domingo, 22 de dezembro de 2013

BALANÇO, BALANCINHO, BALANCETE. (parte 1)




Palavras do prefeito Ademildo no último programa do rádio: “Não tem nada mais importante para uma gestão pública do que a retidão e a transparência...” Falou mais: “Estamos exatamente nesse caminho de fazer uma administração extremamente diferenciada, talvez não tenha existido num nível de comprometimento nesse patamar antes”. Falou nestes termos.

Uma coisa é certa, trata-se do balanço de um ano da gestão, que começou com a renunciante e teve continuidade com o vice. Até mesmo porque, essa gestão é um seguimento de oito anos do prefeito anterior, inclusive muitas das obras citadas e inauguradas começaram na gestão de Diomário, assim sendo, o período do ‘incômodo inerente à profissão que se pratica’ também faz parte da gestão. Assim estabelecido, podemos garantir que é um ano de governo.

Isso aconteceu: entrega de quase mil casas populares esse ano, realçou a forma pela qual essas casas foram distribuídas, com a seleção de pessoas ocorrendo na mais absoluta transparência. Eu fico imaginando no tempo de Diomário, foi um panavueiro, até o sorteio era dirigido. Era o maior casqueiro.

Limpeza de inúmeras aguadas de grande porte, que levaram de 10 a 15 dias para serem limpas e foram mais de 50 aguadas públicas. Eu não imaginava que Ipirá tinha tanta aguada pública e ainda existe a necessidade de construir quatro grandes açudes. Essa limpeza foi providencial. No tempo de Diomário era a maior dificuldade para limpar uma aguada, a da Lagoa das Pedras só aconteceu depois da ameaça da perda de votos.

Recuperação de centenas de quilômetros de estradas rurais; vai ter que fazer tudo novamente, porque as chuvas criaram os atoleiros, mas é melhor assim, é o tipo de recuperação que podemos chamar de bem-vinda.

Promoveu a construção de um hipódromo e teve uma corrida de porte nacional, outra só daqui a ... ‘Só Deus sabe quando’. Os outros prefeitos não fizeram nem corrida de jegue.

O sucesso da primeira Feira do Couro, já comentei em dois artigos abaixo.

Conclusão da construção do PSF do Vida Nova; reforma do PSF do  Coração de Maria e do João Velho. Incrível a quantidade de reforma que é necessário se fazer nas obras de Diomário. É inacreditável.

Conclusão da quadra coberta do Pau Ferro. Reforma das quadras do Fomento, do Malhador; construção da quadra de Umburanas. Conclusão da quadra descoberta do povoado Vida Nova.

Foi feito o calçamento das imediações do cemitério; do Paladar; do Centro de Abastecimento, no entorno do mercado de farinha; pavimentação de inúmeras ruas aqui na sede e recuperação de centenas de centenas de milhares de metros quadrado de calçamento. Essas fotos postadas são de um desses calçamentos que não agüentou a primeira chuva que recebeu no meio da testa. A verba para calçamento é algo em torno de R$ 751.494,67 reais.

Compra de três carros estradas para secretarias; presente do governo federal uma patrol, uma retroescavadeira, um caminhão pipa e um ônibus escolar. Compra com recursos próprios de um micro ônibus para a Assistência Social e outro para as pessoas que fazem hemodiálise em Feira de Santana.

Reforma dos sanitários do Mercado de Arte (quanta reforma!); transporte coletivo (é público ou privado?); ciclovia; o calçadão do beco de Hélio; o enlarguecimento da praça São José; o enviesado da avenida (rampa embaixo da sinaleira), feio prá burro, mas que tem certa utilidade, lá isso tem.

Colocação de um transporte universitário; compra do terreno para o Campus Universitário; conclusão do prédio da Coordenadoria da Educação e da Escola do Trapiá; compra de muitos e muitos terrenos para a construção de escola (Ipirá tem tanta necessidade de prédio?) e vai ter inicio muitas reformas de prédio escolares.

Tudo isso aí em cima é concreto e real. É só isso. Até mesmo o bate-cabeça, via rádio, do prefeito: “Vamos dar seguimentos a muitas e muitas obras que já foram iniciadas, outras para serem concluídas” com o locutor: “Uma relação do que já foi realizado e pouquíssimas obras que ainda estão em andamento”.

Na próxima postagem, vou escrever, dando continuidade, sobre as obras em andamento e as promessas, com destaque para o SAMU e Agência do INSS.  Também vou fazer a postagem de duas fotos de uma obra pública em Ipirá que um cara quase me bate porque eu tirei as fotos, a palavra menor que me atirou foi “cachorro” e disse que se eu publicasse iria preso. Só estou preocupado com a duração da pena.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

E AGORA, JOSÉ?


E agora, prefeito? A Feira do Couro acabou; outra, só daqui a um ano. É certo que foi bonita, para uns; um sucesso, para outros; para alguns, nem tanto; mas que o prefeito botou o dedo na ferida, isso lá botou. Que jogou Ipirá no circuito do couro no Brasil, isso fica no querer de cada um que assim ache de assim querer.

E agora, prefeito? Depois de jogar Ipirá no circuito do couro de forma extraordinária e emocionante, no pensar dele, o que é que o poder municipal tem de concreto, eu digo de concreto, para o artesanato do Malhador? E agora, prefeito?

O dia seguinte! Observe como são as coisas: Ipirá tem dois segmentos na atividade de artefatos coureiros; de um lado, os maiores produtores de carteiras de Ipirá e lojistas que atuam num mercado nacional e pouco dependem da Feira de Couro de Ipirá.

Andam por conta própria e com as próprias pernas, há muito tempo, num mercado nacional que eles conquistaram sem ajuda da feira local e do poder municipal ipiraense, que vai querer dizer que é o contrário. A feira daqui agrega pouco, participar de uma feira em São Paulo faz muito mais sentido para esse setor.

De outro lado, encontra-se o artesanato de couro do Malhador, ligado à carteira e a especialidade de montaria. Os artesãos do Malhador estão circunscritos no limite de um mercado local e regional restrito e sobrevivem de forma precária. Essa produção de artigos de couro sofre com a retração do mercado e a recessão na atividade. Esse setor necessita de apoio de toda ordem do poder público e uma única feira não significa a redenção do couro tradicional de Ipirá, tem que ter algo mais.

A prefeitura que visualizou esse potencial que assuma a responsabilidade de tirar a produção de couro do fosso. O poder de impacto deve ser no campo econômico, social e não jogar só para a torcida. Jogou-se no sonho e nas nuvens agora é hora de puxar o couro de Ipirá para a realidade da terra. E agora, prefeito? Quais são as medidas que irão beneficiar e tirar os artesãos do couro dessa situação?

A feira é um ponto. Agora é hora de acontecer uma atuação sistemática e planejada da prefeitura para alavancar o artesanato de couro de Ipirá. Se não houver outras medidas de apoio e sustentação ao artesanato de couro, a fermentação da feira será inócua. Se não houver uma política, um plano, um projeto concreto de apoio ao artesanato de couro em Ipirá, essa feira não passará de um ponto referencial para o jogo de confetes e serpentina sobre algumas personalidades que precisam aparecer. Um encantamento.

Cinco anos de discussão sobre a Universidade da Chapada. Aprovada pelo Congresso Nacional, as reuniões tomam corpo nas cidades da Chapada. Reunião em Seabra; chegou a turma de Ipirá. No mínimo eles devem ter pensado: “quem é essa gente? O que é que eles querem?” A caravana foi fazer turismo na Chapada, pena que não tenha fotos para servir de comprovação. Dois encantamentos.

A prefeitura anunciou para quarta-feira (18-12) a transferência da feira de animais para o Parque de Exposição. Não tomou nenhuma providência. Isso não é brincadeira. É uma questão essencial para a economia de Ipirá e deve ser tratada com todo respeito merecido. Tem que ter um planejamento, prefeito! Planejamento para se fazer o que Ipirá necessita. Esse episódio é uma comprovação inconteste da falta de um Plano de Governo da gestão atual. Seria um terceiro encantamento.

Não há necessidade de show musical, nem de multidão; só precisamos dos produtores e vendedores locais e daqueles que se deslocam das cidades vizinhas para comprarem a nossa produção e fazem isso há muito tempo, chova ou faça sol.

Ipirá precisa de uma feira bem organizada, com um apoio mínimo, necessário e essencial: currais para os animais, transporte coletivo (Centro de Abastecimento – Parque, via Centro da cidade) e segurança no seu horário de funcionamento, que deverá ser o mesmo da atualidade, às quartas-feiras, pela manhã.

Todo um planejamento deverá ser feito para a aceitação, consolidação e ampliação desta feira. Esse é um trabalho. Outro  grande trabalho será fazer com que Ipirá tenha uma Unidade de Comercialização de Animais forte, adequada e promissora para alavancar a economia rural do município. Deixando como está não se vai a lugar algum.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

VAQUEIRO FOI ATROPELADO POR MOTO.

 

O motoqueiro atropelou o vaqueiro, que perdeu as luvas, o gibão, o jaleco, a capa, o chapéu, a perneira, o sapato, o cinturão, todos eles confeccionados com couro curtido no Rio do Peixe, Umburanas e Malhador. Agoniza à beira da morte, parece que chegou a hora da mudança do tangedor; foi-se o vaqueiro. Vai o cavaleiro medieval com armadura de couro e entra o motoqueiro moderno com capacete de carbono.

A moto deixou para trás o cavalo, que não precisa mais de peitoral, sela vaqueira, arreio, pele para o lombo, rabicho, quarda-loro, cabresto, cabeçada, guias, cilhas, capas, estribos, rédeas, tudo feito com couro. O cavalo parece não querer mais trabalhar na busca do gado, prefere o passeio e a cavalgada. Aposentado, o cavalo é substituído pela moto que tange a boiada.

Nos primórdios da caatinga alta e fechada, o catingueiro desbravador embrenhava-se com suor, coragem e roupagem de couro em busca de “boi brabo”. Era a ‘civilização do couro’ que se estabelecia na fronteira do homem com a natureza. O homem tinha a parceria do cavalo.

Nos tempos áureos, Ipirá tinha centenas de milhares de caprinos e bovinos, era a “Terra do Bode.” O bode promove a produção de couro, que instiga o surgimento dos armazéns de Zé Leão, João Mamona, Euclides dos Santos, Virgílio, Hermes Mascarenhas, capitão Diógenes, Bianor Correia, que dinamizaram a economia local. Foi-se o tempo que suga as necessidades e ficam as quimeras. Não há mais necessidade de vaqueiros encourados, apresentam-se motorizados e encapuzados, são os gladiadores das pastagens que tomaram o lugar da caatinga.

A sociedade do couro agoniza a passos largos. O desmatamento da caatinga dá vazão às clareiras e com os pastos mudam-se as necessidades e os valores. No mercado local, o vaqueiro se foi e com ele a sua indumentária, que tem atributos para peça de museu. A produção declina, a comercialização decai. Foi-se o tempo. Tudo que fazia sentido deixou de fazer.

Do muito que era ainda resta pouco. Vende-se pele de bode e sola curtidas no Malhador, bainha para facão, jalecos. Vendiam-se caminhões e caminhonetes de selas, atualmente vendem-se quatro ou cinco selas num mês. São poucos os que continuam fazendo selas, Nai Grande, Nai Pequeno, Dilemar, Valter em Umburanas. A sela vaqueira é muito pesada e a australiana é leve. Por incrível que pareça o uniforme do vaqueiro ainda tem procura, mas são poucos que o faz e o jovem não tem interesse, preferem a carteira porque o couro não tem cheiro. O mercado ampara certas peças íntimas para o cavalo e Célio, Neném e Ivanildo do Rio do Peixe revendem em Minas, Sergipe e Sul da Bahia.

Mesmo com o couro agonizando, ele não perde sua importância como matéria-prima e mesmo passando a sua fase de ampla pujança, ocorre um momento de reestruturação, redirecionamento e repadronização dos artefatos de couro, saindo da produção rústica para uma produção mais aperfeiçoada com melhor acabamento e perfeição. Entramos na fase das carteiras, cintos e bolsas.

O empreendimento privado e não incentivo público buscou esse viés para o couro no município de Ipirá e surge a fabricação de artefatos de couro, voltado para a carteira e a coisa expande-se, prospera e estabelece-se para um mercado amplo que atinge todo território nacional. Surgem grandes lojas na Estrada do Feijão. Mais comércio que produção.

Entra em cena a Prefeitura de Ipirá querendo ser ‘a salvação da lavoura’. “Vai acontecer pela primeira vez uma feira do couro em Ipirá. Isso é um fato inédito, a dimensão de um evento desse tipo de certa forma é uma coisa extraordinária, nós estamos posicionando a nossa cidade dentro da cadeia produtiva do couro, Ipirá está virando referência” disse o prefeito no rádio.

Eufórico e embriagado pela descoberta, o poder municipal definiu, porque achou que descobriu a vocação econômica de Ipirá: o couro. “As pessoas estão se habituando a pensar na cidade e pensar o couro,” disse o prefeito Ademildo no rádio. Na idéia do prefeito, Ipirá vai virar um grande pólo do couro; segundo ele, Ipirá tem uma vocação, precisava ser despertada e acordar no sentido de se estar construindo como uma cidade pólo. Vixe, minha Nossa Senhora Santana! Não é que o prefeito de Ipirá descobriu que de ovo de saqué nasce pato.

Ipirá “Terra do Couro!” O prefeito quer mover a realidade com as idéias que saem de sua cabeça, mesmo sem querer pensar um pouco mais. Fato que nos obriga a ter um pouquinho de pensamento.

1.Incoerência na “Terra do Couro”: sem matadouro no município, todo couro cru de Ipirá é clandestino, porque é fornecido pelo abate clandestino, o poder municipal é o maior responsável por isso. Agora, a prefeitura vai defender ou ajudar a combater o abate clandestino?

2.Contradição na “Terra do Couro”: todo couro que é utilizado para fazer carteiras em Ipirá é importado de Petrolina, Juazeiro do Ceará, do interior de São Paulo e Goiás. É um couro industrializado e sintético, nem uma tira é produzida aqui, (aqui) é só costura (é montagem).

3.Realidade na “Terra do Couro”: as empresas de couro em Ipirá são mais comerciais, com um número muito restrito de produtos fabricados aqui, em Ipirá. São poucos itens para milhares comercializados.

4.Realidade crua na “Terra do Couro”: os artesãos do couro enfrentam uma situação bastante difícil, porque estão descapitalizados e numa atividade que entrou em declínio. Na “Terra do Couro” produzem, baixam o preço para vender à prazo e penhoram o prazo com terceiros. É uma roda-viva. Desde quando, o Poder Municipal descobriu a vocação econômica de Ipirá, qual é a garantia que vai dar a quem produz com couro? Vai deixar os produtores nesse estado quase falencial?

5.O crime na “Terra do Couro”: se o prefeito atual tiver plena razão no fato de que realmente Ipirá é a “Terra do Couro”, o ex-prefeito Diomário é o maior irresponsável e incompetente gestor que este município já teve, porque foi de uma estupidez tão grande que não percebeu que o espaço mais apropriado para um pólo de fabricas de artefatos de couro, em Ipirá, era entre a fábrica Paquetá e o Posto Augusto’s. Ele construiu casas populares que seriam bem adequadas em qualquer outra área. Foi um corte na possibilidade do desenvolvimento de Ipirá, assim impediu a boa perspectiva de organização do setor do couro numa área nobre e apropriada.

6.A grande contradição na “Terra do Couro”: a prefeitura empenhou-se na realização da feira do couro. Agendou até show para ter público. Essa mesma prefeitura marcou para o dia 18 de dezembro a transferência da feira de animais para o Parque de Exposição e não teve a honradez de divulgar com carro de som no chiqueiro onde são vendidos os animais atualmente, para informar, explicar e convidar compradores e produtores. Não fizeram o menor planejamento.

7.Uma imensa contradição na “Terra do Couro”: no convite tem “para fortalecer toda a cadeia produtiva do couro em nossa região”, no entanto, estão fazendo uma transferência ‘à migué’ da feira de animais, que é o alicerce para o couro; ninguém sabe de nada, nem produtor em comprador, também pudera: Ipirá é a terra do couro e Pintadas é o pólo coureiro.

8.A lição na “Terra do Couro”: se não ficar a lição a feira servirá para pouca coisa. Uma coisa o poder municipal tem que compreender: tudo o que vocês fazem, vocês serão os responsáveis, até mesmo por criarem obstáculos ao desenvolvimento de Ipirá. Até mesmo, porque são quatro grandes lojas de couros e algumas dezenas de produções, mais algumas dezenas de terceirizadas, por outro lado, são 6.320 propriedades rurais que precisam produzir para vender. Onde é que está a vocação econômica de Ipirá?

domingo, 8 de dezembro de 2013

VIVA A MORDOMIA!


Um sonho! Seriam remanejados seis milhões de reais para a Saúde. Juro que fiquei otimista, isso significaria um hospital em Ipirá mais equipado, pegando por baixo, no mínimo mais asseado, com lençóis limpos, toalhas novas, com um aspecto mais digno para o ser humano. Um sonho!

Bem distante de um Orçamento Participativo, uma marca do petismo gaúcho, a iniciativa de remanejamento no orçamento, prevista pelos vereadores de Ipirá, tornou-se auspiciosa e salvadora. Um benfazejo sonho. Transfeririam dois milhões do Gabinete do Prefeito para a Saúde. Não mais que de repente, nada disso era nada, ficou como estava.

Voltamos ao que era: 2 milhões e 700 mil reais para o Gabinete do Prefeito. O Hospital de Ipirá tem um custo de 800 mil reais mensais. Seriam quase três meses de sustento. A verba do Gabinete dá 225 mil reais por mês; dinheiro suficiente para o prefeito comer caviar e hospedar-se no hotel de Zé que não é Dirceu em Brasília, só para chupar laranja, caso assim o deseje e não precisa ficar com remorso.

É dinheiro para mordomia. Prefeito também vive de mordomia. Já se foram os tempos que prefeito frequentava o Hotel São Bento em Salvador e forrava a barriga com tripa de bode torrada e farinha de mandioca, acompanhada de torresmos, na pensão de Tomaz Aquino. A minha preferência é simples, prefiro lençóis limpos no hospital de Ipirá do que um prefeito bem cevado.

Resta a inusitada reclamação e indignação do eleitorado que votou no vereador vacilante, que ficou cambaleante e bandeou para a posição contrária. Se o eleitor fosse um pouco mais atento não ficaria tão chateado da vida, bastaria um pouquinho mais de compreensão para não se sentir traído, nem lesado.

A coisa está contida e encurralada na natureza do sistema de “jacu e macaco.” Quanto gasta um vereador para se eleger? Quanto custa a um vereador manter o eleitorado cativo?

Um vereador para ser eleito tem que executar a política do “serviço prestado” em larga escala, ou seja, tem que se enquadrar numa prática de clientelismo que custa os “olhos da cara” e os proventos de um vereador em Ipirá, na ordem de sete mil reais, não dá nem para melar, muito menos, para manter e sustentar uma comunidade, durante 4 anos, em todas as suas necessidades e dificuldades, daí é imprescindível o amparo e a ajuda do grupo ou da prefeitura, para reproduzir esse sistema de controle de votos.

Na qualidade do que é necessário e fundamental para manter o feudo eleitoral, torna-se inevitável que o vereador atue de forma concreta pelo que lhe parece útil e neste sentido entra a conveniência pessoal como marco definidor da sua atuação legislativa. Paciência. É o limite que está demarcado e tem mais importância do que uma exigência mais apurada de qualquer eleitor que seja.

O vereador é parte essencial, determinante e fundamental no sistema oligárquico jacu/macaco. Sem sua participação e atuação o sistema degringola. O vereador é a garantia da sobrevivência e da reprodução do sistema que beneficia as oligarquias ipiraenses. Não tem como escapar desse círculo vicioso e viciado.

Manter esse troço faz o vereador virar um assistente social ou um louco varrido, que está preso e amarrado às engrenagens do sistema com sua rede de casuísmo, que dirige e sacramenta o comportamento dos edis. Ele só tem voto se fizer o clientelismo. Isso tem custo elevado. De onde vai sair esse apoio financeiro?  O eleitor tem que exigir qualidade é do seu próprio voto. Eis a questão.

domingo, 1 de dezembro de 2013

VIRADA DE MESA.


O rebaixado Náutico foi o pior time do Brasileirão da série A; pior do que este só o time do prefeito de Ipirá que tomou duas goleadas seguidas, depois disso, deu uma virada de mesa, virou o Barcelona e está brigando pela classificação e decisão do campeonato. Como? Ninguém sabe. O imponderável foge aos olhos, mas não escapa aos ouvidos e à língua.
 
A coisa é inusitada tratando-se do prefeito Ademildo, treinador de time alheio e sem experiência; mas corriqueira tratando-se da mesmice jacu / macaco que demarcaram o terreno e o domínio que avassala este município do Ipirá.

Mexer no secretariado não é nada demais e nunca foi absurdo, é natural; diferentemente de botar para fora empregados da prefeitura que foi entupida de gente pelo ex-prefeito Diomário para ganhar votos e bajuladores, mesmo indo de encontro à lei, num acintoso desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal e ao pessoal que eles fizeram de bestas, pois logo após receberem os votos deram um pontapé nos traseiros dos mesmos, tarefa desgastante que coube ao prefeito Ademildo a anunciação.

O problema foi mexer no secretariado da mesma forma como agiu contra os funcionários demitidos, na base do supetão. O prefeito Ademildo anda agoniado, conforme observou o governador, querendo fazer a melhor administração que Ipirá já viu e, nessa ansiedade, ele não está enxergando o perigo que representa certos macacos que estão ao seu lado e ele fica dizendo as coisas que não devia nem pensar na vista dessa gente, aí a boataria toma corpo e chega primeiro do que o pensamento do prefeito. Por ingenuidade do prefeito, os secretários souberam por terceiros, isso representa desconsideração, que deixa mágoas e desgaste no íntimo das pessoas, bem maior do que o desgaste do prefeito, que é só na imagem.

Tem que haver consideração nestes momentos. Os secretários deram o seu melhor e contribuíram com a administração. O respeito é o mínimo esperado. Evidente que se poderia aguardar o fim do ano letivo para a mudança da secretária de Educação; poderia! Se não fosse o ocaso de um lado e o brilho intenso do Orçamento para o ano que vem. Não podia ser após o projeto Orçamentário. Entenda bem esse negócio.

Caiu o secretariado que podia cair, assim sendo, não vai acontecer a transferência orçamentária de seis milhões para a saúde; vai ficar sem cair os dois milhões orçamentários da verba do Gabinete do prefeito, que agora, como time grande, vai deitar e rolar, transferindo verbas e com livre-arbítrio sobre as dotações orçamentárias; a suplementação orçamentária deixará de ser 1% para voltar à casa dos 100%. O time do prefeito ganhou ares de Barcelona e agora vai ter que partir para cima da administração que o povo de Ipirá espera.

Muito prometimento: asfalto na cidade, fábrica de carro, UTI, SAMU, asfalto da entrada do Malhador, universidade, pólo de couro, turfe com peso nacional, açudes, rede de esgoto em toda cidade (foi a grande obra de Diomário; foi!). O governador só se comprometeu com o calçamento do caminho para a 20 de Abril. Enquanto isso, a gestão está presa a um beco, inclusive um beco sem saída.

Ao povo de Ipirá só resta aguardar os acontecimentos. Se alguma coisa tivesse de dizer ao prefeito, diria que seria bom que ele criasse um cargo público de fake municipal para defender sua administração nas redes, pois é uma tarefa difícil defender o indefensável que se apresenta neste primeiro ano de mandato e de bate-cabeças; além do mais, é necessário que seja um salário de secretário (sete mil reais) e ele tem que ser bem municiado pelo prefeito e com verdades, caso contrário, não passará de um reles puxa-saco, coisa que pouco interessa a Ipirá. É isso que empurra o falso Barcelona para baixo.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

CONVERSA SECRETA.


O que está acontecendo com Ipirá, que não recebe algo relevante do governo do Estado? Que ingresia do cão é essa que fizeram com Ipirá? Que inhaca disgramada é essa? É triste a situação de Ipirá. Acompanhe a conversa secretíssima e codificada entre o prefeito e o governador. Entenda a decodificação dessa conversação.

Com chapéu de couro na cabeça, o prefeito Ademildo falou 13m44s e começou muito bem, vendendo o seu peixe sobre a social democracia mínima e muito bem vendido por sinal, até que chegou o momento mais significante para o município de Ipirá, quando o prefeito disse: “agora é hora de pedir algumas coisas.” Os fogos balançaram o chão da praça. Era o momento mais esperado da conversa.

O primeiro pedido foi um núcleo presencial da UNEB e os aplausos dominaram o ambiente de forma fervorosa. O segundo foi que o governo precisa fazer barragens nos rios e escavações para aumentar nossa capacitação hídrica; essa foi altamente significativa. A terceira foi em relação aos artefatos de couro e seus derivados que vai posicionar nossa cidade no cenário do Brasil como a “Terra do Couro”; pediu ajuda para uma feira do couro que vai ajudar a posicionar e construir a cadeia produtiva do couro com essa referência para o nosso município. Ipirá foi a “Terra do Bode” e vai ser a “Terra do Couro.” Essa idéia grandiloqüente “de alguma coisa de modo nenhum chegar a coisa nenhuma (Brasil)” deve ter saído de alguma brilhante cabeça.

Com chapéu de couro na cabeça, o governador Jaques Vagner falou 34m53s e começou pelas inaugurações em Itaberaba, chegou à massa de vento que corre na Chapada e serve para produzir energia elétrica pelo sistema eólico. Ipirá não venta? Falou que vai inaugurar a Universidade Sul do Estado e a Federal da Chapada Diamantina está para ser constituída para a gente daqui (lá). Disse que duplicou a SAMU 192 (temos uma dupla na garagem); mais UTI (a nossa ainda está na forma); está construindo o Hospital Regional na Chapada (lá) para atender a vocês (o povo daqui); completou dizendo: “que nunca se investiu em água e saneamento quanto esse governo, fizemos adutoras em Irecê, Guanambi e Pedras Altas.” Deixou a população de Ipirá com água na boca.

O governador deu um show como assistente social, com uma preciosa explanação e aconselhamento sobre a convivência humana em conjuntos habitacionais. Bastou falar no Matadouro de Ipirá para o governador se transformar num teórico político de primeira grandeza ao aconselhar o prefeito Ademildo, que começando a gestão anda muito agoniado, querendo resolver tudo de uma só vez. Governar não é corrida de 100 m, que o cara dá um pique e chega cansado, tenha calma você ainda tem 3 anos de governo e governar é uma maratona, uma corrida de longo curso, tem que ir dosando as coisas, se o cara entra afobado, daqui a pouco já não tem ar para caminhar e o povo vai julgar por quatro anos.

Aqui está o X do problema. Para um bom entendedor o governador disse tudo o que tinha que dizer. No meu entender é mais ou menos o seguinte: “não peça muito, porque não vem nada!” Para Ipirá não vem nada mais do que o que veio até agora. Para Ipirá é na base do conta-gotas.

Agora sou eu que vou destrinchar essa conversa. Quanto ao Matadouro de Ipirá não adianta ter pressa, não se trata de uma corrida de 100 m raso, nem ao menos se trata de maratona, é uma volta ao mundo de bicicleta. Mas, esta obra está completando 21 anos? E daí, para que pressa? Fazer esse Matadouro de Ipirá virou uma volta ao mundo de velotrol.

Por que Ipirá não é contemplada com investimentos pesados para proporcionar o progresso do município? O Estado da Bahia tem doze grandes obras que são as prioridades do governo. São investimentos estratégicos, produtivos e com retorno garantido. Não existem recursos sobrando no Estado para investimento grandioso e massivo em toda parte, daí haver uma seleção dos locais que vão receber esses investimentos com base na viabilidade econômica.

Existem áreas de investimentos volumosos e que compensam. Infelizmente Ipirá não faz parte destas áreas. Estamos no semi-árido, no patamar de uma base econômica de subsistência, precária e de baixa produtividade na zona rural, que se encontra empobrecida, descapitalizada e em escassez. Investir por estas bandas é coisa de alto risco.

O governo tem que fazer alguma coisa e faz. Ipirá tem uma estimativa populacional de 62 mil habitantes. É necessário que se evite a migração populacional e mantenha-se essa população estável na localidade, dentro dessa perspectiva são aplicadas políticas públicas mantenedores, com investimento e custo mínimos necessários para evitar o êxodo.

1220 unidades habitacionais, calçamento, rede de esgoto e água nos povoados constituem a infra-estrutura básica atrativa. Para o sustento das pessoas aciona-se a rede social construída que evita as pessoas pedirem esmolas, entra em ação o Garantia Safra, o Bahia Estiagem, o Bolsa Família. Sai muito mais em conta para o Estado.

Ficando o Estado fora. Ipirá fica dependendo exclusivamente do poder público municipal e da iniciativa privada, que vai fazendo até demais pela cidade. O poder municipal está com as mãos atadas neste condicionamento jacu/macaco. A folha de pagamento consome 54%, serviços, obras, mordomias, favores, compras devem consumir outro tanto. É hora de uma elite da macacada ficar rica. Se a sobra para investimento ficar na faixa de 10% é insuficiente para tocar o município, que vai ficar sempre com a cuia na mão atrás do governador.

Eu escrevo tudo isso porque deixaram os microfones abertos. Fico imaginando esta obra do saneamento básico de Diomário que era de 30 milhões, já pulou para 41 milhões e vem na base da maratona de quantos anos? 20 anos tá de bom tamanho. A ponte da rua Emídio Aquino caiu, mas já saquei o lance, é só uma questão de maratona, se consertar agora, o prefeito vai botar a língua para fora de cansaço. O homem precisa descansar, gente!

sábado, 23 de novembro de 2013

O PREFEITO TOMOU UMA LAVAGEM.


O pior time do Brasileirão é o Náutico, embora não tenha sofrido nenhuma goleada do tamanho da que levou o time do prefeito (10 a 1) do time dos vereadores. Esse jogo aconteceu na arena, ou melhor, na plenária arena da Câmara de Vereadores, nesta última terça-feira, 19 de novembro.

O prefeito Ademildo não é macaco de carteirinha; chegou ao poder municipal por obra e mérito do grupo da macacada, em boas palavras: era vice e rebocado pela macacada virou prefeito. Queira ou não, está no bolo, deve-lhes gratidão.

Recebeu uma carga pesada pelo peito, ou seja, pegou um abacaxi para descascar, ao tempo que tem que se debater com a gloriosa primazia da essência política da macacada: “venha a nós o vosso reino.” Dessa política corporativista e atrasada da macacada só pode sair o drama de consciência.

Não recebeu só o município de Ipirá para administrar, recebeu uma herança terrível e maldita do ex-prefeito Diomário. Uma folha de pessoal acima do limite e foi obrigado a enxotar os “macacos” que se alojavam na prefeitura. Arcou com todo o desgaste e ficou desgastadíssimo e malvisto dentro do próprio grupo da macacada. E o pior de tudo, não tinha equipe nem projeto administrativo próprio para tal tarefa. Ficou num mato sem cachorro e começou a fazer tudo de improviso. O presente transformou-se num fardo.

A Câmara de Vereadores derramou o leite do prefeito. Sempre, os prefeitos macacos e jacus mantiveram a Câmara de Vereadores subordinada e dominada pelo Executivo Municipal, agora, um raio partiu esse domínio. Os vereadores impuseram uma acachapante derrota ao prefeito na questão dos convênios e no seu veto ao projeto. Isso não é o fim do mundo.

Encurralado pela Câmara, resta pouco poder de barganha ao prefeito que não quer rezar na cartilha do “é dando que se recebe,” premissa maior do sistema jacu e macaco; assim sendo, vai necessitar do amparo político das lideranças da macacada para salvar-se num mar em turbulência.

É bem simples, sem respaldo eleitoral e sem apoio popular, vai ter que apelar humildemente às lideranças do poder oligárquico da macacada, porque não tem como mudar de rumo e fazer o enfrentamento. Isso é pior do que acreditar nas promessas de São JW.

As lideranças macacas devem estar com a pulga atrás da orelha. Por precaução, medo ou receio, já devem estar esvaziando o poder político do prefeito. Quem tem redondo tem medo. Não duvido que o prefeito esteja sendo fritado para ser engolido e depois cuspido. A bagaceira está formada.

A administração do prefeito atual tem seus momentos de glória quando faz as inaugurações das obras iniciadas e deixadas pelo ex-prefeito. Neste momento, é que se vê o isolamento que vive o prefeito Ademildo junto à cúpula oligárquica da macacada (inauguração com governador, até mico se apresenta). O grande líder Antônio Colonnezi praticamente não aparece; o deputado Jurandy sumiu; o ex-prefeito Diomário não dá as caras e a renunciante Ana Verena nem se fala. É um administrador que se encontra isolado, num grupo alheio, em que todos estão vigilantes para não deixá-lo segurar as rédeas e liderar a macacada. O prefeito é um peixe fora d’água. Os macacos são serpentes no bote. Êta aliança do cão!

Dentro do grupo dos macacos, por imperícia, o atual prefeito Ademildo entrou em rota de colisão com a parcela do deputado Jurandy Oliveira, que tem lá seu reconhecimento interno, e demitiu a secretária Nina, que vinha fazendo um bom trabalho. Isso tem um significado de um tiro na moleira, ainda não é o tiro final, mas que causa um grande estrago, isso não há a menor dúvida.

Aí vem o episódio da Câmara de vereadores. O prefeito só tem um vereador de seu partido, o PT. Um só! E mais um da sua inteira confiança, o líder do governo. O prefeito insiste em governar com a macacada; não deixa de ser um grande equívoco porque tem vereador que diz assim: “eu sou macaco, fui eleito pela macacada e continuo no grupo dos macacos, mas não aceito tudo o que o poder Executivo quer...”

Veja que situação! Entenda um troço desse! Imagine! Um vereador do grupo macaco batendo cabeça com o prefeito do grupo macaco! Isso é que é solidariedade, harmonia e entendimento em um grupo. Mui amigo! Quem tem um vereador amigo desse não precisa de vereador de oposição. Do jeito que a coisa vai o prefeito vai ser atingido na jugular.

O prefeito já ouviu esse conselho: “brigue com todo o município, menos com a Câmara de Vereadores.” Já ouviu, sim! Eu digo diferente: “com toda briga de vocês, não deixem o município de Ipirá chafurdar.”

Vamos em frente. Com a roupagem com que se apresenta essa nova administração, com seus arrebatamentos e contradições, não me assusta que o conservadorismo de hoje seja pior do que o governo conservador do ex-prefeito Diomário. A ponte da governabilidade caiu? Não, caiu a ponte da rua Emídio Aquino.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

PELO ON AIR, AS BRIGAS.

Duas memoráveis brigas estão sendo travadas em Ipirá:
A primeira é do Prefeito x Conexão Chapada.
A segunda é do Prefeito x Câmara de Vereadores.

Posiciono-me como um dos analistas dos acontecimentos políticos dessa cidade e para escrever sobre a primeira briga, tomo por base os programas: “A hora da verdade do prefeito” e “A hora da verdade do conexão”.

Primeira cacetada foi quando o programa Conexão Chapada levantou suspeitas sobre uma possível falta de compromisso da prefeitura diante da falta de energia elétrica no Hospital de Ipirá, que virou um pandemônio, pois não tinha um simples gerador e o bicho pegou e bem pegado naquela noite, pois tudo era feito com vela. Veja que situação de roça. Luz de vela. Não tem um gerador.

O prefeito defende com a direita e bate com a esquerda: “o gerador do hospital está danificado e para uma prefeitura comprar outro depende de um processo administrativo, licitatório e não consegue de um dia para o outro comprar um gerador e botar no hospital e tem outra coisa, energia elétrica não falta todo dia, fatos desse tipo é um processo normal que acontece em todo lugar. Marcelo Brandão deveria ter comentado tudo que aconteceu naquela noite e ele não citou qual era o médico que estava de plantão na noite que faltou energia e não disse que o médico de plantão se recusou a prestar os primeiros socorros, os primeiros atendimentos a uma parturiente.”

Comentário do primeiro round: observe o que saiu da boca do Conexão e do prefeito. É tudo verdade. Só foram notar que não tinha gerador na hora da precisão e o médico não prestou socorro. Que esculhambação é essa? Esse hospital virou uma casa de Noca. Essa é a briga do jacu e do macaco em Ipirá e o povo está lascado com essa situação. Vamos ao segundo round.

O programa Conexão Chapada ficou cambaleando com a porrada recebida, mesmo assim o âncora Marcelo Brandão acertou o caminho da rádio Ipirá FM e compareceu ao programa Conexão, nesta segunda-feira, e sentou a ripa no prefeito, bateu só de direita, soltou os cachorros e mandou o prefeito ir cuidar da administração do município.

O prefeito Ademildo Almeida desferiu um golpe certeiro: “esse radialismo com dois pesos e duas medidas, comentando apenas a parte que lhe favorece politicamente e negligenciando a outra parte, dessa forma a nossa cidade não vai para lugar nenhum. Nessa cultura do bate-boca não se comenta a verdade ou se esconde a verdade, está existindo um escândalo de verdade na clínica Santa Helena de Ipirá e não se ouve dizer o que ela anda fazendo e o tipo de serviço que ela vem prestando; eu não sei se o poder público municipal vai ter condições de estar renovando o convênio com a clínica Santa Helena. É extremamente importante que as pessoas que conhecem o fato viessem ao rádio de forma isenta e informasse para a comunidade toda essa mazela que acontece entre nós.”

Comentário sobre o segundo round: foram palavras saída da boca do prefeito. Isso é gravíssimo. E mais grave ainda é que ele cita que está havendo um VERDADEIRO ESCÂNDALO e não cita o que é, espera que alguém que conheça o fato venha ao rádio e informe toda essa mazela de forma isenta. Ele sabe e não disse o que é, mexeu com o imaginário das pessoas e cada um vai pensar com o índice de maldade que lhe convém, eu poderia muito bem colocar aqui, SERÁ que foi pe... es... as.. ab..? (não sei de que se trata, mas tenho a certeza que não foi nenhuma dessas desgraças) mas ele abriu um precipício na informação e ainda ficou esperando que um boi-de-piranha venha botar a língua na rua. Tudo isso é grave e é motivo para um processo.

Só não abram processo contra o prefeito, que é para a Prefeitura Municipal não ter pagar precatórios de milhões. Qualquer iniciativa de processo é contra a boca que falou tudo isso, no caso o denunciante, que por acaso é prefeito. Na maioria das vezes o bate-boca é melhor do que processo; rende paixão. É isso o que a politicagem do jacu e do macaco faz com o povo de Ipirá.

O prefeito Ademildo e o locutor Marcelo Brandão sabem que essa polaridade entre a jacuzada e a macacada é importante para os interesses políticos de ambos. Esse é o jogo combinado de décadas e travado por jacu e macaco. Nenhum dos dois quer fugir da coisa que o prefeito chama de debate chulo. Os dois querem transformar esse disse-me-disse em um preâmbulo para 2016 desde já, enquanto isso o município chafurda.

A essência do discurso é simples, entenda quem quiser: não botem os podres do Hospital de Ipirá no ar que eu não digo os podres da clínica Santa Helena; não falem as mazelas do Hospital de Ipirá senão eu não renovo o CONVÊNIO com a clínica; é o linchamento contra a perseguição.

O complemento foi bem claro, “quem é “Coriolano” para falar de minha pessoa?” É mais ou menos o seguinte: quem é o povo para falar do prefeito? Faço um complemento bem forte: Quem são vocês, rebotalhos, para falar de um semi-deus. O desejo é fechar os microfones do Conexão Chapada ao povo de Ipirá. No próximo artigo, a briga com a Câmara.

sábado, 16 de novembro de 2013

A PONTE CAIU.


Não sei se foi um bom conselho ou praga. Você se recorda dessa foto? Foi da Radiografia no. 13, na qual eu dizia: “Tu sai daí, menino! Tu cai dessa ponte, sujeito! Tu cai nesse esgoto!
 
Essa rua fica no final da rua Emídio Aquino, aquela rua do Centro Espírita, bem no final. Veja o que foi que aconteceu! Observe quanto tempo esse troço vai ficar assim.
Perguntei a um grupo de pessoas: “que trupizuma foi essa aqui?”
O garoto respondeu: - “foi um velotrol que desceu desembestado e desmantelou essa geringonça.”
- Quem vai acreditar nisso? Isso aí deve ter sido o avião de Zezé de Camargo e Luciano que pousou em Ipirá - disse uma mulher.
- Vamo deixá de leutria, isso foi provocação de uma carreta sem juízo que queria subir a Emídio Aquino – afirmou um rapaz.
 
Hoje é 17/11/13, quando resolverem fazer o serviço, vão fazer um remendo de madeira. Veja se não vai ser isso. E tem gestor que arrota que está cheio de dinheiro e não sabe onde empregá-lo.
Uma administração não pode ser morosa demais, parece que não tem um agendamento de obras, com a determinada prioridade. Vou dar um exemplo: tem dez meses que tiraram dois bancos do jardim na Praça da Bandeira; um em frente à casa de Luciano Cintra e outro em frente à Ortobom e até o presente momento não foram repostos.
 
Por que a prefeitura não faz um planejamento para colocar mais dez bancos em torno do jardim da Praça da Bandeira? É uma necessidade e não custa tanto dinheiro. Pena que a administração não vê desse jeito.
 

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A UNIVERSIDADE DE IPIRÁ.


O ensino superior aqui é uma das necessidades emergenciais que precisamos para nosso município trilhar o caminho do desenvolvimento”. Pode ser uma grande frase e uma verdadeira constatação, embora, possa ser que não sensibilize ninguém das esferas de comando. Significa nadar, nadar e não sair da praia.

Como munícipes temos as nossas necessidade e a administração estadual tem as suas prioridades. O ensino superior tem suas áreas demarcadas e as finanças do Estado parece que não se encontram em bom momento. Tudo isso pesa. Temos o inconveniente de estarmos próximos a Feira de Santana que formatou a maior rede de ensino superior no plano privado e público do interior da Bahia e absorve 70% do alunado de cidades da proximidade. Ipirá não será pensado fora deste contexto. O governador do Estado manifestou seu pensamento quando aqui esteve, referindo-se ao fato de termos boas estradas asfaltadas para Pintadas, Itaberaba e Feira de Santana e os jovens de Ipirá podem muito bem ir estudar o nível superior nesses locais. A boa estrada resolve o problema do ensino superior.

A proximidade de Feira torna-se um obstáculo para Ipirá porque o investimento em Ipirá seria um custo adicional e desnecessário para as finanças do estado. Para Ipirá é escola tipo Cetep, fica por aí. A tarefa é espinhosa e difícil. Tudo joga contra, mas a saída é o caminho político, resta ver se o prefeito Ademildo tem respaldo e força para tal. Curso de Extensão de dois anos é o que pode ser viabilizado e o povo engole isso como faculdade, foi assim no governo de Luís Carlos; era a Faculdade que o prefeito Luís Carlos trouxe para Ipirá, dois anos e acabou.

Qual é o melhor caminho? A Universidade Estadual de Feira de Santana está impedida por Regimento Estatutário de criar unidades fora da sua sede (Feira), assim sendo, é carta fora do baralho. A Federal do Recôncavo está jogando para a torcida e para o eleitorado. Entendeste?  Não tem nada de concreto, sabe como é, tem algo mais à vista. A UNEB, cujo reitor vinha conversando sobre a unidade em Ipirá deixou a direção e foi substituído pelo opositor o que muda a configuração do quadro e torna-se necessário iniciar todo o processo de conversações. A Universidade Federal da Chapada está sendo implantada, tem que ter muito cacife político para pegar uma rebarba, pois a disputa vai ser de lascar.

Tem uma série de fatores que implicam em barreiras enormes: a dificuldade da mão-de-obra especializada (mestrado / doutorado) tem que vir todo mundo de fora, o que faz com que um curso de Letras em Ipirá fique com um custo mais elevado do que em Feira de Santana ou Salvador.

Naturalmente não serão cursos de ponta e de forte poder de atração. Ficarão mais na área educacional e muitas vezes a demanda local não atende à oferta mínima, coisa que um curso de extensão resolve a contento. O impacto é de baixa intensidade. A demanda por cursos de maior complexidade é sempre maior do que nessas áreas.

O alunado do ensino médio em Ipirá não é canalizado e potencializado para o ensino superior. Existe, inclusive, um forte e impositivo conceito “o nosso alunado não é para faculdade” isso convém para manter o nível de ensino amarrado à patamares de baixíssima qualidade e não cria um desejo inovador.

“A aquisição do terreno para a instalação do campus universitário de Ipirá já pode ser considerado um grande passo”. O terreno não concretiza nada, poderia muito bem vir bem depois; bem depois, quando estivesse tudo concretizado. Essa compra é muito mais a ansiedade e a vontade do prefeito Ademildo em ampliar a oferta de ensino superior em Ipirá. Mas isso não é problema. A prefeitura pode muito bem fazer um CAMPUS de futebol no local; fundar um time de futebol, dá menos trabalho que faculdade, e colocar o nome Los Universitários e contratar Catedráticos que se destacaram no futebol intermunicipal e disputar o campeonato local, uma coisa eu garanto: será o campeão.

Audiência Pública - Prefeito Ademildo trabalha para ampliar
oferta de ensino superior em Ipirá.

sábado, 9 de novembro de 2013

ESPETO DE CARNE DE GATO NA BRASA.


A crise política foi estabelecida em Ipirá e está queimando como fogo de monturo. Não deixa de ser um problema, mas não é nada do outro mundo. Trata-se de um puxa-estica entre prefeito e vereadores. Quem é que manda nesse município? O prefeito acha que é ele que pode deitar e rolar. Está mais enganado do que mosquito no céu da boca de sapo.

Os vereadores deram um a zero no prefeito na questão dos convênios.  Isso pode não ser ruim para o município. A Câmara resgatou e ampliou um atributo fundamental na coexistência entre os poderes, o da fiscalização em todas as etapas. Isso é positivo para o município.

A Câmara está disposta a pisar no freio de qualquer suplementação orçamentária, parece que já existe maioria para que isso aconteça. A Câmara deseja remanejar dotes orçamentários do Gabinete do Prefeito para a Saúde. Isso não deixa de ser interessante na medida em que se tira da mordomia para um serviço extremamente necessário e deficitário em nosso município. Essa relocação racional de áreas que possam sofrer uma perda sobressalente para suprir faltas em outras áreas é uma atitude positiva, desde quando o nosso município ainda não entrou na era do Orçamento Participativo, tão próprio a governos petistas, mas nessa trapalhada que vigora em Ipirá estamos distante desse parâmetro.

O jogo é o do espeto. Tem mal que vem para o bem. O Poder Executivo, se bem intencionado, poderá se livrar de um dos males que assola esse município que é o clientelismo eleitoral de vereadores e cabos-eleitorais que consome recursos de áreas importantes e precárias do município para a manutenção do curral-eleitoral. Essa prática é devastadora e suicida, pois é uma sangria nos cofres da prefeitura. Quem quiser fazer bonito com seu eleitorado que faça com dinheiro do próprio bolso, porque o dinheiro público deve ser destinado aos serviços públicos que a população necessita, inclusive para se libertar das amarras. Os vereadores cortando lá e o prefeito cortando cá, quem ganha é o povo de Ipirá.

Tem coisa que não cabe onde querem colocar. Fazer limpeza de pequenas aguadas dos pequenos produtores com recursos públicos poderá ser uma das grandes farras e marmeladas implantadas no município de Ipirá. Isso cheira e cheira mal. É daí que saí o compadrio, o clientelismo nocivo, a incúria, a malversação do dinheiro público, o ato escuso, a despesa dispensável, etc e tal. As máquinas do Consórcio têm que ser dirigidas para a limpeza dos grandes açudes públicos, que suportam anos de seca e servem de suporte para regiões. Essa deve ser a preocupação: grandes açudes em todas as regiões. As pequenas aguadas secam com dois meses de estiagem, essa limpeza é rápida e pode muito bem ser braçal, inclusive com o trabalho de mutirão. Se a prefeitura assumir a responsabilidade particular, não mais do que de repente estaremos vendo tratores do Consórcio limpando presas de fazendeiros.

Perceberam o emaranhado em que o prefeito Ademildo está metido. É muito espeto. Não é que convidaram reitores de Universidades para falarem para crianças do Saint Clair. Eu fico imaginando a cabeça de quem articulou isso, era uma forma das poltronas não ficarem vazias, foi bem pensado, agora, que caiu mal, lá isso caiu, ficou parecendo que a coisa não era séria. Não é só isso não. O som, uma vergonha. Isso é uma coisa simples e básica, mas que falhou, falhou. Se não foi boicote, porque tinha macacos soltando risinhos sorrateiros, significa que tem gente que não está entendendo ou torcendo contra. Por sinal, a nota oficial da prefeitura sobre a Audiência Pública foi de uma falta de cortesia magnífica, pois o Magnífico que não rezou na cartilha do prefeito teve o discurso censurado.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O MOTORISTA FOI DEMITIDO?

Vê se dá para entender. Logo no início da atual gestão, o prefeito de Ademildo Almeida tomou uma atitude louvável, importante e significante para o município de Ipirá, quando implantou e patrocinou o transporte público para levar os estudantes universitários que residem em Ipirá para a faculdade em Feira de Santana. O poder público foi sensível e cumpriu o prometido à população. É verdade que este fato mostra como Ipirá está à deriva na questão do ensino superior, mas também, demonstra a boa intenção do gestor de minorar os problemas no tocante a essa questão básica para o crescimento e a cidadania de qualquer município.

Taí uma coisa que o prefeito pode estufar o peito e dizer que nenhum outro gestor tomou essa providência. Muito bem, prefeito Admildo! Foi uma boa medida para os ipiraenses. O que está acontecendo? Se a medida foi providencial, por que não está sendo mantida? Se foi uma coisa boa, por que não querem que vá adiante? Aí é que vem o problema e a grande interrogação.

Será que o prefeito Ademildo não tinha convicção da importância desta ação e se arrependeu? Fez por fazer? É daqueles que dá com as mãos e retira com os pés? Ou a ação do prefeito Ademildo está sendo boicotada por dentro do seu governo?

Os fatos deixam grandes dúvidas. No início, o ônibus que fazia o transporte quebrava constantemente na estrada e muitas vezes não passava do Bravo. Veja que transtorno. Esse problema foi resolvido a contento e, depois de resolvido, nunca mais o ônibus quebrou. Tudo na vida tem solução, basta ter boa vontade e atitude para resolvê-los. É por isso que não estamos entendendo nada do que está acontecendo.

Colocado em prática vieram outros problemas, dentre eles, com a disponibilidade do serviço houve o aumento substancial do número de universitários que fazem jus ao serviço público ofertado, chegando a 60 alunos com 45 vagas no ônibus. Um problema! Pois todos têm o mesmo direito. Existe a necessidade de outro ônibus? Existe. Esse excedente demonstra claramente a necessidade de mais um ônibus para fazer o transporte destes alunos.

Não custa nada salientar que a presidente Dilma Rousseff promulgou uma emenda, criando a Lei Federal no. 12.816/13, que determina que os estudantes universitários poderão utilizar o transporte escolar municipal. Com a criação da Lei, os gestores municipais devem procurar o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para regulamentar o uso de veículo oficial no transporte universitário junto ao governo.

O prefeito Ademildo que se mostrou bastante solícito num primeiro momento, não pode vacilar em não colocar o amarelinho para levar os universitários à Feira de Santana, até porque representa uma solução segura, boa e conclusiva para os universitários ipiraenses que podem utilizar um transporte escolar municipal de forma segura e confortável no período noturno.

Nesta semana, surgiu um novo problema; o ônibus não tem motorista. Como? Foi demitido? Não, pediu demissão. Por incrível que pareça não tem substituto. Pelo menos, até agora não apareceu um substituto. É inacreditável, justamente num período de testes nas faculdades porque o semestre está chegando ao final, o ônibus não pode levar os estudantes. A administração ainda não conseguiu solucionar um problema tão simples.

Prefeito! Tome uma atitude homem! Não quero acreditar que vai ser necessário fazer um Reda para contratar um motorista. Desse jeito não tem como a população de Ipirá acreditar na sua gestão porque até o que está feito não se sustenta, imagine o que acontecerá com o rosário de promessa que V. Exa. faz questão de divulgar. Abra o olho prefeito, tem gente jogando na sua equipe que não quer ver seu governo acontecer e V. Exa. fica pensando que é só a torcida. Abra o olho prefeito! Resolva isso sem tempo. Aproveito a oportunidade para solicitar ao programa Conexão Chapada que questione essa situação. Os estudantes estão sendo prejudicados, 60% deles não foram às aulas neste início de semana.