sexta-feira, 29 de março de 2024

A CESTA DA PAIXÃO POLÍTICA EM IPIRÁ

O prefeito Dudy perdeu a oportunidade de puxar a brasa para sua sardinha com a instalação da CPI do Transporte Escolar na Câmara de Vereadores de Ipirá onde conta com maioria.

 

Seria uma oportunidade para ficar mastigando e triturando o time do Bahia (sardinha) e preparando o terreno para lascar a bordoada para cima da Secretaria de Educação, que pagaria o pato e o prefeito tiraria o braço da seringa, ao tempo, que abriria uma discussão sobre as mazelas e sucateamento do transporte escolar no município de Ipirá. Para corrigi-las.

 

Não, preferiu deixar tudo como estar e não tomar nenhuma atitude! Não vai cortar na carne. Sua gestão é perfeita e não contém erro. O prefeito é um grande amigo de seus amigos e não entrega ninguém. O prefeito preferiu ficar com o redondo na reta e aguardar o pronunciamento do Ministério Público, que virá e bem mais próximo do pleito eleitoral.

 

Não pensaram nisso ou acreditam com plena fé que, como sempre, não dará em nada. Que não há JUSTIÇA, nem haverá. Que o administrador não deve nada aos seus munícipes, nem ao menos uma satisfação e um pronunciamento, sendo que, uma simples Nota de Pesar é o suficiente para jogar tudo debaixo do tapete.

 

Como uma sucata conseguiu entrar no transporte escolar do município de Ipirá? Quem foi o padrinho que facilitou e abriu a porta da prefeitura? Foi o próprio prefeito ou foi o poderoso secretário?

 

Ficam mastigando uma ladainha de que tudo é politicagem. O Sistema Jacu e Macaco é uma ‘maquininha de cata-votos’ que só beneficia ‘meia dúzia de oito’, não vai além. É o sogro que adora o genro e resolveu presenteá-lo com uma prefeitura. Não quer nem saber se isso é nepotismo e poderá ser judicializado ou questionado na JUSTIÇA.

 

Com toda certeza, sabe que não será, pois do outro lado tem o ex-deputado que, escanteado na macacada, deu um golpe de mestre e colocou sua esposa como pré-candidata da jacuzada, numa mudança estratégica de grande envergadura e sem estabelecer nenhum conflito de grande monta para questionar qualquer tipo de nepotismo ou seja lá o que for, pois tudo está nos conformes de seu interesse familiar. No frigir dos ovos, vai dá o sobrinho ou a esposa, ficando tudo dentro de casa.

 

Tem gente que acha que daqui prá frente, tudo vai ser diferente. Que o povo vai participar da gestão. Tirando o exagero: o povo não vai não; mas que a Federação vai participar diretamente da gestão de Ipirá; vai mesmo? Que as grandes decisões vão sair do consenso dos debates; é mesmo?

 

Botando o exagero de volta. O ex-deputado Jurandy Oliveira sempre convida todo mundo (todo mundo mesmo) para tomar um café em sua casa, demonstrando que as portas estão escancaradas.

 

Dobrando o exagero que voltou. Quem vai ser convidado para a ceia do Natal na casa do ex-deputado? Natal é coisa de família, principalmente para sobrinho e tia. Nada melhor do que discutir os destinos da NOSSA cidade dentro da família. Antes eram duas famílias (família jacu e família macaco) agora é uma família só.

 

A conversa flui, galopa e atinge a velocidade da luz depois de um pato grelhado e um chester da Perdigão. Depois de ferver a mente sobre os destinos de NOSSA terra, nada melhor do que desarmar os espíritos gastos no embate eleitoral com uma grande indagação: a população de Ipirá quer ser pato grelhado ou chester da Perdigão?

 

Naturalmente, nenhuma palavra escapará da casa para a rua, até que, em determinado momento, aparece um menininho de uns dois aninhos, bonitinho e engraçadinho, todo arrumadinho, calça comprida, camisinha social e gravatinha borboleta; o ex-deputado observa atento e com grande sutileza, engenhosidade e espirituosidade argumenta: “esse menino vai ser um futuro prefeito de Ipirá, podem espalhar por aí.”

 

O prefeito Dudy volta à cena com suas obras: “distribuímos o ‘Kit Pascoa’; fizemos o ‘Natal, Luzes da Esperança’; colocamos um mirante no Monte Alto; reformamos mais de vinte quadras esportivas; seria incoerência nossa deixar diversas ruas da periferia sem calçamento, por isso, calçamos mais de cem ruas e agora estamos asfaltando mais de 15 km de ruas.”

 

Essa ladainha de jacu e macaco é nó em pingo d’água. Qual é a qualidade das obras da gestão Dudy? O calçamento da avenida Brasil tá brocando em determinados pontos. De onde vem os recursos para as obras da gestão Dudy? 99% de Emendas Parlamentares. Qual é a obra da gestão Dudy com recursos próprios da prefeitura de Ipirá? Isso quem tem que dizer é ele.

 

Vamos buscar a coerência, com quantos anos de atraso o asfalto chegou à Ipirá? Quem tem que responder isso é o Sistema Jacu e Macaco. As estradas vicinais (rurais) de São Francisco do Conde são asfaltadas, desde o século passado.

 

O município de Ipirá tem Plano Diretor? Quem tem que responder é o Sistema Jacu e Macaco. Ipirá é uma cidade pequena ou média? Quem tem que responder é você, que está fazendo essa leitura. Ipirá tem condições de crescimento? Você tem que fazer essa análise, porque a população diminuiu.

 

Uma reflexão, vamos lá! Na questão de urbanidade, qual é a avenida, em Ipirá, que tem condições de crescimento, com largura e comprimento? Aponte uma só. Estão todas estranguladas e bloqueadas. Todas.

 

A cidade de Ipirá não cresce, incha. Como acontece a abertura de rua em Ipirá? Qual é a largura das ruas? A avenida do estádio de futebol tem mais passeio do que pista, por quê e para quê? Até a avenida Rio Grande do Sul é pista de dois carros, um indo e outro voltando, poderá ter comprimento. Poderá?

 

Mas, eu quero dizer o seguinte: o Sistema Jacu e Macaco antecipou o asfalto na cidade de Ipirá em quase cem (com c) anos. Você acredita? Sim ou não? Raciocine comigo: se você disse que a cidade de Ipirá vai crescer, então responda: qual é o lado da cidade com mais probabilidade de crescimento? Por qual lado a cidade vai avançar, desfraldar e expandir?

 

Uma certeza, pelo centro não é. O centro será sempre reformulado, mesmo sem ter por onde crescer; este miolo está concretizado. Onde a prefeitura de Ipirá tem condições de fazer uma nova pavimentação (exemplo) de 10 km com asfalto (calçamento não dá mais), energia, água e esgoto? Um local para viabilizar fluxo com atividade econômica?

 

A prefeitura não tem o que fazer, nem condições para fazê-lo. Mesmo assim, já estão estabelecidas as indicações para a concretização de um plano de crescimento e avanço para a cidade de Ipirá na questão urbana sem a interferência direta da prefeitura e sem a prefeitura quebrar a cabeça pensando. Agora, vamos ter paciência, a prefeitura vai ter que fomentar a modelagem.

 

Com a implantação da ponte Barra – Xique-Xique cresceu muito o fluxo de carros nesse trecho (de Ipirá) da Estada do Feijão, uma média de 2.400 carros em 24 h; daí a necessidade de um plano de ação para fazer o negócio crescer nestas adjacências.

 

Quem viver, verá! No ano de 2100, a principal avenida de Ipirá terá mais de 20 km, desde já, hoje, antecipadamente, está toda asfaltada, tem rede de energia, água e um pedaço de esgoto. Será a avenida que liga o Pau Ferro ao povoado de Umburanas.

 

Repito: quem viver verá, só se o famigerado e desgraçado Sistema Jacu e Macaco não permitir.
 

sábado, 23 de março de 2024

CPI NA CÂMARA DE VEREADORES DE IPIRÁ

O que quer a gestão Dudy?

 

Silêncio total sobre o acidente no transporte escolar. Uma Nota de Pesar pouco esclarecedora, logo após, a privação da fala, de publicação e de manifestação sobre o acontecimento.

 

Pelo silêncio a negação da verdade. Sem poder apagar o fato, a gestão envereda pelo fator de não admitir a verdade e o esclarecimento.

 

Pelo silêncio, sem a verdade, só resta suprimir a LEI. Não tem como a gestão Dudy abolir o Estado de Direito. Aí, paciência, vai ter que prestar contas ao Ministério Público, que é responsável, perante o Poder Judiciário, pela defesa da ordem jurídica e dos interesses da sociedade e pela fiel observância da Constituição.

 

Enquanto isso, uma frase: “O povo já esqueceu, ela foi quem se f___(fulminou)!” Você pode estar pensando que isso é uma conversa de Satanás, mas não é, trata-se de comentário de um macaquito sobre o acidente da criança de cinco anos que morreu ao cair do transporte escolar em Ipirá. Apostam na amnésia da população (o povo vai esquecer com uma semana!).

 

Apostam dobrado na força da indenização (o dinheiro apaga a dor). Você pode estar pensando que se trata de comentário de um macaquito, mas não é, parece mais o pensamento do diabo confabulando nas catacumbas do inferno. Pensamento do mal.

 

O acontecido está presente na memória da população. O dinheiro não ameniza a dor. A Justiça se fará para garantir a dignidade da família.

 

O prefeito Dudy desprezou e menosprezou o ocorrido. Uma Nota de Pesar para contrapor ao silêncio posterior. Não fez vídeo e não deu a mão à palmatória, simplesmente calou-se, no profundo silêncio dos insensatos, que não têm nada a ver com o que acontece debaixo do seu nariz, no âmbito de uma gestão onde, o prefeito é o maior responsável; na hora da alegria e na hora da dor, tanto faz.

 

O gestor Dudy não assumiu nenhuma responsabilidade e não puxou o problema para o seu Gabinete; muito menos dirigiu-se à população para qualquer esclarecimento. Negou-se e deixou de existir como gestor do Transporte Escolar Municipal. As perguntas continuam vivas e contumazes:

 

Quem foi o vereador que indicou o carro? Quem autorizou a contratação do carro? O prefeito ou o poderoso secretário? Quem na Secretaria de Educação é responsável pelo transporte? Quem faz as vistorias do transporte escolar? Como sua gestão conseguiu engolir uma sucata como um carro para transportar crianças? A sucata tem ‘documento laranja’?

 

O silêncio não é a melhor resposta. V. Exa. vai cortar na carne ou vai assumir a bordoada no lombo sozinho?

 

Com um nó cego no pescoço, a gestão Dudy busca uma saída. Poderá ter na CPI do Transporte Escolar a remediação que necessita, na medida que consiga desviá-la do objetivo maior e retirar o foco da questão mais grave, marcando compasso nas ladainhas sem sentido e nos imbróglios desnecessários. Exemplificando: “essa sucata foi contratada há quarenta anos atrás, então a culpa é...”

 

O prefeito Dudy transita entre o fato e o processo, enquanto isso, ele fala na Praça do Mercado, em plena assinatura da Ordem de Serviço: “é o maior caloteiro de Ipirá; um grande passador de cheque sem fundo!” Não disse o nome, nem falou quem era.

 

Esse debate não beneficiará Ipirá em nada; da mesma forma que o debate meia-boca, mamão com açúcar, “me enganar que eu gosto” de dois candidatos à prefeitura, de uma mesma família (Oliveira), sobrinho e esposa do ex-deputado Jurandy Oliveira, que se colocam como pré-candidatos, de forma que vai dar Oliveira no final. Aposte e ganhe na maquininha. Acompanhantes desse blog! Pasmem, em que situação o sistema de politicagem do jacu e macaco colocou o município de Ipirá!

 

O prefeito Dudy continua falando de suas obras: “são quinze PFS com médicos e dentistas. Temos vinte e dois atendimentos em especialidades no Centro Médico, até neuro e cardiologistas. Temos a ortopedia funcionando. Nunca vimos isso na saúde de Ipirá!”

 

Enquanto o prefeito fala: “Idosa com fêmur fraturado aguarda há 12 dias por regulação em Ipirá.”
 

sexta-feira, 15 de março de 2024

ATIROU NO PÉ E A BALA ATINGIU O PESCOÇO

Muito foguetório na praça, nesta quarta-feira 13. A administração de Dudy está pensando que navega em águas tranquilas. Está muito enganada. Tem um grande problema entalado na garganta.

 

O acidente com uma criança de cinco anos utilizando o transporte escolar municipal está nas mãos da Justiça e não é caso para ser engavetado, como deseja o poder municipal. O prefeito não se pronunciou pessoalmente. A grande preocupação foi descolar o prefeito e o alto escalão do problema.

 

Aconteceu de tudo: tentaram mostrar a legalidade da fobica e do motorista, quem vai dizer a verdade é o inquérito policial; fizeram uma relação com acidentes anteriores que não deram em nada, na pura tentativa de fazer com que nada seja apurado; querem negar a LEI que protege a criança, não vão conseguir. O barro não cola na parede.

 

Quem é o responsável, perante o Poder Judiciário, pela defesa da ordem jurídica e dos interesses da sociedade e pela fiel observância das leis e da Constituição? O Ministério Público que, naturalmente, não vai compactuar com o interesse e a conduta da administração Dudy de negar a execução da LEI e, tem mais, eu quero ver se essa administração tem pescoço grosso para deixar de cumprir a ordem judicial que virá.

 

Tem narrativa de todo tipo, até mesmo, daquelas que é um tiro no pé: “todo mundo sabe que é o vereador quem indica o dono do carro para ser contratado para o transporte escolar. Sempre foi assim!”

 

Quem foi o vereador que indicou o dono do carro, esta fobica e o motorista para serem contratados pelo transporte escolar? O vereador indicou só o dono do carro, mas não sabia que seu carro era uma fobica; é isso? Quem na prefeitura apadrinhou esse contrato? Foi o prefeito? Foi o poderoso secretário? Esse não é um caso para culpar o acaso. Tem gente do esquema com culpa no cartório nesse acontecimento.

 

Onde está o mal de tudo isso? No miserável Sistema Jacu e Macaco (que é o nosso caso). O clientelismo permite que todo tipo de arranjo abominável seja feito para garantir o voto para o esquema do grupo.

 

O vereador indica o dono do carro que é do grupo (no caso macaco); mas o carro é velho, aí vem o argumento: “o coitado precisa ganhar o pão de cada dia”; mas o motorista não tem habilitação: “não tem nada não, ele vai dirigir na roça”; “quem vai comprar carro novo para transportar aluno na zona rural e receber uma porcaria?” Observem quanta argumentação é criada.

 

Mas o esquema do grupo tem que prevalecer, nem que a administração tenha que mostrar toda a sua irresponsabilidade e descaso na prestação do serviço de transporte escolar público de forma clara e vergonhosa. A administração Dudy pecou feio.

 

Ninguém vai comprar carro novo! É verdade. Uma licitação sem grupismo e apadrinhamento apareceriam carros melhores (como existe na frota atual) do que qualquer sucata apresentada. Se não aparecer, a prefeitura compra um carro novo. Por que não? O vacilo da administração Dudy foi engolir uma sucata para transportar crianças para a escola.

 

Na política é tiro pra tudo quanto é lado e tiro enviesado. Nas bandas da Federação (PT, PCdoB e PV) aconteceu um dos maiores equívocos de planejamento eleitoral já visto nessa terra, quando O PCdoB negou a legenda do partido para o mandato da vereadora Luma concorrer às Eleições de 2024 pelo partido.

 

Analise com calma: a Federação apoia o pré-candidato Thiago do Vale, que conta com nove vereadores contra cinco (9 a 5) da pré-candidata Nina. Com a negação da legenda, o mandato da vereadora foi jogado de presente no colo vice-prefeita Nina, agora é 9 a 6. Quem deve estar uma arara com isso é o ex-prefeito Dió, que não come regue e sabe que a Federação está exigindo o que não vai receber, principalmente, depois de ter sangria dentro de casa. Basta a vice Nina conseguir mais um vereador e ficará 8 a 7, com o jogo embolado.

 

O grande problema é que a pré-candidata, atual vice-prefeita Nina, não trouxe farinha no surrão, com sua candidatura pela jacuzada. Não foi acompanhada por um vereador sequer. Deu sorte agora, que recebeu o mandato da vereadora de mão beijada.

 

Sua candidatura sem o apoio concreto do ex-prefeito Antônio Colonnezi será o maior blefe eleitoral já aplicado na história da politicagem de Ipirá em todos os tempos na jacuzada (se vivo estivesse, será que Delorme Martins tomaria uma buchada de branco no dominó eleitoral?).

 

A jacuzada recebeu uma esporada no meio do pescoço e o jacu virou pato para ser degustado em outubro. Observe a pré-candidata Nina. Antes, ela dizia que era macaca. Preterida pelo prefeito Dudy foi ser candidata da jacuzada, que pensou que ela vinha abastecida de voto, pelo menos acompanhada do líder Antônio Colonnezi. A jacuzada desconfiada fica serelepe.

 

Para agradar a jacuzada, a vice-prefeita Nina diz: “agora, eu sou jacu!” Acabou com Antônio Colonnezi ou pelo menos criou uma grande dificuldade: como é que o líder macaco Antônio Colonnezi vai apoiar jacu? Isso é o que ele menos quer.

 

Criou um embaraço para o líder Luiz Carlos Martins, que em seu discurso foi claro: “eu não tenho partido, meu partido é Ipirá!” E agora dona Nina? A vice-prefeita não entrou em sintonia com o atual momento político de Ipirá. O que Luiz Carlos Martins vai responder quando o seu eleitorado perguntar: “quanto tempo dona Nina levará sendo jacu?”

 

O líder vai engolir a pergunta e não terá resposta. Ser Oliveira (os futuros donos do poder municipal em Ipirá) tem mais sentido do que ser jacu ou macaco, que são alegorias para manipular as pessoas e fabricar gente besta, o povo não merece este papel.

 

A vice não está entendendo como as coisas devem ser entendidas; vai ter que comer muito chão para saber que plantando um caroço de melancia não nasce um pé de batata. Eu sei que ela sabe disso muito bem, inclusive que tem que conquistar mais um vereador de qualquer jeito, pois se a situação (Dió / Dudy) entregar a vice a um vereador do PL de Ipirá; já foi Eleições 2024!
 

sexta-feira, 8 de março de 2024

O PREFEITO DUDY ESTÁ ENROLADO

Não tem como apagar e negar o fato: uma criança de cinco anos faleceu quando utilizava o transporte escolar para retornar à sua residência.

 

Estava sob total responsabilidade da Prefeitura Municipal de Ipirá. Existe a Lei 8069 de 18 de julho de 1990 que protege a criança.

 

Para você entender melhor: O que está em jogo em Ipirá? Está em disputa: o cumprimento da LEI para que haja JUSTIÇA ou a omissão da LEI, com o não cumprimento da LEI para que NÃO HAJA JUSTIÇA.

 

O Ministério Público é o defensor da LEI. O Conselho Municipal de Educação e a APLB-Sindicato vão ter que se posicionar pelo cumprimento da lei.

 

Quem não quer de forma nenhuma que a LEI seja o verdadeiro farol na resolução desse grave problema? A turma do prefeito.

 

Quais são os argumentos utilizados pela turma do prefeito? São muitos. Todos com a pura intenção de burlar, driblar e negar a LEI, com a intenção de livrar a cara do prefeito da responsabilidade.

 

Há muita conversa-mole na tentativa de tirar o prefeito da cena principal do acontecimento, ao mesmo tempo, que tentam esquivá-lo dos ordenamentos da lei para eximir o prefeito de qualquer responsabilidade. Três argumentos se destacam:

 

Primeiro: o argumento da fatalidade, do puro acidente, obra do destino ou do acaso.

 

Não existe fatalidade. Todo acidente ou acontecimento simples ou com gravidade tem uma causa que pode ser humana, mecânica ou de outras procedências, mas tem uma causa, um por quê.

 

Exemplificando: vamos supor que esse supersônico que faz a linha de Fortaleza para São Paulo, que tem plano de voo passando pelos céus de Ipirá, venha a cair em nosso território (Deus o livre!) e atinja a cabeça de um catingueiro, que estava no meio de um pasto.

 

O que diriam as pessoas? “Puta que los parius, que fatalidade!”; “que azar da desgraça! Fulano estava no pasto, no lugar errado, na hora errada”; “fulano jamais viajou de avião e nunca ia viajar, mas morreu na queda de um avião. Como é que pode?”; “fulano estava em sua propriedade tranquilo, vem um avião e cai em sua cabeça. Como é a vida?” Muitas coisas seriam ditas e muitas referências seriam feitas.

 

Como encaixaria bem (para o catingueiro) o argumento com a sugestão de azar; fatalidade; obra do destino; chegou o seu dia; ‘como é que pode?’ Tudo isso não passaria de explicações superficiais e aleatórias. A queda do avião teria uma causa verdadeira e precisa: teria sido por falha humana (imperícia técnica do piloto) ou mecânica (algo na máquina falhou) e o falecimento em terra teria sido, também, consequência disso. Não existe fatalidade. Por isso procura-se a caixa-preta com tanta perseverança.

 

Um segundo argumento é o tal “mas as outras gestões passadas também usavam esse carro no transporte escolar.” Também, “por que quando o ônibus universitário quase virou, ninguém disse nada?”

 

Para livrar e diminuir o impacto da responsabilidade da atual gestão busca-se um comparativo com situações e administrações passadas. Torna-se irrelevante essa comparação, pois os acontecimentos e os fatos não possuem a mesma equivalência na gravidade e no tempo.

 

A gravidade do fato atual não encontra exemplo em fatos passados. A perda do bem maior, a vida, de uma criança de cinco anos, utilizando o transporte escolar teve uma repercussão nunca antes auferida, sendo que, mais de mil sites divulgaram a notícia, coisa nunca antes acontecida.

 

Um terceiro argumento é a comparação com outros acidentes que aleatoriamente e corriqueiramente tenham ocorrido com pessoas de Ipirá. Até mesmo, na condição de acidente de trabalho envolvendo funcionários da prefeitura. Bota-se muita tinta e força no NADA FOI FEITO. Por quê e para quê? Para que NADA SEJA APURADO. Se nada foi feito naquela ocasião, que nada seja feito agora.

 

Não tem sentido essa comparação dos acidentes passado com o fato acontecido agora. Não tem nada semelhante. Uma criança morreu no uso do transporte escolar. Tem que ser apurado, goste quem gostar.

 

O quarto argumento manifesta o processo evolutivo, desde o tempo em que as crianças andavam léguas e léguas para a escola; até o uso de jegues e carroças; um salto para o uso de caminhonetes e caminhões pau de arara; até chegar aos ônibus, como meio de transporte para estudantes. Evoluímos, sem perder os antigos e ultrapassados hábitos, esse é o grande erro.

 

O quinto argumento bate numa tecla que tem poder de definição. Estão fazendo politicagem com a morte da criança de cinco anos. “que absurdo!” A recíproca é verdadeira: estão fazendo politicagem para que nada aconteça na apuração da morte da criança de cinco anos. “Isso é um absurdo.”

 

Botando os panos na mesa. Não havia um desejo concreto para que ocorresse essa tragédia, mas havia grande probabilidade para que acontecesse algo neste sentido. Ninguém, de sã consciência, ia querer um resultado com características de tragédia acontecesse e fosse concretizado, mas de sã consciência, todos sabem que numa fubica um acidente é provável e possível. E todos aceitaram.

 

No frigir dos ovos o que aconteceu foi a inexistência de cuidado, também conhecida como irresponsabilidade da administração pública, para que uma ação delituosa ocorresse. Sem pestanejar, aconteceu uma infração grave às leis estabelecidas e isso é ato considerado punível pelas leis que regem a sociedade.

 

Por isso o prefeito Dudy; juntamente com a Secretaria de Educação; com a setor que autoriza a contratação dos carros do transporte escolar; com o setor que faz a vistoria dos carros; com o vereador que fez pressão para que o dono do carro ganhasse um contrato. Tudo isso faz parte do sistema que controla a politicagem do jacu e macaco em Ipirá. Alguém tem culpa no cartório!

 

A turma do prefeito manifesta-se, sempre, por um pensamento que não deve prevalecer: “a lei é como as serpentes; só picam os descalços.” Oscar Romero, citado por Paulo Queiroz na obra Direito Penal – Lumen Luris.

 

Ainda em SESSÃO SOLENE na Câmara de Vereadores, o prefeito Dudy falava da sua gestão: “adquirimos 30 veículos pequenos; 2 ambulâncias grandes; 8 ônibus novos para a educação; 1 pocam; 1 ônibus PSV; 2 retros e 1 caçambão.”

 

Não disse como. Não distingue o que foi com recursos próprios e com recursos estaduais e federais. Isso aí para uma administração macaco ou jacu é uma coisa do outro mundo, tanto que, necessário se fez um desfile sob estrondos de fogos. Essa é a essência do jacu e macaco, muito alarido por quase nada.

sábado, 2 de março de 2024

A FOBICA MATA?


O prefeito Dudy encheu o peito de ar, ergueu a cabeça demonstrando um orgulho inquebrantável, ao tempo que falou, na SESSÃO SOLENE da Câmara de Vereadores, em boa tonalidade:

 

“Minha gestão fechou em 53,60% o índice de pessoal, quando a Lei determina 54%. Os prefeitos anteriores por falta de planejamento inchavam a prefeitura, quando chegava o final do ano demitia pais de família, que só depois voltavam a trabalhar. A minha gestão não fez isso.”

 

Reflita, leitor desse blog! Os prefeitos anteriores inchavam a prefeitura de empregados. A lei não permite que isso aconteça (não pode ultrapassar 54% do pessoal). O que fizeram os prefeitos? Demissões em massa, no final do ano, até alcançarem o índice de 54%. A lei está em vigor e o prefeito tem que obedecê-la.

 

Orgulhosamente o prefeito Dudy falou que na sua gestão estas demissões não aconteceram. Esta é a mais pura verdade. Sua gestão ficou enquadrada nos ditames da Lei? Não.

 

O que aconteceu na realidade? Milagre ou esperteza?

 

A gestão encurralada num índice de 43,60%, qualquer meia dúzia de contratos ultrapassaria as determinações da Lei. O que fez a gestão? Bananas para a Lei.

 

Fez justamente o que ele disse que os outros prefeitos fizeram. A gestão do prefeito Dudy não só inchou o quadro pessoal da prefeitura, como fez lotação completa no quadro funcional, fomentando o maior cabide de emprego já visto na prefeitura de Ipirá. Não demitiu ninguém e continuou batendo na trave com um índice amarrado em 53,60 %.

 

O que aconteceu na realidade? Boa administração ou esperteza?

 

A gestão driblou a Lei (burlou seria o termo correto). Licitou uma empresa, que contrata os funcionários para a prefeitura. Esses funcionários não entram na folha da prefeitura e recebem da empresa contratante. Que mal há nisso? A prefeitura paga em dobro e trata-se de dinheiro público.

 

A prefeitura paga dois salários ou mais a empresa que paga um salário ao trabalhador. Virou uma mamata para a empresa, que não precisa nem ter capital próprio, trabalha com dinheiro público e quem paga toda a conta milionária é a prefeitura. Vê lá se empresa vai fazer caridade para o gestor sem morder uma boa fatia do bolo? São esses empresários que estão fazendo riqueza com o dinheiro público.

 

E os trabalhadores? Fazendo o serviço da prefeitura, mas não pertencem aos quadros funcionais da prefeitura. Terceirizando esse serviço a prefeitura nunca ultrapassa os 54% e não faz concurso público nem para efetivos ou trabalho temporário como manda a Lei. Quando o faz, fica no puxa e encolhe da embromação e não chama ninguém.

 

Assim nascem e crescem os ‘santos’ da administração pública em Ipirá. Burlam a Lei para remediar as dificuldades e todos os males que atingem as pessoas em Ipirá, a troco de nada, apenas do voto. Atendem a Lei para tornar mais cheio, mais rico ou mais abastados ou, até mesmo, uma loteria acumulada para apenas meia dúzia de amigos empresários.

 

Tem certas perguntas que é melhor o prefeito não responder, porque a resposta vem antes da pergunta ser formulada, embora este momento não seja o apropriado para o prefeito ficar calado e taciturno.

 

“Não; de jeito nenhum; nem pense nisso; você tá doido!” A resposta sai do coração e não pela boca, que fica calada, para uma pergunta que não deveria ser feita: “prefeito! Você deixaria sua filha viajar nesse transporte?”

 

A comunidade já sabe como aconteceu. A pergunta que não quer calar é: POR QUE ACONTECEU?

 

Prefeito Dudy! Leia a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Não custa nada e vai clarear a visão de V. Exa. sobre a situação. A bronca tem o tamanho de uma imensidão e não tem quem consiga travá-la. O esclarecimento da verdade dos fatos é o que poderá acontecer de mais justo e decente. Nem que tenha que cortar na própria carne.

 

“O acolhimento institucional (público) foi estabelecido para amparar e atender as necessidades da população infantil e jovem do Brasil. Essa é uma forma de garantir os direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes.” Isso é um corpo sagrado nas intenções projetadas e não pode falhar.

 

“A educação infantil como direito resulta da importância da proteção integral das crianças em seu período inicial de vida, fornecendo os meios necessários para que possam se desenvolver de maneira plena.” Isso é coisa séria e não se admite um acolhimento precário por parte do município para não soterrar o direito à educação infantil.

 

“No Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. / No Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei... / Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de lugar de moradia...”

 

“Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos DIREITOS referentes à VIDA... / Art. 7º A criança e o adolescente têm DIREITO a proteção à VIDA...”

 

“Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: / IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade; / Parágrafo único. Em caso de reiteradas infrações cometidas por entidades de atendimento, que coloquem em risco os direitos assegurados nesta Lei, deverá ser o fato comunicado ao Ministério Público ou representado perante autoridade judiciária competente para as providências cabíveis...”

 

Uma criança de cinco anos tem o amparo total e completo desta Lei retalhada acima. Essa Lei deve ser respeitada e seguida ou burlada e ignorada? O que você acha, leitor desse blog? Se a Lei for aplicada teremos a Justiça, se a Lei for burlada teremos a negação da Justiça.

 

Uma criança de cinco anos, quando em casa, tem a proteção e responsabilidade dos pais. Quando ela sai e pega o transporte público para ir à escola, dá-se uma transferência de responsabilidade e a custódia (agora) passa a ser do ente público, sem a menor sombra de dúvida. Você concorda ou não?

 

Dentro do transporte escolar público, uma criança de cinco anos, agora, ficará sob proteção ou guarda da prefeitura municipal. O que se espera dentro da normalidade? Uma Ida e retorno com segurança e sem traumas. Não se espera nada ao contrário, mas aconteceu.

 

A ‘Nota de Pesar da Prefeitura Municipal de Ipirá’ é uma corrida vergonhosa, escandalosa e enlouquecida para salvar a própria pele e tirar o redondo da reta: “A princípio, foi averiguada toda a documentação do carro e do motorista que dirigia o veículo, estando todos os documentos de acordo com a legalidade.”

 

A pergunta que interessa: POR QUE ACONTECEU? Não foi por causa dos documentos do carro e do motorista (estão legais). Também não foi por causa da criança de cinco anos. Seria uma infâmia.

 

Metendo o dedo na ferida. O carro era uma FOBICA que era utilizada como transporte escolar. Ótima para transportar saco de batata, rolo de fumo de corda ou manta de toucinho de porco. Pasmem, leitores! Transportava alunos da zona rural. Cabia oito alunos, carregava dezoito.

 

Como essa FOBICA conseguiu um contrato para servir ao transporte escolar? Foi contrato direto com a prefeitura ou com a empresa de transportes? Quem foi o padrinho? Teve inferência, pedido e pressão de algum vereador? Quem fechou os olhos e negligenciou de forma irresponsável para que o contrato vingasse? Ocorreu aquela lastimável situação de garantir voto para candidaturas do grupo, no famoso e carcomido, tudo pelo voto é possível? Agora, famoso, carcomido e trágico.

 

Como essa FOBICA passou em uma vistoria? Ou não passou? Quem abriu as portas da prefeitura para essa FOBICA? Quem facilitou esse contrato? Quem deixou essa FOBICA carregar alunos? Quem comeu essa narrativa: “Vai rodar lá na roça, ela não vem aqui na cidade!” Ninguém vai ver, então ninguém vai saber? O prefeito não sabia?

 

Denúncias sobre o transporte foram feitas e as autoridades do município não deram a menor atenção. Eu mesmo já denunciei neste blog, que no povoado das Umburanas fecharam a única escola, por dar prejuízo. Uma escola é uma referência salutar em qualquer fazenda, mas no povoado passou a ser prejuízo. As crianças são levadas para o Malhador e pela tarde ficam pegando carona para voltarem às suas residências. Nunca aconteceu nada, São crianças vulneráveis na beira do precipício. Ninguém tomou conhecimento, imagine providência!

 

Tem um motorista que carrega alunos aqui na rua que é fã de corrida de Fórmula Um, se atravessar um cachorro na frente ou uma criança, a bagaceira vai ser de arrombar. Esses motoristas do transporte escolar estão aptos a transportarem crianças? Eles estão capacitados para o bom acolhimento de crianças?

 

Como seria bom para a gestão de Dudy jogar a culpa na FOBICA. Mas, FOBICA não mata. O motorista seria um ótimo bode expiatório. Mas, o motorista não tem tanta culpa no cartório, ele é escolhido. Tá difícil não é prefeito Dudy?

 

Não podemos negar que a prefeitura foi negligente, ineficaz e irresponsável. Foi ineficiente para cuidar de gente. Na sua gestão, prefeito Dudy! Tem uma rede operando nos bastidores de uma maneira que atrapalha mais do que ajuda a sua administração. Chegou a hora de cortar na carne. Desculpe-me pelo que eu vou te dizer: o senhor não tem essa coragem.

 

O seu silêncio, prefeito Dudy! É inquietante e angustiante para o senhor; para todos nós, para a nossa comunidade. Como a população de Ipirá gostaria de ouvir de sua boca (faça um pronunciamento na Câmara de Vereadores e nas rádios locais) que vai ter uma explicação verdadeira do acontecido e que os responsáveis serão responsabilizados. Se isso não ocorrer, ficamos com a péssima impressão de que seu silêncio tem cumplicidade com a renúncia de suas obrigações como gestor público antes do apito final.

 

Prefeito Dudy! Vou te fazer um pedido: não se deixe contaminar pela narrativa dos que falam que uma indenização apaga a dor e que a amnésia da população apaga as recordações, simplesmente, pense que uma FLOR da caatinga foi arrancada antes do tempo e que o senhor sentiu na sua sensibilidade de ser humano e na profundeza de sua alma cristã.