. Como juntar tanto dinheiro para enfrentar a macacada? Essa é a grande tarefa do grupo; uma coisa praticamente impossível.

 

A outra vertente significativa é a questão política. Nesse aspecto o líder da jacuzada não entra nem passando cuspe, porque não interessa mostrar que seu grupo jacu entrou em parafuso e não tem saída.

 

Quando o grupo jacu estava de boa (nem era jacu), era no tempo que seguia a linha política progressista botou a maior frente política até então presenciada na política local. ‘Vavá Cabila’ perdeu com mais de quatro mil votos de frente e, quando candidato, pegou um gato morto, botou num buraco e tocou fogo e nem desse jeito virou candidato competitivo.

 

Imagine uma candidata que tomou a maior surra eleitoral já vista em Ipirá, de 10.973 votos numa eleição municipal. Se ela enterrasse um elefante-vivo num buraco e tocasse fogo não conseguiria virar uma candidata de verdade, com poder de competição. O grupo jacu é esse elefante.

 

Se você tem necessidade de um ponto de partida para esse atropelamento, tenha na adesão de Delorme Martins à ditadura militar a sua primeira marcha.

 

Mais adiante, observe bem: em Ipirá, Lula ganhou no primeiro turno na sua primeira eleição em 1988 e perdeu no segundo. Jaques Wagner quando foi governador, ganhou em Ipirá e jacu e macaco estavam no mesmo palanque com Paulo Souto.

 

Contando com o apoio do macaco vieram as vitórias de JW no segundo mandato e nos dois mandatos de Rui Costa. Na última eleição a vitória de Lula em Ipirá ficou na casa de 77,99% (1º. Turno) e 80,32% (2º. Turno).

 

Porrada no lombo da jacuzada foi a vitória de Jerônimo, em Ipirá, com 61,27% (1º. Turno) e 61,84% (2º. Turno) contra 32,86% de Neto (1º. Turno) e 38,16% no (2º. Turno).

 

Observe: ACM Neto teve em Ipirá, 13.423 votos (38,16%) no 2º. Turno, (com 35.174 votos válidos) enquanto a candidata Nina Gomes teve 12.311 votos (34,59%) numa eleição municipal, (com 35.595 votos válidos).

 

Nesse período, de coligação com o governo do Estado, a macacada ganhou 16 anos (contando esse mandato de Thiago) e a jacuzada 4 anos (mandato de MB), de lá prá cá, a jacuzada tomou duas lapadas seguidas no lombo, uma de mais de 6 e outra de quase onze mil votos. Aí é necessário saber quem perdeu com essas derrotas estratosféricas.

 

Primeiro, os candidatos que encabeçaram as derrotas com lavagens monumentais: Marcelo Brandão e dona Nina Gomes, com o famoso slogan “candidatos nunca mais”. O ex-deputado Jurandy Oliveira com sua aposentadoria definitiva. O líder Luiz Carlos Martins que ficou num mato sem cachorro, num grupo cada vez mais esfacelado, deteriorado e sem rumo. Qual é a única esperança a curto prazo? A derrota do governo da Bahia. Caso contrário, terá outra paulada no lombo no próximo pleito municipal.

 

No campo vitorioso: o único nome, em Ipirá, que se estabeleceu em condições favoráveis para uma disputa eleitoral para a Assembléia Legislativa da Bahia é o do atual prefeito Dudy, que poderá abocanhar a votação do prefeito eleito Thiago, 65% dos votos, menos a Federação (PT, PCdoB e PV) que apoiará seus candidatos.

 

O prefeito eleito Thiago do Vale que ficou numa saia justa para atender a tantos interesses no pátio da prefeitura. O líder Antônio Colonnezi, o grande representante da velha política, que espera chupar o tutano sem morder o osso, tendo na sua cola o poderoso chefão Diomário Sá e o vice-prefeito Deteval Brandão de prontidão para mandar o ‘homem de pijama’ procurar o seu lugar na parte traseira do ônibus da vitória.

 

Ainda no campo vitorioso, retornando para casa dos Oliveiras e com muitos motivos para não ficar na casa contrária dos Martins (pelo bem de quem?), aparecerá dona Nina Gomes para dar uma boa notícia e receber uma recompensa: “hoje, eu estou em condições e posso dar uma grande notícia, a jacuzada está lisa, quebrada, lascada e não tem cabedal para bancar uma eleição. Agora é nóis na prefeitura.”
 

terça-feira, 8 de outubro de 2024

OS VEREADORES ELEITOS EM IPIRÁ

Ipirá tem inscritos 48.556 eleitores. Desse total 19,66% não compareceram. Trocando em miúdos: eu e 9.543 não compareceram na boca da urna.

 

Teve mais votos válidos para vereadores do que para prefeito. Para prefeito foram 35.595 e para vereadores 36.995. Por quê?

 

Nenhum vereador alcançou o coeficiente sozinho. Nenhum, mesmo! Então vai por água abaixo essa narrativa utilizada de que “fui eleito com o voto dos amigos, não devo minha eleição a nenhum chefe político”. Ao chefe político está certo, mas dependeu diretamente da totalidade dos votos de seus companheiros de chapa. Minha análise vai demonstrar isso.

 

Na defesa do voto de vereador do eleitor que não sabe votar, nada melhor do que “bote 13 e confirma no primeiro voto; bote 13 no segundo voto e confirma”. Entendeste, cara pálida? Salva o de vereador e perde o de prefeito (não tem prefeito 13). OK? Por que o TSE não divulgou os votos de legenda para vereadores? É uma incógnita! Será que não houve voto de legenda? Foi um dos motivos (entre outros) de ter mais voto de vereador do que de prefeito.

 

O jogo do Bahia x Flamengo teve mais torcedores na Fonte Nova do que votantes em Ipirá. Mais de 41 mil torcedores na FN; só votaram 39.012 eleitores (80,34%) em Ipirá.

 

Nulo para vereador 1.466 votos, mas para prefeito foram 1.129 a mais, num total de 2.595 votos. Brancos para vereadores foram 551 votos, para prefeito foram 822.

 

Você pode pensar que número não tem explicação. Tudo bem! Agora, que existe um número que é fatal, impiedoso e decisivo; lá isso tem! Pegue os votos válidos para vereadores em Ipirá (36.995) e divida por 15 cadeiras na Câmara de Vereadores. Pintou na área o coeficiente eleitoral de 2.466. A chapa que alcançar esse número faz o primeiro vereador.

 

A chapa do Agir teve 1.263 votos e ficou longe do coeficiente; então, jogou os votos fora. Qual foi a estratégia que eles utilizaram? Parece que nem pensaram em estratégia. Com quatro candidatos tiveram 1.024 votos e lançaram nove candidatos com menos de 100 votos. Desse jeito, nem com dez eleições eles vão conseguir eleger um vereador.

 

Vamos ao partido que brocou nas eleições para vereadores em Ipirá. Aqui entrou um jogo de interesse da cúpula da macacada, um jogo de carta marcada da fazer inveja ao jogador Paquetá no jogo da Bet. O esquema estava montado e a bolha foi furada por Roni e Marcelo (com apoio de Deteval). Eki saltou uma cerca de arame farpado, armaram uma arapuca, mas ele conseguiu escapar. Os vereadores Miranda e Weima Fraga nadaram com braçadas próprias; sem ajuda naufragaram. Damaceno foi escolhido como o coelho da maratona eleitoral. Sem o chapão, os três estariam eleitos numa divisão de chapas. O PSD teve 12.658 votos para seis vagas.

 

Quem teve a melhor estratégia para as eleições de vereador em Ipirá foi o partido Avante, que colocou 11 candidaturas com potencial acima de 248 votos e 3 abaixo de 134 votos. Faturou 5.452 votos (segundo mais votado). Fez dois vereadores.

 

A Federação Brasil Esperança (PT, PCdoB, PV) antes do pleito 2024 tinha 3 vereadores, saiu do pleito com 2. Confesso que errei. Calculei que a federação só faria um vereador. O raciocínio é simples:

 

Juntos (PT e PCdoB) sempre fizeram um vereador. Sem o PV de Jaildo, o PT e o PCdoB ficaria com 3.366 (poderia ficar com dois vereadores). Com a participação do PV de Jaildo do Bonfim a federação teve 4.986 votos.

 

Qual era o meu cálculo e onde mora o meu erro: alguns petistas diziam que Jaildo estava desgastado no Bonfim e ficaria com mil votos, sendo que seria ultrapassado por um petista. A ultrapassagem estava proibida e era impossível que isso acontecesse. Eu acreditava nisso.

 

Mas aconteceu que o vereador Jaildo ficou no seu patamar de votação 1.589 votos e seria eleito em qualquer chapa que participasse. O PCdoB caiu de uma votação de 2.300 votos para 1.067 votos. E quem salvou o PV e o PCdoB para que eles elegessem dois vereadores?

 

O PT de Ipirá que não atingiu o coeficiente de 2.466 votos para fazer um vereador, mas subiu sua votação para 2.299 votos (eleição passada 1800 votos) para ajudar a eleger Jaildo do PV com 1.589 e Petson do PCdoB com 594 votos.

 

Mesmo sendo o partido do presidente e do governador o PT de Ipirá não consegue eleger um vereador em Ipirá, mas também, não é o caso e não tem importância, o PT de Ipirá não faz questão de ter vereador, ele faz questão é de possuir secretarias para preparar uma futura vereança. Assim sendo, por que quem botou a cara ao Sol em busca do voto não tem a prioridade na ocupação da secretaria? Nada mais do que uma reflexão.

 

O erro de trajetória da jacuzada na eleição para vereadores foi flagrante, primário e desastroso. Quem foi a cabeça pensante que capitaneou esse desastre? Não saíram com o chapão (MDB – 3.887) + (União – 2.675) + (PDT – 3.808) + Rep. 434) total de 10.804, que elegeria (possivelmente) 6 vereadores.

 

O escorrego foi fatal. A chapa do MDB teve 3.887 votos. Colocaram Divanilson (1.494) Laelson (1.105) e Mundinho (946) com 1 candidato de 150 votos e 9 abaixo de 44 votos. Aí parceiro! Os três teriam que quebrar a boca do balão com uma enxurrada de votos ou sobraria um (Mundinho de NB), que foi o que aconteceu, porque a turma de baixo não conseguiu encher uma capanga de votos. Quem bolou essa chapa fez com que Mundinho de NB perdesse o mandato.

 

A grande decepção das Eleição para vereadores em 2024 no município de Ipirá foi o União Brasil. Conseguiram atingir o coeficiente de 2.466 votos, mas só tiveram 2.675 votos. O pior desempenho dos que atingiram o número mágico. O que foi que aconteceu? Um desastre (só 209 votos a +). Houve uma queda medonha na votação da chapa. Só fez um vereador.

 

André pisou numa casca de banana e sua votação caiu para 1.044 votos. Suíta ficou com 713 votos e votação de Mundinho do SR foi 497 votos, extremamente baixa. Aí fizeram o quê para ajudar os três? Colocaram 1 candidato de 154 votos e 9 candidatos abaixo de 62 votos (ô ajuda da desgraça!). Os três falharam. Resultado a vereança de André se salvou por 209 votos de Suíta, que perdeu a cadeira de vereador.

 

Todos esperavam que a sensação das Eleições para vereadores acontecesse no Bonfim, com o filme de caubói, como diziam os meninos catingueiros no tempo que Ipirá tinha cinema. Quem acompanhou pelo TSE conseguiu vivenciar grandes emoções na disputa entre Raimundo e Luma, que a cúpula da macacada queria ver longe da Câmara de Vereadores. Por quê?

 

A estratégia correta foi a do PDT, que teve 3.808 votos. Luma saiu na frente, Raimundo do Malhador ficou atrás. Na segunda parcial, Luma continuou na frente com Raimundo do M fungando no cangote. Na terceira parcial, Luma avançou e Raimundo do M encostou. Na última parcial, Luma ultrapassou mil votos, Raimundo também. Luma ficou com 1020 votos e Raimundo do M com 1.130, Raimundo estava eleito.

 

A votação de Ernesto de NB falhou (228 votos). Mas a chapa foi bem montada com 4 candidatos acima de 228 votos e 6 candidatos abaixo de 106 votos, com o PDT fazendo 2 vereadores. A vereadora Luma estava reeleita. Se Luma estivesse na federação, a votação da federação seria de 6.006 votos, com três vereadores.

 

Domingo, 7 h da manhã, em Stella, a rua que vai para a praia, estava completamente tomada de santinhos de candidatos no chão. Fiz um cálculo de mais de 30 mil santinhos. Pensei: “isso aqui é voto ou lixo com o dinheiro do Fundo Partidário?” Logo, em seguida, imaginei: “se o jegue 90 estivesse aqui para comer esses 30 mil votos estaria eleito prefeito, melhor do que comer duas panelas de marmelada em Ipirá, que vai dar uma caganeira de 4 anos na população.”