domingo, 8 de fevereiro de 2009

PERIPÉCIAS DE CAMPANHA 4


Como surgiu essa droga jacu-macaco ?
Essa droga foi estabelecida em Ipirá, a partir de 1976, com a derrota do grupo de Delorme Martins. Pela tradição popular, os derrotados eram denominados de jacu, mas, em Ipirá essa marca tornou-se o registro definitivo de um grupo e o troco foi o imediato tachamento de macaco para o adversário. Aí a droga chegou e estabeleceu-se nesta terra.

Antes desse período, os embates políticos em Ipirá eram travados através dos partidos (PSD - UDN - PTB), não era grande coisa, mas proporcionava uma visão mais verdadeira e de maior amplitude. Na fase inicial da Ditadura Militar eram o MDB e a Arena, depois jacu-macaco. Na década de 1980 surgiram o PT, PDT,PSB e outros, o PCdoB foi legalizado.

Nada mais justo na política, do que a disputa através de partidos, que envolve idéias, programas e propostas com uma amplitude nacional. O nível torna-se elevado e o grau de politização aumenta, na medida que exista uma correlação das questões municipais com as nacionais. A política quando é impulsionada por partidos esclarece mais o povo, que passa a enxergar com horizontes mais amplos.

Com a implantação da droga macaco-jacu, o primeiro e único derrotado, além de prejudicado, foi o povo ipiraense, que deixou sua verdadeira causa: a causa do povo brasileiro, por liberdade; por justiça; por melhores condições de vida, para submeter-se e subjugar-se aos interesses das oligarquias locais, que dominam e controlam os agrupamentos jacu-macaco e tiram proveitos pessoais desse controle.

A droga jacu-macaco é uma forma de amesquinhar o povo de Ipirá. Eu afirmo isso, porque minha intenção é provocar você. Provocar você para o bom debate. Longe da fase eleitoral os ânimos estão mais frios e numa terra que tem tanto macaco e jacu apaixonado, não é possível que não apareça um, que consiga convencer-me do contrário, dentro da racionalidade, inteligência e de uma boa argumentação. Estou aguardando.

4 comentários:

GILVAN disse...

Grande Agildo,


Eu vou mas longe ainda, essas duas frentes oligarquicas não chega a ser só uma droga, é um verdeiro câncer que foi enraizado em Ipirá, e históricamente o nosso município vem acumulado um deficit de investimento em relação a outros munícipios bahianos, exemplo disso nosso vizinho Itaberada e no futuro próximo a pequena Pintadas superarar Ipirá. Quando me refiro aos avanço do Munípio nao é levar uma fábrica e as pessoas continuarem sendo explorada pelo capital, me refiro a políticas públicas de verdade, que mude a cara da saude, da educação do munípio. Fico ainda mais triste e por isso chamo de cancer, quando imagino que eles estão enfraquecidos, surge dentro das dinastias, os Cintrinhas, os Colenezinhos junior, os Martinzinho, os Oliveirinha pra dar continuidade ja que os velhos estão presta a deixar a política. Gilvan Santos

GILVAN disse...

Grande Agildo,


Eu vou mas longe ainda, essas duas frentes oligárquicas nao chegam a ser só uma droga, é um verdeiro câncer que foi enraizado em Ipirá, e historicamente o nosso município vem acumulando um déficit de investimento em relação a outros municípios bahianos, a exemplo disso nossa vizinha Itaberaba, e no futuro próximo a pequena Pintadas superará Ipirá. Quando me refiro aos avanços do Município nao é levar uma fábrica e as pessoas continuarem sendo exploradas pelo capital, me refiro a políticas públicas de verdade, que mudem a cara da saúde, da educação do município. Fico ainda mais triste e por isso chamo de câncer, quando imagino que eles estão enfraquecidos, surge dentro das dinastias, os Cintrinhas, os Colonezinhos Junior, Os Martinzinhos, Os Oliveirinhas para darem continuidade, já que os velhos estão prestes a deixarem a política. Gilvan Santos

Lilian Simões disse...

Eu acho que a era agora é GOMES DE SÁ.Jacú,macaco,sofrê(ex-pt),é sómente para enfeitar.Podem ter certeza que esta "era" também vai deixar seus gominhos,sázinhos ai que loucura é política de Ipirá.
Agildão,abraços.

Maiara Macedo disse...

Gostei muito da forma como você descreveu essa peripécia de campanha. Ela traz a reflexão da real condição de “ser” macaco-jacu.
Antes de pensar em um projeto político, em um projeto de sociedade, pensa-se “sou macaco, sou jacu”!!!
Como pensar em projeto de sociedade, se a droga vicia, e o tratamento do período eleitoral e de todo o mandato é de paixão?!?!!!! E paixão é parcialidade. Parece até torcida de futebol. A escolha do candidato independe das propostas políticas.
E aí cabe outra indagação: Como tratar dessa forma, tão banal, interesses coletivos como as políticas públicas de educação, saúde, habitação, agrária, e tantas outras?
É necessário refletir quanto ao resultado desse processo.